Versão ligeiramente corrigida do artigo publicado ontem na penúltima página do Diário de notícias:
AS TESES “PEDAGOGISTAS”
DA SENHORA MINISTRA DA EDUCAÇÃO
Por vezes as insónias pregam-nos partidas… Levantei-me, cerca das 3 horas da madrugada, e fui ver televisão. Costuma ser o melhor soporífero. Sucede, porém, que sintonizei a RTPN e deparei-me com a retransmissão do debate sobre Educação na respectiva Comissão da Assembleia da República. Vi e ouvi com atenção e perdi completamente o sono. Por isso é ainda sob o efeito de uma noite mal dormida que escrevo estas palavras.
Na altura em que olhei para o televisor, a Senhora Ministra dissertava sobre as virtudes psicopedagógicas e sociais da passagem de ano pelos alunos do ensino obrigatório, opondo-se, em princípio, à sua “retenção” (a “reprovação” de que se falava, porventura mal, no nosso tempo). Para tal serviu-se, entre outros argumentos, dos exemplos da Dinamarca, da Finlândia (claro!), dos EUA…, ou seja, dos sistemas dos “países exemplares”, como dizia ironicamente em 1930 Ortega y Gasset, referindo-se dessa vez às politicas universitárias. Nesses países — dizia — nem se conhece a palavra “retenção”! E, como também é hábito, falou da crítica pelos peritos da OCDE ao sistema educativo português pelo facto de haver, por isso, um significativo insucesso escolar.
Como é evidente, nenhum professor deseja que um aluno fique “retido”. Por outro lado, é evidente que as várias hipóteses alternativas que se põem aos docentes e às escolas, para lidar sobretudo com casos difíceis, não dão, nem podem dar, o resultado desejado. A Senhora Ministra foi-se referindo, folheando papéis, às medidas escritas em leis e regulamentos, nomeadamente no Estatuto do Aluno: currículos alternativos, provas de avaliação para alunos com excesso de faltas não justificadas, serviço comunitário, uso das bibliotecas escolares, ingresso nos CEF (Cursos de Educação e Formação), Novas Oportunidades… Essas alternativas, como se dizia, nem sempre resolvem os problemas de aproveitamento (que o espírito das leis torna quase obrigatório), devido à ausência de estruturas nas escolas — turmas grandes, falta de técnicos auxiliares de educação e de equipas especializadas… — mas, sobretudo, devido aos problemas sociais de alguns alunos, despejados nas escolas pelos encarregados de educação, que raramente respondem às suas responsabilidades. Desta forma — como disseram alguns deputados no debate — a “não retenção” por que se bate a Senhora Ministra significa apenas… passagem administrativa.
Fui professor universitário durante 38 anos e professor liceal (como então se dizia) cerca de 5, e sempre me pautei pela norma de tratar os alunos com amizade, mas com exigência. Aliás, os professores de que, como aluno, guardo na memória são aqueles que sabiam e exigiam, por vezes até com alguma intransigência, e não vejo razão para que essa imagem não possa ainda ser válida, apesar das condições da escola se terem modificado. Formei-me na prática pedagógica (mais do que na teoria) e na vocação que sentia, a qual me levou à leitura do Diário de Sebastião da Gama, cujo idealismo bebi, ainda era estudante. Por isso, entendo que só através do ensino eficiente das matérias científicas (o Português, a Matemática, a História, a Física…), através de formas pedagógicas racionalmente aplicadas, e com o objectivo de integração cívica, se pode formar os estudantes. Sem exageros de tipo psicopedagógico e didáctico, que hoje se chamam “modernos”, mas que correspondem a anseios antigos e que, pelo seu excesso, se poderão tornar inadequados e ultrapassados. É evidente que este desejo de que o ensino se centre nas matérias a leccionar — que hoje parece ser lateral à educação, em especial no ensino obrigatório — não põe de parte um ensino profissional, que deveria ser uma orientação ainda precoce e fundamental em certos casos.
