Sobredotados


… mas é apenas porque o António está a conseguir ser mais zero do que o Tózero.

Quem diria.

Sondagem. PSD e CDS coligados conseguem empate técnico com o PS

E não é que anunciavam amanhãs cantantes mal o homem chegasse à Economia? Andou o Paulinho a rasgar as vestes para o meter no governo com o apoio dos jovens totós da economia insurgente e depois dá nisto?

O problema é que o mérito empresarial de vender refrigerantes e cervejolas num país como o nosso é equivalente ao de vender agasalhos na Sibéria…

De acordo com os Indicadores de Conjuntura hoje revelados pelo banco central, este valor é semelhante à descida registada em novembro, mas a atividade económica vinha a desacelerar desde janeiro, quando o indicador ainda estava em terreno positivo, fixando-se nos 1,1% de evolução favorável.

Desculpem lá… eu já me tinha ido embora, mas ao zappar pelos canais nacionais, tropecei numa das maiores luminárias nacionais em conversa fiada a passar por conhecimentos sobre Economia, aquele que eu evito sempre, sempre, designar por outra coisa que não seja Camilo Lourenço.

Com aquele ar emperusado (mas sem crista) do costume falava sobre as finanças dos clubes nacionais que estão na Champions League o resultado é este:

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E o ar satisfeito com que este gajo fala quando nem sabe dar por um erro numa simples soma de duas parcelas em que o total é inferior às partes … já nem falo na de quatro…

«Vamos assistir ao mesmo que assistimos no ano passado, ou seja, as aulas vão começar a 99 por cento na data exata de arranque do ano letivo», disse Nuno Crato quando questionado pelos jornalistas, à margem da cerimónia de assinatura de um protocolo, em Loures.

«Houve, de facto, cerca de mil horários completos (anuais) que não conseguimos preencher, para os quais não houve procura por parte dos professores», justificou.

 

Margem De Erro: 1 por cento.

O de Pires de Lima ser um sobredotado em termos políticos e económicos. Perdidos outros ídolos, há quem se agarre ao homem que ia meter a nossa Economia a correr sobre rodas.

Nota-se.

Ou melhor… nem se dá por nada.

 

 

Fica a crónica inteira que o demonstra e a certeza que ele ainda um daqueles Nokia heróicos de há uma década…

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Expresso, 2 de Agosto de 2014

Por vezes, um tipo que parece idiota com carreira na base dos apelidos é apenas isso mesmo.

Ou pior.

Porque tentar encobrir práticas do foro criminal com excessos de consumo que foram promovidos e alimentados por aqueles que desenvolveram essas mesmas práticas criminais pode se rmais do que idiotice.

Se não… vejamos…

Quem promoveu a concessão desregrada de crédito ao consumo, por forma a captar o dinheiro aos pequenos consumidores para alimentar os vícios dos grandes senhores empreendedores de sucesso?

Vamos ser claros… nem MAF acredita no que escreve, mas ele precisa de escrever isto. Não é muito difícil entender porquê…

Problemas do BES são “uma adversidade” para a economia, diz ministro

Aumenta o desemprego, empurram as pessoas para a reforma e depois descobrem que aumentam os encargos “sociais”.

E tirou este homem um curso de Economia!

( 👿 se calhar é assim por causa disso mesmo 👿 )

Passos diz haver “um nível de despesa social maior do que quando a crise começou”

 

 

Reunidos no Templo os iaveístas tremeram com a visão de Iavé lá por detrás dos quintais:  “Estamos fecundados, o Lucicrat é o mínimo dos ínfimos, não cruza a pernoca roliça como Marilulu, nem alça o palito como Pernalçada!”

Mas só lhes ocorreu que Iavé é grande, talvez ainda maior do que enorme, aquela cena tipo bué da bigue.

E decidiram tornar-se iaveenses, antes que Marilulu cantasse a uma cobra e a outra a confundisse com um poste e fizesse já ali – evitando ir ao serrado.

