À chegada à escola, pelo final da manhã, deparei com alguns sorrisos, entre o irónico e o incrédulo, dos colegas de Matemática perante o «exame» do 9º ano, mais um daqueles destinados a fabricar sucesso rapidamente e em força.
Para mim continua a ser incompreensível que numa prova deste tipo, para além do uso de maquinetas de calcular, seja fornecido um formulário aos alunos para usarem na resolução dos problemas.
Como se hábitos rudimentares de memorização fosse um crime de lesa-intelecto.
Em coerência, as provas deveriam vir já com o nome dos alunos impresso que sempre libertaria mais a cabeça para fixar questões mais importantes.
Claro que quem não sabe nada dificilmente consegue sequer usar o formulário, mas verdade se diga que qualquer aluno mediano fica assim com a vida muito facilitada para parecer que é bom ou mesmo bom, bastando para isso ser esperto.
E depois temos a complexidade das questões, que chega a ser ridícula, como o caso da número 6 (6.1 e 6.2) em que se pede um raciocínio e um cálculo que qualquer aluno no final do 2º CEB deveria saber fazer sem máquina e só olhando para o enunciado do problema. Enunciado esse cuja extensão apenas oculta o simplismo do que é pedido.
Se isto é o que um aluno de 15 anos e no final da escolaridade básica deve saber para ter sucesso, estamos perdidos. Não admira que os orçamentos derrapem e as obras públicas esboroem ao fim de alguns meses.
Podem depois aparecer níveis astronómicos de sucesso e garantirem que é tudo por causa do PIM-PAM-PUM e os quadros interactivos que em muitas escolas continuam á espera de uso.
A verdade é que isto se tornou uma enorme mistificação.
Junho 20, 2008 at 9:51 pm
Pois é…:
Algumas questões podiam ser resolvidas por alunos do 2º ciclo
Professores de Matemática consideram prova do 9.º ano a mais fácil de sempre
20.06.2008 – 18h07 Lusa
A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou hoje que o exame nacional de 9.º ano da disciplina foi o “mais fácil” desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo. Também a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) criticou o reduzido grau de dificuldade do exame, sublinhando que “a nivelação por baixo” poderá ter custos futuros “muito graves”.
“Na generalidade, a prova é mais acessível e mais fácil do que nos anos anteriores. Algumas questões poderiam ser resolvidas por alunos do 2º ciclo”, defendeu Sónia Figueirinhas, vice-presidente da APM.
Perto de 100 mil alunos realizaram hoje o exame nacional de Matemática, que se realiza desde 2005. O ano passado, 72,8 por cento dos estudantes tiveram nota negativa, quando em 2006 a percentagem de chumbos no teste situava-se nos 63 por cento.
“Em algumas questões ficou aquém das competências e conhecimentos que os alunos no final do 9.º ano deveriam ter. Se em exames anteriores as questões eram mais elaboradas e difíceis, não há razão para que este ano também não fossem”, acrescentou.
Sublinhando que o exame “não tem erros” e que os 90 minutos, mais 30 de tolerância, estão adequados para a realização da prova, a responsável salientou que em relação à geometria, por exemplo, o exame aponta “mais para nomes do que para competências”.
“Há questões que outros ciclos de ensino saberiam resolver de certeza, mas a prova é sobre os conteúdos leccionados no 7.º, 8.º e 9.º ano”, lamentou.
Assim, a Associação de Professores de Matemática espera que haja “uma grande melhoria” nos resultados em relação a 2007, mas sublinha que as provas “não são comparáveis”.
Já na quarta-feira, a APM lamentou que o exame nacional de 9.º ano da disciplina, realizado nesse dia, incluísse matéria do 2º ciclo (5.º e 6.º ano), considerando que esta opção pode ser “excessivamente fácil para os alunos”.
SPM diz que prova foi das mais elementares dos últimos anos
À semelhança da APM, também a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considerou que o exame nacional do 9.º ano da disciplina foi um dos mais fáceis. “No seu conjunto, o nível desta prova é certamente dos mais elementares – se não o mais elementar – produzidos nos últimos anos nas provas nacionais de Matemática. Se é verdade que muitos alunos e alguns pais podem ficar satisfeitos com o facto, e se é verdade que seja positivo que os jovens vejam as questões matemáticas como alcançáveis, os custos futuros podem ser muito graves”, defende a sociedade em comunicado.