Não tenho da pedagogia a noção de “uma simples e vã retórica”, embora possa compreender o desânimo dos professores, como, para falar de um caso extra-muros (para que não se diga ser a situação apenas portuguesa), do filósofo e professor Juan Antonio Rodríguez Tous, que, numa entrevista a El Mondo (20.7.2009), se queixava da existência na escola de “duas frentes de batalha” contraditórias, ou seja, os alunos que se deveria instruir e a “quinta coluna pedagógica” que — numa espécie de “mobbing laboral” — só fala do “modo de ensinar” e que “intoxica o professor com burocracia”, ao mesmo tempo que pouco se interessa pelas temáticas do ensino. Não tenho, pois, das verdadeiras Ciências da Educação uma visão negativa. Porém, infelizmente, confunde-se Pedagogia, assim como Didáctica e Psicologia Educacional, com “pedagogite”, “panpedagogismo” (como um dia lhe chamei) ou com o “eduquês”, que se tornou um substantivo comum desde que Nuno Crato o introduziu no vocabulário. Desta forma, estamos a destruir o sistema de ensino e não a reformá-lo, como notou em França o matemático Laurent Laforgue, que denunciou o facto de o sistema educativo do seu país estar em vias de destruição, porque deixou de se valorizar os conhecimentos, mas finalidades pragmáticas de organização da sociedade segundo lógicas de mercado.
Na verdade, há muito que ele está em destruição, razão do abandono precoce da profissão de muitos e experientes professores. O “processo de Bolonha” veio completar, para o ensino superior, essa acção do camartelo “pedagogista”. No caso do ensino obrigatório, debaixo de um aparente optimismo, a não “retenção” justifica-se, no fundo, não pela intenção de formar melhor, mas pelas estatísticas e porque é preciso ter os alunos o menor número de anos possível na escola, cujo percurso se torna cada vez mais longo, à medida que aumentam os anos da escolaridade obrigatória (agora 12), o que custa dinheiro. No ensino superior, ao invés, é conveniente que eles se mantenham mais tempo para atrasar o acesso ao emprego (para que as estatísticas do desemprego não subam ainda mais). A licenciatura tornou-se um mero ciclo de passagem, com uma formação deficiente, e pouco vale como ciclo autónomo. Os mestrados — antes só frequentados por alunos de qualidade e agora abertos a todos, embora alguns pagos a peso de ouro — também necessariamente tiveram de se desvalorizar em termos de formação. E o mesmo está a suceder com os doutoramentos, alguns adquiridos simplesmente com a publicação de dois artigos em “revistas indexadas” (por agências privadas) ou por dissertações que, na minha área, não valem uma sofrível tese de licenciatura do meu tempo.
Claro que os “pedagogistas”, os burocratas e a Senhora Ministra — com a bênção da UE e da OCDE (leia-se, para que fique claro o seu objectivo: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) — dirão que estou a depreciar a Educação. Ao invés, dir-lhes-ei que estou a lutar por ela, no seu sentido idealista e não economicista e neoliberal, e pela Cultura, que passa por uma profunda crise de identidade. A prova disso é que raramente o espírito crítico se levanta contra a situação existente. O que apenas se verifica é o “seguidismo”, ou o debate em circuito fechado ou em circuito demasiado aberto (no espectáculo quase sempre demagógico da TV), ou a afirmação de revolta, mas só em momentos mais trágicos.
Já que estamos no Centenário da República, lembro as palavras de António José de Almeida: “O direito à revolta é uma coisa sagrada”. É este apenas o sentido destas palavras de um velho professor.
P.S.: Talvez fosse pelas condições em que presenciei o debate, mas não sei se ouvi a Ministra da Educação do governo do Engenheiro Sócrates ou Isabel Alçada, professora, co-autora de livros para jovens, com um mestrado em Educação por Boston e responsável pelo interessante, mas não inédito, Plano Nacional de Leitura. Alguém me pode esclarecer?
