Estou Um Bocado Borderline


Isto é maravilhoso, a sério que é… 19 pessoas para criar um ponto focal.

Despacho n.º 2431/2015 – Diário da República n.º 47/2015, Série II de 2015-03-09, do Ministério da Educação e Ciência – Gabinete do Ministro
Constitui o ponto focal de modernização e simplificação administrativa do Ministério da Educação e Ciência.

Eu cá por mim dava já os diplomas à nascença, conforme os pergaminhos, apelidos e conta bancária.

Aos pobrezinhos (retomando aqui o jovem investigador Homem Cristo), porém, só dava diplomas para serem professores, mas tendo de fazer prova escrita complementar para exercer. Mais uma oral de ingresso em lambe-botismo.

Politécnicos propõem ao Governo eliminar exames de acesso aos institutos

… considero que é melhor não reagir e ficar calado – para não criar chatices que a vida são dois dias – quando me defronto com disparates, parvoíces ou apenas manifestações despropositadas de competências que – a bem dizer – ninguém viu demonstrar.

cat-in-pool

Sim e eu nem gosto muito disso, mas resulta daquela irritação que nos fica instalada debaixo da pele quando em poucos dias temos um PR a condecorar um autarca com contas ilegais anos a fio, um PM a mentir publicamente sobre assuntos internacionais e a tratar governantes com tanta legitimidade como a dele como se fossem salteadores (quando no seu governo há muito pior) e um líder da oposição, enquanto autarca, a limpar as dívidas fiscais de um clube de futebol com milhões de sócios, simpatizantes, adeptos e eleitores à moda do terceiro mundo (se fosse do benfica diria o mesmo, assim como se fosse o sporting a ter um perdão público deste tamanho em período pré-eleitoral).

Quando se sente que as saídas começam a ficar bloqueadas pela lama que escorre de todos os lados e vai submergindo um país que tem muitos defeitos, é verdade, mas que nem sempre merece esta corja que o domina e consegue reproduzir-se, mesmo se com outras cores e formatos. E com a qual as “alternativas” possíveis entram em consenso estratégico, mal se lhes prometa um tgv a passar no quintal com mais-valias no imbiliário ou uns lugares de destaque em conferências de imprensa para avançarem.

E quando se vê com toda a clareza que uma das medidas mais destruidoras da unidade nacional em termos de governação na área social é aprovada a seis meses de eleições, com uma discussão opaca, feita em circuito fechado e beneficiando do colaboracionismo voraz de uns quantos autarcas que nada apresentaram que demonstre serem capazes de gerir a rede escolar, de centros de saúde e ainda a segurança social. E nem vale a pena falarem em legitimidade democrática porque quando foram eleitos não se sabia de nada disto e ninguém votou para isto lá nos seus concelhos.

Ainda não percebi se foi sempre assim tão idiota, se lhe lavaram o cérebro nuns quantos retiros.

É capaz de acagachar-se todo se de Angola o mandarem dar pulinhos ao pé coxinho, mas com um homólogo europeu, com a mesma legitimidade democrática porta-se com um menino birrento, engraxador da mamã-ângela e todo borradinho de medo que se perceba que não passou de um capacho ocasional daqueles que encara como donos de Portugal.

O primeiro-ministro ouviu as «preocupações» de Alexis Tsipras, mas avisou que é no «quadro» do programa de resgate que «devem ser discutidos quaisquer alterações ou ajustamentos». E destacou ainda que Portugal foi, «de longe», o país que mais ajudou a Grécia, quando comparados os «esforços» ao PIB.

(…)

Questionado pela TVI sobre não ter cumprimentado Tsipras, Passos Coelho confirmou a informação, mas notou que espera «conversar» com o primeiro-ministro grego numa «próxima ocasião», até porque não tem nenhuma «antipatia» em relação ao seu homólogo.

