Esclarecimento de Nicolau Santos, diretor-adjunto do jornal Expresso sobre o caso Artur Baptista da Silva que se diz ser das Nações Unidas. O Expresso resolveu despublicar a entrevista datada de dia 15 devido às fortes suspeitas de burla que recaem sobre Baptista da Silva.
E a tal coisa da accountability, da avaliação do desempenho, etc e tal? É só para os outros?
A verdade é que a imensa credulidade de muita gente perante alguém que lhe apareça anunciando-se funcionário (de 2ª ou 3ª linha) de uma organização ou empresa internacional.
Derretem-se logo.
Não é o primeiro caso. Em outros fez-se sempre o possível por não investigar a sério o que certas luminárias económicas – em especial próximas do actual Governo – fizeram exactamente lá do sítio onde vieram.
Claro que isto só é possível em ambientes de mentalidade terceiro-mundista onde se baba admiração por qualquer um que varra os corredores da Merril Lynch ou do Banco Mundial ou da OCDE, desde que diga que é coordenador de qualquer coisa.
Ninguém está livre de erros destes mas colocar nesta notícia o cartão de apresentação do homem é patético, pois cartões destes até já se conseguem fazer em casa sem grande esforço.
A verdade é que não foi feito nenhum background checking.
Claro que assim se torna bem mais claro certo pacovismo das altas esferas do nosso jornalismo de referência (o barrete foi enfiado por vários), as mesmas que por vezes pressionam as bases para a plantação de notícias sem qualquer fundamento ou então truncadas na informação fornecida.
Podia exemplificar com o caso da Economia (o caso mais frequente) e da Educação (aquele em que me é mais fácil detectar os fretes), mas é Natal, fiquemos por aqui.
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