Sem Pachorra


… ter de explicar porque o rapaz deste clip deveria receber subsídio de risco.

Há gente que parece que tem muitos feelings e pergaminhos a preservar, em particular uma parelha aveirense que ora directa, ora subdirecta.

Como eu expliquei à metade feminina do par – enquanto a dita cuja me mentia de forma descarada sobre este mesmo assunto judicial – todos temos, só que há quem demonstre e quem ache que precisa de processar para o efeito.

Não comentem muito, porque isto é vasculhado ao milímetro e depois eu é que tenho de perder tempo e gastar paciência.

E eu já percebi que quem mente daquela maneira é porque tem prática.

Não será muito mais, mas… por enquanto serve para animar a pausa lectiva.

Por causa do artigo que escrevi para o Público Online, ontem, mereci algumas críticas por estar a ser, de novo, corporativo e não me ser possível defender o profissionalismo e as preocupações dos professores em tais termos sem estudos a ajoujar a minha opinião, entre outros argumentos ainda menos válidos.

Como é habitual nestes casos, as críticas mais ácidas vieram de outros colegas professores.

A mim, as discordâncias incomodam pouco, assim como as antigas acusações de corporativismo.

Até porque eu não tenho grandes problemas em apontar as falhas que encontro na minha classe profissional.

Por exemplo, quem acedeu com entusiasmo a ser titular e sofreu com a perda do títalo nem sempre me desperta muita solidariedade.

Mas tão pouca ou menos me merecem aqueles que, anos depois, ainda sentem um certo ressabiamento por não terem sido titulares em vez dos titulares.

De: DGEstE – Sistema de Informação <dgeste.informa@dgeste.mec.pt>
Data: 12 de março de 2015 às 19:28
Assunto: PET for Schools – Informação
Para:

Exmos. Senhores Diretores de Escola/Agrupamento de Escolas

Exmos. Senhores Presidentes de CAP
 
Por solicitação do Senhor Presidente do Conselho Diretivo do IAVE, Dr. Helder de Sousa, anexo a informação infra.
 
Com os melhores cumprimentos,
José Alberto Moreira Duarte 
Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares
 
 
Assunto:       PET for Schools – Informação
 
A aplicação e a classificação dos instrumentos de avaliação é um dos deveres funcionais dos professores que para tal têm direito a formação destinada ao aprofundamento e aquisição de novos saberes.
A formação dos professores de Inglês para o exercício da função de classificador do teste PET integra, para além da informação necessária, diversos procedimentos que visam garantir a qualidade do processo de classificação e de aplicação dos testes.
Tratando-se de um teste que permite uma certificação reconhecida internacionalmente, esses procedimentos são aplicados em todo o mundo, pois sem o cumprimento rigoroso dos mesmos, os resultados não são considerados válidos e os certificados não podem ser emitidos.
Para garantir essa validade é necessário uma uniformização de todos os procedimentos, não só os que respeitam à aplicação dos testes e à sua classificação, mas também os que definem o perfil dos professores envolvidos no processo.
É neste contexto que se enquadra a realização do Cambridge English Placement Test (CEPT) pelos docentes que não possuam um certificado equivalente ao nível C1 ou superior, reconhecido por Cambridge English Language Assessment, a única entidade responsável pela emissão dos certificados.
O envolvimento dos professores de Inglês é essencial para garantir a aplicação e a classificação do PET, o que permitirá que muitos alunos possam alcançar um certificado que apenas tem sido acessível a uma elite, por norma residente perto dos grandes centros urbanos.
 
Como complemento a esta informação, enviamos o Comunicado de Imprensa de 11 de março.
Agradecemos a atenção.
 
O Conselho Diretivo do IAVE
 
 
Comunicado de Imprensa
Certificação linguística dos professores classificadores
para aplicação e classificação do Preliminary  English Test (PET)
 
