Maio 2008


Fica em seguida um clip para aguçar o apetite.

Aqui a versão do programa televisivo. Igualmente ou ainda mais hilariante. Mas não é para espíritos sensíveis.

Crianças expostas a chumbo podem ser adultos mais violentos

O Ministério da Educação afinal tem razão… O chumbo faz mesmo mal à saúde.

Cientistas norte-americanos concluíram que as crianças expostas a grandes quantidades de chumbo podem ser adultos mais violentos. O estudo foi publicado hoje na página online da revista “Plos Medicine” e é o resultado de uma investigação com quase 30 anos.
A investigação foi feita no estado do Ohio em bairros pobres da cidade de Cincinnati. Escolheram-se estes bairros porque tinham casas antigas com concentrações altas de chumbo.

Não sei porquê, mas acho que o Fafe terá qualquer coisa a criticar… Ou não?

O despacho em causa foi publicado apenas na 5ª feira, com data original da assinatura de 15 de Maio, só sendo curioso que o procedimento em causa esteja previsto no próprio diploma (alínea g) do nº 2) começar a 1 de Maio.

É impressão minha ou há aqui um certo e determinado atraso?

Eu sei que o prazo acaba dia 30 de Junho e há tempo, mas de qualquer modo não seria interessante cumprirem-se os prazos anunciados e previstos na legislação?

A mim tanto se me faz que em toda a vida só por uma vez fiquei ao abrigo deste tipo de expediente, mas há quem  precise disto como de pão para a boca. Muitas vezes por boas razões.

Em fim de semana de Feira do Livro, com Dia da Criança à mistura.

Eu percebo que a máquina de comunicação do ME tenha todo o interesse em fazer vender o modelo das EBI/JI para melhor apoiar o seu projecto de amalgamar os nove anos da escolaridade obrigatória numa espécie de salame pedagógico.

A solução tem vantagens e desvantagens. É um assunto que não se resolve com fórmulas fáceis ou análises apressadas.

O que eu estranho é que a notícia comece com a frase muito engagée «O modelo convence». E que mais adiante se cometa o erro de palmatória de afirmar que «A Escola Vasco da Gama foi a primeira escola do género a ser criada em Portugal, em 1999, e alberga uma população estudantil da classe média alta residente na zona da Expo.»

O que alberga ou deixa de albergar não sei em detalhe. Mas o que sei é que em 1999, por mera coincidência, eu já dava aulas numa Escola Básica Integrada com Jardim de Infância, a qual já funcionava, aqui pelo deserto, há uma boa mão-cheia de anos sendo criação da primeira metade dos anos 90, na sequência de legislação de 1990. E não era a única no país, mesmo se não existiam realmente muitas

Agora só falta mesmo que queiram reescrever a cronologia do sistema educativo e coloquem tudo em mandatos do Partido Socialista para parecer que a rosa foi inventada em tons de rosa e a pólvora descoberta num corredor do Largo do Rato.

Mas tudo bem, pode ter sido uma distracção da jornalista que fez a peça publicada hoje no Expresso.

Só não sei se este equívoco será assinalado por Vital Moreira na sua secção de críticas à imprensa com o título genérico «Um pouco mais de rigor, por favor…» ou agora com o de «liberdades jornalísticas».

Destaco, neste artigo publicado no Expresso de hoje, em especial esta passagem, que subscrevo como princípio geral para o funcionamento de muitas instituições, escolas incluídas, claro. Mesmo se não sou um completo adversário da existência de hierarquias.

Os tribunais precisam de liderança exercida em ambiente de confiança e consenso, assumido com naturalidade, e não de chefia hierárquica estabelecida em relações de subalternização.

Caso Berardo envolve nata política da Madeira

O problema, como no passado, é se isto chega a algum lado ou se não se resolve com um acordo em torno de umas obras de arte. Como no BPN.

