Liberdade?


Do we value freedom of speech in Britain?

Badawi, que está “cheio de dores e mal de saúde”, vai levar mais 50 chicotadas

 

Somos todos Charlie?

São todos Charlie?

Mentira, grande mentira. Hoje já quase ninguém é “Charlie”, leia-se sátiro, libidinoso, anarquista e iconoclasta.

Alberto Pimenta, José Vilhena, há malta a querer fazer-se passar por vocês.

O Bruno Nogueira e o João Quadros explicaram a coisa, hoje de manhãzinha, na TSF de forma lapidar.

Só lhes faltou a concretização com rostos (isso fazem em outros dias) da hipocrisia de muitos dos nossos charlies bem-pensantes no rescaldo de qualquer acontecimento deste género.

Bastaria termos cá uma Charlie Hebdo (escala 8 em 10 contra uns meros 4 ou 5 em 10 do Inimigo Público ou do falecido Contra-Informação), sem compromissos publicitários, sem a necessidade de agradar a patrocinadores antes de eles caírem em desgraça (e então já se investigam as aleivosias) e veríamos quanto tempo durariam sem serem objecto de um outro tipo de atentado, mais manso mas quase tão eficaz, para que desaparecesse ou se tornasse “responsável”.

Já pensaram o que seria o recluso nº 44 nas mãos daquela malta? Bastou ver o que fizeram ao Sarkozy e ele apenas foi lá dentro para ser inquirido.

Isso é que seria ver as câncias, as claras e os queridinhos a retorcer-se tod@s e a esquecerem todas as rebeldias passadas, as idas a Paris e aos quiosques do Quartier Latin de outros tempos, erguendo o punho contra o “mau gosto”, a “insensatez”, o “radicalismo” do tipo de crítica que sempre foi a imagem de marca dos radicais anarquistas e libertários da Charlie. Ou de outras publicações, menos ásperas em algumas arestas, como o Le Canard Enchainé ou a L’Echo des Savannes.

Ontem, enquanto almoçava, ouvia alguém numa mesa ao lado, especialista instantâneo na coisa, a elogiar o Wolinski como um grande desenhador e um dos seus favoritos.

Sim, pois, está bem.

Olhem…eu cá não os achava grandes desenhadores. Não vou fingir agora. Achava-os era um exemplo em termos de atitude, de aquilo de muito bom que o Maio de 68 deixou para trás, de gente que não envelheceu precocemente por dentro, como aconteceu aos nossos charlies por procuração ocasional.

Cheguei à Charlie Hebdo por via da exploração adolescente da banda desenhada, em arquivos de sobras da Pilote, da Metal Hurlant, da (a suivre), depois dos tempos dos tintins&spirous. Nunca fui exilado em França, é uma pena, falta-me esse cosmopolitismo essencial.

E mesmo se achava que, por muitas vezes, o que eles escreviam e desenhavam ia muito para além do meu gozo ou gosto pessoal, a lição aprendida foi sempre a de não aceitar como amos os interesses alheios para formar opinião. Não amochar aos granadeiros&zeinais por causa de uma página dupla de publicidade ou aos ulricos&salgados por causa do patrocínio a uns grandes debates de actualidade e umas idas à estranja descobrir “a realidade lá fora”. Não evitar abordar assuntos tropicais, com medo que as isabéis ou os sobrinhos se aborreçam e deixem de investir.

Muitos dos nossos charlies de meados desta semana, borrar-se-iam todos se, com metade da idade do Wolinski ou do Cabu, tivessem um décimo da sua insanidade consciente.

Claro, este deve ser um momento de união de todos os que defendem a liberdade (de expressão e não só), a democracia e os seus valores da tolerância.

O problema é quando o momento acaba e todos voltam à sua vidinha e, nesse aspecto, aquele xónhónhó do Gustavo Santos, em que todos aproveitaram para bater, até é o mais sincero de todos. porque nem esconde aquilo que é. Voluntariamente ou porque é mesmo assim e nem consegue evitar.

O pior são os outros que, pela calada, fazem quase tudo para que qualquer charb cá do sítio prefira ficar de joelhos a fazer ondas no pantanal.

Simpson

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I, 8 de Janeiro de 2015

Uma velha afinidade… infelizmente, nem sempre disponível nos pontos de venda mainstream (tal como Le Canard Enchainé).

A atitude levam todos pela medida grossa, ad hominem ou ad tudo, sempre foi a imagem de marca.

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… a ver se saia na data para a qual tinha sido pedido pela publicação em causa, mas como até ao momento não viu letra impressa e já passaram uns dias (e duas semanas que o entreguei), fica já aqui, embora me digam que uns destes dias é publicado.

Não é impaciência, é arrumação da casa e dos arquivos de 2014.

 .

Que Liberdade para a Educação?