Assegurar a aplicação do PET é garantir uma oportunidade para uma diferenciação positiva na certificação dos alunos, pela relevância que terá no seu percurso pessoal, académico ou profissional, ou seja, uma mais-valia para o país a que, naturalmente, se pretende dar continuidade.
A elaboração e a aplicação dos testes de Cambridge English Language Assessment estão sujeitas a normas e procedimentos rigorosos, definidos e controlados pelos Awarding Boards do Reino Unido. Da comprovação do cumprimento destas normas e procedimentos depende a possibilidade daquela instituição produzir resultados e certificados válidos e internacionalmente reconhecidos.
A aplicação do Preliminary English Test (PET) está sujeita ao cumprimento daquelas normas, designadamente a frequência de um programa de formação e a certificação linguística formal dos professores classificadores que terão a responsabilidade de aplicar e classificar os testes dos alunos. Os professores classificadores que comprovem ter certificação linguística válida, equivalente ao nível C1 ou superior, estão dispensados da realização do Cambridge English Placement Test (CEPT).
Não está em causa a validade das licenciaturas, dos mestrados ou dos doutoramentos ministrados pelas universidades portuguesas, pois a realização do CEPT é uma prática comum a todos os países onde as formações académicas dos docentes não conferem uma certificação linguística internacionalmente reconhecida.
Convirá realçar que também a formação dos professores classificadores responsáveis pela classificação dos exames nacionais do ensino secundário, em vigor desde 2010, obedece a procedimentos de certificação que incluem a realização de um teste e a produção de um relatório. Esta formação apresenta fortes semelhanças com o programa de formação dos professores de inglês classificadores do PET.

Lisboa, 11 de março de 2015

Ver e ouvir a argumentação do Menezes JR. na SICN e do Marco António (ex-vice do Menezes Sr. em Gaia) torna-nos mais estúpidos só pelo mero (f)acto de os ouvirmos.

Nem para desmontar as parolices e as mistificações mal disfarçadas vale a pena perder tempo.

Joana Amaral Dias sai do «Juntos Podemos» e cria o «Agir»

… vou aqui referir dois tipos de pessoas que me divertem particularmente quando estão a pensar que me conseguem aborrecer.

Um dos tipos, que reencontrei há dias, é o de quem acha que me aquece ou arrefece muito dizerem que não conhecem este blogue ou a mim e que só conheceram porque não sei quem lhes disse que eu tinha escrito algo que as atingia. Mas depois têm os posts todos impressos e lembram-se de datas e pormenores de que nem eu já me lembro. É pá, o lado para que adormeço melhor é o daquelas pessoas que eu nem tenho qualquer interesse que me conheçam, nem eu em conhecê-las, só lamentando que tenhamos chegado a encontrar-nos.

O outro tipo é de maior proximidade e a rabujice caracteriza-se por mostrar a sua atitude de pretenso desprendimento do género “eu raramente vou ao teu blogue, pois tenho mais que fazer, tenho muito trabalho na escola e só no outro dia é que vi que, se calhar, estavas a escrever sobre mim porque a Beltrana me avisou”. Este tipo de criatura diverte-me muito em particular porque se caracteriza por daquelas que se for preciso até sabem melhor as vírgulas que errei do que euzinho mesmo e são capazes de ir buscar coisas ao arco da velha que nunca me lembraria a mim. Na maior parte dos casos nem estava a falar del@s, excepto neste post em particular.

Que hei-se eu fazer, é 2ª feira, um tipo não pode encher o saco logo para a semana toda… e se sou o plesidente desta junta posso escrever o que me apetece no boletim da junta.

cat-in-the-hat

 

É verdade que, mesmo dando como desconto o sportinguismo (ninguém é totalmente imperfeito), ele me entedia há duas décadas. E a cada semana, sabendo nós como ele foi complacente com os tempos da MLR e do engenheiro, as suas prosas me merecem maior repúdio, não por retratar mal ou bem as coisas, mas pela forma como vai adjectivando.

Uma coisa é ter um gabinete e uma hora para analisar casda caso, outra ter em cada hora 25-30 casos numa sala de aula.

Sou daqueles tempos de antanho em que se acreditava que a verdade acaba sempre por se saber e que as mentiras têm a perna curta e acabam sempre por tropeçar em si mesmas.

Dito isto, tenho algum desprezo pelos queixinhas que, não sendo capazes de demonstrar a sua razão, vão a correr chamar os matulões em sua defesa para intimidar o resto dos colegas que brincam no recreio.

Por matulões, pode entender-se a IGEC ou os Tribunais, que assim perdem o seu tempo com idiotices.

E um tipo ainda tem de testemunhar…

Tivesse eu mau feitio e não fosse a alma santa que sou e também lhe mandava polícia para a porta da escola.

Mas não consigo ser assim tão parvo.

 

… em especial se forem apenas @s outr@s a terem de mudar porque nossa é a quase perfeição irrepreensível, sendo o quase apenas mera cortesia.

HienaSão os do costume (aqui e aqui), fingem que a prova foi aplicada aos professores que estão a leccionar e não a aspirantes que muito poucas aulas deram. Escamoteiam que estes candidatos profissionalizados à docência são o produto dos cursos criados ou certificados pelos seus ídolos no MEC (ou será que não foram, na sua larga maioria, formados já à bolonhesa neste milénio?) e que dificilmente se pode considerar que são os que estão a ensinar “os nossos filhos” nas escolas (que eles indicam ser sempre as públicas, pois não sabemos o que resultaria de uma PACC aplicada no ensino privado).