Sublinhando que a prova não tem “erros científicos nem formulações duvidosas”, a SPM critica, porém, que aos alunos do final do terceiro ciclo deveria “exigir-se” outro tipo de dificuldade, exemplificando com a questão 1, “que se resolve contando pelos dedos”, a 3, que “pode ser facilmente resolvida por alunos do 1º ciclo”, ou a 6, que “envolve percentagens tão simples que qualquer aluno do 2º ciclo deveria ser capaz de resolver”.
“Os conhecimentos testados não estão ao nível do que se deveria esperar de um aluno no final do Ensino Básico. Não são avaliados importantes tópicos que devem ser dominados no 9º ano, como sistemas de equações, proporcionalidade inversa, polígonos e áreas de polígonos”, entre outros.
Segundo a sociedade, não há em geral nenhum problema em introduzir num teste problemas de matérias de anos anteriores. No entanto, acrescenta, isso não deve ser feito sistematicamente e quando feito deve recorrer-se a conceitos, técnicas e algoritmos correspondentes ao nível mais avançado. “Alguns jovens vão terminar aqui os seus estudos. Outros vão prossegui-los no ensino secundário. Nem uns nem outros podem concluir estar bem preparados para os anos que os esperam pelo facto de conseguirem resolver satisfatoriamente este enunciado”, acrescenta.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1333050
Junho 20, 2008 at 9:58 pm
Fora de contexto – mas como não largo o osso:

Junho 20, 2008 at 10:07 pm
Facilitismo? Não! Garantia de estatísticas de sucesso, “científicamente” garantidas em jogadas de antecipação!
Junho 20, 2008 at 10:08 pm
Não – não está fora de contexto – isto está tudo muito bem interligado – mais do que vocês julgam…:
http://livresco.wordpress.com/2008/06/20/viva-a-irlanda-2/
Junho 20, 2008 at 10:14 pm
pARA O SENHOR ALBINO GUY E OUTROS QUE TAIS
Não creio que se possa definir o homem como um animal cuja característica ou cujo último fim seja o de viver feliz, embora considere que nele seja essencial o viver alegre. O que é próprio do homem na sua forma mais alta é superar o conceito de felicidade, tornar-se como que indiferente a ser ou não ser feliz e ver até o que pode vir do obstáculo exactamente como melhor meio para que possa desferir voo. Creio que a mais perfeita das combinações seria a do homem que, visto por todos, inclusive por si próprio, como infeliz, conseguisse fazer de sua infelicidade um motivo daquela alegria que se não quebra, daquela alegria serena que o leva a interessar-se por tudo quanto existe, a amar todos os homens apesar do que possa combater, e é mais difícil amar no combate que na paz, e sobretudo conservar perante o que vem de Deus a atitude de obediência ou melhor, de disponibilidade, de quem finalmente entendeu as estruturas da vida.
Junho 20, 2008 at 10:16 pm
PARA AQUELES QUE JULGAM QUE MUDAR SIGNIFICA INTELIGÊNCIA..
A Mudança só se Dá na Continuidade
Dirigirmo-nos a alguém com a missão de que se transforme noutro, é irmos com a embaixada de que ele deixe de ser ele. Cada qual defende a sua personalidade, e só aceita uma mudança na sua maneira de pensar ou de sentir, na medida em que esta alteração possa entrar na unidade do seu espírito e enredar-se na sua continuidade; na medida em que essa mudança se puder harmonizar e se conseguir integrar com tudo o resto da sua maneira de ser, pensar e sentir, e possa, por outro lado, enlaçar-se nas suas recordações. Nem a um homem, nem a um povo – que, em certo sentido, também é um homem – se pode exigir uma mudança, que desfaça a unidade e a continuidade da sua pessoa. Pode-se mudá-lo muito, quase até por completo; mas sempre, dentro da continuidade.