Eu sei que formalmente é ele que representa Portugal lá fora, mas a mim não representa absolutamente nada e volto a citar aqui João Quadros:

Queria começar por lhe pedir desculpa pelo nosso primeiro-ministro. Não. Esse é o Paulo Portas. O nosso primeiro-ministro é o alto. Um que caminha a passos largos para ser como o vosso Varoufakis; infelizmente, só a nível capilar.

Gostava muito que nos perdoasse, pelo menos, metade das coisas horríveis que o nosso PM tem dito sobre si. Mas se acha que as declarações do nosso PM ofendem a sua pátria, lembre-se que ele usa um pin com a nossa bandeira. Como é que acha que nós nos sentimos?! Se ele não usasse o maldito pin, talvez passasse por PM da Baviera e não tínhamos de sofrer tanta vergonha.

Ainda bem que não fixei o nome do homem. Estava ontem no Expresso da Meia Noite, naquele estilo dos negociadores que dizem 50 palavras quando chegam 20, a contar como tinham sido as negociações entre o governo e a Gilead.

E, se bem percebi, porque foi mesmo quando lá chegava em manobra de zapping, falou no famoso algoritmo que se aplica aos doentes para decidir a que tratamento têm direito.

Como faz qualquer seguradora, daquelas a que querem que compremos seguros de saúde e que nos EUA enviam para a morte quem não cabe nos critérios do “algoritmo”.

Só que há aqui duas ordens de considerações a afazer:

  • O Estado (mesmo que representado por governantes e burocratas de terceira ordem) não pode agir como uma seguradora.
  • Muitas pessoas com hepatite C podem, graças aos tratamentos, salvar-se aos 40 ou 50 anos de uma morte certa. Não se está a falar de alguém a quem um tratamento caríssimo prolonga a vida um par de meses, para fazer os 87 ou 92 (e mesmo assim temos muitas questões éticas envolvidas num país que não legalizou a eutanásia ou morte medicamente assistida).

Portanto, calma lá quando se fala disto como se estivéssemos a falar de mercadorias estragadas em stock para abater…

Quant@s portugues@s precisam morrer (ou emigrar) para que o pedro e o paulo (e dos seus satélites abjectos) achem que o país já está suficientemente melhor?

Parece-me que como vacina, já chega e é tempo de o defenestramento ser feito e encerrado.

Defenestrar

E ainda há uns sem-vergonha que se afirmam democratas-cristãos

 

Sim, claro que desconto.

Ora essa… Einstein é Einstein, não é Ainstain e o Picasso não é Picaço e o Almada Negreiros não é Pinhal de Negreiros (a menos que seja para o Camilo Lourenço, para quem Seixal ou Barreiro são exactamente o mesmo, incluindo os respectivos presidentes de câmara que são demagogos os dois, mesmo que não os distinga um do outro, porque a malta comuna e não liberal é toda a mesma corja despesista que não deixa o país andar para a frente mesmo que deixe os portugueses para trás), mas se um tipo errar em factos não é grave, apenas um lapso factual e nada tão grave como a falta de uma cedilha.

E mais que não fosse, menino, tu és de um meio socialmente desfavorecido e tu, menina, és de uma minoria cultural economicamente deprimida pelo que se forem estudar para a Universidade, irão acabar em cursos para professor, porque não sabem fazer mais nada porque isso diz o monteiro do jornal e o hélder de sousa que é diniz mas não é erro porque é de família, e depois irão fazer uma prova e dar erros e o investigador cristão dirá que vocês – benzós Deus que não é nada de pessoal ou sequer preconceituoso – darão erros exactamente porque são professores e são professores porque foram pobrezinhos que não conseguiram ir tirar o curso à Católica porque não tiveram liberdade de escolha no Secundário, nem ninguém a meter uma cunha para vos arranjar um financiamento para uns estudos e uma assessoria e por isso mesmo são maus professores para os “nossos filhos”, mesmo de quem não tem filhos, estão a perceber ou querem que vos faça um desenho com 17 jogadores, dos quais 6 no banco, de preferência o Eliseu e o Mourinho a seleccionador?

