O Processo Chitas


mas a meio da ponte.

Quais medievos de riste em lança!

 

 

Onde é que eu tinha a mente quando encomendei um termómetro para 500 graus celsius no ebay?

Em alemão?

 

 

Chegou hoje, por correio, à minha escola, como as restantes comunicações do Tribunal, porque o senhor assistente achou por bem não usar a morada do meu domicílio, embora esteja disponível sem qualquer tipo de confidencialidade.

Já tinha conhecimento do sentido da decisão, mas a forma e o conteúdo são especialmente animadores para quem ainda acha que vale a pena acreditar em alguma coisa.

O meu lamento e compreensão para todos aqueles que, quase sempre na sombra, faziam força para que acontecesse outra coisa. Sorry, suckers!

… a leitura da decisão do juiz de instrução sobre se o processo Chitas vai mesmo a julgamento ou se fica arquivado para sempre no limbo da má memória.

Por diversos afazeres e compromissos não pude ir ao Tribunal de Oeiras e vou estar a maior parte do dia sem possibilidade de blogar, pelo que nem sei quando tomarei conhecimento da decisão.

Neste momento, já quase (quase!) tanto me faz, porque acho tudo isto demasiado anedótico perante o que se passa no país, estarmos a discutir judicialmente se eu posso ter ou não opinião sobre algo que julgo ter demonstrado de forma evidente, sendo que a evidência até ia para além da necessidade de demonstração.

De qualquer modo, comemorarei, pois ou fico livre daquilo ou terei hipótese de ver em Tribunal algumas pessoas que não gostam de mim e a quem correspondo, numa perspectiva do equilíbrio dos afectos, da mesma forma.

A decisão sobre o debate instrutório do processo chitas.

Até que acho bem. Há assuntos sério a tratar pela Justiça. processos por egos ofendidos devem ir para o fim da lista.

Porque catorze parece curto.

Estarei por fora. Se chegar alguma coisa por fax, avisem-me ó faxavor.

E nada.

No totobola era sinal de sorte. Veremos, lá dizia o Estevão Maravilha.

… porque a questão é complexa e a decisão deve ser devidamente fundamentada.

Ponto alto da tarde: embora comido rapidamente, o cozido à portuguesa que era a especialidade do dia ali num dos snack-bars das imediações.

Ponto baixo: os Ayrton Sennas dos dias de sol tornam-se uns mariquinhas quando chove pela primeira vez. Conduzir em Lisboa a meio da tarde dava vontade de…

10.15

13.15

Desculpem, mas foi com o telemóvel que tem a câmara meio pifada e, no caso do almoço, esta já era a segunda dose de um tradicional cozido à portuguesa e a mão tremia-me de emoção.

No caso do segundo pequeno-almoço, juro que não comi os dois bolos.

Quanto ao resto, decisão sobre a pronúncia no dia 1 de Março à tarde, porque eu não aceitei a inclusão da palavra desculpa em qualquer acordo, no que fui devidamente apoiado por quem de direito e que também não cede na adversidade.

Debate instrutório a 6 de Fevereiro. Oeiras. 10.30.

A boa nova é que o ofendido (neste caso, eu, o arguido) não tem de pagar pela abertura da instrução.

… contra aqueles que nos quiseram fazer passar por rebanho.

A guerra é a guerra, no céu e na terra.

… e um almoço de gambas sobre arroz frito e secreto de porco ibérico, os presságios são excelentes.

… é que já vou em quatrocentos e tal números da Visão e ainda não descobrir uma certa vocação por tratar assuntos relacionados com a Educação e, mais especificamente, com os professores.

Esperem… cheguei ao nº 498. Mas ainda colectivo e simpaticozinho. Eram os restos da paixão.

Como já tinha passado o ano de 2010 em revista dá para ver o ponto de partida e o de chegada. Agora vou preencher os espaços em branco.

Isto é giro.

E nem preciso ir à Biblioteca Nacional ou à Hemeroteca.

Acerca da continuidade do processo judicial que me foi colocado pelo jornalista-demógrafo Paulo Chitas de que aqui dei conta, por causa em parte deste post com pouco mais de um ano, gostava de por agora deixar apenas algumas notas:

  • Estava quase convicto de que o Ministério Público, nos tempos que correm, teria mais que fazer do que acompanhar este tipo de Acusação Particular. Enganei-me.  Pensei que aquilo que encarei como ofensa e distorção dos factos pelo jornalista-demógrafo (perceberão porque assim o designo daqui a algum tempo) se solucionasse pela troca de espadeiradas verbais, não me tendo eu apercebido dos grandes danos provocados à honra da criatura, pois me parecem bem menores do que os que ele provocou relativamente aos professores com a sua escrita.
  • Não faço ideia do que posso ou não revelar do que recebi hoje pelo correio, incluindo os detalhes da acusação e testemunhas do denunciante/assistente, mas acho curiosas certas afinidades e disponibilidades que, só por existirem, são uma quase confissão. Mas quem me conhece bem e quem comigo já tenha jogado xadrez ou poker sabe certamente que não ficarei à espera de uma solução segura.
  • Acho ainda igualmente curioso que a polémica tenha sido gerada em torno dos efeitos do famigerado acordo de 7 de Janeiro de 2010 que serviu para que alguma imprensa e opinadores agitassem os encargos com as progressões dos professores como razão de uma derrapagem orçamental que agora se sabe ter sido imensamente maior, para além de que as tais progressões ao abrigo do acordo foram mínimas. E que o mesmo acordo continue a ser defendido por algum sindicalismo com enorme conquista, dando em parte razão àquelas acusações. Após um ano, mas mesmo na altura, é (e era) evidente que o que foi escrito na peça zurzida não era verdadeiro.
  • Por fim, neste momento, sublinhar como uma ex-ministra da Educação se presta a ser testemunha de acusação de um caso destes, que recai já sobre factos ocorridos no mandato da sua sucessora. Só que, por outro lado, isto abre-me uma porta para alargar a minha defesa e, por exemplo, promover diligências para comprovar com dados objectivos porque encarei a prosa do jornalista-demógrafo Chitas como ofensiva para os professores, enquanto classe profissional, e para mim, em particular.