Catavento


Costa admite que Portugal está melhor hoje do que há quatro anos

António Costa, secretário-geral do Partido Socialista, reconheceu que o país terá superado a crise e está hoje numa situação “muito diferente” do que em 2011. Tendo em conta o contexto, um elogio ao contributo de investidores chineses para esse percurso, a conclusão só pode ser a de que o líder do PS considera que a evolução nestes quatro anos foi positiva. Foi no passado 19 de Fevereiro, no Casino da Póvoa de Varzim, nas comemorações da entrada no ano da Cabra, segundo o zoodíaco chinês. O líder socialista discursava perante a comunidade chinesa em Portugal e a meio do discurso agradeceu o “contributo” dos chineses na recuperação do País nos últimos quatro anos, isto é, durante a governação de Pedro Passos Coelho.

“Como nós dizemos em Portugal, os amigos são para as ocasiões. E numa ocasião difícil para o País, em que muitos não acreditaram que o país tinha condições para enfrentar e vencer a crise, a verdade é que os chineses, os investidores disseram presente, vieram e deram um grande contributo para que Portugal pudesse estar hoje na situação em que está, bastante diferente daquela que estava há quatro anos atrás. E queria agradecer à China todo o apoio que nos deu e que certamente não esqueceremos e que é um sinal do muito que ainda temos para desenvolver nas relações entre todos nós”.

Marinho e Pinto disponível para “soluções” com PS e PSD

Marinho e Pinto. “O MPT vai permitir soluções de governo ao PS”

24horas

Recolha do Livresco:

  • 2002:

A Ordem do Professor

  • 2007a:
  • 2007b:
É nesse sentido que desejam criar uma Ordem dos Professores e mesmo Colégios de Especialidades dentro da Ordem?
É indispensável que exista um organismo, como uma Ordem, que proceda, não ao corporativismo e à defesa dos próprios interesses dos seus associados, mas a uma auto-regulação exigente da profissão de professor, no interesse de toda a sociedade, para que o exercício da profissão traduza um serviço de qualidade com garantias asseguradas e verificadas.Quer isso dizer que considera necessário controlar e avalizar quem exerce o ensino nas escolas do país?
O ensino tem sido invadido por aquilo a que chamo de “indiferenciados”, isto é, indivíduos que não possuem nem a vocação nem a preparação adequada para a docência. É urgente que exista um órgão – a Ordem, neste caso – que fiscalize e leve a cabo o reconhecimento da capacidade e da competência para ensinar de cada potencial professor. Apenas a certificação e a acreditação do professor para o ensino pode garantir a sua qualidade.
  • 2008a:

Com este estudo visavam-se dois objectivos essenciais: primeiro, ir ao encontro do universo da classe docente, auscultando-o, com o propósito de fixar um quadro fidedigno do seu “sentir profissional”; segundo, saber da relevância da criação de uma Ordem profissional de docentes.
Se o primeiro objectivo era importante para um conhecimento mais consistente das questões de natureza profissional que
preocupam os docentes, directamente conectadas com o acesso à profissão e com o seu exercício, já o segundo permitiria confirmar ou infirmar a justeza e a importância para a classe da prossecução do propósito que a Associação Nacional de Professores vinha afirmando há mais de vinte anos: a criação da Ordem dos Professores. (p. 6)

  • 2008b:

Nota À Imprensa Da Associação Nacional De Professores

  • 2008c:

“Está enraizada a ideia de facilidade e de ausência de rigor na Educação”

No espaço de menos de 20 segundos disse que “a greve não estava a correr muito bem para os professores” e “as escolas estavam a ficar um pandemónio” pelo que era necessário o MEC terminar com a dita greve.

Organizar uma manifestação com mais de 100 mil professores (8 de Novembro de 2008), uma greve nacional (3 de Dezembro de 2008) e, passado mês e meio, uma nova greve nacional (ontem), não é tarefa fácil. Os professores portugueses estão de parabéns mas há que reconhecer que uma parte do conseguido se deve à postura de Mário Nogueira e João Dias da Silva. São dois dirigentes sindicais que se entendem bem, que fazem uma leitura correcta da realidade e que têm uma boa capacidade de expressão. Quando falam, são ouvidos porque sabem o que dizem. Estão bem infomados e são empenhados.