E a modos que é assim e nada cá de posturas corporativas que vocês não são charlies e a liberdade de esxpressão não é a da mal escrita, é só a falada e desenhada, a menos que seja ofensiva para quem é charlie ao retardador, que até já se tinham esquecido dos tempos em que eram anarcas e portanto devemos todos ser mansinhos e nada de refilar ou pactuar com erros que isso é só para quem não sabe escrever apenas com o corrector ortográfico mais actualizado e nós nem sabemos se sabem escrever ou não ou então na Finlândia em que querem acabar com a manuscrição nas esolas e depois é que era capaz de ser engraçado perceber quem sabe mesmo escrever sem erros ortográficos ou com eles, pois tudo seria corrigido e eles até têm o melhor sistema de ensino do mundo e nem avaliam os alunos montes de anos e nem queremos perceber como é que eles avaliariam a orotografia dos alunos se não os avaliam, mas isso é outra conversa que não vem ao caso porque se vier ao caso baralha a nossa ausência natural de lógica e fundamentação na argumentação, o que só prova que os professores são corporativos e piores aqueles que escrevem em sua defesa, pois se o fazem é porque pactuam com os erros e são uns tipos detestáveis a quem não deveriam ser entregues crianças, os “nossos filhos” por procuração, pois ainda são capazes de ser esquerdistas do syriza, ou seja crianças como diz o pedro e isso seria colocar crianças a dar aulas a crianças o que é errado a menos que defendamos a aprendizagem pela descoberta que é a melhor, a menos que seja eduquesa e nesse caso é má, mas é boa se for para chatear os professores que acham que podem fazer o que querem nas suas aulas, que isto da liberdade é muito bonita mas é só para os que são charlies e charlies são só pessoas de boas famílias e quem é de boas famílias não é professor, porque é assim que o mundo foi feito e se o mundo foi feito assim é porque Deus ou os mercados o quiseram, numa ambiente de livre concorrência descoberta em idade tardia como os espadas e os seus discípulos na terra como os espadas são discípulos do popper e todos descobriram o popper e o hayek quando foram lá fora a universidades ou livrarias boas onde há liberdade, mas ir lá fora a esses sítios não é para qualquer um porque é só para filhos de família que podem fazer mba’s muito selectivos onde se visitam os pobrezinhos nos seus habitats, aqueles pobrezinhos que só podem aspirar à mobilidade lateral que os leva a professores e não podemos deixar que dêem aulas aos “nossos filhos” em escolas públicas, por isso é que deve existir liberdade de escolha porque nas escolas privadas os professores são seleccionados de forma muito exigente e todos fazem paques e se não fazem paques é como se fizessem porque o senhor director da escola ou o senhor padre ou o padrinho os recomendaram e a liberdade de escolha é mesmo isso e se não é isso é como se fosse e quem discorda é corporativo e arrogante, ó meu merdas de professor do ensino básico armado em doutor como se fosses igual a alguém de um meio favorecido, com duplo e triplo apelido com preposições pelo meio porque preposições pelo meio e copulativas são a marca de quem não é professor, muito menos do básico em escola pública reles e esses só merecem ser achincalhados e que ninguém diga nada em sua defesa porque isso é defender o erro e errar só é humano ser for amigo e governante ou gestor premiado e nesse caso pode fazer toda a porcaria que se safará sempre pois sabe escrever sem erros e tem maneiras à mesa e sabe distinguir os talheres de sobremesa dos talheres do peixe e fazer um windsor na gravata, simples, duplo ou meio.

E prontos! Vistes?

HienaSão os do costume (aqui e aqui), fingem que a prova foi aplicada aos professores que estão a leccionar e não a aspirantes que muito poucas aulas deram. Escamoteiam que estes candidatos profissionalizados à docência são o produto dos cursos criados ou certificados pelos seus ídolos no MEC (ou será que não foram, na sua larga maioria, formados já à bolonhesa neste milénio?) e que dificilmente se pode considerar que são os que estão a ensinar “os nossos filhos” nas escolas (que eles indicam ser sempre as públicas, pois não sabemos o que resultaria de uma PACC aplicada no ensino privado).

