Junho 2012


… já pagaram pelos erros cometidos?

Não? E andam à solta e são premiados e tudo muito pim? Então é porque resulta.

Antes era a “Graça de Deus”, agora é porque é permitido “por lei”.

Pokey LaFarge and the South City Three, Drinkin’ Whiskey Tonight

São estas evidências – no entender de muitos dentro do PS – que uma nova geração de socialistas começa a contestar, embalada pelas lições da crise internacional. “Há uma sintonia geracional”, diz o deputado Pedro Nuno Santos. Com ele estão, neste combate, os ex-líderes da Juventude Socialista (JS) Sérgio Sousa Pinto e Duarte Cordeiro e o actual, Pedro Alves. Mas também deputados como João Galamba ou Isabel Moreira. São, para já, um grupo informal, mas têm, a médio prazo, a ambição de poder. Estiveram com Sócrates sem hesitações e rapidamente deixaram de se rever em António José Seguro. Fazem parte da mesma geração, entre os trinta e os quarenta anos.

As parcas me livrem desta malta chegar ao poder com a ajuda dos, por exemplo, oliveiras social-democratas bloquistas, prontos para servirem de muleta aos ex-líderes da JS que sucederam a Sócrates e Seguro…

Tudo com a benesse do patriarca Soares e quiçá com uma candidatura presidencial de um novo silva.

O Conselho Nacional das Associações Profissionais de Educação Física (CNAPEF) e a Sociedade Portuguesa de Educação Física (SPEF) reuniram no dia 29 de Junho, Quinta-feira, na sede da CONFAP, os representantes daquelas duas instituições com uma delegação do Conselho Executivo da Confederação Nacional das Associações de Pais – CONFAP, tornando público um comunicado conjunto, que envio em anexo.
Cumprimentos.

Anexo: Comunicado_CONFAP_CNAPEF_SPEF.

MOUSINHO MOSSE, marido da nossa colega Helena Carneiro, ex-jogador de futebol e atualmente treinador foi-lhe diagnosticado E.L.A. (esclerose lateral amiotrófica), uma doença neuro muscular, degenerativa, progressiva, incurável e, até agora, fatal.

Tem 48 anos e sempre foi desportista. Em menos de um ano viu reduzidas as suas capacidades de andar, ser autónomo, estando quase totalmente dependente.

Porque a família do Mousinho é Moçambicana e quis ajudar, marcou-se uma consulta na África do Sul com uma neurologista famosa, Jody Pearl, que trata um famoso jogador de rugby sul africano com a mesma doença e que lhe fez o primeiro transplante de células estaminais na África do Sul.

A neurologista na Africa do sul observou o Mousinho e fez-lhe outros exames. Disse que o transplante de células estaminais não tinha resultado no tal jogador de rugby, mas que há um programa totalmente inovador que tem vindo a ter otimos resultados, inclusivamente nesse jogador de rugby, que o fez por 6 semanas e que está francamente melhor. Também há outro caso de uma pessoa Sul Africana que já estava em cadeira de rodas e que voltou a andar. Ela disse que viu com os próprios olhos.

O programa chama-se AIMSPRO é em Londres. Trata-se de umas injeções feitas de um componente do sangue de umas cabras especiais da Austrália, que já tem vindo a ser usado na esclerose múltipla, mas que só há pouco tempo foi experimentado na E.L.A. com muito bons resultados.

O problema são os custos, porque como ainda é experimental, tem de se pagar tudo.

Cada injeção custa 200 libras e pode ter de levar uma por dia, dependendo do peso da pessoa e da gravidade da doença. (já foram enviados todos os exames para o médico em Londres e o Mousinho já está a fazer preparação com produtos naturais).

Tem de ficar em Londres 10 dias e depois pode continuar o tratamento em casa, por um tempo indeterminado. A neurologista diz que talvez para o resto da vida.

Enquanto o tratamento não for oficializado não vai ser financiado.

Apelamos à vossa solidariedade, porque sem ela será impossível!

Conta solidária:

NIB: 001800032248615302092

Para confirmação da veracidade deste pedido podem contactar a direção do Agrupamento de Escolas de Santo António – Barreiro

Email: info@escolasdestantonio.edu.pt

Situação recebida por mail e que faz sentido colocar em busca de uma solução que não seja casuística e atribuída à autonomia de cada órgão de gestão…

(…)

Fui notificado pela direção da minha escola que que terei de concorrer no próximo concurso como DACL, como sou QZP gostaria de saber a sua opinião de se para além da graduação profissional, não deve ser tida em conta a última lista de graduação do concurso na distribuição de tempo de serviço para o próximo ano letivo?

