A velhinha e a cabaça
Era uma vez uma velhinha que vivia sozinha numa pequena casa junto a um bosque onde ela gostava muito de passear.
Um dia quando ia para o casamento da sua filha teve que atravessar todo o bosque a pé.
Ia ela a apreciar o passeio quando encontrou uma raposa, que lhe disse:
– Vou-te comer, velhinha.
– Não faças isso agora – respondeu a velhinha – é que eu vou ao casamento da minha filha, quando voltar venho mais gordinha.
E a raposa deixou-a continuar o seu caminho.
Um pouco mais à frente encontrou um grande lobo.
– Não passas aqui sem que eu te coma – disse o lobo.
A velhinha respondeu:
– Agora não, eu vou ao casamento da minha filha e vou voltar mais gordinha.
E o lobo também a deixou ir embora.
No casamento da filha a velhinha divertiu-se muito e comeu muito também.
Quando já estava para ir embora e voltar para casa, lembrou-se do lobo e da raposa que estavam à espera dela. Então contou a história à filha e ficaram as duas a pensar numa forma para a velhinha voltar para casa sem ser vista.
Foram então à procura de alguma coisa onde a velhinha se pudesse esconder, experimentaram vários objectos, panelas, barris, e então encontraram uma grande cabaça onde ela cabia e conseguia espreitar para poder ver.
No caminho de volta para casa a velhinha ia rodando a cabaça.
Quando passou pelo lobo ele perguntou:
– Viste por aí uma velhinha?
– Nem velhinha nem velhão, roda cabacinha, roda cabação – respondeu-lhe a velhinha.
E continuou o seu caminho escondida dentro da cabaça.
Já ia um pouco mais descansada por ter conseguido enganar o lobo, quando a raposa se pôs no seu caminho.
– Viste por aí uma velhinha? – perguntou-lhe a raposa.
A velhinha respondeu:
– Nem velhinha nem velhão, roda cabacinha, roda cabação.
Pouco depois chegou a casa em segurança, bateu com a cabaça numa grande pedra que estava perto da porta e saiu de lá de dentro.
A velhinha continuou a dar os seus passeios, mas noutro sítio do bosque para não se cruzar novamente com o lobo e a raposa e eles ainda hoje continuam à espera que a velhinha volte do casamento da filha.
Junho 16, 2010
Junho 16, 2010 at 6:19 pm
🙂 (só sei fazer este símbolo por aqui; um piscar de olho tinha a mesma intenção; soube muito bem este registo)
Junho 16, 2010 at 6:27 pm
«A velhinha continuou a dar os seus passeios, mas noutro sítio do bosque para não se cruzar novamente com o lobo e a raposa e eles ainda hoje continuam à espera que a velhinha volte do casamento da filha.»
O lobo, a raposa
e … a (ASTUTA) velhinha!!!
Junho 16, 2010 at 6:58 pm
Destaco esta parte “e eles ainda hoje continuam à espera que a velhinha volte…”
Soube-me bem esta aventura da velhinha astuta 🙂
Junho 16, 2010 at 7:14 pm
“deixem-nos avançar com o concurso. A decisão politica vem já a seguir e vamos estar atentos à vossa opinião”
Junho 16, 2010 at 7:15 pm
Nem velhinha nem velhão, roda cabacinha, roda cabação.
Junho 16, 2010 at 7:26 pm
Ainda me lembro de a minha avó me contar essa história e de como, então, me encantava pondo a imaginação a trabalhar.
Foi bom recordá-la!
Junho 16, 2010 at 7:42 pm
na minha criancice a cabaça é um cortiço
Abundância
Junho 16, 2010 at 7:56 pm
a velha é a maria de lurdes e a raposa e o lobo sao os docentes à espera de progredir na carreira.
🙂
Junho 16, 2010 at 8:25 pm
Post relaxante 🙂
A minha mãe e a minha avó contavam uma lengalenga que tinha como refrão “Meus senhores aqui está a bota. Que vinho leva que vinho bota que vinho leva à ribeira Mota”. Alguém a conhece na totalidade?
Junho 16, 2010 at 8:28 pm
1.
Meus senhores,
aqui está a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
2.
Meus senhores,
cá está o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
3.