Eu poderia adjectivar estes senhores, mas eles sabem bem o que penso deles e da sua postura de arrogância pseudo senatorial num caso ou, no outro, de “investigador” que nada fez até ao momento que justifique a atitude de condescendência para com toda uma classe profissional que ele parasita nas suas diatribes.

Os textos que escrevem não ofendem apenas aqueles que fizeram a prova, pois são feitos de modo a lançar publicamente dúvidas sobre todos os professores. É esse o seu objectivo, voluntário, recorrente.

Podem dizer que não e até argumentar que “eu até tenho muitos amigos professores” ou “tenho professores na família”, mas já sabemos que nesses casos são todos bons, excepto uns conhecidos deles da Faculdade que eram idiotas e foram para professores. E também temos sempre aqueles exemplos dos alemães do pós-guerra que até tinham imensos amigos judeus nos anos 30.

É tudo treta, da mais rasteirinha.

Em nenhum momento eu produzi aqui um texto sobre “os (maus) jornalistas” ou “os (maus) investigadores” só por este ou aquele palerma ser um lamentável exemplo para o jornalismo ou a investigação. O chuveirinho de lama que esta gente com rosto produz procura achincalhar todos os professores e, repito, é algo deliberado e nascido de um preconceito de “linhagem” pacóvia como a prova que exaltam e não sei se saberiam fazer.

Quero lá saber se depois tuítam pelas costas ou produzem anátemas nas suas tertúlias sobre mim e a minha “arrogância” como já aconteceu com outras luminárias de alguma comunicação social de “opinião” (as câncios, as rolos duartes, os queriduchos de um lado, os insurgentes e blasfemos do outro). A verdade é que me sinto realmente muito superior, exactamente por ser professor, a esta cambada de desocupados, que vive das conexões e conhecimentos e muito raramente das verdadeiras capacidades ou competências. E não tenho dúvidas que milhares e milhares de professores são imensamente superiores do ponto de vista intelectual e ético a quem sobre eles opina na base do achismo ou da investigação por encomenda.

Porque a melhoria dos resultados dos alunos portugueses é facilmente mensurável, enquanto o declínio de outras actividades é bem evidente.

… assim como acho inaceitável que ele tenha conseguido uma certificação profissional de nível superior, apesar de tais falhas.

Para quando um exame aos formadores de professores, em especial àqueles que tanto criticam a qualidade dos que ajudaram a formar?

Porque coragem, coragem mesmo, seria passar uma esfregona em muitos departamentos que fazem formação de professores com gente completamente alheada da realidade das escolas, que avalia em piloto automático e que seria interessante perceber se conseguiriam fazer esta mesma PACC sem chumbar de forma bem mais retumbante.

Mas… basta ver a pressa em aprovar cursos de formação/especialização para o novo grupo de recrutamento 120 para se perceber que a cadeia alimentar permanece, no essencial, intocada e intocável.

(já agora, só mesmo um detalhe venenoso… descobrir a entrada USB para colocar uma pen não deveria ser uma competência de um quadro superior do MEC para a área das estatísticas e coisas assim?)

… será que a arrogância do senhor Iavé aguenta um choque com a realidade, sem corrector ortográfico?

Ou será que está a falar dos erros dos seus mandados nos exames?

E as falhas de carácter, também contam?

Já agora… quem é que fez a PACC, quem a validou e e tc? É que o Júri Nacional da Prova, por exemplo, tem uma constituição muito fraquinha.

O chumbo de 34,3% de professores na prova de avaliação “não surpreendeu” o presidente do Instituto de Avaliação Educacional (IAVE), Hélder de Sousa. “É um número considerável de chumbos. Mas já não me surpreendo com estes resultados. No IAVE temos uma interação permanente com milhares de professores. Os documentos que nos chegam, enviados por docentes, mostram falhas gravíssimas de escrita e até do ponto de vista científico. Isto tem de ser tratado de forma clara e frontal”, afirmou, em declarações ao DN, Hélder de Sousa.