 

José Gomes Ferreira Quem ganhou com as reduções salariais? “A economia toda”

O problema é quando eles ficam com aquele ar fixo, típico de auto-ilusão. Aquela para a qual a realidade nada interessa.

Economia portuguesa tropeçou no arranque do ano

Mas claro que os articulistas e opinadores encartados irão alinhar ma explicação do “irrepetível” (até se repetir como se revogou o “irrevogável”).

A economia portuguesa contraiu inesperadamente no primeiro trimestre. O Governo justifica com “factores irrepetíveis”. O PS tenta impor o fim da “euforia”. E os economistas destacam a dependência da economia das exportações.

Legitimar a violência económica e social que atravessamos como uma reacção necessária aos excessos do distante PREC – como o fazem de forma explícita ou mais encoberta alguns inteligentes da Situação actual, a começar por aqueles governantes que se apresentam como actores da desmontagem de 35 anos de socialismo ou repositores do “espírito original” d0 25 de Abril – levanta um problema de coerência.

Dentro dessa lógica, o PREC não foi legitimado pelas violência do salazarismo e da longa ditadura sobre a maioria do povo português?

Ou, com chancela de um “respeitável” ramos ou do “jovem” lomba, vamos entrar em negacionismos à maneira de um Nogueira Pinto (que merece maiúsculas porque, discordâncias à parte, nunca encobriu as crenças)?

Às vezes o excesso de alegada inteligência dá em figuras destas:

Pedro Lomba. “O governo tenta continuar e desenvolver o espírito do 25 de Abril original”

Mas ele sabe definir o que seria “o espírito do 25 de Abril original”?

Ou, como muitos outros mistificadores da memória, fez a sua reconstrução a gosto?

Mais um que, quando espremido, só tem para dar uma racionalização”:

Gosto de distinguir o 25 de Abril original do que veio a seguir. Não tendo eu vivido essas memórias, tive de ir racionalizando ao longo do tempo o que pensava. O 25 de Abril foi o acto fundacional do primeiro regime verdadeiramente legítimo da nossa história. Um regime de liberdades, porque existem liberdades e não uma liberdade abstracta.

Pedro Lomba, pelo que se lê, percebe pouquíssimo de História e de Teoria Política (o que é um regime verdadeiramente legítimo?)  e é uma daqueles que, da Esquerda à Direita (dos Rosas aos Ramos), tem daquela uma visão instrumental, destinada apenas a justificar o seu presente e nacos do seu passado.

No fundo, confessa o que sabemos… a filiação destes meninos num pós-marcelismo português suave e tropicalista (prós Relvas), moderadamente cosmopolita (para os lombas e maduros), em que os “radicalismos” seriam evitados e o povinho se manteria sereno e domesticado pelos inteligentes.

Patético.

Perigoso.

«Portugueses consomem medicamentos a mais»

Ministro da Saúde reagiu assim à crítica sobre falta de medicamentos nas farmácias. E anunciou novo serviço da linha Saúde 24.

Por respeito à idade e ao facto de ser uma senhora, omito o vernáculo que borbotou pela minha mente ao ler esta notícia.

A ideia é daquelas geniais, em especial porque quem recebe directamente o salário no banco está obrigado a levantar dinheiro para coisas supérfluas como…. comer!!!

A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, propôs hoje nas jornadas parlamentares do PSD a criação de uma taxa a incidir nos levantamentos de dinheiro de contas onde os cidadãos recebam salários e pensões.

Admitindo que tal imposto “não existe em lado nenhum” e é apenas uma ideia, que está a ser discutida por exemplo em Inglaterra, Teodora Cardoso apresentou a proposta aos parlamentares do PSD no primeiro dia das jornadas parlamentares do partido, a decorrer em Viseu.

Bem… vou ceder apenas a uma pequena tentação: com todo o devido respeito… e se fosse para o raio que a parta?

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Gaspar lembra que bisavô de Ferreira Leite não quis pagar dívida

Mas isto é argumento?

Mas quer que escavemos a família dele?

Bora lá… comecemos com o que o Francisco Louçã pensa das suas políticas de Vítor Louçã Rabaça Gaspar.

