Julho 2012


Depeche Mode, Everything Counts

Não gosto. Nem de usar, nem que usem em mim.

Não vos exciteis, tamanho é o desinteresse alheio.

Com essa idade, pensei que já não acreditavam.

A sério?

De tédio?

Hipérbole, claro! Um problema de expressão.

Porque não paga impostos tem logo aí o meu aplauso.

Porque os impostos, em vez de serem um bem comum, nem sequer chegam para pagar as dívidas que nos têm sido endereçadas pela classe parasita.

Pode ser paralela, enviezada ou do âmbito do estudo das cónicas – mas é a melhor. E prova que o estado, de tanta regra para se safar, só atrapalha.

BaFin looks into German banks over Euribor manipulations

Banks cooperate for lower fines in Euribor probe: sources

Concursos, as falhas da aplicação. Associação dos directores contesta o timing das medidas do ministério.

Oriola, família Romena impede escola de fechar.

Também tenho direito, se tenho!

… por acção directa ou sugestão me permitirão ter, em breve, uma boas férias de trabalho… em recato…

Porque não saiu na peça de hoje do Público o que acho mais importante sobre o seu (des)funcionamento.

Mas então agora testam-se as aplicações à medida que os utilizadores vão dando com os erros? Isto tornou-se um work in progress em que a versão beta é posta a circular e as pessoas são cobaias?

E adicionalmente…

As aplicações de anos anteriores não funcionavam bem? Foram mudadas? A empresa é outra? Quem decidiu? Alguém vai ser responsabilizado? O MEC vai pagar alguma coisa por esta coisa? A accountability e a avaliação do desempenho só contam para os professores?

plataforma

s. f.
1. [Fortificação]  Obra de terra ou de madeira em que assenta a artilharia.
2. Terraço.
3. Açoteia.
4. Estrado fixo para embarque e desembarque (nos caminhos-de-ferro).
5. Estrado na parte posterior da locomotiva (onde vai o maquinista).
6. Estrado nos carros americanos (por onde saem e entram os passageiros).
7. [Popular]  Simulacro.
8. Aparência.

Is SiteMeter Finally Dead?

MEC assume como prioridade as preocupações da FNE

Isto significa que as asneiras sucessivas nos concursos também foram responsabilidade da FNE que, como direcção-geral virtual do MEC, não fez as devidas informações em devido tempo?

A Fenprof declarou ter conseguido uma enorme vitória na 6ª feira passada. Hoje é a FNE. Até final da semana será quem a reclamar tudo o que de bom (?) há para reclamar?

Para os devidos efeitos se declara que o Despacho Normativo n.º 13 -A/2012, de 4 de junho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 109, de 5 de junho de 2012, saiu com imprecisões, que assim se retificam:

(…)

Começou a dança…

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Caríssimo Doutor Nuno Crato,

Antes de mais deixe-me dizer-lhe que o tenho em grande consideração e que fiquei muito satisfeito quando o vi à frente dos destinos do Ministério da Educação e Ciência, pois comungo de muitas das opiniões que me habituei a vê-lo defender antes de assumir o cargo que hoje ocupa (mesmo aquelas que fazem mossa a muitos colegas como o caso do exame de acesso à profissão).

Sou Licenciado em Ensino de Matemática pela Universidade do Minho e desde 2005 que ocupo lugares como professor contratado em escolas públicas. Ao longo destes anos sempre me envergonhei das entrevistas que nos meses de Setembro inundam as nossas televisões com relatos deprimentes de colegas meus a lamuriarem-se por, sob o fado de serem professores se verem sujeitos a estar deslocados a centenas de quilómetros de casa, ou pior do que isso a sujeitarem-se às mais mirabolantes viagens diárias, querendo (face à opinião pública) culpar o ministério dessa realidade.

NUNCA CONCORDEI COM ISTO!!! A minha postura sempre foi, “só ali foram colocados, porque em fase de concurso EXTERNO a isso se dispuseram, tendo colocado o código(s) de tal situação”

Para nunca incorrer em tal situação sempre fiz os meus concursos sob uma consciência profissional e pessoal assentes na razoabilidade, ou seja quando era mais novo e livre de encargos familiares concorri e estive deslocado em várias zonas do país (ilhas incluídas) por entender que estava disposto a tal. à medida que os anos foram passando e que as minhas responsabilidades familiares foram aumentado, fui condicionando as minhas opções de concurso. A minha consciência profissional diz-me que não posso querer agarrar uma colocação a qualquer preço. A minha consciência, diz-me que não posso querer agarrar um lugar a 120km de casa e depois acreditar que fazendo 240km por dia posso ensinar Matemática como deve ser, ou posso ter tempo e capacidade para preparar as minhas aulas , ou ainda que o montante que me sobre entre gastos e proveitos me é suficiente para subsistir (conheci um colega que fazia Gaia – Oliveira do Hospital – 175kmX2 todos os dias!!!!!). Sob esta consciência tenho feito concursos que me podem colocar em contratos menos almofadados, mas exequíveis.

