Delírios


… essa história não é tua…

Nos anos 90, a Suécia adoptou um modelo que permitia a constituição de escolas de gestão privada no sistema público de educação. O modelo sueco é muitas vezes lembrado por quem defende que os pais devem escolher livremente, assegurando o Estado o financiamento dessa liberdade. Acontece que no último estudo da OCDE sobre as competências dos alunos de 15 anos (o PISA), os resultados dos suecos baixaram e o modelo tem sido muito posto em causa. Carmo Seabra acha que a deterioração do desempenho dos alunos naquele país não tem a ver com a liberdade de escolha — admite antes que esteja associada ao facto de nunca ter havido disponibilização de informação sobre “a proficiência académica das escolas”.

“Para que um sistema de liberdade de escolha aumente a eficiência com que os recursos são utilizados não promovendo a segregação, é fundamental que existam sistemas de informação credíveis e comparáveis que permitam aos pais detectar diferenças”, disse.

Realmente… se funcionasse é porque estava certo, se não funcionou é porque estava certo na mesma. A culpa é sempre de outra coisa.

Como exemplo de “Ciência Social”… é do mais melhor bom. Sejam quais forem os dados empíricos, as fés é que estão certas.

 

… mas neste caso aceito.

Passos pede aos portugueses que condenem demagogia

A parte da “agenda populista e demagógica” é uma refrescante admissão de culpa em relação ao que o Pedro e o Paulo têm feito recentemente…

Quem dizia que ele não é capaz de admitir os seus próprios defeitos?

Entre ele eo Rangel qual será o mais impante e inchado?

Assis diz que a sua candidatura é “estruturante da esquerda”

Poupar nos amigos e sacrificar as bestas negras dos liberais de aviário, por forma a degradar os serviços públicos e justificar a transferência dos seus utentes com mais meios para as empresas privadas por onde depois passearão os governantes de hoje, seja como consultores ou administradores.

Tudo sem rever a Constituição, beneficiando da ausência de um Presidente da República a sério, de uma oposição entre o vazio Seguro), a erosão (BE) e o orgulhosamente sós (PCP, MRPP), mais os penduricalhos em busca de lugar nas listas do PS (Livre, 3D), de uma comunicação social dependente dos humores de investidores institucionais ou publicitários que fecham a torneira se o noticiário desagradar muito. E vai daí, é Pires de Lima em tudo o que é primeira página, para ver se dá resultado.

Um país entregue aos bichos, que alguns dizem estar melhor, não percebendo eu como pode uma país estar melhor, se apenas uma minoria de pessoas o estará.

Vivemos um processo de refluxo em relação ao alargamento das liberdades e da justiça social que marcou a História Contemporânea desde as revoluções liberais atlânticas. E não há articulista sobredotado a apelar à fé no Governo (como o Aavviilleezz também no Expresso de hoje com uma prosa verdadeiramente delirótica) que faça a retoma surgir para a larga maioria da população como um segundo Cristo a descer à Terra.

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Cada vez se vê um maior do reforço do poder minorias privilegiadas em detrimento dos direitos dos menos favorecidos, com um discurso hipócrita e demagógico, que acusa os que ainda mantêm emprego de e3goísmo, apagando a responsabilidade daqueles que enviaram centenas de milhar para o desemprego e emigração, enquanto dão visto dourados a imigrantes que pretendem ter como parceiros nas suas negociatas em que despojam, em interesse próprio, o bem comum das suas últimas riquezas.

A violência é equivalente à do PREC, só que exercida sobre muito mais gente.

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Expresso, 22 de Fevereiro de 2014

… e todas elas envolvem muitas risadas. Dos próprios ou nossas.

Pires Lima alerta para risco de «onda de excessivo otimismo»

… algo que os presentes na tertúlia realizada na Ler Devagar com o Paulo Trigo Pereira e Alexandre Homem Cristo podem confirmar que eu apresentei como um cenário possível para “aumentar receita”:

A GEMS Education: uma multinacional que presta serviços de educação em mais de 100 países seria uma boa solução para as escolas da Parque Escolar

O Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS) acusou, hoje, a Câmara de Ponte de Sôr de “levianamente” aceitar a proposta da Direção Regional de Educação do Alentejo para a criação de um mega-agrupamento para todo o concelho.

Já se tinha procurado uma coisa do género em Mafra e constou que em Cascais se pensava numa gestão centralizada na Câmara…

Mas, não deixa de ser curioso que uma das ameaças de Fernando Ruas seja o corte das funções na área da Educação se avançar a nova lei do financiamento local…

Em resultado da nova lei das finanças locais, as autarquias vão deixar assumir a responsabilidade pelas actividades de enriquecimento curricular,  pessoal não docente e a gestão do parque escolar.

Da proposta de metas para um tema do qual gosto bastante. A castanho vão as partes que, de forma mais óbvia, não cabem dentro de um programa que é vago mas que, apesar disso, não pode ser um alçapão para onde tudo se atira.