A Liberdade em Educação é um conceito tentador e uma prática muito recomendável, assim estejam reunidas as condições para que não se transforme apenas na liberdade do mais forte na selva concorrencial.

Liberdade das famílias para escolherem a escola dos seus filhos.

Liberdade das escolas para escolherem os alunos mais adequados ao seu projecto educativo.

Liberdade das comunidades escolares para adequarem o modelo de gestão a esse projecto e à sua identidade específica.

Liberdade dos alunos para escolherem o ritmo e estilo de trabalho mais apropriado ao seu perfil de aprendizagens e aos seus interesses pessoais.

Liberdade dos professores para escolherem as metodologias e práticas mais apropriadas ao trabalho com as suas turmas e alunos, à gestão dos conteúdos e à avaliação dos alunos.

E a anáfora poderia continuar, na enunciação das várias liberdades indispensáveis para que se respire uma verdadeira Liberdade nas escolas, condição essencial para a formação dos cidadãos plenos de uma Democracia consolidada.

Mas, apesar da imensa retórica produzida em torno de palavras como “autonomia”, “liberdade”, “flexibilidade”, “descentralização”, “aproximação”, a verdade é que os tempos são de fortíssimas limitações a qualquer daquelas liberdades, cada vez mais mitigadas e em desaparecimento acelerado na rede pública de ensino.

Não interessa aqui retomar uma desgastada e já conhecida oposição entre as formas de funcionamento nos sectores público e privado da Educação. Interessa sublinhar de que forma a última década fragmentou as condições de funcionamento e aumentou as desigualdades no âmbito das escolas públicas.

Por um lado, foi criado um modelo único de gestão e administração escolar que reforçou os mecanismos de centralização e hierarquização na tomada de decisões, distanciando o centro decisor do quotidiano escolar, de alunos, funcionários e professores e destruindo a partilha de responsabilidades em agrupamentos de escolas cada vez mais sobredimensionados para a nossa pequenez territorial e populacional.

O processo contínuo de aglomeração de escolas em “unidades orgânicas” híper-centralizadas diminuiu, por outro lado, a diversidade de oferta de projectos educativos concorrentes numa mesma área, assim como retirou autonomia às escolas que perderam centros de decisão próprios.

Para além disso, a anunciada iniciativa de municipalizar a gestão das escolas vai conduzir, de forma inevitável, a um maior grau de homogeneização e indiferenciação dos referidos projectos, acabando com qualquer possibilidade de verdadeira liberdade de escolha por parte das populações. A autonomia das escolas desaparecerá por completo, não sendo a pretensa “descentralização” mais do que a criação de centralismos locais, muito vulneráveis ao arcaico caciquismo e ao favorecimento de clientelas político-partidárias.

Por fim, o aumento das desigualdades socio-económicas que resultou da situação de crise e dos mecanismos de austeridade aplicados pelo actual governo, diminuiu de modo substancial a capacidade de muitas famílias conseguirem entrar num “mercado da Educação”, viciado nos seus fundamentos no sentido de reproduzir na Educação uma hierarquização social de que os mecanismos de mobilidade ascendente estão cada vez mais ausentes.

A tradicional oposição público/privado encontra-se, assim, acrescida de clivagens no seio do sector público, com uma Educação a várias velocidades, em termos de infraestruturas e de um sistema de incentivos que acaba por premiar apenas os melhores e afundar os piores, tudo com base numa seriação de desempenhos com critérios simplistas.

Por isso, quando se fala de Liberdade em Educação seria bom que se definisse com clareza de que Liberdade se trata e quem pode dela desfrutar. Porque a Liberdade é um valor nuclear nas sociedades contemporâneas, mas não o é de forma plena se prescindir dos princípios da Equidade e da Justiça Social. E não se pode confundir com economias de escala e outros chavões típicos de um discurso economicista que já provou os seus limites e o carácter nefasto das suas consequências.

 

submeta um habeas corpus, uma bula, um comunicado – de dentro ou de fora, o que seja…

 

… mormente para o filósofo preso errado!

 

 

Aquel’outro senhor doutor coiso ainda não se demitiu?

Graffiti polémicos vencem censura na Análise Social

Suspensa devido a um ensaio visual que mostrava seis graffiti em muros de Lisboa com palavras de ordem contra o Governo, empresários e banqueiros, o ensaio visual do sociólogo Ricardo Campos vai afinal fazer parte da revista, segundo deliberou o Conselho Científico do ICS, decisão contrária à que o diretor do instituto tomou há duas semanas. A revista suspensa vai ser publicada. Em reação a este volte-face, o autor do ensaio visual polémico disse à TVI24 que estava «mais do que provado que tinha sido um ato de censura óbvio»

Sim, estava ali o Vital Moreira.

