Artroses Mentais


… ou os 50 tons de castanho.

Não são todos iguais, mas ficam no mesmo espectro.

Passos escolhe também a comunicação social como alvo: «Há jornalistas que querem expor episódios da minha vida fiscal apenas com o propósito de querer sugerir que somos todos iguais».

Quando se escolhe a comunicação social como alvo é porque se anda de cabeça perdida.

Ao ponto de se dizer este disparate acerca de alguém que tem um dos cargos mais importantes num regime democrático.

Passos considera que questões fiscais são de «natureza pessoal»

Não… neste caso não são de natureza pessoal, muito menos em quem se afirmou um enorme moralista das contas públicas e as andou sempre a equivaler à economia doméstica.

Devem ser públicas e são mesmo de interesse público.

Se não percebeu isso, deveriam explicar-lhe que o cerne das democracias liberais também passa por aqui e não apenas pelos chavões d”os mercados”.

João Carlos Espada (i. e. o sumo apóstolo de Popper na Terra para desgosto da alma do próprio) está muito preocupado com a aproximação de alguns partidos, movimentos ou governos europeus à Rússia.

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Público, 16 de Fevereiro de 2015

Eu é que devo andar distraído, que não o li tão preocupado com a subserviência económica de alguns governos, a começar pelo nosso, em relação a Angola ou à China.

Aliás, o que li em relação à China – esse farol vibrante da democracia – foi muito instrutivo a propósito do Dia Mundial da Democracia, em 2008:

Em segundo lugar, esse clube não visa excluir ou subverter, ou derrubar pela força regimes não democráticos. A China, aliás, compreende isso muito bem e está a integrar-se com bastante compostura na comunidade internacional.

Ou em 2012, quando depois de visitar o Brasil, decidiu erigir a China como um dos exemplos do empreendedorismo internacional:

Foi uma sociedade civil vibrante, em perpétuo movimento, com uma energia empreendedora que só tem paralelo nos EUA (e talvez na China e na Índia, mas devo admitir que não senti aí a mesma energia).

 

Mesmo que seja presidente do meu clube e até tenha feito algumas coisas certas.

Bruno de Carvalho processa sócios por comentários na internet

a tuítar qualquer coisa que lhe passe pela mona. Eu até tenho compadres do Benfica, sobrinh@s do Fêcêpê e tudo.

Nem me daria ao trabalho de lá ir atormentá-la, porque aquilo é muita laca.

Sou muito tolerante com as pessoas profundamente equivocadas nas suas convicções. Mas ainda bem que assim é, pois a “luz” não pode nascer para todos ou então ainda acabamos todos encandeados.

Quando o doutorando Aníbal Cavaco Silva esteve em Inglaterra, que habilitações eram as dos professores ingleses? Faziam prova de ingresso na profissão?

É o que diz a tia Raquel da mão coisa.

raquel

Percebe-se, pela linguagem corporal, que considera que a salsicha é grande.

Mas… por todos os santinhos do altar… quão parvo se pode ser?

Para quando a “presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares” pensa apresentar um relatório sério sobre o controlo e encaminhamento de tudo o que o BA recebe?

“Há profissionais da pobreza em Portugal”, alerta Isabel Jonet

Isabel Jonet: País tem “a sorte” de ter estruturas “que dão resposta social muito boa”

 

Carlos Moedas é «um profundo conhecedor», diz Crato

Ministro da Educação satisfeito com nomeação do novo comissário europeu para a Investigação, Inovação e Ciência.

… por isso só hoje posso comentar a forma dócil e quase enamorada como o implacável José Gomes Ferreira engoliu ao vivo e a cores a estórinha de nanar sobre a solução para o BES da nossa gasparinha

maria-luis-albuquerque-a-inocentezinha

Confesso, Francisco Assis mal me consegue divertir, de tão bacoca a postura, em termos globais e específicos. Até porque é daquelas pessoas que tropeça em si mesmo, em especial quando envereda pelo que deve pensar ser subtil e não passa de pueril.