Enquanto testes intermédios e exames forem feitos de acordo com as marés e os gostso particulares dos timoneiros do momento não vale muito a pena comparar seja o que for…

Pub26Fev13

Público, 26 de Fevereiro de 2013

Na indicação do caminho da demissão ao actual responsável pela DGAE. Não necessariamente por esta nota em particular mas sim pela total desorientação dos seus serviços, da incoerência e ilegalidade das explicações e, ultimamente por uma agilização de procedimentos que não é aceitável.

DGAE

O raio dos portugueses são uma cambada… vivem acima das possibilidades, não querem pagar impostos e apenas receber benefícios, resistem a emigrar e ainda por cima não entendem esse transparente orador que é o nosso PM, virtuoso enunciador de límpidas verdades que toda a gente (não) percebe.

Que troca-tintas…

Nogueira Leite apagou página no Facebook, mas acabou por repô-la

“Se em 2013 me obrigarem a trabalhar mais de 7 meses só para o Estado, palavra de honra que me piro”. António Nogueira Leite reagiu assim, no Facebook, às novas medidas de austeridade. O desabafo chegou à comunicação social e o vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) apagou a sua página naquela rede social.

A página, porém, esteve inacessível apenas durante algumas horas, acabando por ser reposta.

Hélder Sousa, director do GAVE deu uma entrevista ao Expresso onde afirma coisas perfeitamente correctas (que só faz sentido estabelecer comparações ao longo do tempo quando as amostras são significativas), mas outras absolutamente incompreensíveis, porque completamente contraditórias. Atente-se nesta parte:

Muitos interlocutores consideram que as provas estão bem feitas se os resultados forem semelhantes de um ano para o outro, Este raciocínio assenta numa premissa errada – a de que não há evolução do conhecimento. Mas também é verdade que entre 2007 e 2009, em alguns casos, houve uma inflação descontrolada dos resultados. O mais mediático foi o da Matemática A, em 2008, que deu um salto de quase quatro valores.

Houve interferência política?

Teoricamente sim. Ninguém acredita que os alunos melhoram assim tanto. Mas eu nunca senti interferência, com o Governo anterior ou com este. Se aligeirarmos a exigência, porque isso pode ser interessante para as estatísticas e para resolver o problema do insucesso, vamos ter críticas do ensino e dos empregadores dizendo que os alunos chegam sem preparação superior. (…)

Diz que nunca sentiu interferência do Ministério. Mas houve orientações este ano para eliminar perguntas muito fáceis.

Face a este período recente de inflação das notas houve necessidade de fazer ajustamentos em alguns casos. A sociedade percebe que temos de ser exigentes. Mas não foram bruscos.

Só serei eu a achar que ou há aqui candura em excesso ou apenas uma enorme desorientação em declarações que se desmentem a si mesmas? Acoli admite-se-se que existiu o que se desmente aqui, enquanto lá se diz que aconteceu o que acolá se diz não se ter sentido?

Não nos esqueçamos que, originalmente, se recomendou que fossem colocados em horário-zero todos os docentes obre os quais existissem dúvidas (sob pena de responsabilização individual dos directores que o não fizessem) e que o prazo para fazer acerto na mobilidade era de 8 a 14 de Agosto.

Agora, o essencial é purgar, antes de aparecerem as listas provisórias, os números alegadamente não consolidados que foram apurados a 13 de Julho e que, pelos vistos, só saberemos com base´em alguma fuga oportuna…

Crato dá ordem às escolas para evitar horários zero

(…)

Na circular, a que o Económico teve acesso, lê-se que, “considerando a necessidade de garantir a ocupação de tempos lectivos a todos os docentes relativamente aos quais se venha a verificar a ausência ou insuficiência de componente lectiva, cumpre estabelecer orientações para a melhoria de distribuição de serviço docente em cada agrupamento ou escola não agrupada”. Para atingir este objectivo, as escolas devem “abrir ofertas no âmbito do ensino recorrente, distribuir componente lectiva no 3º ciclo aos docentes de Educação Visual e Tecnológica e afectar docentes de carreira de Potuguês e Matemática “às actividades de apoio ao estudo” no 1º ciclo do ensino básico. Medidas que visam reduzir o número de horários zero e que contradizem as orientações com que as escolas têm estado a trabalhar na organização do próximo ano lectivo.

O Ramiro é que deve estar desiludido.

Sem anúncios públicos, as matrizes para os Ensino Básico e Secundário. Vão sendo retocadas pela DGIDC, que depois as coloca online como se nada fosse. O A. Esteves é que me chamou a atenção para o que se passou.

