Mediocridade


não é algo parecido com o nheco-nheco.

… faz com que agora seja designada como ala esquerda a entourage de Sócrates quando estava no Governo e que assim designava pejorativamente os alegristas.

E nem mesmo a presença de alguns farrapinhos de soarismo na dita actual ala esquerda faz esquecer que esse mesmo soarismo se prestou a uma candidatura presidencial contra aquele que pretendia um PS mais à esquerda.

O mais engraçado é que os que antes salivaram com uma potencial aliança com Ferro Rodrigues ou Manuel Alegre que permitisse uma “maioria de esquerda” agora continuam a salivar por esta ilusória aproximação dos marimba boys.

 

dourada para a cândida do d’armani e socas.

 

Um dos grandes dilemas da Educação e não só que não é abordado devidamente, nem por teóricos, nem por práticos.

A conversa da promoção da excelência já a conhecemos e é difícil levantar-lhe reservas. Também eu acho que se deve promover a excelência, embora não necessariamente em nichos. A excelência educativa que não se mede apenas em exames mas, a médio-longo prazo, no grau de desenvolvimento de um país através de inovações consequentes e não de milhentas start-ups que entram em falência seis meses e um artigo de jornal depois.

Nas escolas a excelência pode promover-se de duas formas, uma mais simples, outra mais complicada.

  • A mais simples é segmentar grupos de aprendizagem, apostando muito nos que se acham melhores e capazes da excelência e deixar os outros na mediania ou na mediocridade, com o argumento da natural desigualdade dos méritos. É uma espécie de darwinismo educacional subjacente a muitos dos que defendem novos modelos de gestão e inovadoras formas de organizar o currículo e a própria pedagogia. Baseia-se no princípio implícito de largar o lastro que prende aquilo que pode voar melhor, se o fizer livremente. É um modelo pretensamente meritocrático e escassamente equitativo. Não discordo dele como experiência limitada, mas acho-o impróprio como modelo generalizado em que as desigualdades se acentuam de forma desmesurada como já se demonstrou em diversos casos internacionais.
  • A forma mais complicada é aquela em que a promoção da excelência arrasta consigo a elevação conjunta do desempenho de todos e em que os melhores ajudam todos a melhorar o seu desempenho, sem que isso belisque a sua capacidade de excelência. É diferente do princípio do sucesso para todos a qualquer custo, indiferenciador, pois não pressupõe que todos conseguem o mesmo nível de sucesso ou de desempenho. Apenas acredita que é possível, a partir de uma gestão (moderna ou antiga) apropriada dos recursos, melhorar as capacidades dos “naturalmente” menos aptos através de um trabalho partilhado e em que o voo de uns não se faz à custa do abandono de outros, mesmo existindo concorrência pelos melhores resultados. Não funciona sempre, pode parecer utópico, mas é apenas menos fácil. Mas é mais justo, menos exclusivista e promove a coesão por contraponto ao modelo anterior.

Dou um exemplo concreto do mau uso do primeiro modelo nos tempos do engenheiro, para não parecer que estou apenas a pensar nos lobbys actualmente mais activos na área da Educação: investiu-se imenso na requalificação de escolas secundárias urbanas dos meios já naturalmente mais favorecidos, deixando-se quase ao abandono grande parte do parque escolar das zonas com maiores dificuldades. Apostou-se apenas na excelência de alguns equipamentos, concentrando avultados investimentos que poderiam ter sido distribuídos de forma mais equitativa e passível de elevar as condições globais do conjunto das escolas. Uma melhoria de todos, mesmo que pequena em termos médios, é quase sempre mais positiva do que uma melhoria maior de apenas alguns à custa das perdas de um número muito maior.

Aos mais liberais isto poderá ser um modelo demasiado redistributivo, anacronicamente socialista (mas em meu entender no que esse termo tem de mais nobre e que não foi partilhado pela ideologia rodriguista-socratista e seus derivados em alguma esquerda caviar lisboeta, adepta de melhores liceus para os seus filhos), mas quer-me parecer que é muito melhor do que o do aumento consciente das desigualdades, mesmo se cobertas com o manto da liberdade.

Endoideceram.

… por causa do Carnaval. Natural, se não fosse o timing. Assim é apenas mesquinho. Nada que espante, mas é sempre bom notar como o Estado foi retomado por putos reguilas armados em autoritários.

Por muitas críticas que me mereçam as câmaras, isto é apenas um desforço mesquinho que revela uma evidente fal(t)ha de carácter político

Autarcas criticam «circo mediático» em torno da carta enviada às câmara

(…)

Esta segunda-feira, seguiu para todas as Câmaras Municipais uma carta do Governo em que são pedidas informações sobre a situação financeira das autarquias.

