Educação
Em termos de educação, o Observador ouviu o professor Paulo Guinote, autor do blogue “A Educação do Meu Umbigo”, que disse que, no que diz respeito a esta área, o documento de António Costa “corresponde a um quase total zero de propostas e muito menos de ‘alternativas’”.
Sobre a proposta de “cooperação transfronteiriça em educação”, Paulo Guinote disse que “é uma ideia interessante”, mas que “terá pouco impacto”, uma vez que “o problema mais grave das zonas fronteiriças é o seu despovoamento”. Perante este cenário, disse, “não há cooperação que sirva de muito”, uma vez que “em algumas destas áreas se privilegia mais o turismo do que a fixação das populações”. Paulo Guinote resumiu assim esta proposta: “de certo modo, é mesmo uma espécie de ‘rendição’ ao despovoamento e à retirada dos serviços públicos dessas zonas do país”.
No que diz respeito à proposta de “descentralização de atribuições e competências em Educação”, Paulo Guinote disse que se trata “da continuidade das medidas que estão a procurar ser implementadas” pelo ministro Poiares Maduro, não trazendo “absolutamente nada de novo”, destinando-se, “debaixo da capa de ‘descentralização’, criar centralismos locais que retiram competências às escolas e agrupamentos, limitando-lhes gravemente a autonomia e a possibilidade de oferecerem propostas claramente diferenciadas”.
Vazios
Março 7, 2015
Março 2, 2015
- 1997 a 2001 – Vereador sem pelouro na Câmara da Amadora
- 2003-2004 – Diretor do Departamento de Formação e Coordenador do Programa de Seminários da URBE – Núcleos Urbanos de Pesquisa e Intervenção (Trabalho Independente)
- 2001-2004 – Consultor da LDN (Trabalho Independente)
- 2000-2004 – Consultor da Tecnoforma S.A. (Trabalho Independente)
- 2004 – Administrador não executivo da ALL 2 IT
- 2004-2009 – Docente do curso de Turismo no Instituto Superior de Ciências Educativos em Lisboa
- 2004-2006 – Administrador Financeiro da HLC Tejo, SA
- 2004-2009 – Administrador-delegado da Tejo Ambiente, SA
Fevereiro 13, 2015
Não chegavam os diasloureiros?
E quando se digna criticar a Grécia, apetece logo, claro que apetece, ir buscar a prosa do João Quadros:
Fevereiro 10, 2015
Quanto À Formação Contínua…
Posted by Paulo Guinote under ADD, Docentes, Formação Contínua, Vazios[20] Comments
… continua uma treta, com coisas mais velhas que o matusalém primeiro ou com pseudo-novidades que não interessam nem ao bebé jesus em cueiros.
Há excepções, claro que as há, mas são verdes.
E há sempre aqueles meios créditos promovidos pelas editoras.
E continua a não interessar ou contar seja para o que for a “produção científica” ou directamente relacionada com a actividade profissional.
E depois quem que levemos as coisas das ADD a sério?
Fevereiro 2, 2015
Continuemos com a maravilhosa entrevista de Hélder de Sousa a Marlene Carriço do Observador e apreciemos este espantoso naco de sabedoria, resultante de 25 anos de reflexão:
Com os anos de reflexão que tenho tido nestas funções e nesta vida de quase 25 anos ligado à avaliação leva-me a dizer que é preciso mudarmos o paradigma da forma como olhamos para a avaliação. A vantagem da avaliação não é a de apontar o dedo nem criticar as pessoas. Se há elemento que nos une enquanto seres humanos é a capacidade de errar. Não conheço nenhum ser humano que não erre. Portanto se nós aprendermos com o erro, dissermos porque é que errei e o que é que vou fazer a seguir para não errar a sociedade tem condições para melhorar, e isso do ponto de vista da educação é talvez a mudança que precisamos de fazer.
Vamos deixar de lado a vacuidade do “é preciso mudarmos de paradigma”, porque não há quem para se armar aos cucos, não diga isso sobre tudo e nada, querendo dizer nada sobre tudo.