É certo que, em certos indivíduos, acontece aquilo a que se chama mudança de personalidade; mas isso é um caso patológico, e é como tal que os psiquiatras o estudam. Nessas alterações de personalidade, a memória, base da consciência, arruina-se por completo e, ao pobre paciente, só resta, como substracto de continuidade individual – já que não pessoal -, o organismo físico. Tal enfermidade equivale à morte para o sujeito que dela padece; para os que não equivale à sua morte é para os seus herdeiros, se tiver bens de fortuna: e essa enfermidade não é senão uma revolução, uma verdadeira revolução.
Miguel de Unamuno,
Junho 20, 2008 at 10:18 pm
Junho 20, 2008 at 10:19 pm
Não tarda temos os melhores alunos de toda a Europa!
Junho 20, 2008 at 10:19 pm
http://livresco.wordpress.com/
Junho 20, 2008 at 10:19 pm
O exame nacional de Matemática de 9º ano é FÁCIL. Diz-se em todo o lado. Até os alunos o dizem!
“Facílimo!”
“Vou ter nível 4!”
“Vou ter nível 5”
“Quando sair a nota, vou mostrar à stora e dizer-lhe que merecia mais do que o 3”
Será que vale a pena exigir? Vale a pena tentar melhorar o nível de desempenho dos nossos alunos? Para quê? para realizarem provas “facilimas”?
No próximo ano, já tenho uma questão para o tema estatística:
“as estatísticas dos resultados dos exames de Matemática do 9º ano podem ser enganadoras” ….Analise os gráficos e comente a afirmação.
Junho 20, 2008 at 10:22 pm
http://porquemedizem.blogspot.com/
Junho 20, 2008 at 10:24 pm
Junho 20, 2008 at 10:26 pm
Agora o “copianço” já vem na própria prova.
– Porreiro, pá!!!
Mas… e o aluno que trabalhou, estudou, preocupou-se em memorizar e entender a matéria? Passará, com este tipo de situações, a achar que vale a pena o “sacrifício” do estudo?
Espero bem que os pais do nosso país acordem a tempo…
Junho 20, 2008 at 10:27 pm
Espectacular:
Este nome de João Cravinho diz-me qualquer coisa!!!!… Já ouviram falar nele? (sem comentários) Exonera a secretária, mas nomeia-a descaradamente de seguida a ganhar 2300 euros, mais alcavalas. Assim é que é trabalhar com eficiência… No mesmo dia é exonerada, a seu pedido, é nomeada para um cargo (ou o mesmo?), mas muito melhor remunerado…. (vejam bem as datas!) e os números seguidos dos despachos, nem se dão ao cuidado de disfarçar. Assim se contorna a progressão na carreira e se riem de nós…
Podem conferir: Diário da República (2 Série) do passado dia 15 de Abril 2008.
http://porquemedizem.blogspot.com/2008/05/que-pas-este-ou-histria-de-uma.html
Junho 20, 2008 at 10:30 pm
Não valeria mais passar todos os alunos automaticamente? Poupava-se tanto dinheiro no papel e na tinta…
Junho 20, 2008 at 10:35 pm
Paulo:
Um aluno com capacidade Matemática não tem que saber todas as fórmulas. Tem que as aplicar.
E, quando o aluno sabe aplicar, não precisa do formulário…
O facilitismo de que se tem falado está relacionado com a incapacidade, por parte dos alunos, de exercítar a sua mente.
No 1º ciclo do ensino básico, começa-se a introduzir a máquina de calcular.A “tabuada cantada” já não é o que era.
Um aluno com um bom cálculo mental é um bom aluno em Matemática.
No segundo ciclo, um aluno não sabe quanto é o dobro de 12, porque a máquina dá a resposta…
No terceiro ciclo, o uso da máquina é obrigatório.
onde está o raciocínio? Onde está a base da comunicação matemática?
25% de 400.Será que é preciso máquina para calcular esta percentagem? Não me parece, mas o facilitismo está a permitir que se abra uma fenda muito profunda no ensino da Matemática.
Junho 20, 2008 at 10:35 pm
Com. 13,
Pois é! Dantes alguns alunos faziam cábulas e enquanto as faziam apreendiam e memorizavam alguma coisa. Agora as cábulas são fornecidas, para quê perder tempo a fazê-las?
– Porreiro, pá!