Abril 12, 2010 at 10:06 am
Este «gaijo» está velho e não sabe o que escreve. Ainda que correcto…
Abril 12, 2010 at 10:44 am
Muitas Escolas já estão a trabalhar nesse sentido, e já são algumas (muitas) a fazê-lo. Como contratada, ando de Escola em Escola e apercebo-me que a pressão sobre os resultados é terrível e cada vez mais frequente em várias Escolas. Mas o pior de tudo, é mascarada. Faz-se dentro dos “muros” mas quando se trata de assumirem as práticas dizem “aqui ninguém obriga ninguém a mudar notas”. Ainda neste ano lectivo, nas reuniões de avaliação do 2.º Período, o ambiente era terrível, numa Escola em que o dia-a-dia até decorre bem. Conselhos de Turma que se repetiram … enfim. Temos que estar munidos até aos dentes de informação para conseguir fazer prevalecer a nossa avaliação (mas não podemos deixar cair um “fio de cabelo ao chão”, caso contrário já têm por onde nos pegar). O que me entristece mesmo é o facto dos miúdos transitarem sem estarem preparados para enfrentar as dificuldades da vida, engrossando o leque daqueles que nada querem fazer e que se contentam com um “subsídio”.Os pais,na generalidade, mal (in)formados,também com baixas expectativas em relação à Escola, não se apercebem (ou não querem saber) o que estão a fazer aos seus filhos. Aguardemos pelas cenas dos próximos capítulos…
Abril 12, 2010 at 11:48 am
A escola de hoje é infinitamente melhor do que a escola de ontem. É mais aberta, mais inteligente, mais sensível à diferença. Mas não chega.
Pedagogicamente, ela encontra-se enclausurada nas fronteiras da modernidade. A diferenciação pedagógica, o interesse e a motivação, os métodos activos ou os modelos de aprendizagem centrados no aluno foram inventados para educar melhor as crianças, todas as crianças, e não para servir de pretexto (e de desculpa) à nossa incapacidade para as instruirmos.
Socialmente, ela continua prisioneira de falsas concepções democratizantes que, na verdade, reproduzem a “lógica dos herdeiros” e privam os mais fracos de adquirirem o indispensável “capital escolar”. A abertura da escola, por si só, não produz nenhum fenómeno de democratização.
Politicamente, ela está fechada em perspectivas centralistas que, no caso português, juntam a visão modernizadora da “engenharia do planeamento” à visão tradicional do “humanismo cristão”, assegurando a continuidade ministerial desde Veiga Simão (1970), se não mesmo desde Leite Pinto (1955).
Infelizmente, como escreveu um dia Reinhart Koselleck, não é por avançarmos os relógios que o futuro chega mais cedo. E a contemporaneidade? Ainda demora muito tempo?
António Nóvoa (2005). Evidentemente.
Histórias da Educação. Porto: ASA
Abril 12, 2010 at 12:01 pm
No ensino básico e obrigatório, por definição, a retenção deve ser estritamente excepcional. E entendida, sempre, como uma oportunidade e não como consequência automática da não consecução dos objectivos (metas, competências, desempenhoes… como queiram). As estatísticas mostram que a retenção sistemática não só não conduz ao sucesso como potencia e multiplica os problemas.
O caminho é diversicar o mais possível a oferta educativa.
Infelizmente a avaliação final não está nas mãos da escola, mas na vida real.
À escola (e também às famílias e aos próprios alunos) o que se exige é que dê o seu melhor. Sempre!
Abril 12, 2010 at 12:10 pm
O que no fundo eu quero dizer é isto:
– O aluno e a família não são um pedaço de plasticina que se molde naquilo que se pretende ao ritmo dos ciclos escolares;
– Portanto, o melhor que se conseguir, fazendo o melhor possível, será sempre o melhor resultado possível;
– Nunca, ou quase nunca, a retenção mudará isto.
