Outubro 2014


Eu espero estar, por estas horas, a fazer a pós-degustação em animada conversa.

… às declarações do Zé.

“Dei a Sócrates apoio sem falhas, quando já muitos já nem lhe atendiam o telefone”, conta o agora ex-presidente da Comissão Europeia numa entrevista exclusiva à VISÃO desta semana.

Não parece ofender ninguém…

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Interpol, Anywhere

… por um tema como o da deriva hiper-burocrática dos tempos modernos que se faz sentir nas escolas, pois passámos a ter um duplo controle de quase todos os actos, não tendo servido os meios digitais para aligeirar mas, em muitos casos, para duplicar o tempo gasto no registo de todos os actos, praticados, por praticar ou que é necessário demonstrar ter praticado.

OlivHospital

A scary new word to emerge in our cover story is “hyper-bureaucracy”, which describes “an out-of-control system” that emerges in the search for optimum efficiency and takes no account of the costs in time, energy and money that are needed to achieve it. It is a bureaucratic nightmare in which there is no end to the extra information that can be acquired.

São sempre viragens a 360º. Cada vez está mais parecido com o outro.

Viradeira

Encontrado no FBook.

O Banco de Portugal está no epicentro das conexões.

Directores deixam Banco de Portugal para serem sócios da PwC

O director e o director-adjunto do Departamento de Supervisão Prudencial, Luís Costa Ferreira e Pedro Machado, entram para a PwC em Janeiro.

Só isso explica que tenha estado a ouvir o Pires de Lima elogiar o desempenho do país numa série de rankings perfeitamente irrelevantes para a nossa vida.

E quase deu Portas a vida (política) por este homem.

Na mesma nota, a PGR esclarece ainda que “a magistrada do Ministério Público, Maria José Morgado [directora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa], em momento algum da participação recebida do Ministério da Justiça é indicada como suspeita”.

… afinal não passou de uma criação da imprensa.

Parece que, apesar de preguiçosos e patéticos, os jornalistas, são muito criativos.

… que metade dos professores colocados a semana passada já se foram embora para outras paragens.

Este modelo de colocações, que nunca é por demais explicar que funciona assim à parva por ser descentralizado e permitir que uma pessoa seja colocada dezenas de vezes ou em dias e semanas seguidas e (em nome da liberdade de escolha, hélas!) ir escolhendo as hipóteses menos malignas, é um portento da estupidez de que não se pode responsabilizar apenas um director-geral, as pobres das maquinetas ou o algoritmo que não nasce de geração espontânea.

Este modelo está profundamente errado, mas aproveitar isso para avançar para uma ainda maior desregulação das colocações dos professores contratados (e mais tarde… as próprias entradas nos quadros?) é apenas aprofundar o buraco em que nos enfiaram.

Eu sei que o spin metido nisto até parece funcionar junto dos pobres de espírito e dos convertidos ao disparate, mas é muito importante sublinhar que os sacrificados maiores são os alunos, mesmo se o tempo está bom para um horário cheio de furos à segunda metade dos anos 70 e para um ajustamento maior dos namoros da estação.

Mas, claro… para a semana está tudo resolvido.

Como seria de esperar, os pedidos de decsculpa de alguns ministros destinaram-se apenas a arrefecer o ambiente durante uns dias.

A fase seguinte, o processo de reformulação em curso (prec), caracteriza-se por culpar os informáticos e os computadores por sabotagens e bloqueios.

Agora é na Educação, em que um alegado “bloqueio” fez com que fossem disparados emails em todas as direcções. Ainda estou para perceber como um “bloqueio” em vez de produzir um “bloqueio” (ler a definição aqui) produz o seu oposto…

Claro que estas manobras de spin até podem ser assumidas com toda a sinceridade por personalidades algo messiânicas, que acreditam não ser suas as falhas mais do que evidentemente demonstradas. Quer a ministra da Justiça, quer o ministro da Educação já demonstraram incluir-se neste tipo de perfil.

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Desculpem lá… eu já me tinha ido embora, mas ao zappar pelos canais nacionais, tropecei numa das maiores luminárias nacionais em conversa fiada a passar por conhecimentos sobre Economia, aquele que eu evito sempre, sempre, designar por outra coisa que não seja Camilo Lourenço.

Com aquele ar emperusado (mas sem crista) do costume falava sobre as finanças dos clubes nacionais que estão na Champions League o resultado é este:

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E o ar satisfeito com que este gajo fala quando nem sabe dar por um erro numa simples soma de duas parcelas em que o total é inferior às partes … já nem falo na de quatro…

 

que um alegado inimputável ministro se auto-elogiou. Só se foi no planeta Kraten…

The Temples, Shelter Song

Quando as previsões dão em engano, a política remedeia?

Governo de Passos Coelho foi pródigo em estimativas que não se confirmaram. Caminha para a reta final com certezas inéditas. E com um ano de eleições à porta. Os balanços possíveis, agora que começa a discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2015.

A direção certa da Educação segundo Nuno Crato

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