Junho 20, 2008 at 10:39 pm
Aferição aferida de morte
17:53 | Sexta-feira, 20 de Jun de 2008
Aferir não é abrir a ferida. Aferir é avaliar, comparar ou cotejar. As provas de aferição, do 4º e 6º ano (em Língua Portuguesa e Matemática), cujos resultados foram divulgados agora, não avaliam nada. Nem comparam. Limitam-se a apresentar resultados numa escala classificativa nova (A, B, C, D, E) para não aferir susceptibilidades.
Havia, e há, a antiquíssima escala de 0 a 20, a mais precisa, que se utiliza no ensino Secundário e no ensino Superior. Com o 25 de Abril inventou-se a escala de 1 a 5, para o 2º e 3º Ciclo, muito pouco rigorosa, para não traumatizar alunos e encarregados de educação. Haverá ainda a possibilidade de criar no futuro uma nova escala em que as notas negativas não existam. Será a escala perfeita.
As provas de aferição servem para aferir alguma coisa? Não. Servem para mostrar a competência do Ministério da Educação, a partir de dados não comparáveis, a mostrar que os alunos do Ensino Básico, em Língua Portuguesa e Matemática, continuam na senda do progresso vertiginoso para o sucesso absoluto. As provas, em 2007 e 2008, não são do mesmo tipo, não foram feitas com a mesma matriz, nem com os mesmos critérios. E, este ano, foram mais fáceis. Os resultados só poderão ser tendencialmente maravilhosos.
O Ministério da Educação gosta de ser exigente com os professores e indolente com os alunos. Em muitas escolas as provas de aferição, depois de afixados os resultados, foram enterradas. Nem para avaliação formativa serviram. Os alunos não ficaram a saber onde tinham errado. E não puderam corrigir seus erros. Coisa de somenos.
As provas tiveram, é certo, o mérito de proporcionar dois feriados oficiais aos alunos que as não realizaram. É pouco para provas de aferição nacionais. Não desejo que as provas de aferição fiquem feridas de morte. Mas por que não haverá coragem de as transformar em exames de fim de Ciclo? Feitos com critérios e técnicas fiáveis – como sugere Nuno Crato – que permitam comparar resultados, ano após ano, e intervir pedagogicamente para melhorá-los? Às vezes passa-me pela cabeça cada inconveniência! Falta de juízo aferido, provavelmente…
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/349229
Junho 20, 2008 at 10:41 pm
Um aviso a todos:
Este é o ensino que o ME quer. De lá vem o EXEMPLO: os testes têm que ser fáceis, os exames têm que ser fáceis, OS ALUNOS TÊM QUE PASSAR!
Eu começo a entender tudo muito bem e, como professora, já aprendi a lição…
Só temo pelos alunos, pelo meu filho, pela nova geração de jovens (quase) analfabetos… E pelo consequente futuro deste país.
Já agora, Bolonha também me assusta…
Junho 20, 2008 at 10:41 pm
Outro Choque Tecnológico do famoso engenheiro (?) José Sócrates…que país…que balda…matem, esfolem,…porreiro, pá!:
O PRACE deixou a Autoridade de Segurança Rodoviária sem meios
6.5 milhões de multas estão “esquecidas” na sede da ANSR em Lisboa
Quem foi multado antes de 2007 e não pagou pode nunca ter de o fazer. Esses processos, que vieram das 18 delegações da ex-DGV, vieram para Lisboa e estão armazenadas, em caixotes, sem seguimento. A desorganização é tal que há 800 condutores “perigosos” a conduzir.
Valentina Marcelino
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/349085
Junho 20, 2008 at 10:43 pm
E tem a mania que são uns iluminados…é isso e o Pai Natal anda de muletas…
O que é que bebes pá?:
Alberto Martins ao Expresso
PS deve pedir maioria absoluta aos eleitores em 2009
Em entrevista ao Expresso, o líder da bancada parlamentar da maioria não tem dúvidas de que José Sócrates será de novo candidato a primeiro-ministro em 2009. E que vai lutar por uma nova maioria absoluta.
Cristina Figueiredo
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/349116
Junho 20, 2008 at 10:44 pm
O que estes tipos bebem?