Abril 12, 2010 at 1:03 pm
Fala-se muito em privatizar e privatizacoes.
Quando e que se privatiza a responsabilidade?
Abril 12, 2010 at 1:11 pm
Destaco as directrizes da OCDE referidas no interessante texto aqui postado: esta agenda global para a educação é assim mesmo, espera-se com ela resultados, independentemente das aquisições efectivas, da exigência, da seriedade…se tal fosse afirmado com frontalidade, recear-se-ia ainda mais a reacção colectiva. Assim sendo, vai-se utilizando um discurso em ‘pedagogês camuflado’.
😯
Abril 12, 2010 at 1:29 pm
“No terreno, mantinham-se as mesmas críticas e observações: os trabalhadores podem ter um certificado a dizer “12.º ano completo”, mas continuam pouco produtivos;”
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1541795
Abril 12, 2010 at 1:37 pm
Lafforge acusa:
“Estas politicas inspiraram-se numa ideologia que consiste em deixar de valorizar o saber atribuindo à escola a prioridade de outros papeis que não os de instrução e de transmissão do saber, crença imposta por teorias pedagógicas delirantes, o desprezo pelas coisas simples, o desprezo pelas aprendizagens fundamentais, a recusa de ensinamentos construídos, explícitos e progressivos, o desprezo pelo conhecimento de base aliado à imposição de conteúdos confusos e desmesuradamente ambiciosos, a doutrina do aluno como “centro do sistema” devendo “construir ele próprio os seus saberes”.
http://professorsemquadro.blogspot.com/2005/12/l-como-c.html
Abril 12, 2010 at 1:39 pm
Trabalhar para as estatísticas no país da corrupção e da imoralidade, quando um CEO ganha mais num dia que um trabalhador em 20 anos.
Abril 12, 2010 at 2:13 pm
Sou professora, nova, apenas 25 anos e todos os dias é assim, colegas que não respeitam colegas, alunos que não respeitam alunos e o pior, alunos que não respeitam professores. É o desespero total, e também eu já deitei muitas vezes as mão à cabeça sem saber como reagir, ou se realmente valeria a pena uma opção mais drástica como ….
continua aqui:
http://www.tvi24.iol.pt/melhor-do-leitor/iol/1154172-4105.html
Abril 12, 2010 at 2:24 pm
O Chato é uma bosta. Que vácuo aquele cérebro!
Abril 12, 2010 at 2:24 pm
Excelente artigo de um Prof. meu da FLUC
que já distribuí na HistPort, uma lista especializada para investigadores no campo da História de Portugal, que sendo também professores, embora universitários, todos os anos recebem nova horda de bárbaros, cada ano mais ignorantes do que no anterior….
Abril 12, 2010 at 2:40 pm
Mais uma voz lúcida neste país!
Folgo em saber que há quem se preocupe com o estado calamitoso em que estes ME deixam as escolas.
Que muitas mais vozes se “levantem”! Tudo menos o silêncio ou o ruído dos tais debates redondos que acontecem na TV.
Outro assunto: morreu o Nascimento Rodrigues.
Gostava daquele homem.
Qdo penso no tempo que esperou para que o deixassem sair, alegando problemas de saúde…
Teve, apenas, uns meses de reforma…
Abril 12, 2010 at 3:45 pm
Meu caro ex-professor! (na altura, assistente do Dr. Silva Dias, um personagem não de muito boa memória para muitos da Coimbra desses tempos…).
A ministra é um dos elementos dos chamados “iluminados de Boston” que, desde há alguns anos, tomaram de assalto o Min. da Educação…
Não há nada a fazer…
Abril 12, 2010 at 4:03 pm
#15-Iluminados de Bosta, mestrados a saldos de Verão.