Julgamento da queixa de Paulo Pedroso contra autor de blogue adiado “de acordo com orientação do CSM”

António Caldeira é acusado de 49 crimes de difamação por Paulo Pedroso, que pede 150 mil euros de indemnização
A primeira sessão do julgamento do processo intentado pelo Paulo Pedroso contra António Balbino Caldeira, autor do blogue Do Portugal profundo, foi anteontem adiada pela sexta vez. O despacho da juíza que determinou o adiamento para 9 de Junho diz que a decisão foi tomada “por razões de agenda e de acordo com orientação do CSM”.
O documento não especifica a natureza da orientação recebida pela magistrada, razão que levou o advogado do arguido, José Maria Martins, a requerer ao Conselho Superior da Magistratura (CSM) uma cópia da mesma, bem como a explicitação dos seus fundamentos de facto e de direito. No seu requerimento, o mandatário de António Caldeira parte do princípio de que a orientação dada à juíza se refere a este processo concreto, embora outros advogados ouvidos pelo PÚBLICO admitam que possa estar em causa uma instrução genérica, motivada por práticas consideradas inadequadas, como seja a marcação de vários julgamentos para o mesmo dia e hora.
Em todo o caso, José Maria Martins justifica a legitimidade do arguido para requerer a certidão da dita orientação num conjunto de motivos que se prendem com a alegada natureza política do processo em questão. O advogado diz ainda que o processo tem um “marcado cariz de censura, de ataque à liberdade de expressão e de perseguição política ao arguido que, no âmbito do processo Casa Pia, entendeu que os magistrados do MP e o juiz de instrução tinham razão e as vítimas falaram verdade”.

Notícia do Público da autoria de José António Cerejo, sem ligação permanente.

Don’t stop me now I’m having such a good time
I’m having a ball don’t stop me now

A versão não tem o melhor dos sons, mas fica a intenção.

Há quase dois anos fiz um post a zurzir ao de leve no texto promocional de um livro de Rodrigo Guedes de Carvalho. Note-se que não foi uma crítica ao livro, foi meramente ao texto constante na revista do Círculo de Leitores que o anunciava.

Mais de dois meses depois caiu-me na caixa respectiva o seguinte comentário (que ainda está anexo ao post) assinado pelo próprio RGC:

Caro Paulo Guinote: Mão amiga enviou-me este seu dichote. É refrescante encontrar ainda um português típico na chamada blogosfera iluminada.

Uma pérola da elegância em matéria de réplica, sendo mesmo de atentar no trocadilho, de extrema dificuldade, feito com o meu nome. Suponho que a rima dichote/guinote seja produto de um português não-típico do jornalismo obscuro.

Amigo Antero, será que isto significa o que eu penso? Uma tentativa encantadora e muito (pouco) subtil de…

Secretário de Estado adjunto da Educação: “Se todos puderem ser excelentes, o que está errado é a definição de excelência”

E no ME não há suficientes para a atribuição de classificação de Muito Bom quanto mais de Excelente…

No Terras Altas:

Os blogues …
os blogues foram ontem alvo de debate no “aqui e agora” da SIC…
os blogues são uma tragédia;
os blogues são ninhos de víboras prontas a destilar veneno contra tudo e contra todos;
os blogues são um antro de gente anónima que não sabe o que fazer e disparata contra qualquer um sem tom nem som ( por acaso também teria sido bom que os jornalistas , depois – ou antes, tanto faz – de ouvirem o senhor comentador/jornalista/escritor que tanto se considera atacado nos blogues , revissem e relessem tudo quanto ele escreveu e disse contra os professores, depois, podiam falar à vontade! e queixar-se!);
os blogues são um covil de criminosos, terroristas e afins;
os blogues são sítios de um bando de solitários… ai a solidão, que má conselheira pode ser a solidão! …
os blogues são lugares onde narcisistas escrevem e mostram a toda a gente “olhem que bem que eu escrevo!” ( então e os escritores que publicam as suas obras, quantos havia no debate? para que escrevem? … só para ganhar dineiro??? Ai ai ai!!!)
os blogues são o diabo!!!

Parece que se esqueceram os quatro senhores ( jornalista e comentadores – não vi tudo , confesso, porque não me posso enervar, falo do que vi e ouvi e me deixou perplexa, porque aqueles senhores não são pessoas comuns nem pela formação nem pela visibilidade!) que ( e como tudo e todos com perigos e riscos – eu posso ser atropelada, se saio à rua, mas não deixo de sair todos os dias mais que uma vez!!! demagogia dirão!!!):
os blogues são um ponto de encontro e de debate;
os blogues são comunicação rápida, fácil e salutar entre pessoas comuns, escritores, pintores, escultores…
os blogues são a força das ideias, o lugar das lutas e da união;
os blogues são a voz do cidadão comum…
os blogues nunca são anónimos – há sempre maneira de identificar, pelo menos, de onde veio a frase, a ideia, a publicação… ( para quem sabe!!!)
os blogues são a liberdade de expressão – por alguma razão, alguns países controlam a rede e a censuram;

Que se disse contra os perigos da Tv há… quantos anos???