Ando curioso – só isso
Junho 20, 2008 at 10:45 pm
É uma alegria!:
Ensino Superior
Ano lectivo em risco de arrancar
Os reitores escreveram esta semana a José Sócrates a pedir uma reunião com urgência. O motivo, diz-se na missiva, é a falta de dinheiro e a incapacidade de algumas universidades em honrar compromissos, como o pagamento de salários.
Monica Contreras
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/349131
Junho 20, 2008 at 10:47 pm
Conselho ao PS: fechem tudo, arranjem uma maneira de fazer a privatização do (des) governo e sigam para férias…NÃO SE APROVEITA UMA!
Junho 20, 2008 at 10:49 pm
Ensino básico
Prova de Matemática “foi a mais fácil de sempre”, diz a APM
A APM-Associação de Professores de Matemática lança críticas ao exame realizado hoje por quase cem mil alunos do 9.º ano: “algumas questões do exame poderiam ter sido resolvidas por alunos do 2.º ciclo”.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/349162
Junho 20, 2008 at 10:50 pm
A tradição é para continuar: para quem tira uma licenciatura – pondo os pés na Ind..quer dizer na faculdade quando o Rei fazia anos!
Junho 20, 2008 at 10:58 pm
Estamos perante a vergonha do nosso país!
O facilitismo está implementado!
É necessário mostrar ao país que este governo fez muito pelo ensino: tornou alunos burros na matemática em génios da europa!
Espectacular, colegas… simplesmente, espectacular!!!!!
Junho 20, 2008 at 10:58 pm
Ao contrário do Paulo, não acho o exemplo dado o melhor. Para mim, melhor mesmo é o exercício (problema???) 3:
“3. Numa sala de cinema, a primeira fila tem 23 cadeiras.
A segunda fila tem menos 3 cadeiras do que a primeira fila.
A terceira fila tem menos 3 cadeiras do que a segunda e assim, sucessivamente, até à última fila,
que tem 8 cadeiras.
Quantas filas de cadeiras tem a sala de cinema?
Explica como chegaste à tua resposta.”
mas melhor ainda são os critérios.
Junho 20, 2008 at 10:58 pm
No exame de matemática do 9.º ano há matérias que eu dei no antigo 1.º ou 2.º anos dos liceus: o mínimo múltiplo comum. Mas julgo que muitos alunos o confundiram com o máximo divisor comum. Dei uma vista de olhos pelo teste e fiquei de boca aberta com itens como aqueles ligados à percentagem (o que está neste post) e o item das filas de cadeiras no cinema. Mas enfim, os cientistas da educação são eles e os políticos também, embora devessem ser postos na ordem para defesa dos exames e dos alunos:
http://averomundo-jcm.blogspot.com/2008/06/em-defesa-dos-exames.html
Junho 20, 2008 at 11:00 pm
Perante a completa descredibilização do ME, só vejo uma solução:
1.Exames feitos pelas universidades/associações científicas após concurso público.
E a partir do momento em que o ME deixar de os fazer é sua própria existência(do ME) que será posta em causa.
Afinal para que serve a Administração Educativa?
Para estrangular as escolas, digo eu.
EXTINGA-SE O MINISTÉRIO.
Junho 20, 2008 at 11:08 pm
O JCM tem razão.
Esse exemplo ganha em ridículo ao meu.
Junho 20, 2008 at 11:10 pm
DA, de acordo consigo. No entanto, julgo que o país precisaria não de uma administração educativa, mas de um instituto do currículo e da avaliação. Esse instituto deveria ter larga autonomia relativamente ao poder e trabalharia sobre a construção, articulação e a reformulação do currículo, bem como da sua avaliação e a avaliação externa dos alunos.
Hoje em dia, o currículo é feito ad-hoc e a avaliação parece estar a gerar uma gargalhada geral no país.
Junho 20, 2008 at 11:20 pm
JCM,
Sou favorável à extinção do ME, mas duvido que o Centrão o faça. No ME há muitos lugares para os Boys, é o caso das DREs.
Estou para ver a reacção dos “opinion makers” a esta rábula das provas de matemática.
E a Sra Ministra deve estar para regressar ao ISCTE.
Dizer que a prova de Geografia A manteve o padrão de exigência dos anos anteriores. Normal.