Sim, gostei da conversa e da forma como tive liberdade para dizer o que entendo e para acabar como acabei.

Ando a escrever menos por estes dias, mas a verdade é que tenho falado muito.

Agora… só falta colocarem online o debate (já com uns meses) com o Fernando Adão da Fonseca, por ocasião do lançamento do livrinho vermelho.

Conclusões finais do moderador… o David Justino precisa de uma canalizador menos careiro e eu de um electricista competente, mas com um bocadinho de teoria e não apenas (má) prática.

Quanto à Liberdade na Educação, por mim há que começar pela sala de aula e pela escola e só depois devemos ir à parte “sistémica”.

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Discute-se hoje e amnahã, com alguma pompa, no CCB, a questão da Liberdade.

Estarei por lá, amanhã à tarde, num recanto que julgo discreto a defender que a Liberdade não é um valor que existe sem nada ao seu redor.

A Liberdade tem muitas exigências, desde logo a de a não definirmos de forma “universal” com recurso a argumentos “localizados”.

Na 4ª feira, o professor António Nóvoa citava uma autor que dizia que era muito importante definir e defender os valores universais, mas também os valores particulares, contextuais. O problema é que esse autor, que conhecia todos esses valores, não conseguia distinguir uns de outros.

E isto é o oposto do relativismo, porque é o reconhecimento de que existem valores que podemos considerar universais – como a Liberdade – mas que depois a sua 2construção” é feita de muitas outras liberdades, menos imponentes, mais conjunturais ou contextualizadas, mas que são igualmente essenciais.

Para mim, como deixei na declaração que fiz para apresentação, a Liberdade continua a ser a possibilidade de cada um de nós procurar a realização da sua felizidade sem, pelo caminho, fazer outros infelizes (a menos que se trate daquela gente cuja felicidade se baseia exactamente em tentar tornar os outros infelizes).

Vou participar, de forma discreta, em recanto calmo, no encontro da FFMS com o tema “à procura da Liberdade”, sendo a minha intervenção sobre “A escola e a liberdade de escolha”, em debate com David Justino, com moderação de António Araújo.

(a todos aqueles que, implícita ou explicitamente, acham que isto ou aquilo, que eu me entreguei às delícias do capital e do establishment por participar nestas coisas, assim como gostam de fazer alusõeses sobre as minhas “afinidades”, desejo que verifiquem se o vosso rolo de papel higiénico é de folha dupla… pois não ando com pachorra para parvoíces e se quiserem saber se assim é, apareçam…)

Para definição simples  de Liberdade, optei por afirmar que “representa a possibilidade de cada um buscar a realização da sua felicidade sem provocar a infelicidade alheia”.

Como música inspirada pelo tema escolhi esta e como leitura, optei por uma de jovem juventude… Um dia na vida de Ivan Denisovitch.

Se me tivessem pedido três, teria escolhido mais dois volumes da mesma colecção da Europa-América que o o meu pai ia comprando e deixando livremente para que eu pudesse ir lendo, se o quisesse.

Para mim, a Liberdade é isso: deixar cada um conhecer, formar opiniões e confrontá-las. Não me interessa se há xiitas na vizinhança, desde que não tentem obrigar-me a alinhar com eles.

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A perversão da liberdade

É “livre” a família que é obrigada a mudar de residência para conseguir ter um médico ou uma escola para os seus filhos?

Esta questão é demasiado grave para ainda não ter sido tratada com o devido destaque:

“Salvo quando se encontrem mandatados para o efeito, os colaboradores e demais agentes do organismo devem abster-se de emitir declarações públicas, nomeadamente quando possam pôr em causa a imagem da (nome do serviço ou organismo), em especial fazendo uso dos meios de comunicação social.” Este é um pontos que o governo quer ver explicitado nos futuros códigos de ética das instituições.

(…)

O projecto de despacho do governo explicita que o dever de confidencialidade se mantém mesmo após a cessação de funções. Tal como nas restantes áreas, a violação é susceptível de constituir responsabilidade disciplinar punível nos termos da lei, sem prejuízo de responsabilidade civil e ou criminal a que houver lugar. O projecto de diploma prevê que as entidades monitorizem internamente o cumprimento dos códigos logo que estejam implementados.

As ferramentas tecnológicas já existem… apenas vai ser legal violarem o vosso mail, histórico de navegação na net, fotocópias tiradas, declarações públicas ou não.

Com os meios actuais de devassa da privacidade alheia, isto não é o Big Brother, é algo muitíssimo mais grave.

Por exemplo e para efeitos práticos, a mim ficará vedado criticar qualquer decisão política ou administrativa na área da Educação.

Como tenho feito em relação a muitas falhas em coisas como o teste made in Cambridge. Passarei a estar proibido de comentar desfavoravelmente as barracadas do senhor director do IAVE que, por sua vez, pode publicamente culpar os professores de tudo no congresso da APPI e nada acontecer.