Como os QZP foram colocados anteriormente aos destacamentos no último concurso e as escolas estão a deturpar a lei e a enviar QZPs para DACL, por considerarem os destacamentos como quadros das suas escolas, quando estes, segundo a legislação, Decreto-Lei n.º 132/2012 de 27 de junho, Artigo 28.º, alínea c), estão a “exercer transitoriamente funções docentes noutro agrupamento” ou seja colocados transitoriamente (não são quadros desse agrupamento, apenas exercem funções transitoriamente), poderá V. Exa. compreender este contrassenso e explicar a justiça das colocações que tinham sido aceites à data do último concurso e continuam a ser lei no concurso 2012/2013.

Caso os docentes destacados sejam considerados quadros na escola de provimento, as direções estão obrigadas a enviar para DACL um quadro efetivo dessa escola, desde que a sua graduação profissional seja inferior à do colega destacado, o que por si só poderá parecer ser caricato, mas relembro que no último concurso os professores titulares, pessoas com graduação profissional e tempo de serviço do topo da carreira, foram impedidos de concorrer para as escolas próximas da sua residência, podendo agora pedir destacamento. Não havendo graduação do concurso, o destacado está em pé de igualdade com o quadro de escola e com o QZP, mas com a rede de segurança da sua escola efetiva.

Penso que esta questão é muito pertinente e levará a diferentes interpretações em diferentes escolas.

Transcrevo ainda, para que não restem dúvidas o referido pelo Decreto-Lei n.º 132/2012 de 27 de junho, Artigo 28º:

“1— A mobilidade interna destina -se aos candidatos que se encontrem numa das seguintes situações:

a) 1.ª prioridade — docentes de carreira a quem não é possível atribuir pelo menos seis horas de componente letiva;

b) 1.ª prioridade —docentes de carreira do quadro de zona pedagógica não colocados no concurso interno;

c) 2.ª prioridade— docentes de carreira do quadro dos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas que pretendam exercer transitoriamente funções docentes noutro agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

 

Aproveito aina para lhe colocar outra questão que se prende com as habilitações para a docência, tive conhecimento de escolas em que estão a aproveitar os recursos do ministério para lecionarem área a fim, como as AEC no 1º ciclo, e outras e seguindo o exposto:

“Despacho n.º8683/2011, ponto 19— A planificação das atividades de animação e de apoio à família bem como de enriquecimento curricular deve, obrigatoriamente, envolver os educadores titulares de grupo, os professores do 1.º ciclo titulares de turma eos departamentos curriculares e mobilizar os recursos humanos e físicos existentes no conjunto dos estabelecimento do agrupamento.”

“Despacho n.º 14460/2008 ponto 7— Quando o agrupamento de escolas, não sendo entidade promotora, disponibiliza recursos humanos para a realização de uma ou mais atividades de enriquecimento curricular, tem direito a receber, por parte da entidade promotora, e em termos a constar do acordo de colaboração, o montante correspondente à disponibilização dos referidos recursos humanos.”

“Despacho normativo n.º 13-A/2012 despacho 11— Na definição das disciplinas de oferta de escola é prioritária e determinante a racional e eficiente gestão dos recursos docentes existentes na escola, designadamente dos professores de carreira afetos a disciplinas, áreas disciplinares ou grupos de recrutamento com ausência ou reduzido número de horas de componente letiva.”

 A meu ver, as escolas deveriam ser obrigadas a utilizar todos os recursos existentes antes de contratar dar às empresas e câmaras a lecionação destas áreas, o que não está a ser feito, sendo inclusivamente benéfico e lucrativo a utilização de quadros de agrupamento sem componente letiva, quadros de zona pedagógica e contratados com habilitação profissional nestas áreas. É importante retirar a arbitrariedade e compadrio a que vergonhosamente se assiste todos os dias. Não considera que o MEC está obrigado a regular fortemente os horários que são outorgados nas AEC?

Parabéns pelo excelente blog
Um seu leitor
.
A.