Já agora… porque raio estes tipos têm a mania de falar usando as mãos assim? É que desta forma não sei se…

Entrevista com o ministro das finanças

 

Há casos em que a “sobredotação” é do âmbito mitológico e apenas existe na cabeça dos próprios e dos subdotados que os cercam.

Em outros casos fica-se sem se perceber que o exercício do cargo político transformas as pessoas imediatamente em idiotas para consumo público.

É escolher.

Maçães: “A Alemanha precisa de fazer muitas das reformas estruturais que Portugal fez nestes anos”

Poiares Maduro: Reestruturação da dívida seria extremamente prejudicial para País

Que é quem poupa mais com este recurso ou est’outro sobredotado acha que as pessoas devem pagar para mexer no seu dinheiro, com o qual os bancos podem fazer quase tudo o que entendem, incluindo investimentos erráticos, estupidamente especulativos e quantas vezes desastrosos?

Vitor Bento propõe imposto sobre levantamentos no Multibanco para aumentar receitas do Estado e combater figa ao fisco

A parte da “figa” não me parece ser gralha… é mesmo uma figa que lhe fazem:

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Não é que Francisco Assis alguma vez me tenha despertado uma centelha de interesse, mas é sempre bom confirmar como se converteu num dos auto-considerados valores puros da nossa enfarruscada democracia, com pinceladas de intelectualismo bacoco. Veja-se este naco da sua potente análise encomiástica ao livro-rio de Vitor Gaspar acerca de dois anos da sua imaculada condução das finanças nacionais, em que se percebe que ele – seria de espantar – admira muito a sua acção, mesmo que “errada”.

Entre o erro da inteligência e o erro da mediocridade

Resulta bem claro da leitura da entrevista de Vítor Gaspar a Maria João Avillez que há um antes e um depois da crise do Verão passado.

(…) acabei de ler a entrevista que Vítor Gaspar concedeu a Maria João Avillez e que foi publicada sob a forma de livro.

A iniciativa em si mesma merece ser saudada. Maria João Avillez, a quem devemos alguns dos mais interessantes textos produzidos pelo jornalismo português das últimas décadas, conduz com subtileza o antigo ministro das Finanças pelos labirintos da sua vida pública e da sua inteligência. O resultado revela-se deveras interessante. Permite, desde logo, aceder à parcial compreensão de fragmentos relevantes da nossa história nacional recente, revela a complexidade de uma personalidade onde se associam a busca de uma racionalidade pura e a explanação de contradições intelectuais humanizantes e não deixa de apontar para as insuficiências da presente solução governativa.

Há uma coisa que Assis parece ainda não ter entendido, ao contrapor a tão exaltada inteligência de Gaspar à mediocridade de outros políticos… não me parece (e estou a hiperbolizar, claro) que os responsáveis por algumas das maiores atrocidades da História fossem pouco inteligentes. Faltavam-lhes era qualidades de empatia, de compreensão para com as diferenças, de respeito para com os que consideravam adversários. Muitos dos teóricos das maiores barbaridades dos últimos séculos eram pessoas com um nível intelectual bem acima da média. O problema era que para eles as pessoas não passavam de detalhes numéricos nas suas equações.

Como em Gaspar.

Quanto a Assis…  é apenas penoso lê-lo, mesmo que uma só página.

Que não me parece errada por causa da inteligência.

Ministro da Economia diz que “administração pública de topo deve ser mais valorizada” nos salários

Vítor Gaspar: é “insultuoso” pensar que fui o quarto elemento da troika

Em entrevista exclusiva ao PÚBLICO, o antigo ministro das Finanças diz ter sido um negociador bem-sucedido e considera que “as dimensões humanas e sociais do programa de ajustamento foram sempre tidas em conta.” Para Vítor Gaspar, a ideia de punição “nunca se aplicou a Portugal”.

Confesso que achei graça ás suas primeiras (e humoradas) intervenções públicas.

Agora penso algo muito diverso, que nem me apetece explicitar e que aquele sorriso parece demonstrar à saciedade.

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