Eu também trataria de forma frontal outras coisas…começando por meter o senhor Iavé no seu lugar porque, tirando o “trajecto” de fiel burocrata das situações, desconheço-lhe especiais méritos ou escritos memoráveis.

Olha se os professores que este senhor quer tutelar e avaliar fossem assim trogloditas com os seus alunos que dão erros?

É este o título de um texto a publicar, em princípio, amanhã, no Público.

Como a maior parte dos textos que peço para serem publicados em papel e não apenas online, nasceu de um daqueles momentos de irritação que me toldam o bestunto quando o nível do disparate sobre um dado assunto atinge a estratosfera.

Escrito quase como uma resenha histórica dos concursos na última década e meia, embora à mistura com a produção dos testes a aplicar a 5 das minhas turmas, atingiu uma dimensão impossível de enquadrar num artigo de opinião num jornal, caminhando mais para um pequeno ensaio.

Desatei a cortar, cortar e a versão longa tinha mais de três páginas A4 e de 6500 caracteres, o que ainda é muito quando se quer transmitir uma mensagem clara pela concisão, embora o espaço até existisse, se necessário fosse. Mais uns advérbios, adjectivos e ápartes deitados abaixo e ficou com menos de 6000 caracteres, ou seja, mais maneirinho e digerível, de forma a não adormecer os leitores leigos na poda.

Eu sei que muita coisa ficou de fora e que há dezenas ou centenas de comentadores que fariam melhor e diriam tudo com maior acerto, visando o algo com olho mais arguto.

É normal. Até eu, amanhã, acharei que podia ter escrito melhor.

Mas, já agora, quero desenvolver um pouco um dos assuntos que ficou diluído no meio do resto.

Trata-se da peregrina ideia de fazer a “avaliação curricular”, definida por um@ director@, valer tanto quanto a graduação profissional, resultado de anos de estudos superiores e anos de trabalho efectivo.

Dizem-me que há distorções nas classificações dos cursos e das profissionalizações, argumento com o qual concordo, mas não julgo suficiente para se poder equiparar tudo à satisfação de critérios semi-aleatórios, como ter leccionado turmas de CEF, PCA, PIEF, trabalhado em escolas TEIP ou com alunos NEE. Isto para não falar de outros critérios bem mais manhosos que podem ser alegados sem que ninguém os tenha certificado.

Porquê?

Porque o facto de se ter feito uma coisa, não significa que se fez isso bem. Pode ser que sim, pode ser que não. admito a bonificação de um valor por cada experiência deste tipo, mas não considero razoável que valha tanto quanto a velha graduação profissional.

Dizem alguns “novos” que há “velhos” acomodados, que nada fazem de diferente, que se arrastam pela escola, que escolhem horários, que deixam o pior para quem chega. Mas também dizem alguns “velhos” que há “novos” que são o máximo a engraxar as direcções, que fazem floreados com escasso valor e muito fogo de artifício e que revelam uma arrogância sem especial razão de ser.

Eu acho que há de tudo e que generalizar, só para denegrir, está errado. Eu não sei se sou velho ou novo, mas penso que estarei mais do lado dos velhos e a verdade é que estou à espera de conhecer muita gente “nova” que já tenha tido horários totalmente preenchidos com turmas de PCA e apoio individualizado a alunos NEE. Ou que em 10 anos, o peso relativo mais baixo deste trabalho no horário seja de um terço das horas lectivas (ou não).

E isso de nada me serve se eu concorrer para outra escola, num concurso de mobilidade interna.