Este ano não entendo o que e que o MEC pretende com as novas regras do concurso externo de professores. Qual é o objectivo prático da obrigatoriedade de um número mínimo de escolas, concelhos e QZPs? Já pensou que obrigar profissionais externos aos quadros a terem de se candidatar a um número mínimo de opções seria o mesmo que obrigarmos os nossos jovens candidatos ao ensino superior terem de se candidatarem a um número mínimo de cursos ou Universidades distintas? Acha que isto faz sentido?

O Doutor Nuno Crato que me habituei a ouvir e ler não pode concordar com isto! Tenho a certeza!
Será que tinha real consciências desta situação? Quer um exemplo para que possamos ver e sentir melhor do que podemos estar aqui a falar? Ok… se quiser pode descarregar o mapa anexo para me seguir mais facilmente…

Imaginemos o meu caso (professor de matemática há 7 anos com uma graduação a nível nacional confortável (posição 1000 p.e.)) mas a morar em Castro Marim (cod.0804) e por já estar na tal posição minimamente confortável (no meu grupo) costumo concorrer a 8 ou 10 concelhos em torno do meu de residência num raio de 60km apanhando escolas de 2 QZPs, (08 – Algarve e 02 – Baixo Alentejo) mas não aos QZPs inteiros pq trabalhar em Mértola (cod.0209) é mais vantajoso do que ir para Aljezur (0803). E tenho sempre tido colocação.
Ora este ano, com o mesmo perfil de professor externo sou obrigado a concorrer a 2 QZPs inteiros (cod. 08 e 02 escolhidos por razões óbvias), o que na prática quer dizer que estou disponível para trabalhar por exemplo em Grândola (cod.1505) a cerca de 220km (2:20h) da minha residência! Mas isto não pode ser verdade!!! Eu de facto não estou disponível para tal! A minha graduação por ser confortável vai colocar-me bem posicionado no caso de existirem vagas em Grândola, mas aí eu vou ter de fazer mais de 440km por dia para ir trabalhar ou mudar-me para lá por um ano a troco dos mesmos 1000€!

Está ver o perverso que isto é? Não poderia ficar nessa escola de Grândola o colega que é 1001 e por acaso até mora lá e sempre concorreu para essa escola? Face a esta opção para mim o melhor era mesmo ficar sem escola! Agora desta forma se eu depois de ser lá colocado não me disponibilizar a ir… fico 2 anos sem poder concorrer!

Há quem sugira que estas alterações foram conscientes e propositadas, para que os contratados não concorram (a malta da teoria da conspiração), o que eu não acredito!!!! Acredito mais que quem fez isto só olhou para Lisboa, onde facilmente temos 2 QZPs (cod. 23 e 11) com uma distância máxima de 60km (Cascais – Vila Franca de Xira)

Por isso peço-lhe que olhe para o Decreto-Lei 132 de 06/2012 (que como por magia passou a regular um concurso público que foi aberto pelo MEC a 13 de Abril 2012) com o espírito critico e a inteligência que sempre me habituei a ver nas suas argumentações. Olhe essencialmente para esta questão dos números mínimos obrigatórios e convença-me e convença-nos que há alguma lógica e justiça nesta situação.

Neste momento sinto que, sob a ditadura das aplicações informáticas, há milhares de professores contratados que vão concorrer para centenas de escolas onde não estão dispostos nem capazes de trabalhar criando, pela primeira vez na história dos concursos de professores, argumentos (agora VERDADEIROS) para milhares de dramas profissionais e pessoais dos professores portugueses.

Como profissionais externos a qualquer quadro podemos não ter grandes direitos (mesmo que já o sejamos há 14 anos, como é o caso da minha mulher) mas o mínimo que gostaríamos de sentir por parte do nosso país, em geral, e do governo, em particular, era o mínimo de respeito pelas nossas vidas.

Grato pelo tempo que me dispensou e certo da sua reflexão inteligente sob o exposto,
Com os melhores cumprimentos,


Rui Ferreira

Isto é tudo demasiado mau.

Nova lei do arrendamento passa a ser uma questão de fé

(…)

O grande problema desta nova lei é que prevê um período transitório de cinco anos que protege os idosos, deficientes e carenciados, ou seja, a maior parte dos inquilinos que beneficiam de rendas congeladas. Passando estes cinco anos, ninguém sabe o que vai acontecer a estes inquilinos quando forem obrigados a pagar pelo arrendamento o valor de mercado, ou quando forem despejados das suas habitações.

A ministra terá dado a Cavaco garantias de que o Governo assegurará a protecção social dessas pessoas daqui a cinco anos e o Presidente da República, com base nessa “garantia”, promulgou o diploma. O problema é que daqui a cinco anos nem Cavaco e, muito provavelmente, nem Cristas estarão nos respectivos cargos para resolver o problema que estão agora a criar.

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