As crises do século XIV
1. Conhecer e compreender a conflitualidade militar que caracterizou a Europa no século XIV

1. Identificar a guerra dos cem anos como o principal conflito europeu do século XIV.
2. Identificar os principais protagonistas da Guerra dos Cem Anos e os principais reinos aliados.
3. Apontar características das guerras medievais, salientando a ausência de exércitos nacionais, número reduzidos de baixas diretas.
4. Relacionar o clima da guerra com as dificuldades económicas deste período.
5. Reconhecer a Guerra dos Cem Anos como um conflito resultante da disputa pela hegemonia na europa ocidental.

2. Conhecer e compreender as dificuldades económicas vividas no século XIV

1. Apontar o aumento demográfico, a escassez de áreas cultiváveis, as mudanças climáticas e a destruição causada pelas guerras como causas (interligadas) das fomes que grassaram no século XIV.
2. Relacionar a expansão das doenças epidémicas com a fome, sobretudo no mundo camponês e com o clima de guerra.
3. Sublinhar a importância da peste negra neste contexto, o seu processo de difusão e a elevada mortalidade que originou.
4. Apontar as consequências demográficas e económicas da conjuntura de fome, peste e guerra.
5. Relacionar a limitada capacidade de intervenção dos poderes públicos com o grande impacto dos factores da crise, especialmente juntos dos estratos não privilegiados da sociedade.

3. Conhecer e compreender “levantamentos populares” rurais, conflitos sociais urbanos e “movimentos milenaristas”.

1. Contextualizar o surgimento de movimentos populares rurais na europa ocidental.
2. Caracterizar os movimentos populares rurais (jacqueries, em França).
3. Caracterizar os conflitos sociais urbanos e contexto em que se desenrolam.
4. Contextualizar o aparecimento de movimentos milenaristas (ideia de fim de mundo; moralização dos comportamentos).
5. Reconhecer que a generalidade dos movimentos populares apenas pretendia evitar alterações à ordem senhorial estabelecida..

4. Conhecer e compreender a expressão da crise em Portugal e relacioná-la com a formação de uma nova dinastia.

1. Caracterizar os problemas sentidos em Portugal durante o reinado de D. Fernando, relacionando-os com a situação europeia.
2. Identificar o problema da sucessão ao trono no contexto das relações entre as coroas portuguesa e castelhana.
3. Explicar o descontentamento popular e suas expressões.
4. Descrever os momentos decisivos da afirmação da independência do reino.
5. Relacionar a chegada ao poder de uma nova dinastia com as alterações operadas no seio da sociedade portuguesa, sobretudo ao nível da renovação da nobreza e da afirmação de certos estratos da burguesia.

5. Conhecer e compreender as situações de “disfunção social” verificadas no século XIV com as ocorridas nos nossos dias

1. Caracterizar algumas das situações de “disfunção social” mais frequentes na Europa durante o século XIV.
2. Descrever problemas sociais atuais.
3. Apresentar algumas das diferenças e das semelhanças entre as dificuldades causadas pela “Crise do século XIV” e por crises recentes.

O que diz o programa em vigor (e não alterado):

ProgramaHist7ProgramaHist7b

E o que diz um documento, mais extenso, designado por Plano de Organização do Ensino-Aprendizagem?

O seguinte:

ProgramaHist7XIVProgramaHist7XIVb

Ali em baixo fala-se em 5 aulas previstas num tempo em que a disciplina de História não tinha ainda sido secundarizada pelos comentadores camelos e outros dromedários.

Ora bem… o ministro pode achar que estes documentos nada valem, que estão desactualizados… mas então assuma um novo programa para a disciplina e dê condições aos professores para o implementarem.

Não se coloca a inventar metas em cima de um programa com mais de 20 anos, como se nele coubesse tudo.

Não nomeie um grupinho de amigos de amigos, que são indiscutivelmente sabedores de História (eu reconheço nestas metas todas as marcas de uma boa formação típica de um período que acompanhei bem de perto e muito superior às bolonhices actuais), mas que parecem estar na estratosfera acerca do ciclo de escolaridade que temos pela frente, da idade dos alunos e do tempo curricular disponível.

E não me venham com conversas eduquesas ou anti-eduquesas porque isto nada tem a ver com isso. Isto deveria ter a ver com planificação e desenho ou desenvolvimento curricular, com didáctica específica e com mais coisas e não com a exibição de um menu riquíssimo de metas para demonstrar que se sabe.

Eu adoraria ver quem definiu estas metas a planificá-las com algum sentido dentro do espartilho de tempos lectivos com que lidam os professores que vivem no mundo real.