Como não me servirão de absolutamente nada as 10 participações em debates, conferências, jornadas, que tenho vindo a fazer desde o final de Setembro até ao início de Dezembro, todas elas relacionadas com História ou Educação. E só não foram mais porque uma veio a não se realizar, outra foi adiada e uma ainda está com data por marcar. Umas melhores, outras piores, admito. Umas com mais entusiasmo, outras mais cansado, após um dia ou semana com aulas a deitar por fora.

Mas, de qualquer maneira… eu também gostaria de ter “avaliação curricular” em cima da minha graduação profissional, se a justiça dessa avaliação é assim tão grande.

Também quero que a minha experiência de trabalho com turmas de PCA, em escolas TEIP, assim como com alunos NEE me dê um valor adicional à alegadamente vetusta “graduação profissional”, esse grau zero da inteligência para as pessoas inteligentes que usaram esse mesmo critério para designar os professores titulares ou que escrevem muito sobre a “qualidade” dos professores, quando eu quiser concorrer para onde bem entenda.

E como eu, muitos mais “velhos” que já fizeram de tudo um pouco e continuam a fazer e depois são obrigados a ouvir e ler “bocas” do mais sem vergonha que pode existir sobre o seu desempenho.

Querem justiça e equidade nos concursos de contratação?

E que tal transparência?

E, porque não, igualdade para todos nessa coisa da “avaliação curricular”, pois a avaliação do desempenho que temos é talvez a maior das palhaçadas e mistificações que andam encobertas pelas nossas escolas públicas.

Eu também quero “avaliação curricular” a contar para a nota e não estou a falar de um qualquer “Muito Bom” dado por um qualquer avaliador externo, escolhido de uma lista de nomes, por causa de duas aulas assistidas com olho e meio fechado.

Ou tratamos disto tudo, com justiça mesmo, de cima abaixo ou então não andemos com fingimentos.

Há coisas erradas, mas as regras de contratação, tal como estavam antes desta rebaldaria criada em tempos do PS e elevada ao desvario pelo PSD/CDS, não eram das mais graves. Arrisco mesmo dizer que eram das coisas mais transparentes que existiam.

Até ter sido lançado este imenso manto de opacidade com base em falsos pretextos e necessidades inventadas.

… mas não devia impor as suas limitações a terceiros.

Juízes que já passaram os 55 anos decidem que sexo nesta idade não é assim tão importante

Supremo reduziu indemnização por erro médico a mulher assistida na Maternidade Alfredo da Costa porque a sexualidade aos 50 anos “não tem a importância” de noutras idades.

Fiz um curso, comecei a dar aulas, fiz outras coisas, voltei a dar aulas. Não fiz o Ramo de Formação educacional, criado mesmo quando eu estava a acabar o curso.

Fiz mestrado na minha área (História) enquanto professor contratado. Universidade pública, quatro aninhos.

Pelo caminho, fui fazendo investigação, colaborei em obras colectivas, escrevi muitos artigos, publiquei livros em co-autoria ou em nome próprio.

Entrei para QZP uma dúzia de anos depois de ter começado a dar aulas. Fiz um doutoramento em História da Educação por essas alturas. Universidade pública, cinco aninhos. Os últimos três com equiparação a bolseiro, desculpem lá…

Entrei para o quadro da minha escola/agrupamento mesmo quando o estava a acabar. Dou aulas a menos de 3 km do local onde vivi os meus primeiros 33 anos, por gosto e opção (nunca concorri para turista acidental, mesmo se isso me levava a colocações tardias), mas a cerca de 20 do actual domicílio.

Criei um blogue, desenvolvi uma intervenção que se tornou pública, apesar de todos os meus feitios e defeitos.

(e ainda tive tempo e oportunidade para procriar e plantar a ocasional árvore)

Quando me perguntam como gosto de ser apresentado, costumo dizer “professor do Ensino Básico”, podendo acrescentar “autor do blogue…” ou “doutorado em História da Educação”.

É tudo verdade, de nada tendo vergonha ou me embaraçando.

Mas há sempre os complexados a pairar por aí.

