Economia


E não é que anunciavam amanhãs cantantes mal o homem chegasse à Economia? Andou o Paulinho a rasgar as vestes para o meter no governo com o apoio dos jovens totós da economia insurgente e depois dá nisto?

O problema é que o mérito empresarial de vender refrigerantes e cervejolas num país como o nosso é equivalente ao de vender agasalhos na Sibéria…

De acordo com os Indicadores de Conjuntura hoje revelados pelo banco central, este valor é semelhante à descida registada em novembro, mas a atividade económica vinha a desacelerar desde janeiro, quando o indicador ainda estava em terreno positivo, fixando-se nos 1,1% de evolução favorável.

Trends in Income Inequality and its Impact on Economic Growth

The Year in Charts

Four Charts That Defined the World in 2014

The Shadow Economy in Europe, 2013

Interessante:ExconSombra
 

Global Economic Crime Survey 2014

Nos últimos dias tem sido Pires de Lima a explanar com generosidade o seu pensamento para o país, enquanto Paulo portas, o PM em funções esta semana, negoceia com o FMI.

Hoje é o seu secretário de Estado com o pelouro da Educação para as Empresas a merecer destaque.

Negocios20Fev14

Jornal de Negócios, 20 de Fevereiro de 2014

O pensamento vai definhando e estreitando-se cada vez mais em torno de uma concepção esquelética de Educação, acusando-se agora de “preconceitos intelectuais” quem discorda dessa visão tristonha e truncada…

Quanto à adaptação do ensino profissional às necessidades locais de emprego e aos interesses dos jovens é das coisas mais divertidas que ouvi nos últimos tempos… 🙂

2014 : crise ou reprise ?

… mas o nosso grande economista, outrora PM, agora PR, parece que, tal como os seus sucessores, só descobriu(ram) isto na última esquina do tempo.

E até houve tradução portuguesa e tudo.

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Robert Reich, The Work of Nations, 1991, p. 3.

Get a life

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(…)

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Alfredo Marvão Pereira (2013), Os Investimentos Públicos em Portugal, pp. 25 e 100.

Robert Reich, Inequality for All

Na Time desta semana:

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Andamos a anunciar a retoma há, pelo menos, uns 5 anos. Cada vez que três gafanhotos saltam junto da janela de um ministro da área económica, isso é visto como sinal iniludível da mítica “retoma”.

Parece que existem por aí uns indicadores que se anunciam animadores.

E só faltou um foguetório à joãojardim e elogios póstumos ao Gaspar.

Sobre isso gostaria apenas de escrever o seguinte enquanto leigo não iniciado nas artes ocultas da tarologia:

  • Após anos e anos de descalabro, é difícil não se atingir um ponto em que alguma coisa não consegue piorar ainda mais. Um terreno muito árido, após secas sucessivas, não se torna um oásis só porque lhe cai em cima alguma água dos sanitários de um avião em trânsito.
  • Quando um indicador deixa de descer tanto como antes, isso não significa a inversão da tendência. Quando o condutor de um carro que vai direito a um muro de betão tira o pé do acelerador, o carro perde velocidade mas estampa-se na mesma.
  • A existência de um indicador episódico positivo ou menos negativo não significa que existe uma tendência. Ler que o “clima de confiança” na actividade económica melhorou à aproximação do Verão tem o mesmo significado da alegria daquele senhor que vê aproximar-se o dia em que a sua religião lhe permite fruir de um pouco de toucinho (no sentido metafórico carnal que lhe quiserem dar); no dia seguinte já só tem a memória e restam-lhe mais de 360 de nova abstinência. Se perguntarem aos empresários, em Outubro-Novembro, se esperam que Dezembro seja melhor, aposto três unhas encravadas do meu pé esquerdo em como obterão uma média favorável nas respostas.

Enviada pela Elsa Dourado, “para reflectirmos em conjunto e, por favor, façam chegar aos nossos governantes”:

A economia ocupa-se da produção e distribuição de bens e serviços. Note-se que o economista em acção pode simplesmente tomar como garantida a intencionalidade. Pressupõe que os empresários tentam fazer dinheiro e que os consumidores preferirão sai-se melhor do que pior. E as «leis da economia», em seguida, referem resultados ou consequências sistemáticas de tais suposições. Dadas certas suposições, o economista pode deduzir que empresários sensatos venderão onde o seu custo marginal igual o rendimento marginal. Observe-se agora que a lei não prediz que o homem de negócios faça a si mesmo esta pergunta: «Irei eu vender onde o custo marginal iguala o rendimento marginal?» Não, a lei não refere o conteúdo da intencionalidade individual. Elabora antes consequências de tal intencionalidade. A teoria da forma em microeconomia elabora consequências de certos pressupostos acerca dos desejos e possibilidades dos consumidores e empresas empenhadas na compra, produção e venda. A macroeconomia elabora as consequências de tais pressupostos para nações e sociedades inteiras. Mas o economista não tem que preocupar-se com questões como esta: «Que é o dinheiro realmente?» ou «O que é realmente um desejo?» Se for muito sofisticado na economia do bem-estar, poderá preocupar-se com o carácter exacto dos desejos dos empresários e consumidores. Mas, mesmo num caso assim, a parte sistemática da sua disciplina consiste em elaborar as consequências dos factos a propósito da intencionalidade.
Visto que a economia se funda, não em factos sistemáticos acerca das propriedades físicas, como a estrutura molecular, mas antes em factos relacionados com a intencionalidade humana, com desejos, práticas, estados de tecnologia e estados de conhecimento, segue-se que a economia não pode imunizar-se à história ou ao contexto. A economia, enquanto ciência, pressupõe certos factos históricos acerca das pessoas e das sociedades que em si mesmas não são parte da economia. E quando estes factos mudam, a economia deve também mudar.”
Jonh Searle, 1984

Tem dado na TVI24:

Proposta do João Tavares:

Para a longa duração:

Government expenditure on education, economic growth and long waves: the case of Portugal

Porque entre nós a guerra civil está camuflada.

PIB2013

A fonte é o The Economist, não é o Avante.

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