Não cheguei a perceber o que é que os incomoda tanto… nos blogues ou percebemos todos???

Renda de Bilros

Chamo em especial a atenção para a tirada defensiva que destaco neste anúncio enviado para escolas e não só. Espero ainda que não me amecem com um processo, como no caso do Curso Fatal porque, afinal, apenas faço aquilo que é pedido neste documento, ou seja, divulgar a iniciativa.

Refª. Curso Prático sobre o regime da Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente

Exmos. Senhores,

Vimos por este meio dar a conhecer o lançamento do novo Curso Prático sobre o regime da Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente.

Independentemente de todas as considerações que possam ser feitas, quer do ponto de vista técnico-jurídico, quer no âmbito politico, sobre o novo regime de avaliação de desempenho do pessoal docente, que viu as suas bases aprovadas através do Dec-Lei nº 15/2007 de 19 de Janeiro, posteriormente regulamentado pelo Decreto Regulamentar nº 2/2008 de 10 de Janeiro, este regime é uma realidade com que o pessoal docente terá de conviver de ora em diante.

É pois essencial para classe docente, conhecer os princípios fundamentais deste novo sistema, as regras básicas da avaliação, como se processa o ciclo de avaliação, como se fixam e medem objectivos, enfim, que se habilite com um grau razoável de conhecimento do sistema que lhes permitirá encarar esta nova realidade com segurança e à vontade.

A introdução de novos métodos de medição e avaliação de desempenho, seja em que sector for – privado, público, seja em que área for – da industria, de serviços ou do comercio e independentemente da dimensão da estrutura da empresa ou instituição, traz sempre associado um processo complexo de resistência à mudança, que, se não for bem trabalhado, poderá acarretar prejuízos, quer para a actividade, quer mesmo para o bem estar pessoal dos colaboradores.

Neste contexto parece-nos assim, que é importante, neste momento, dotar os docentes de ferramentas, neste caso, do conhecimento adequado do sistema, de forma a que não prejudiquem o seu desempenho nem a progressão na carreira.

Assim vimos solicitar a Vossa colaboração na divulgação do curso prático por nós promovido e que consta da newsletter anexa.

Com os nossos melhores cumprimentos.

Maria Manuel Busto

(Dir. Dep. Formação)

E&B DATA – Sistemas de Informação e Assessoria Empresarial, Lda

http://www.datawin.com.pt E-Mail datawin@datawin.com.pt

Rua Sousa Aroso, 31, Ed.2 1.º A 4450 Matosinhos Tel. 22938 8245 Fax 229363475

A newsletter referida no texto fica aqui: newsleter.

Mais um estudo que se assume não representativo de nada de muito especial (11 escolas, 1800 alunos) – confessa-se uma «pesquisa exploratória» – sobre as características dos alunos à entrada no Ensino Secundário. O estudo global está aqui e o estudo com os dados «de Escola» aqui.

Mais um Observatório que surge no ME com ligações ao ISCTE que isto das solidariedades académicas tem bastante que se lhe diga. Mesmo se é para produzir relatórios preliminares ou piloto (destinados a «testar diferentes linhas de análise passíveis de ser seguidas») com algumas evidências que se conseguem vislumbrar só de olhar para as estatísticas oficiais, com mais uns inquéritos à moda de um antigo primeiro ano da Faculdade. Apesar das pretensas teorizações metodológicas a querer parecer sofisticadas.

É o que vou ouvindo no leitor do carro durante esta semana. Nem de propósito. O mais estranho é que a petiza adora. Devo ficar preocupado?

Aos frequentadores deste blogue devo avisar desde já que estão a entrar numa zona perigosa da Internet de acordo com os padrões do jornalismo de referência da SIC.

É interessante notar como andam a reagir aqueles que, além-Pirenéus, têm os cargos que por cá alguns cobiçam e almejam.

Ao que parece é uma prisão dourada. Mas há quem tenha vocação para prisioneiro, desde que as grades rebrilhem.

Artigo do Le Monde de l’Éducation, Maio 2008, pp. 20-21.

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