Junho 20, 2008 at 11:28 pm
Entendo que o critério de correcção da pergunta 4.2 está errado porque não tem em conta o número total de alunos (como indicado no enunciado) mas apenas o número total de raparigas.
Concorda?
Junho 20, 2008 at 11:31 pm
O comentador MST é que vai decidir se a prova era ou não fácil. Mesmo que ele esteja de férias no Equador, enviem-lhe o enunciado, ou o –link– para o dito cujo.
Junho 20, 2008 at 11:39 pm
Já ouvi professores de matemática com opinião diferente da que registam. Não consideram a prova fácil. Não vi mas, pelos exemplos apresentados, conheço vários adultos licenciados incapazes de resolver esses problemas, incapazes mesmo de tentar.
Estou há quase dois anos à espera (sentada) que uma professora de matemática (que, por acaso!, até é formadora e provavelmente associada de APM e/ou SPM) me explique um problema absurdo e sem solução que colocou numa ficha formativa que eu tive de aplicar numa das famigeradas substituições da época e que garantiu estar correto. Anda lá pelo meu blogue e é texto muito lido. A coisa é mais fuuunda.
Junho 20, 2008 at 11:49 pm
pedro pereira:
o critério não está errado porque é… um critério. O aluno que responder assim tem apenas 2 pontos, considerando-se que o aluno apesar de de não considerar todos os casos possíveis, tem a noção de probabilidade CFavoráveis/CPossíveis. Podemos discordar, mas é apenas… um critério;)
Junho 20, 2008 at 11:50 pm
E então a pergunta que se referia aos gráficos que representavam a quantidade de alunos e alunas que tinham ido ao cinema?
Falei com um aluno do antigo 319-e este até merecia lá estar- que me disse que a prova a nível de escoola até tinha sido um pouco mais dificil do que a dos eus colegas ditos normais.
Junho 20, 2008 at 11:51 pm
bigbrother (38), essa é de mestre.
Junho 20, 2008 at 11:58 pm
Do ponto de vista político, o par pedagógico Lurdes Rodrigues / Valter Lemos só descredibilizam o governo do senhor engenheiro. O tempo é uma coisa terrível. Ainda há tão pouco, o par pedagógico era fonte e origem de inúmeras promessas de votos, hoje o que sai do ME é motivo de gargalhada. Por isso, acredito no que DA diz, a senhora da estatística deverá regressar ao ISCTE, onde espero que nunca falte, substitua os colegas que não dêem aulas e passe todos os alunos, mesmo os que não fazem as avaliações.
Junho 21, 2008 at 12:36 am
No 40 onde está descridibilizam deve estar descredibiliza, pois trata-se do par pedagógico.
Junho 21, 2008 at 12:48 am
MLR não regressa ao ISCTE, vai para o INE e, depois, para a ONU.
Junho 21, 2008 at 1:04 am
Ouvi hoje a um professor a explicação que me parece a correcta.
O programa do governo SIMPLEX para desburocratizar da administração pública. Estas medidas foram aplicadas aos exames e provas de aferição deste ano. as medidas do SIMPLEX na área da educação , passam por diminuir os obstáculos e dificuldades das provas para facilitar a vida aos cidadãos alunos e seus respectivos pais! Os Exames não passam de papelada e burocracias que só atrasam a vida aos alunos, e que lhes provocam um grande stress traumático e depressões nervosas, que ainda por cima vai encarecer o Serviço Nacional de Saúde. Por isso as medidas só podem trazer vantagens.
Junho 21, 2008 at 1:17 am
Vale a pena ir até aqui:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1333050&idCanal=58
e ler os comentários. Alguns parecem ser de professores e defendem a prova, ao mesmo tempo atacam a APM e a SPM. Há um clima que parece atrair certos professores para este grau de sucesso. É muito mais tranquilo ter sucesso na ordem dos 90% do que aquelas margens enormes de insucesso. A escola pública morre todos os dias…
Junho 21, 2008 at 1:25 am
JCM,
“Vale a pena ir até aqui:
e ler os comentários.”
Eu vai para 2 anos que desisti de ler/comentar no Público on-line as notícias sobre Educação, os comentários caem numa linguagem confrangedora… mais grave quando muitos são feitos por professores.