Repare-se que no mesmo texto em que escreve…

Senão vejamos como as coisas se têm vindo a passar em vários planos discursivos: a análise crítica cede lugar à proclamação da denúncia; a imaginação social e política transforma-se na arte da repetição de litanias muito superficiais; o próprio humor é frequentemente rebaixado à condição de um palrear zombeteiro a raiar os limites da cretinice.

(…)

No limite, a recusa da complexidade, o enaltecimento sectário de uma identidade, a invocação de receitas mágicas colocam-nos perante o fantasma de uma infantilização geral das nossas sociedades. É óbvio que não tem necessariamente que ser assim mas, infelizmente, há razões pertinentes para temer que possa vir a ser mesmo assim. Olhemos à nossa volta, liguemos a televisão, viajemos pelo mundo da blogosfera, concentremo-nos na leitura dos jornais – salvo raras excepções tudo parece dominado por um espírito do tempo marcado pela prevalência de uma associação assaz confusa entre moralismo ingénuo, exibicionismo opinativo mal fundamentado e sectarismo ideológico naturalmente intolerante. Não é, pois, de estranhar que o sentido do compromisso seja objecto de execração, que a subtileza seja repelida e que a graçola atrevida tome o lugar da sátira exigente e culta.

… escreve também este naco de prosa que, supõe-se, ele considerará muito inteligente, subtil e tudo o mais:

A indicação de Jean-Claude Junker para a Presidência da Comissão Europeia constituiu um importante avanço no projecto europeu e abre novas perspectivas políticas imediatas. Se há projecto que não é compreensível à luz de um modelo interpretativo básico é precisamente o projecto europeu. Não podia, aliás, ser de outra forma dada a diversidade que o integra e estrutura.

Não está em causa a razão, ou não, antes pelo contrário, da indicação de Junker. Apenas que Assis não consegue ir além de Assis e Assis só consegue pensar o que os outros pensam. Não consegue ter pensamento autónomo. É um homem do “compromisso”, essa arte profunda dos pântanos políticos que faz carreiras de sucesso, para desgraça de tantos de nós…

É um epígono da litania absolutamente bacoca.

Um chato, em resumo, incapaz de ver mais além do que lhe mandam ver.

 

Eu até poderia concordar, se o bigodes da ugêtê tivesse um sucesso que fosse para apresentar.

Este gajo – sim, é de um gajo que se trata – entrou para o cargo como se os tivesse no sítio, mas… perderam-se por falta de uso.

… sem ser pelo critério exclusivo do Tio Patinhas?

Governo quer separar educação especial de dificuldades de aprendizagem

A proposta integra as conclusões do grupo de trabalho que, ao longo dos últimos meses, teve a cargo um estudo para a revisão da legislação.

(…)

As conclusões do grupo de trabalho apontam para a necessidade de alguma revisão da legislação, sobretudo ao nível da integração num único diploma dos diversos normativos dispersos, que deve, acima de tudo, clarificar conceitos, sobretudo no que diz respeito à separação entre necessidades educativas especiais permanentes ou temporárias ou, dito de outra forma, entre o que realmente se enquadra na educação especial e o que deve apenas ser classificado como dificuldades de aprendizagem.

«Essa distinção, à partida, da população alvo da educação especial é determinante. É necessário especificar e clarificar que públicos é que são alvos da educação especial», afirmou João Grancho, que sublinhou que as necessidades educativas especiais se transformaram numa «grande categoria» onde cabe tudo, afirmando que é preciso rever o que considerou uma «fragilidade ao nível dos conceitos».

«Mesmo que venhamos a introduzir alguma diferenciação a este nível, as escolas deverão continuar a prestar os apoios aos alunos que precisarem», frisou o secretário de Estado.

Esta última passagem, ao contrário do que pode parecer a uma primeira leitura, é muito preocupante.

Quanto ao que afirma João Grancho, trata-se exactamente do inverso… na última década, a Educação Especial tornou-se cada vez mais um corredor estreito, cheio de categorizações derivadas da CIF que espartilham por completo o modo de encarar os alunos com necessidade evidente de um acompanhamento não indiferenciado.

Mas este desgoverno detesta tudo o que possam ser “coisas” humanas “caras”.

 

 

Dos conselhos de turma do 9º ano para o início da próxima semana.