Agora foi uma alteração aos valores mínimos para as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática que, no 2º ciclo, passam de 200 para 250 minutos. Como os tempos totais estavam definidos para o conjunto Matemática/Ciências, isto cai cortando toda e qualquer autonomia, deixando tudo como estava depois das parangonas em contrário.

Nem é a questão da opção estar errada ou certa, apenas a percepção de que tudo está a ser feito à vista da costa.

Novo estado do valores mínimos para o 2º ciclo:

Versão actual (que nada garante seja a final): MatrizesEnsBAseSec14Jun12.

  • 30 de Março de 2011:

Our Plan to Fix Portugal

The main economic challenge is to ensure that growth goes hand in hand with fiscal discipline.

  • 25 de Janeiro de 2012:

Crisis: “Portugal will not ask for more money or time”, says Portuguese PM (update)

  • 19 de Março de 2012:

WSJ: Portugal’s Gaspar: Building Market Credibility By Sticking To Program

Penso que é claro que, com mais ou menos vontade, quem votou no PSD e no CDS não o fez para que eles pusessem em prática praticamente o oposto do prometido, quebrando sucessivas promessas, incluindo as pós-eleitorais.

Quem cunhou a noção de má moeda para a política nacional anda silencioso agora porque…?

Neste momento, a herança já não serve de desculpa porque, como é evidente, muita gente ligada a este governo sabia muito bem o que se estava a passar antes.

Um exemplo ao calhas: não foi o escritório de advogados do actual ministro da Defesa contratado pela Parque Escolar?

Será sigiloso saber que tipo de serviços jurídicos foram efectivamente prestados? A quantia envolvida é uma gota no oceano dos ajustes directos, mas… pelo menos sabiam do que se passava nessa área da governação, correcto?

E como este exemplo há outros…

… sobre as qualidades políticas do actual PM. Parecia ser capaz, mas não é. A diferença entre nós é mesmo essa. Mudei com as suas mudanças. Já o meu caro PM mudou porque, ao que parece, não sabe bem ao que anda, mudando conforme o que assobiam lá de fora.

Neste particular o Pedro está cada vez mais parecido com o José. Só falta dizer que o mundo mudou em 3 semanas…

  • 24 de Janeiro de 2012:

Passos Coelho garante que não pedirá “mais tempo, nem mais dinheiro”

O primeiro-ministro afirmou nesta terça-feira que Portugal não vai renegociar o programa de ajuda internacional e que não pedirá “mais tempo, nem mais dinheiro”.

  • 19 de Fevereiro de 2012:

Passos muda discurso do “nem mais tempo, nem mais dinheiro”

Primeiro-ministro diz não saber se Portugal precisa de ajustamento ao programa de ajuda económica e financeira.

Há um ano Cavaco defendia manifestação de alunos

Assim que se soube que Cavaco Silva cancelou hoje a visita a uma escola devido aos protestos dos estudantes, houve logo quem, nas redes sociais, lembrasse que, há pouco mais de um ano, era o então candidato a Presidente da República que dizia, a propósito dos vários protestos dos alunos do ensino privado, que as manifestações “são sinal de vitalidade da sociedade civil”.

O fim do tempo dos blogues.

O catavento blogosférico do burgo está de volta com novo ziguezague, porque o ídolo da semana passada que tudo resolvera já não serve, pois alegadamente está a recuar. Lamentável. Haja decoro.

… exílios parisienses e depois voltam como se nos tivéssemos esquecido.

Portugal “é a terra dos chico-espertos”

  • 4 de Janeiro de 2011 (atenção à questão do paradigma, sempre jeitosa em entradas de leão ou leoa):

Maçonaria: «É preciso um registo de interesses»

Defendeu a vice-presidente da bancada do PSD na TVI24

  • 5 de Janeiro de 2011 (a saída de sendeira, já sem novo paradigma):

Relatora do PSD diz que titulares de cargos públicos não têm de revelar pertença a sociedades secretas

O que precisamos é de um pingo de vergonha em algumas caras. Já basta um pingo. Doce ou amargo.

os portugueses estão agora a sofrer as consequências de “uma vida fácil” que tiveram quando o país entrou na zona euro. O presidente da República, em entrevista ao diário holandês “Financieele Dagblad”, afirmou ainda que os portugueses foram “demasiado negligentes” no passado.

A culpa é sempre das putas, nunca dos chulos.

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