Março 2013


Belle and Sebastian, Wrapped Up in Books

Não é um bocadito tarde em matéria de definição da rede escolar em algumas zonas? Porque, afinal, as próprias vagas do concurso nacional de professores deve ter em conta essa mesma rede…

Ou esperar pela pausa lectiva tem o seu significado? Dois anos de governação ainda não permitiram conhecer a situação? Ou está a ser mais difícil do que o esperado justificar a compensação por…?

Governo avalia até Julho rede de escolas privadas

O Ministério da Educação está a avaliar as redes pública e privada de escolas para perceber se faz ou não sentido aprofundar a contratualização com os privados. A aposta nos contratos de associação é uma das medidas defendidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), mas os especialistas duvidam das poupanças.

“Estamos a avaliar para que haja conjugação das duas redes. Queremos optimizar a rede”, disse ao Negócios o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, acrescentando …

Nem vou gozar com a optimização… vou apenas recordar que – ao que consta – uma alegada primeira versão do relatório do FMI aconselhava a redução para metade dos contratos.

MAs essa versão do relatório é como que uma espécie de enguia do Loch Ness… viram-no, mas…

… quem acha que uma decisão desfavorável ao Governo do Tribunal Constitucional (que terá o cuidado de só chumbar parte das coisas obviamente inconstitucionais) conseguirá atravessar a carapaça de falta de vergonha do passismo-relvismo em relação ao cumprimento das leis.

Como em outras alturas, antes do acontecimento ainda se tenta condicionar, pressionar, mas depois de acontecer finge-se que nada aconteceu de inesperado e que tudo continua como era antes.

Ainda há demasiados negócios em trânsito, demasiada gente à espera do prometido para que este poder possa cair.

 

Agrupamentos escolares afastaram pais, alunos e professores

Petição SUSCITAR A FISCALIZAÇÃO SUCESSIVA DA LEI DO ARRENDAMENTO/LEI DOS DESPEJOS

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… mas comi.

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Equal or Fair?
A Study of Revenues and Expenditures in American Charter Schools

Algumas curiosidades:

Páginas 3-4:

Expenditures: In most states, charter schools report spending less money per pupil than traditional public schools. They spend less on instruction, student support services and teacher salaries. This study finds, however, that charter schools pay more for administration, both as a percentage of overall spending as well as for the salaries they pay administrative personnel.

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Página 8:
Lower teacher salaries are often the result not of greater efficiency but of lesser quality. While some schools may enjoy a loyal and talented staff who stay when the school simply does not have money for better salaries, it is fair to say that lower salaries often result from a lower level of qualifications — especially in years of experience — of teachers recruited by or seeking employment in charter schools. Thus, the cost advantage of lower salaries may be offset by a loss in valuable expertise, and as such they may be seen as a disadvantage rather than an advantage.
Lower costs may stem from lesser services. Unlike public schools, charter schools are not obligated to provide such additional services as adult education or vocational education.
Lower costs may come from greater student selectivity. With some exceptions, charter schools generally serve students who are less costly to educate than students in traditional public schools. Enrollments in charters schools are more concentrated at the elementary level, where per-pupil costs are lowest.  Charter schools also have considerably fewer students classified as English Language Learners, fewer English students with special education needs, or both. Those students with disabilities who are enrolled in charter schools tend to have mild and less-costly-to-remediate disabilities. While traditional public schools do receive special education funds from state and federal sources, those seldom cover all the costs incurred; districts thus must cover additional special education costs as part of their current operating expenses.
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Mas há mais coisas interessantes em todo o documento que demonstra que em especial as charter schools geridas por organizações lucrativas conseguem baixar os encargos pagando menos aos professores, prestando menos serviços aos alunos e pagando mais a uma curta elite ligada à administração.
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Onde é nós já (ou) vimos isto?
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Este é o resumo do que se passa em Los Angeles, no grupo privado Green Dot, o único que aceita professores sindicalizados:

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Onde acham que os nossos arranjaram inspiração para aquelas boas práticas?

… e fazer passar a informação que as melhorias não são localizadas e, curiosamente, não onde se esperaria. O que significa que, em média, as charter schools têm um desempenho abaixo das escolas públicas tradicionais. Falamos dos EUA e olhem que os estudos de que este resumo é apenas uma parte (em Junho de 2012) foram apoiados pela Walton Family Foundation.

Claro que há quem vá de viagem paga até lá e venha a dizer o contrário, mas…

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… há um documentário muito interessante.

… parece que em Março, assim tanto, só em 1973 ou 1974.

Les intrépides chemins de l’école

Pour des millions d’enfants dans le monde, aller à l’école est un défi quotidien. Pauvreté, isolement, guerre, insécurité se dressent comme autant d’obstacles devant leur quête de savoir. Leur ténacité est une leçon de vie à laquelle Alexis Jenni, prix Goncourt 2011 et professeur de sciences dans un lycée de Lyon, rend ici hommage.

Aleluia

(c) Luís Rosa

John Mellencamp, Cherry Bomb

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… quase arbitrárias, excepção feita à Mafalda, à Janela e ao Deckard… que são permanências.

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Diário de Notícias, suplemento QI, 30 de Março de 2013

… mesmo onde menos (?) se esperaria. E até se conseguem achar os melhores para o efeito…

De uma muito interessante entrevista de Mário de Carvalho na revista do Expresso de ontem retiro um pequeno excerto que acho delicioso sobre uma forma de avaliação do desempenho (político) que ainda permanece:

É verdade que foste controleiro do Saramago? A palavra faz-me impressão.

Sim. E de muitos outros. Era o controleiro da célula de escritores. A palavra faz impressão agora. Era o chamado controlo de execução de tarefas, não tem essa conotação tão negativa. Sempre me dei bem com o Saramago.

Cheating Our Children

So, about that fiscal crisis — the one that would, any day now, turn us into Greece. Greece, I tell you: Never mind.

Over the past few weeks, there has been a remarkable change of position among the deficit scolds who have dominated economic policy debate for more than three years. It’s as if someone sent out a memo saying that the Chicken Little act, with its repeated warnings of a U.S. debt crisis that keeps not happening, has outlived its usefulness. Suddenly, the argument has changed: It’s not about the crisis next month; it’s about the long run, about not cheating our children. The deficit, we’re told, is really a moral issue.

There’s just one problem: The new argument is as bad as the old one. Yes, we are cheating our children, but the deficit has nothing to do with it.

(continua…)

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