Simulador para cálculo do crédito horário das escolas

1 de Junho de 2012:

Relvas afasta-se do palco

Miguel Relvas – até aqui o principal rosto do Governo – optou por afastar-se dos holofotes da comunicação social e dos contactos com os jornalistas. As polémicas das últimas semanas, em torno das suas relações com Jorge Silva Carvalho e também das alegadas pressões sobre o Público, deixaram marcas e até que os dossiês estejam fechados o frenesim vai acalmar.

29 de Junho de 2012:

Relvas diz que agravamento do défice “era previsível”

Agora até já é especialista em Finanças… se era previsível porque não o previram?

Mas a este os arménios e as hienas laranjas não chegam… ou não querem… ou não têm coragem para…

Porque o currículo dos indivíduos em causa demonstra a sua competência para multiplicar o dinheiro. O seu, em primeiro lugar. Mas pode sempre ser que, depois de cuidarem de si, dêem alguma coisa a ganhar ao Estado.

Condenados do BPN contratados pelo Estado

Dois dos condenados pelo Banco de Portugal por prestação de informação falsa e falsificação de contas no caso BPN, trabalham como diretores para um fundo do Estado.

Álvaro Santos Pereira foi e é um erro de casting neste Governo. Ele deveria ter sido o primeiro a percebê-lo mas, infelizmente, cedeu à tentação de se aproximar do poder com a crença de ser possível fazer algo. Acredito na sinceridade dele, mas não sei bem no que acredito em relação ao que estava a pensar quem o convidou. Quanto ao seu desempenho… há coisas feitas, mesmo se discordo de algumas das suas opções, e há uma falha enorme, a qual resulta da sua profunda inabilidade em lidar com os média e os feudos instalados na nossa vida política.

Para além disso, é um ministro desprotegido, estranho à máquina laranja que o encara como intruso, visto como fraco e, portanto, uma vítima ideal para o que eu chamaria de hienas políticas.

Essa fragilidade agrada em especial a dois sectores: o dos que promovem activamente protestos como o da Covilhã e o dos que, na sombra, querem substituí-lo para levar o que de pior tem a coligação PSD/CDS para nos oferecer em matéria de interesses. Rui Rio sabe disso.

Os manifestantes têm toda a legitimidade para manifestar o seu desagrado em relação às políticas económicas e financeiras do Governo e o fazerem da forma que entendem. Só é pena que tenham optado por atacar quem sentem ser o elo mais fraco do governo e por, objectivamente, se colocarem ao serviço dos que querem fazer Álvaro Santos Pereira sair para lá colocarem pequenos (ou grandes) isaltinos (equivalentes aos gomes e varas) em seu lugar para melhor manobrarem as rédeas dos negócios que passam pelo ministério da Economia. O episódio QREN foi apenas a face mais visível da tentativa de esvaziamento dos poderes do ministro Álvaro. Feita a partir de dentro do Governo e do PSD. Agora temos a tentativa de assalto a partir de fora, visando exibir a cabeça do ministro como vitória de uma luta sem programa que não seja armar barraca para aparecer na televisão.

Pessoalmente, não gosto de hienas de nenhuma cor (vermelha, rosa ou laranja) que atacam aqueles que sentem estar mais fracos ou debilitados, para alcançar objectivos duvidosos. Assim como acho que 0 cidadão que se atirou para cima do carro do ministro escusava de mentir, porque as imagens demonstram claramente que o carro não avançou.

Que os puros do costume me ofendam como bem entenderem porque mantenho o que escrevi: há uma objectiva aliança multicolorida de hienas políticas para afastar o ministro Álvaro. E como todos os bullies de pátio de escola, acho-os cobardes.

É sempre curioso que quem afirma ser contra a instabilidade na Educação acabe por praticá-la com a mesma agilidade e habilidade que os experimentalistas, eles mesmos.

Ao que parece, as metas curriculares apresentadas ontem vão estar em discussão quase até ao fim de Julho e só depois sairão os documentos finais, certamente de meados de Agosto para diante. E vai ser giro levar ali umas semanas, no início do ano lectivo, a empatar, empatar, antes de…

O que é inaceitável, mesmo em disciplinas “novas” como Educação Visual e Educação Tecnológica do 2º ciclo (ou mesmo TIC do 3º na sua nova fórmula) que precisavam saber ao que andariam. Mas ficamos sem perceber se as metas agora definidas, por exemplo, para o 6º ano são para levar muito a sério, visto que os alunos tiveram no 5º ano outra disciplina que tinha metas definidas de outra forma e com base em outros princípios.