O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) considerou este pedido do Governo «absolutamente normal, porque no mês de março os municípios têm de aprovar as contas».

Seis alunos de uma escola de Évora intoxicados por monóxido de carbono

 

A utilização de lareiras e a colocação de salamandras tem a ver com a arquitectura, as alterações que os arquitectos de plástico provocam é que são culpadas. Sei disso porque todas as minhas lareiras funcionam bem, mas foi a luta do costume contra os idiotas. Do género: lá está o Fafe, nós é que somos.

Não fosse o Baudolino, acreditava; não fosse o Jackson, riria.

O que pensam disto os eunucos e os mortos-vivos, pela ordem indicada, porque sem ordem não há verbo, de um e de outro?

Améns.

Um conflito complicado, demorado, com vítimas, mas que deve ser travado a todos os níveis, do local ao global, para usar um chavão pós-moderno, muito anos 80-90 do século que passou. No caso da Educação, cada pequeno clarão parece arrancado a ferros e contra os interesses. Cansa.

Glasnost sim, mas só para os outros?

FOSTE!

🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂

Atenção que isto é a forma como se comportam e falam os conselheiros de Estado!

César desmente Bagão acusando-o de ser “delator” do Conselho de Estado

um alucinado continua em contramão

Se um secretário de Estado e um ministro leram o mesmo discurso, num mesmo evento, separados por horas, porque não pode o engenheiro dizer quase o mesmo com um ano de intervalo?

E assim falou Sócrates…

Análise da mensagem de Natal do Primeiro-Ministro. A mesma cantiga de sempre. E já reparou que o discurso deste ano é uma imitação barata do de 2009? Confira aqui.

Este Paulo Campos não é aquele rapaz que se entusiasmou com a Joana Amaral Dias? Ainda é do Governo?

Ministro e secretário de Estado repetem discurso

O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, e o secretário de Estado, Paulo Campos, repetiram ontem o mesmo discurso a abrir e a fechar o 20º Congresso das Comunicações, noticiou o Expresso online.

E quem escreveu o discurso? Recebeu cumprimentos dos dois oradores?

 Source: Information provided by the office of Prime Minister José Sócrates.

 

Crise Ornamental

Devia ser. Mas não é. Porque o “ensino” profissional apenas serve de muleta ao Ministério da Estatística Educação para instruir os incautos de quanto rosa é o seu sucesso. Tendo-se o tal ministério substituído aos professores por decretos, despachos,  gozo com os sindicatos e com o beneplácito orçamental da única associação de pais que a comunicação social conhece, os resultados são o que são, uma falácia.

Alguém vai pagar por isso, mormente os alunos, e da pior forma.

É uma relação de causa e efeito que está patente nas estatísticas dos últimos anos divulgadas pelo Ministério da Educação: mais do que a um alegado maior facilitismo dos exames, a queda abrupta de chumbos entre os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário tem ficado a dever-se sobretudo ao número crescente de jovens “desviados” para as vias profissionalizantes, na sequência de uma reforma aprovada em 2004 pelo ministro do PSD, David Justino, e que foi concretizada e ampliada nos anos seguintes pela ministra socialista Maria de Lurdes Rodrigues. 

Digo que também pela actual ministra de nada, via os seus cães de guarda, obedientes ao apito ultra-sónico do sr. Sócrates.

Mail que anda a circular por pessoas minhas amigas, por parte de alguém que não consegue distinguir a discussão política do fanatismo:

O PAULINHO

NEM A “CARIDADE CRISTÔ RESPEITA…

OS POBRES QUE SE LIXEM!

O REINO DOS CÉUS, JÁ ERA…

Já me chega toda a artilharia que sofro dos do outro lado, não estou para aturar isto do lado de cá. Uns fazem-no em on de modo disfarçado, outros fazem campanha em off pelas costas.

O que este colega precisava é que eu divulgasse os mails que trocámos e todo o lixo com que invade – com letras garrafais – a caixa de correio de quem lhe passa a jeito.

E já que ele me anda a assacar intenções tachistas por todo o lado, seria giro ver o partido dele a viabilizar um governo socrático, com a benção dos papas Alegre e Soares.

Desculpem-me, eu até aturo estas coisas com razoável paciência, mas a esta altura do campeonato já não estou para comer e calar.

Ou serão eles os únicos a ser obrigados a ser tolerantes por dever do ofício e despacho valteriano?

Entrevista a Maria Dulce Gonçalves

“Os ministros, os pais e os alunos não devem ser tolerantes com a mediocridade”

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