Eu poderia adjectivar estes senhores, mas eles sabem bem o que penso deles e da sua postura de arrogância pseudo senatorial num caso ou, no outro, de “investigador” que nada fez até ao momento que justifique a atitude de condescendência para com toda uma classe profissional que ele parasita nas suas diatribes.

Os textos que escrevem não ofendem apenas aqueles que fizeram a prova, pois são feitos de modo a lançar publicamente dúvidas sobre todos os professores. É esse o seu objectivo, voluntário, recorrente.

Podem dizer que não e até argumentar que “eu até tenho muitos amigos professores” ou “tenho professores na família”, mas já sabemos que nesses casos são todos bons, excepto uns conhecidos deles da Faculdade que eram idiotas e foram para professores. E também temos sempre aqueles exemplos dos alemães do pós-guerra que até tinham imensos amigos judeus nos anos 30.

É tudo treta, da mais rasteirinha.

Em nenhum momento eu produzi aqui um texto sobre “os (maus) jornalistas” ou “os (maus) investigadores” só por este ou aquele palerma ser um lamentável exemplo para o jornalismo ou a investigação. O chuveirinho de lama que esta gente com rosto produz procura achincalhar todos os professores e, repito, é algo deliberado e nascido de um preconceito de “linhagem” pacóvia como a prova que exaltam e não sei se saberiam fazer.

Quero lá saber se depois tuítam pelas costas ou produzem anátemas nas suas tertúlias sobre mim e a minha “arrogância” como já aconteceu com outras luminárias de alguma comunicação social de “opinião” (as câncios, as rolos duartes, os queriduchos de um lado, os insurgentes e blasfemos do outro). A verdade é que me sinto realmente muito superior, exactamente por ser professor, a esta cambada de desocupados, que vive das conexões e conhecimentos e muito raramente das verdadeiras capacidades ou competências. E não tenho dúvidas que milhares e milhares de professores são imensamente superiores do ponto de vista intelectual e ético a quem sobre eles opina na base do achismo ou da investigação por encomenda.

Porque a melhoria dos resultados dos alunos portugueses é facilmente mensurável, enquanto o declínio de outras actividades é bem evidente.

… assim como acho inaceitável que ele tenha conseguido uma certificação profissional de nível superior, apesar de tais falhas.

Para quando um exame aos formadores de professores, em especial àqueles que tanto criticam a qualidade dos que ajudaram a formar?

Porque coragem, coragem mesmo, seria passar uma esfregona em muitos departamentos que fazem formação de professores com gente completamente alheada da realidade das escolas, que avalia em piloto automático e que seria interessante perceber se conseguiriam fazer esta mesma PACC sem chumbar de forma bem mais retumbante.

Mas… basta ver a pressa em aprovar cursos de formação/especialização para o novo grupo de recrutamento 120 para se perceber que a cadeia alimentar permanece, no essencial, intocada e intocável.

(já agora, só mesmo um detalhe venenoso… descobrir a entrada USB para colocar uma pen não deveria ser uma competência de um quadro superior do MEC para a área das estatísticas e coisas assim?)

“O seleccionador nacional convocou 17 jogadores para o próximo jogo de futebol. Destes 17 jogadores, 6 ficarão no banco como suplentes. Supondo que o seleccionador pode escolher os seis suplentes sem qualquer critério que restrinja a sua escolha, poderemos afirmar: (a) que o número de grupos diferentes de jogadores suplentes é inferior ao número de grupos diferentes de jogadores efectivos; (b) superior ao número de grupos diferentes de jogadores efectivos; (c) igual ao número de grupos diferentes de jogadores efectivos; ou (d) não se relaciona com o número de grupos diferentes de jogadores efectivos (d)?

Eu falhava, em grande parte por considerar irrelevante para avaliar a minha qualidade como professor de História (ou de Ed. Física, ou de Inglês, ou de Biologia, ou de Educação Musical, ou…).

Adoro sempre que a Confap e a Fenprof se reúnem e afirmam estar de acordo, quando depois se sabe que nada de concreto e efectivo sai dali. Não é a primeira vez, não é a quinta, não é a décima nos últimos anos em que encontramos a enunciação de preocupações similares, a que se seguem práticas completamente divergentes.