Quanto à Língua Portuguesa (agora parece que se vai chamar Português) e à Matemática, estas metas surgem como mais uma peça postiça em edifícios de normativos já de si confusos, complexos e não sei que mais… e fica-se sem saber o valor relativo de tudo o que está em confronto… mas então segue-se o programa, as metas «fortemente recomendadas» ou exactamente o quê? Os exames/provas finais do próximo ano terão como base estas metas, já, mesmo se os professores e alunos não as tiveram como base para o trabalho dos anos anteriores?

No caso da Língua Portuguesa, para um novo admirador do novo programa como eu, estas metas apresentam-se como mais concretas e compreensíveis do que diversas passagens dos documentos anteriores. Só que tudo parece resultar de uma navegação à vista, em que se sucedem pequenas cliques na definição dos princípios estruturantes de uma disciplina que se pretende estruturante mas está há meia dúzia de anos em profunda instabilidade, porque foi tomada de assalto por guerrinhas de facções académicas.

Desde o anúncio da TLEBS, em meados da década anterior, que andamos a navegar ao sabor dos gostos e humores das cliques que mais se conseguem aproximar do poder para/de definir o que é apresentado como orientações para todos. Este episódio é apenas mais um de uma história muito atribulada em torno do ensino da Língua Materna, numa inaceitável sucessão de zigues e zagues, rectas feitas com o acelerador a fundo e contracurvas apertadas, autêntica mistura de montanha russa com casa dos espelhos, onde alunos e professores são cobaias de shôtôras e shôtores que nunca colocaram os pés numa aula do Ensino Básico, ou foram lá de visita para orientar.

Aguarda-se, agora, o que vai acontecer com outras disciplinas… há capacidade para fazer novos programas ou vai-se optar por fazer alinhamento de metas?

No caso da História, que me interessa sobremaneira, estou com curiosidade para perceber que facção vai tomar conta da coisa, em especial no que se refere à História Contemporânea… será um grupinho rosado ligado ao grande guru do bloquismo histórico e do Fascismo em geral para todos ou será um ligado ao ruiramismo revisionista que encontra bichos-papões jacobinos em qualquer aroma de inconformismo? Porque tudo isto tem implicações numa outra área importante que é a da produção de manuais, onde estão cristalizados muitos vícios e rotinas mentais…

Mas quem fala da História Contemporânea, fala do resto da História, em que se confrontam, mais do que visões alternativas, grupos de interesses concorrentes na área de negócio em disputa.

A ver vamos, dizem os cegos perante tanta iluminação que lhes vem de cima…

M.

Já nada nos pertence,
nem a nossa miséria.
O que vos deixaremos
a vós o roubaremos.

Toda a vida estivemos
sentados sobre a morte,
sobre a nossa própria morte!
Agora como morreremos?

Estes são tempos de
que não ficará memória,
alguma glória teríamos
fôssemos ao menos infames.

Comprámos e não pagámos,
faltámos a encontros:
nem sequer quando errámos
fizemos grande coisa!

[Manuel António Pina] – Aos Filhos, in Um Sítio Onde Pousar A Cabeça

The All-Americam Rejects, Swing, Swing

Novas metas curriculares, “fortemente recomendadas” para próximo ano lectivo e obrigatórias para 2013/14, em discussão até 23 de Julho.

Microsoft oferece o Office 365 ao ensino português.

Estado já injectou 5.650 milhões no BCP, BPI e CGD

O Estado acaba de injectar 5.650 milhões de euros em três dos maiores bancos portugueses. “As instituições de crédito portuguesas encontram-se agora entre os bancos mais bem capitalizados da Europa”, sublinhou o Ministério das Finanças.

Estado injeta mais de 6 mil milhões na banca

BCP, BPI e CGD estão «entre os mais bem capitalizados da Europa».

Mas certamente os ulriches terão algo a dizer sobre os gastos do Estado Gordo… e quanto à Caixa… é apenas a reposição do desfalque forçado que levou para acudir ao BPN e outros negócios de sucesso…

A pior maneira de fazer oposição a este MEC é lançar balões e dizer inanidades…

Fenprof contra calendário escolar e “castigos” a meninos que “chumbam na 4.ª classe”

Adequadamente anónimas porque, diz quem sabe, parecem ter sido feitas numa curta noite de Verão:

As metas curriculares de Português (quando será que as shôtôras do Secundário e Superior aprendem que no Básico o nome da disciplina é Língua Portuguesa?) estão aí e, para minha alegria pessoal e de tantos outros docentes, fazem os possíveis por terraplanar pelo menos dois anos de trabalho feito na planificação do novo programa, em especial na anualização dos seus conteúdos e na programação das actividades a desenvolver nos diversos ciclos de escolaridade.