Meus senhores,
cá está o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
4.
Meus senhores,
cá está o gato
que papa o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
5.
Meus senhores,
cá está o cão
que morde o gato
que papa o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
6.
Meus senhores,
cá está o pau
que bate no cão
que morde o gato
que papa o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
7.
Meus senhores,
cá está o lume
que queima o pau
que bate no cão
que morde o gato
que papa o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
8.
Meus senhores,
cá está a água
que apaga o lume
que queima o pau
que bate no cão
que morde no gato
que papa o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
9.
Meus senhores,
cá está o boi
que bebe a água
que apaga o lume
que queima o pau
que bate no cão
que morde no gato
que papa o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
10.
Meus senhores,
cá está a faca
que mata o boi
que bebe a água
que apaga o lume
que queima o pau
que bate no cão
que morde no gato
que papa o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho à Ribeira Mota.
11.
Meus senhores,
cá está o homem
que faz a faca
que mata o boi
que bebe a água
que apaga o lume
que queima o pau
que bate no cão
que morde no gato
que papa o rato
que rói o sebo
que unta a corda
que prende a bota
que leva o vinho
à Ribeira Mota.
http://depts.washington.edu/hisprom/optional/balladaction.php?igrh=2941.9
Junho 16, 2010 at 9:05 pm
JORNAL DE FITARES, EDIÇÃO ZERO
Divulgação nada atrasada
Por falta de quorum não se realizou agora o Conselho Geral do agrupamento de Fitares (escola do Luís do Carmo que se suiicidou atirando-se da ponte 25 de Abril).
Na reunião pretendiam aprovar para Patrono um escultor cujo busto a autarquia já quis impingir para a Escola Alberta Menéres.
Da ordem de trabalhos constava «dar cumprimento às recomendações do director regional no rescaldo do inquérito ao suicídio».
Mas a comunidade não deu muita importância à reunião:
Todos os representantes da comunidade local faltaram.
Sinais dos tempos.
A maioria dos representantes do Câmara de Sintra faltou.
Faltaram vários docentes.
Sinais dos tempos.
Até ao final do corrente mês tem de estar em marcha a reorganização do agrupammento.
Perdendo a directora de Fitares o mandato «ope legis».
O adjunto volta para a sua escola que é a da Terrugem.
A comissão executiva instaladora (hum…??)
diga-se, a CAP nomeada pela dreli
dizem, as vozes vem colocadas que será presidida pela professora Ivone do agrupamento da Serra das Minas.
A directora em gestão corrente , dada a extinção do seu lugar de quadro, poderá agora ser opositora ao concurso por ausência de componente lectiva.
As repórteres
Junho 16, 2010 at 9:17 pm
JORNAL DE FITARES, EDIÇÃO ZERO
Divulgação nada atrasada
Por falta de quorum não se realizou agora o Conselho Geral do agrupamento de Fitares (escola do Luís do Carmo que se suiicidou atirando-se da ponte 25 de Abril).
Na reunião pretendiam aprovar para Patrono um escultor cujo busto a autarquia já quis impingir para a Escola Alberta Menéres.
Da ordem de trabalhos constava «dar cumprimento às recomendações do director regional no rescaldo do inquérito ao suicídio».
Mas a comunidade não deu muita importância à reunião:
Todos os representantes da comunidade local faltaram.
Sinais dos tempos.
A maioria dos representantes do Câmara de Sintra faltou.
Faltaram vários docentes.
Sinais dos tempos.
Até ao final do corrente mês tem de estar em marcha a reorganização do agrupammento.
Perdendo a directora de Fitares o mandato «ope legis».
O adjunto volta para a sua escola que é a da Terrugem.
A comissão executiva instaladora (hum…??)
diga-se, a CAP nomeada pela dreli
dizem, as vozes vem colocadas que será presidida pela professora Ivone do agrupamento da Serra das Minas.
A directora em gestão corrente , dada a extinção do seu lugar de quadro, poderá agora ser opositora ao concurso por ausência de componente lectiva.
As repórteres
cc
Junho 16, 2010 at 9:23 pm
#10
Bem-hajas!
Junho 16, 2010 at 11:54 pm
o REINADO ESTÁ ACABANDO