Mais valia terem dito que o ano lectivo acabaria a 30 de Maio. Era menor a confusão e não pareciam tão (ou mais) incompetentes.

Agora resta saber se é quem fez a OAL de 2013, se da malta autónoma dos jeovás.

Adenda: Afinal parece que não é preciso antecipar, basta inscrever os dados. It sucks.

Só é triste que use o argumento deplorável que usa para se justificar e nem estou a falar da sanha anti-aposentados, já de si lamentável.

Falo da demagogia do pior gosto ao usar o argumento da filha para se colocar a jeito de uma nomeação para… deputado? secretário de Estado adjunto?

(poderíamos sempre afirmar que a causa é puramente egoísta e feita com um explícito propósito anti-solidário, mas penso que isso é assumido pelo escriba)

Até que ponto se pode descer neste jogo de disponibilidades?

Isto é pior do que injecções de botox, colagénio e silicone para se tornar aprazível…

Exp23Mai14b

(…)

Exp23Mai14c

Expresso, 23 de Maio de 2014

 

… que comentar seria pura crueldade para com a ignorância do actual PM e o Expresso achou por bem esclarecer que a imagem não é uma fotomontagem.

Passos quer para Portugal espírito dos Descobrimentos

DN7Mai14

Só se fosse para citar o vicentino Apariço:

Gil

 

 

Às vezes o excesso de alegada inteligência dá em figuras destas:

Pedro Lomba. “O governo tenta continuar e desenvolver o espírito do 25 de Abril original”

Mas ele sabe definir o que seria “o espírito do 25 de Abril original”?

Ou, como muitos outros mistificadores da memória, fez a sua reconstrução a gosto?

Mais um que, quando espremido, só tem para dar uma racionalização”:

Gosto de distinguir o 25 de Abril original do que veio a seguir. Não tendo eu vivido essas memórias, tive de ir racionalizando ao longo do tempo o que pensava. O 25 de Abril foi o acto fundacional do primeiro regime verdadeiramente legítimo da nossa história. Um regime de liberdades, porque existem liberdades e não uma liberdade abstracta.

Pedro Lomba, pelo que se lê, percebe pouquíssimo de História e de Teoria Política (o que é um regime verdadeiramente legítimo?)  e é uma daqueles que, da Esquerda à Direita (dos Rosas aos Ramos), tem daquela uma visão instrumental, destinada apenas a justificar o seu presente e nacos do seu passado.

No fundo, confessa o que sabemos… a filiação destes meninos num pós-marcelismo português suave e tropicalista (prós Relvas), moderadamente cosmopolita (para os lombas e maduros), em que os “radicalismos” seriam evitados e o povinho se manteria sereno e domesticado pelos inteligentes.

Patético.

Perigoso.

… e não ter ido uns meses fazer uma qualquer especialização lá fora, de preferência em cidade do primeiro mundo e vivendo em bairro protegido, leva a que eu não tenha uma mundivisão completa sobre como deve ser a Educação em Portugal, à semelhança das experiências fantásticas dos bairros wasp de Boston ou das vizinhanças posh de Londres.

Assim, estou limitado a uma visão paroquial e não consigo alcançar o alcance alcançado pela visão de quem sabe o quão bem funciona uma PTA em New Haven (acham que estou a brincar?) ou uma LEA em Cambridge (existe, claro que existe).

Oh, silly bugger!!!

oh-bugger-we-re-rather-screwed

Reforço dos contratos de autonomia

E que tal o Mapeamento Digital (ou a Termodinâmica dos Fluidos Corporais) fazer parte de uma actividade extra-curricular, com crédito horário próprio e não arrancado às disciplinas ditas nucleares pelo próprio ministro ainda há bem pouco tempo?

O que resta? Espera-se – sentado – que não seja apenas a legitimação do cunhismo contratual.

Porque há alegrias que me arrefecem, desculpem lá…

A autonomia não pode ser de apenas uma pessoa num mega-agrupamento…

Autonomia: diretores de escolas dão positiva a Crato

Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas e Associação Nacional de Diretores Escolares consideram anúncio do ministro «uma boa notícia»

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