Se um gajo se apresenta como “simples” professor do Ensino Básico, é porque só sabe ver o seu quintal, não consegue alcançar uma perspectiva “global” ou “sistémica”, está preso a preconceitos corporativos.

Se um tipo é apresentado como “doutorado em História da Educação” é porque é peneirento, porque é teórico, porque se tenta armar e não desce ao terreno, porque isto e aquilo.

Ó complexados da treta… e se fossem chatear a vossa tataravó?

Uma pessoa é o que é e não o que outros querem que seja.

Se têm complexos de algum tipo, paguem consultas, mediquem-se… arranjem uma vida que vos satisfaça.

Deixem-se de bocas enviesadas, a armar ao pingarelho rameloso.

Não projectem os vossos fantasmas e frustrações em mim, que já me chega ser do Sporting.

ZePovinhoOraToma

(nota final… amigo Garrido, este post é em grande parte dedicado a ti, que percebes muito mais da vida do que muita desta malta que só sabe garganeirar… e nasce em boa parte da nossa conversa de sábado passado).

… a moer carne, cortar salame e a fatiar umas entremeadas.

(ó diabos… que eu sou capaz de levar horas neste tipo de chalaças inanes ao nível do pedro do feicebuqui)

… o trimilésimo poste aqui do je; lamento.

 

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O insólito caso da escola que custou 100 mil euros e durou uma semana

Para quando a “presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares” pensa apresentar um relatório sério sobre o controlo e encaminhamento de tudo o que o BA recebe?

“Há profissionais da pobreza em Portugal”, alerta Isabel Jonet

Isabel Jonet: País tem “a sorte” de ter estruturas “que dão resposta social muito boa”

 

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Ao ouvir o actual PM na “universidade de Verão” dos candidatos laranjinhas a futuros PM ou coisa pior, fiquei com a perfeita certeza de ele ter atingido aquele estado de solipsismo galopante que há uns 5 anos atingiu o “engenheiro” e que resulta de um delírio de grandeza que cega a possibilidade de auto-crítica e afasta qualquer possibilidade de análise racional de qualquer situação, a partir de um ponto de vista divergente ao da vulgata transformada em credo.

O pior é que, neste anti-PREC sem 25 de Novembro, na presidência está alguém que – como nos tempos em que precipitou um crash bolsista à nossa escala com a conversa do gato por lebre – se preocupa mais em limpar (?) a sua pobre imagem em episódios muito duvidosos do que em agir sobre uma realidade que se deteriora dia a dia, por muito que alguém diga (pela enementésima vez em meia dúzia de anos) que a recessão já acabou, só não se sabe é quando começa outra coisa.

E na fatia maior da oposição damos de fronhas com dois tipos que têm escassas qualidades, e quase nenhuma coincidente, e os defeitos que sabemos: um é um totózero à esquerda e o outro é uma emanação da situação que nos conduziu até aqui (ainda se lembram de quando ele era o número dois ou já se esqueceram?) e que o apoia sem problema algum, ao mesmo tempo que não se envergonha de nada do que de pior teve o seu séquito para nos oferecer.

Se há alternativas?

Sim, temos para aí meia dúzia de facções (ex-)bloquistas mais o márinho em busca de encostanço ao PS e a Festa do Avante sempre linda e multicultural, pelas quintas do Seixal.

Phosga-se, pá, que, por comparação, por momentos quase acreditei na competência da selecção do bento nacional.

crazy

 

e pode chegar a valores três vezes mais altos.

O homem que conduziu a coisa – vamos esquecer que haveria muito mais gente envolvida que se anda a escapar à grande – foi governante e exerceu cargos que estão de acordo com um curso próprio de gente “socioeconomicamente favorecida”, não sabendo eu se teve alguma bolsa de estudos da acção social escolar quando se licenciou em Economia pela Univ. Porto.

Não sei se deu erros ortográficos na sua única publicação conhecida e registada no site do Parlamento… a Criação Regional de Coelhos.

A sério, é verdade… com jeito ainda foi ele que ajudou a criar o que temos.

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