Junho 21, 2008 at 1:35 am
Somos uma espécie em vias de extinção,estou farto de o dizer, só que não me acreditam…
leiam…
Tratem bem os professores… eles começam a ser uma espécie rara em vias de extinção…
prometo não vos desiludir…
Junho 21, 2008 at 1:41 am
Está no blogue, um pouco a mais de meio com data Terça-feira, 20 de Maio de 2008. Só não dou o enderço porque deve andar para aí um filtro a apaguar-me as ligações.
Um abraço a todos, não se esqueçam que nós já sobrevivemos a muitos ministros, se bem que reconheça que este governo tem sido demais… ou se faz bloqueios e marchas lentas ou não se existe.
Noutro dia enviaram-me um powerpoint muito engraçado sobre o assunto, vou ver se o encontro.
Junho 21, 2008 at 3:30 am
Como professor de Matemática que lecciona turmas do 12º ano estou curioso para ver se este facilitismo acompanhará os exames de Matemática de 12º ano a realizar na próxima 2ª feira.
Junho 21, 2008 at 9:03 am
Da devev ser daquelas que pensa que os professores deviam ainda andar de bata serem polidos e cheios de salamaleques..aprenda uma coisa nada mas nada se muda realmente sem gritar espernear e ás vezes mesmo vociferara..se não acredita vá aos livros de história e veja se algo realmente mudou sem ter acontecido isso.
Junho 21, 2008 at 12:33 pm
Simplesmente escandaloso, para não dizer criminoso, o que se está a fazer com a preparação académica dos que amanhã tomarão conta do país.
Junho 21, 2008 at 3:29 pm
Dá para acreditar? 9º ano?!!!
(um meu sobrinho de 9 anos resolveu estas facilmente e + duas com uma ajudita)
1. O João foi ao cinema com os amigos.
Comprou os bilhetes com os números 5, 6, 7, 8, …, 17, da fila S, isto é, todos os números entre
5 e 17, inclusive.
O João tirou, aleatoriamente, um bilhete para ele, antes de distribuir os restantes pelos amigos.
Qual é a probabilidade de o João ter tirado para ele um bilhete com um número par?
2. Qual é o mínimo múltiplo comum entre 12 e 24?
3. Numa sala de cinema, a primeira fila tem 23 cadeiras.
A segunda fila tem menos 3 cadeiras do que a primeira fila.
A terceira fila tem menos 3 cadeiras do que a segunda e assim, sucessivamente, até à última fila,
que tem 8 cadeiras.
Quantas filas de cadeiras tem a sala de cinema?
Explica como chegaste à tua resposta.
6. Uma Associação de Estudantes vai organizar uma festa num recinto fechado e resolveu, por
questões de segurança, que o número de bilhetes a imprimir deveria ser menos 20% do que o
número máximo de pessoas que cabem no recinto.
6.1. A Associação de Estudantes decidiu organizar a festa no ginásio da escola onde cabem, no
máximo, 300 pessoas.
Quantos bilhetes deve a Associação de Estudantes mandar imprimir?
Apresenta os cálculos que efectuares.
Junho 21, 2008 at 5:04 pm
Hum não vejo mal em ser fácil, as notas a matemática não são as mais importantes, acho tudo importante é pena que só liguem a porcaria da matemática depois a admiração em relação ao ppl nem saber quem foi quem num determinada época da historia e ainda perceberem menos de politica que a minha avo e tendo muito mais acesso do que a minha avo a informação.
Para a mim os maus resultados nos exames deve-se a não serem adequados em relação ao que os alunos apreendem, logo se estes foram fáceis e tiraram boas notas é porque se adequa ao que aprenderam.
Para não falar existirem escolas que fazem os alunos esforçados e mais interessados desistir de estudar, já que os professores têm inveja depois claro fica la o resto.
Junho 21, 2008 at 6:50 pm
A ideia parece que é avaliar o uso das novas tecnologias, i.é, máquina de calcular… e será um sucesso…
Junho 25, 2008 at 11:41 pm
Sempre a nivelar por baixo.
E até nem era preciso.
Em Matemática já somos os piores da Europa.