Os representantes das Associações de Pais criticaram o “estado cristalizado” nos procedimentos e metodologias do sistema educativo que deve ser repensado perante os sucessivos maus resultados.

E se a Fenprof adiantou que, este ano letivo, quer “fazer uma marcha em defesa da escola pública que una professores, estudantes e pais numa só voz a dizer que a educação tem uma importância muito grande”, já a Confap defendeu que, “em vez de pensar numa marcha ou manifestação ou greve”, os profissionais de educação deveriam “convidar toda a comunidade para um debate”, num “grande evento que falasse ao ministro” da tutela.

Já agora, uma coisa… o que é que o representante da Confap entende por maus resultados? Subida nos testes internacionais no desempenho dos alunos portugueses ao longo das últimas décadas? E uma subida que, quando se fazem comparações internacionais e se retiram os truques estatísticos eleitoralistas, é das mais elevadas e constantes?

Sobre a cristalização, eu teria uma ou duas coisas a dizer sobre a forma como algum associativismo parental me parece ter entrincheirado mais do que cristalizado.

Quanto ao evento para falar ao ministro da tutela (a Confap adora estas coisas em que se possam fazer seduções ao poder), não se percebe se é aquele que está de saída e nem sequer compareceu a um debate promovido pelo Conselho de Escolas sobre a municipalização e quero quase apostar que dificilmente aparecerá no do Conselho Nacional de Educação ou só irá se for quase obrigado, pois detesta ter de ouvir coisas desalinhadas.

 

É que basta eu chegar ali ao “meu” pavilhão e olhar para cima… e posso apontar mais uns casos que dá para ver a olho desnudo.

MEC diz que terminou remoção de placas de amianto em mau estado

Em 2013 e 2014 foram retiradas placas de cerca de 300 escolas, informou o MEC que assegura que este ano vai manter a monitorização.

 

Tive a duvidosa honra de ser visado pela Câncio (a pasionaria local) no seu mural de rede social, pois em outro mural tinha comentado a sua pesporrência contra a comunicação social que lhe desagrada e a enorme conspiração que a sua tertúlia encontra na prisão de José Sócrates.

Ousei mesmo dizer que a Direita governa actualmente nas pisadas da Esquerda que ela apoiou no que ao condicionamento da comunicação social diz respeito.

O meu crime mereceu a pena gloriosa de ser considerado “chalado da cornadura” e de aparecer um seu amigo, muito conhecido também das lides do jornalismo aristocrático, a dizer que está cansado da minha arrogância, presunção e ataques ad hominem.

Ao que parece, o queriducho nem percebeu o seu próprio paradoxo.

Joana Amaral Dias: ‘As pessoas não vão comer melhor com a união da esquerda’

Os TPC aumentam as desigualdades ou as desigualdades prejudicam um melhor desempenho dos alunos ao nível dos TPC?

Trabalhos de casa podem aumentar desigualdades socioeconómicas

Vejamos o que é dito no corpo da notícia:

Nesse relatório, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) alerta para as diferentes condições em que alunos mais privilegiados e menos favorecidos fazem trabalhos de casa.

Se os mais favorecidos podem quase sempre contar com um espaço em casa com as devidas condições para estudarem, assim como com o apoio da família, que regra geral reforça a importância do cumprimento destas tarefas tendo em vista os resultados escolares, os menos favorecidos lidam muitas vezes com a situação oposta, sem condições em casa para estudar num ambiente calmo e tranquilo, com o tempo muitas vezes ocupado em tarefas domésticas, e sem o apoio dos pais para ajudar nestes trabalhos, por muitas vezes não terem tempo ou capacidade para isso.

«Os trabalhos de casa podem, desta forma, ter a consequência indesejada de aumentar as desigualdades nos resultados escolares dos alunos com origem em contextos socioeconómicos diferentes», lê-se no relatório da OCDE.

A OCDE refere que os professores devem encorajar os alunos com maiores dificuldades a fazerem os trabalhos de casa e sugere, para os casos dos estudantes menos privilegiados, que ajudem a encontrar ambientes onde estes possam fazer os trabalhos de casa de forma tranquila, se isso não for possível nas suas casas.

Quanto à matéria em apreço, ainda bem que há dinheiro para pagar a especialistas para produzirem estudos sobre a humidade da água e a aridez do outback australiano.

Governo de Sócrates cometeu “muitos erros”, mas tinha “uma visão acertada”, defende Costa

I see dumb people-8x6

A época mais adequada a desresponsabilizações com a desculpa da objectividade da ferramenta.

E os dramas com as percentagens daqui e dali dariam quase uma novela da tvi.

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