Abril 12, 2010 at 6:43 pm
Pelas bandas do ME, em especial no âmbito de um grupo de amizades longas a que a actual ministra não será estranha, existe uma enorme confusão (será mesmo?) acerca do trajecto dos sistemas educativos modernos e entre o culminar de um processo e o próprio processo. A eliminação das repetências no Ensino Básico foi uma consequência – o produto – em diversos países, da maturação do processo de alfabetização e de literacia das populações, não o processo que levou a essa maturação. Não conheço, e olhem que li muita coisa sobre isto, acreditem, nenhum estudo que demonstre uma relação causal entre eliminação de repetências e desenvolvimento educacional de um país. A relação é inversa. Atingida a velocidade de cruzeiro, é possível tal medida. Antes é um erro crasso, trágico mesmo, em virtude da cedência a uma pressão virada para o sucesso estatístico.
Uma medida deste tipo, no actual momento e contexto educativo, será a pedra de toque para o completo desmoronamento de uma cultura de rigor na Escola Pública, só servindo para a tornar uma escola de 2ª ou 3ª categoria destinada a acolher os coitadinhos de um tipo (social e economicamente desfavorecidos) ou outro (líricos ou românticos que ainda acham que devem ser coerentes com os seus princípios…), enquanto o sector privado florescerá por oferecer um outro modelo de escola. Para além disso, a eliminação de barreiras à progressão será – repito-o, sem qualquer dúvida – uma medida que agravará ainda mais a erosão de um clima de responsabilidade e empenho em todos aqueles – professores e alunos, antes de mais – preocupados em manter um maior grau de rigor e dificuldade no seu trabalho. Ao forçar uma indiferenciação do sucesso a todo o custo, com uma escala de valorização do mérito curta e sem qualquer tipo de destaque e recompensa, a tentação será o acomodamento da maior parte e a fuga dos elementos que se sintam mais visceralmente ofendidos por esta cultura laxista e pretensamente inclusiva. Para além disso, não haverá qualquer tipo de Estatuto do Aluno ou medida de qualquer tipo que sirva de barreira ao aumento da indisciplina e demissão do envolvimento das actividades lectivas, quando não existe qualquer medida sancionatória e o clima geral do país é de descalabro ético e moral.
Mais vale mesmo passarmos um diploma universitário a cada criança no momento em que nasce, datado do dia do seu 21º aniversário, mesmo que calhe a um domingo.
Ahhhhh…. ia-me esquecendo… e transformem os professores em transportadores de material e animadores de recreios. Ou substituam-nos por tarefeiros pagos com o ordenado mínimo à medida que nos formos aposentando ou demitindo de funções.
Paulo Guinote
http://www.educar.wordpress.com/2010/03/31/o-triunfo-da-demagogia-e-do-sucesso-estatistico/
Abril 12, 2010 at 7:34 pm
As situações referidas no post e retomadas nos comentários já foram divulgadas há muito tempo. Valerá agora um esboço de acção para que sejam ultrapassadas. Ou concluir-se que tal esforço seria vão.
Abril 12, 2010 at 10:10 pm
Luís Reis Torgal também foi meu professor de Teoria da História. Um homem com um espírito crítico, acutilante e com uma noção muito concreta sobre o sistema educativo português. Uma voz que se fazia sentir e ouvir na Universidade de Coimbra. Ideias lúcidas, muito pragmático e com uma visão muito particular sobre a formação dos jovens universitários, nos quais investia todo o seu capital.
Abril 12, 2010 at 10:31 pm
Sou a favor um Código Ético e Deontológico para a Profissão Docente!
Abril 12, 2010 at 11:30 pm
Ética? Pois… principalmente para os dirigentes.
Nós temos um estatuto…alterado sem a nossa concordância.
Maio 4, 2020 at 9:01 am
[…] da TV), ou a afirmação de revolta, mas só em momentos mais trágicos”. (vide texto integral em https://educar.wordpress.com/2010/04/12/opinioes-luis-reis-torgal/ […]