Concentremo-nos naquela parte do “a vantagem da avaliação não é a de apontar o dedo nem criticar as pessoas”.
A sério?
A sério?
Então o que fez o senhor excelentíssimo doutro ministro com as bocas sobre os 20 erros, acolitado por uma turba desgovernada de sabichões de sofá como o novo guru do DN e a conivência do próprio senhor Iavé?
Não foi, mais do que apontar o dedo, generalizar as críticas aos “professores”, assim todos por igual?
Ou o argumento só serve para o alunos e os professores, ou candidatos a, nem se podem considerar “pessoas”?
e já agora, não me querendo meter no trabalho da jornalista, como é que Hélder de Sousa se escapa de uma entrevista tão longa sem concretizar absolutamente nada sobre provas deste tipo lá fora?
Nem indicou um caso específico de um país em que a prova seja feita, o momento em que é feita, o tipo de avaliação que implica a exclusão de um candidato a professor, o número de examinados, a taxa de “retenções”, os efeitos sobre a “qualidade” dos professores, etc, etc.
Foi uma entrevista “política”, cheia de ideias gerais, umas interessantes (aquelas em que vira o bico ao prego que tem espetado), outras nem tanto, umas vezes diferentes, outras vezes iguais, com perguntas raramente exigentes, quase sempre menos.
E assim se (sobre)vive.
Como se fosse num episódio vagal.
Vagamente.
Fevereiro 1, 2015
Como Ministro Da Educação Local Também Deixa Muito A Desejar
Posted by Paulo Guinote under Tão Fofinho!!!, Tão Tenrinho!, Vazios[3] Comments
Dezembro 4, 2014
Embirro com o homem, que querem, é uma coisa que não dá para evitar. Tinha decidido ignorar os seus escritos presunçosos (pois nem vale a pena tentar explicar-lhe as coisas mais simples, em especial se formos mexilhão, zecos sem nome), mas o seu mais recente texto é de uma confrangedora ignorância em termos políticos e históricos.
O homem só deve ter livros de história do século XX para enfeitar as estantes e reduz a “experiências de sentido distinto” realidades históricas como a Frente Popular (em que os comunistas viabilizaram o governo de Léon Blum) e a Guerra Civil de Espanha, em que a posição do governo francês esteve muito longe de ser clara.
É demasiado mau para se armar em “reserva” da República.
Por outro lado, a referência a Savonarola é completamente apalermada, pois ele acabou morto, após tortura, pelos poderes políticos e económicos da Europa estabelecida de então, a que se acoitava nos mantos de um papado debochado e corrupto.
Dezembro 1, 2014
Assis sentiu-se empurrado para a “periferia política” do PS
A minha preocupação é ele ter saído da periferia e ter-se encavalitado no meio como se tivesse algo para dizer de diferente ou especialmente interessante.
Se Seguro era o que era, chato e tal, Assis é o chato que tenta estar sempre por cima, mudando de cor q.b. para se adaptar. Desta vez, correu menos bem.
Não temos pena.
Novembro 30, 2014
Novembro 30, 2014
O Livro Do Ministro Álvaro Fez-Me Lembrar O Octávio Machado
Posted by Paulo Guinote under Livros, Vazios[2] Comments
Porque é uma daquelas obras em que se lê muito “eu isto” e “eu aquilo”, em que nunca se chega a dizer aquilo que se ameaça ir dizer e em que, como em alguns filmes, é melhor o trailer, porque condensa a matéria mais picante, do que a longa metragem.
Esperava mais, em especial mais do que aquilo que já sabemos todos pelos jornais.
Dá mesmo a sensação que em alguns casos ele soube primeiro pelos jornais de muitas das tropelias de que foi vítima.
Terá razão em muita coisa, mas teria ganho imenso em escrever de modo menos gongórico e, muito em especial, em não ter aceite a prateleira oferecida, quase sempre, aos ex-governantes que saem de cena em litígio com alguém, a ver se ficam calados.
Neste caso, não ficou calado, mas é quase como se tivesse ficado.