Em termos de conhecimentos e do seu desenvolvimento para além desta enunciação, lecciono estas metas com uma perna às costas, um olho tapado e sem recurso a tecnologias. Gosto imenso desta parte da matéria. Podemos levar duas semanas com aulas dia sim, dia não só a tratar da difusão da Peste Negra pelo mundo mediterrânico, analisando as consequências sociais, as atitudes culturais, as respostas profilácticas ou de combate à epidemia, a desertificação dos campos (as lost villages, por exemplo) e o afluxo descontrolado às cidades, onde as ruas das taipas nascem para encerrar os pestíferos de forma cruel e inútil. Abordar o imaginário medieval da doença, a relação com o corpo, os hábitos de higiene, assim como a relação entre os efeitos desta doença e a desagregação dos laços de solidariedade que caracterizam a crise do século XIV.

Mas não é isso que está em causa.

O que está em causa é o DELÍRIO de quem quer replicar a Capela Sistina no tecto da minha arrecadação.

Para o 7º ano, não sendo descabido relembrar que os alunos não deram, nesta fase, nada sobre identidades nacionais no século XIX (aliás nem no programa existe tal conteúdo previsto para o 8º ou 9º ano):

5. Conhecer e compreender as ligações entre as leituras historiográficas sobre os processos de formação dos reinos bárbaros e as identidades nacionais existentes desde o século XIX.

Gosto muito daquela das “leituras historiográficas” sobre a formação dos reinos bárbaros… a sério que sim.

… só não vos quero assustar. Há gente demasiado alucinada em pontos estratégicos… que usa todos os pretextos bonitos para fazer coisas feias.

Era impossível acontecer pior à secundária Vergílio Ferreira, dizem pais

Ministro da Economia afirma que mais de metade dos alunos já está no sistema dual de aprendizagem

Vamos lá então a perceber… se o sistema dual está numa experiência-piloto com uma dúzia de escolas… como é que…?

A menos que…

… isto tudo seja uma treta pois, como se estava a perceber, tudo o que até aqui era Profissional, CEF, etc, vai ser incorporado como dual.

E não era preciso aquele folclore de idas e vindas à Alemanha, a menos que seja para a tia Ângela obrigar a Autoeuropa, a Siemens, etc, a oferecer estágios a uns quantos tugas e depois fazerem-se uns brilharetes mediáticos com a coisa.

 

Foi um erro desde o início. Não era treinador para este contexto, esta equipa, este manicómio em que se tornou o Sporting.

Apenas mais um de uma longa lista de asneiras da actual equipa directiva. Desde Paulo Bento que tem sido um corropio de treinadores, jogadores (contratados à meia dúzia lá fora, enquanto se dispensam os da Academia), directores desportivos, todos sucessivamente queimados por uma cambada de dirigentes incompetentes e vaidosos.

Vercauteren deixa o Sporting, Jesualdo assume a equipa

Vão começando a sair os resultados para bolsas de avaliadores.

E começam situações que, embora previsíveis neste real insano, são perfeitamente abusivas como alguém ser designado avaliador exgterno e, quase por inerência, também avaliador interno.

Sem qualquer tipo de compensação em termos de horário ou redução de tarefas não lectivas, antes pelo contrário.

E não é caso único.

Ou da swimsuit edition da Sports Illustrated?

Artur Baptista da Silva mantém que é “colaborador voluntário” da ONU

Os números continuam a ser lançados como se fossem berlindes com quem as crianças brincam. Agora já estou mais interessado em participar em algo para que fui convidado (se é que o convite se manterá com esta escalada de antagonismo…) ali para meados de Janeiro e que se destina a debater os cortes no Estado Social – ou pelo menos a simular um debate.

Pessoalmente, o meu azedume vai fermentado e, nesses casos, costuma ser servido em ponto de rebuçado.

Corte de 4 mil milhões na despesa não é suficiente

angry-hulk-eye

… vai ser giro o que vão encontrar de critérios de avaliação e desempate manhosos ou ilegais, para não falar de actas que se contradizem em parágrafos quase seguidos, documentos que remetem para outros que não dizem o que é suposto dizerem, gente a fugir às responsabilidades mas não aos cargos, prazos atropelados, abusos sortidos e tudo por aí.

Nada que não se saiba, mas… vamos voltar ao carrossel e, como prémio, continuam a ser os mesmos a conduzir a diversão.

Otimista em relação ao futuro, o ex-diretor do departamento europeu do FMI na altura em que o país fez o pedido de auxílio financeiro considera que “o programa de reajustamento está a correr melhor do que se pensava”.

Portanto… elogia o plano da organização que dirigia…

Aposta portuguesa no Oriente é “óbvia, natural e tardia”, diz Miguel Relvas

(c) Antero Valério

Em especial em Língua Portuguesa do 3º ciclo, um dos grupos mais atingidos inicialmente pelos pré-horários-zero…

Agora expliquem-me devagarinho como é possível existirem 7 horários completos para contratação, se existem profes em DACL por colocar…

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