Não me vou demorar muito a explicar como, desde 2009/10, os docentes de Língua Portuguesa andaram em formação sobre o novo programa e tiveram como função semanal ou quinzenal reunirem-se, planificarem, produzirem materiais, etc, etc, com base nesse programa, nas metas anteriormente definidas e em não sei quantos documentos orientadores ou auxiliares. Ainda este ano lectivo cada docente de Língua Portuguesa tinha (ou devia ter) um bloco de 90 minutos da sua CNL para esse efeito, durante a qual se deviam reunir, em grupo disciplinar ou em reunião alargada de dois ciclos, para trabalhar, partilhar materiais, etc, etc.

Percebemos agora que, graças ao esforçado esforço de esforçados especialistas, aquilo que foi feito pode ir, em grande parte, para o raio que me quebre os miolos, pois o que vem nas metas vai ser «fortemente recomendado» para o próximo ano lectivo e obrigatório no seguinte.

Pela parte que me toca, é simples… se já ficava apenas com o meu pior olho (o esquerdo, claro, o das 6 dioptrias) atento a estas papeladas do novo programa e coiso, agora acho que só deixarei o olho que é cego a observar esta nova documentação.

Desculpem lá, qualquer coisinha, mas ide gozar com o vosso próprio trabalho, ‘tá bem?

O MEC decidiu definir metas curriculares para algumas disciplinas, incluindo as conhecidas estruturantes, Língua Portuguesa e Matemática. Claro que isto surge depois de anos de preparação de novos programas em vigor, da recente definição de metas de aprendizagem, e com uma evidente falta de respeito pelo trabalho de muitos professores. è verdade, não adianta esconder.

O amadorismo foi o costumeiro, com a falta de materiais disponíveis para os espectadores da cerimónia oficial (desde logo a estória rocambolesca das metas de EV/ET), deixando os representantes das associações de professores que lá estavam em palpos de aranha para dizerem algo.

O que, por norma, não culmina com ausência de declarações, mas com declarações para encher, ams escasso sentido.

Isolo duas, por serem sintomáticas da desorientação que acometeu, de novo muita gente:

Por essa razão, os presidentes das associações de professores de Matemática, Português e Educação Visual e Tecnológica, quando contactados pelo PÚBLICO ao fim da tarde de ontem, pouco tinham ainda a dizer sobre as novas metas para as suas disciplinas.

Mas o que foi dado a saber na sessão de ontem deixou-os apreensivos. Elsa Barbosa, da Associação de Professores de Matemática, diz que “choca” o facto de a referência de base voltar a ser o ano e não o ciclo de escolaridade, o que aliás, vinca, contraria o programa em vigor. Neste estão definidos os conteúdos que devem ser trabalhados e adquiridos até ao final de cada ciclo. Mas nas novas metas as aprendizagens a adquirir estão identificadas ano a ano.

(…)

Depois de um dia passado na apresentação, Filomena Viegas, da Associação de Professores de Português, sabe que o documento para esta disciplina tem 60 páginas. Na sessão de trabalho onde esteve havia dois exemplares que circulavam entre os presentes. Chegou a estar à sua frente apenas o tempo suficiente para perceber a “macroestrutura”. Não se pronuncia, portanto, ainda sobre as metas, mas o que lhe foi permitido ver suscita-lhe “reservas” e transmitiu-as na sessão de ontem.

Vamos por partes:

  • Os novos programas, estando pensados em termos de ciclos, não impedem em momento algum, a anualização dos conteúdos a leccionar, muito pelo contrário. pelo que a representante da APM pode ter muitas críticas a fazer a estas metas, mas não aquela.
  • Quanto à representante da APP, para além da discrepância do número de páginas do documento que consultou, não percebo aquilo que refere como “macroestrura” visto que, se há coisa bem evidente nas tais metas, é o alinhamento de conteúdos e objectivos específicos, a uma escala evidentemente micro.

Depois… uma crítica natural à forma como estes documentos foram produzidos… são documentos emanados de grupos o que, mesmo sendo uma inevitabilidade dentro dos prazos em presença, não elimina a sensação algo tribalista de algumas opções tomadas.

 

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