As 400 páginas folheiam-se enquanto se toma um café e se come um bolo, desde que não muito grande.
Novembro 21, 2014
FNE não concorda com prova de professores, mas diz que “é inevitável”
E depois há esta forma de apresentar como “conquista” o que já tinha sido afirmado.
Com sindicatos destes, não são necessários patrões.
Phosga-se!
Será que a FNE ainda tem 10.000 (5.000?) associados pagantes?
Novembro 17, 2014
Não Arranjaram Um Ministro Novo Para A Hora Do Telejornal?
Posted by Paulo Guinote under Vazios[8] Comments
Isto anda pior do que eu pensava… está a ser assim tão difícil achar mais um salvador da Pátria?
Outubro 14, 2014
Vale a Pena Comentar?
Posted by Paulo Guinote under Balha-nos Santa Engrácia!, Buraco Sem Fundo, Vazios[11] Comments
É para isto que temos um PR?
Cavaco preocupado com níveis de procriação de cavalos lusitanos
Entre isto e o Duarte Nuno, venha o belzebu, escolha os dois e leve-os com ele para os confins.
Outubro 7, 2014
São 12 Minutos De Luz E Cor, Palavras Doces E Contextualizações Com Escasso Contexto
Posted by Paulo Guinote under Conversa Da Treta, Enrascados, Entrevista, Vazios[11] Comments
Lá mais para o fim do dia, faço o guião dos saltos sobre a realidade.
Setembro 30, 2014
Setembro 6, 2014
Setembro 1, 2014
É A Melhor Escola Para O Tachismo, Cunhismo, Compadrio, Nepotismo…
Posted by Paulo Guinote under O Caldo Ideológico, Vazios, Zeitgeist[26] Comments
… e várias outras disciplinas de um currículo rico para todos aqueles que têm a esperança de progredir na vida com o vazio de ideias e a falta de imaginação do actual líder da JSD, digno representante das escolas jotistas que até primeiros-ministros deram a este pobre país.
Embora, em nome da justiça e rigor, este Hugo Soares seja do mais fraquinho que se pode arranjar…
Universidade de Verão. “É uma escola para a vida”, diz líder da JSD
Agosto 21, 2014
O Meu Limiar Mínimo Para Avaliar A Qualidade De Um Qualquer Livro…
Posted by Paulo Guinote under Livros, Vazios, Zona Tóxica[3] Comments
… que pretenda ser de não-ficção sobre um qualquer tema acerca do qual se pretende esclarecer em vez de fazer propaganda é verificar se a bibliografia apresentada contém, entre as referências a outros estudos, pelo menos 10-20% de títulos que possam servir de contraditório para as teses expostas.
Quando na bibliografia apenas se encontram obras e autores com os quais se concordava à partida e cujas teses se defendem, ou mesmo de mentores pessoais, já se sabe que estamos perante uma fraude. Uma treta que enuncia as teses adversas como coisas do género “há quem diga que…” ou “é costume dizerem que…”, mas fugindo sempre a contraditar no concreto e truncando a informação fornecida ou adulterando mesmo os dados apresentados como “objectivos”.
Hoje, enquanto fazia uma criteriosa selecção de aquisições em agradável promoção numa Bertrand, tive o prazer de encontrar uma das mais recentes dessas tretas que não vou nomear, pois decidi fazer o mesmo que um trio da vida airada estende por mais de 200 páginas com um tipo de letra arejado, margens muito amplas e parágrafos curtos, parecidos com os de um guião para actores esclerosados de 3ª linha…
E ainda têm a distinta lata de falar em “isenção” quando não passam de moços de recados.
Agosto 9, 2014
… em que temos como majority leader no Parlamento um qualquer montenegro que perora com grande largueza mediática sobre tudo aquilo que não entende e que apresenta como currículo para tal função exactamente os passos que são necessários, nos dias que correm, para ocupar uma função que outrora já foi de grande dignidade e gente com substância.
Agora, já qualquer um serve e chega, desde que graças à sua vacuidade seja um valor seguro para servir de câmara de ressonância e assegurar o eco.