E nesse dia, quando deixar de me sentir livre, ou isto fecha ou a guerra será total e aberta à estratégia das charruadas.

Como também já disse, há quem saiba do que se anda a preparar e já tenha entrado por esse caminho de intimidação mas, curiosamente, quando foi contactado directamente por mail, acobardou-se.

Todos eles acabam por entrar pelo mesmo caminho tortuoso da intimidação e pré-censura. Uma coisa é divulgar dados confidenciais pessoais, outra a utilização abusiva desse tipo de leis  que têm sempre um ou outro artigo muito vago onde tudo se pode incluir quando dá jeito.

Explica porque entre nós o caso Wikileaks foi abafado com a compra do exclusivo pelo Expresso que divulgou apenas coisas pouco relevantes e porque ninguém se indigna – entre os liberais de garndes princípios como os espadas e os novos flads‘s – com a perseguição ao Snowden que se limitou a revelar situações inaceita´veis num Estyado que se pretenda de Direito.

Declarações públicas que prejudiquem “imagem” dos serviços são punidas

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O que mais me fascina na questão da defesa da “Liberdade” em Educação é muitos dos seus promotores não a defenderem para mais nada do que os seus interesses particulares em abater a parcela da sua despesa com o colégio dos seus amores ou, no caso dos donos de alguns dos seus colégios, detestarem muito o papão-Estado a menos que lhes financie o negócio.

Lá por fora, por exemplo, nos states é notória a coincidência entre os pro-choice em Educação (e Economia) e os no-choice em tudo o mais. Por exemplo, o essencial do grande lobby friedmaniano a favor do cheque para escolher a escola da sua fé e credo é absolutamente contra o apoio do tipo cheque alimentar para os mais desfavorecidos da sociedade, porque diz que eles assim se habituam e ficam uns parasitas sociais.

Por cá, existe algo parecido.

Nem é preciso entrarmos em verborreias deste calibre, que voltam ao grau zero da teorização sobre o assunto, aquele grau que foge às demonstrações empíricas como os filhinhos fogem da escola pública onde há gente de outros formatos sociais e culturais.

Basta lembrarmos que a mesma gente que nega o subsídio de desemprego ou abono de família ou os reduzem gradualmente até à extinção, assim como crítica todo o tipo de suporte financeiro do género rendimento mínimo – a que poderíamos chamar legitimamente cheque-vida ou cheque sobrevivência – é quem defende que seja dado um cheque-ensino a quem dele só tem necessidade em muitos casos para alimentar as peneiras e pagar os uniformes da tété e do mitucho.

(sim, estou em modo acidamente sarcástico e nem sequer falei da pituxa e do bibocas, que é tão lindo nos seus carcolinhos…)

A verdade é que quem nega cerca de 300 euros para a sobrevivência de uma família com os pais e um filho ou pouco mais de 400 euros para uma família com pais e 3 filhos é em tantas situações quem quer esse valor para pagar o convívio social e heráldico das bibbás e do pilocas.

Ou seja, quase todo o CDS, uma parte significativa do PSD e outra eventualmente menor e menos explícita do PS e de alguma esquerda-caviar sem acesso às estruturas da amada Parque Escolar.

É mesmo muita gente e provoca uma enorme dose social de hipocrisia.

(parece que sou “esquerdista” porque coloco a alimentação à frente do colégio das imaculadas desconcertações… defendo a liberdade de viver com dignidade antes de escolher o tweed da bata obrigatória…)

Porque esta malta é pro-choice e a favor da “liberdade” e do “cheque” do Estado mas quando se aplica aos seus gostos e diletâncias, mas nega-a a quem precisa de tal para satisfazer as necessidades básicas de sobrevivência.

Será que os defensores da liberdade em Educação não são rigorosamente os mesmos que obrigam a que:

O acesso à prestação RSI está dependente de o valor do património mobiliário e o valor dos bens móveis sujeitos a registo, do requerente e do seu agregado familiar, não serem, cada um deles, superior a 60 vezes o valor do indexante de apoios sociais. (€ 25.153,20).

Tens mais de 25.000 euros no banco ou em acções? Então paga os estudos dos teus filhos e não venhas cravar o pessoal! Liberalismo é não seres chupista, pá!

(e nem é bom falar quando a argumentação resvala para o argumento “étnico” do RSI… o que revela logo o quanto acreditam naquela coisa de Deus nos ter criado todos iguais e à sua imagem… )

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Conselheiros de Cavaco que assinaram manifesto dos 70 foram exonerados

Vítor Martins e Sevinate Pinto subscreveram manifesto que apela à reestruturação da dívida portuguesa.

O liberalismo tem destas coisas. As pessoas devem ser livres para escolher, mas não para ser.

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