Cortes A Eito


… e acabou como se fosse artigo de opinião.

Paulo Guinote sobre o OE 2015. Devastador corte no ensino não superior

Aqui, as outras 11 opiniões.

Nuno Crato começa a ficar menos MRL e mais Isabel Alçada.

OE2015Prop3

Embora muito mais docemente… quase sem se dar por isso… nos contratos com os privados…

OE2015Prop1

… e é isso que me distingue dos seus críticos actuais, que nunca viram os defeitos do processo, desdeque a eles corresse de feição.

O problema é que, agora, a ordem é para cortar logo à cabeça, no matter what. Antigamente, quando havia mais doe para dar e distribuir era mais simples, havia dinheiro para (quase) todas as clientelas e só se lixavam os outsiders.

Que tudo isto é uma palhaçada criminosa para o futuro do país? Claro que sim.

O verdadeiro problema é que nada garante que os que são subsidiados são os melhores… apenas havendo a sensação que serão os de maior agrado para o mestre cervejeiro…

Avaliação da FCT definia à partida que metade dos centros de investigação ficaria pelo caminho

 

Governo recupera cortes salariais que estavam em vigor no ano passado

Redução de 3,5% a 10% nos salários acima de 1500 euros foi proposta pelo Governo para compensar chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes mais acentuados aplicados este ano.

Durante a audição no parlamento, Nuno Crato disse que há muitas áreas no Ministério da Educação onde vão ser feitos mais cortes. No Documento de Estratégia Orçamental (DEO) o ensino básico e secundário terão em 2015 menos 112 milhões de euros, em comparação com o ano de 2014.

As razões estão longe de ser, em primeiro lugar, orrçamentais. Acima de tudo está uma ideia, mais forte neste governo e com maiores pretensos pretextos, de que as escolas deveriam ser disciplinadas e os professores domesticados ao serviço de uma ideologia que pretende nivelar a maioria por uma triste mediocridade.

Nuno Crato, o cultor do rigor e da excelência, tem sido o submisso rosto dessa política que, verdade se diga, não desagrada a vári@s d@s que o antecederam na pasta.

Austeridade nas escolas teve o triplo da dose prevista

A incapacidade do MEC para defender o sector de uma total demolição continua a ser o traço dominante de todo um mandato.

Em nome de qualquer coisa.

Agricultura e Educação entre os ministérios que sofrem mais cortes em 2015

Quanto à Agricultura, espera-se o manso protesto do PR.

Sugestões do Luís Braga:

Warning of “crisis of school leadership” over unsustainable cutbacks

Rise in school indiscipline blamed on staff cuts

Teachers also concerned at apparent lack of will to deal with issue.

O que se passa por cá não é especialmente singular. Sempre que se exerce uma pressão fortíssima sobre a sociedade, há consequ~encias. E as escolas só conseguem ser parcialmente os oásis que a maioria pretende que sejam. E que muitos alunos precisam que sejam.

Retrocesso ameaça educação, a maior “vítima” dos cortes

Abandono escolar é preocupação sem rostos nem números

O abandono escolar real é dos fenómenos que a forma oficial de tratar o assunto mais esconde por trás do aparato burocrático.

120 mil crianças sofrem com falta de comida

 

 

 

… como por cá em muitas escolas, incluindo caixotes escolares, do 1º ciclo.

Schools asking parents to pay for basic supplies, survey finds

Parents are being asked to make voluntary contributions for items once covered by school budgets, say teachers.

Troika diz que valor das pensões vai ficar ligado a factores económicos e demográficos

Documento da Comissão Europeia que fecha oficialmente a 11.ª avaliação ao programa português diz que a reforma das pensões deve incluir medidas a curto prazo. Passos Coelho garante que medidas para 2015 não incidem em matéria de impostos, salários e pensões.

Pensionistas da Segurança Social recebem pensões mais baixas a partir de hoje

Pensões acima de 1000 euros terão redução de 3,5% a 10%. Medida afecta mais 165 mil pessoas.

… pois quando foi com a Educação Não-Superior não foi possível uma cobertura deste tipo durante muito tempo dos desmandos feitos e que agora passaram – de novo – para segunda linha perante.

Este país não é para cientistas?

Poupar nos amigos e sacrificar as bestas negras dos liberais de aviário, por forma a degradar os serviços públicos e justificar a transferência dos seus utentes com mais meios para as empresas privadas por onde depois passearão os governantes de hoje, seja como consultores ou administradores.

Tudo sem rever a Constituição, beneficiando da ausência de um Presidente da República a sério, de uma oposição entre o vazio Seguro), a erosão (BE) e o orgulhosamente sós (PCP, MRPP), mais os penduricalhos em busca de lugar nas listas do PS (Livre, 3D), de uma comunicação social dependente dos humores de investidores institucionais ou publicitários que fecham a torneira se o noticiário desagradar muito. E vai daí, é Pires de Lima em tudo o que é primeira página, para ver se dá resultado.

Um país entregue aos bichos, que alguns dizem estar melhor, não percebendo eu como pode uma país estar melhor, se apenas uma minoria de pessoas o estará.

Vivemos um processo de refluxo em relação ao alargamento das liberdades e da justiça social que marcou a História Contemporânea desde as revoluções liberais atlânticas. E não há articulista sobredotado a apelar à fé no Governo (como o Aavviilleezz também no Expresso de hoje com uma prosa verdadeiramente delirótica) que faça a retoma surgir para a larga maioria da população como um segundo Cristo a descer à Terra.

Expresso22Fev14b

Cada vez se vê um maior do reforço do poder minorias privilegiadas em detrimento dos direitos dos menos favorecidos, com um discurso hipócrita e demagógico, que acusa os que ainda mantêm emprego de e3goísmo, apagando a responsabilidade daqueles que enviaram centenas de milhar para o desemprego e emigração, enquanto dão visto dourados a imigrantes que pretendem ter como parceiros nas suas negociatas em que despojam, em interesse próprio, o bem comum das suas últimas riquezas.

A violência é equivalente à do PREC, só que exercida sobre muito mais gente.

Expresso22Fev14

Expresso, 22 de Fevereiro de 2014

Escola “entroikada”

(…)

Paulo Guinote, professor e autor do blogue “A Educação do meu Umbigo”, diz que na área da educação o Governo foi muito para além da “troika”: “Uma coisa é cortar um dedo, outra cortar parte do cérebro. O que fizemos foi cortar numa área crítica para o desenvolvimento”. São políticas levaram a um grande desânimo entre os professores, considera.

Para o futuro, o professor receia que a “escola se torne esquelética” e funcione a três velocidades. “A primeira com as escolas de elite, da Parque escolar; depois as escolas com contratos de autonomia; e em terceiro, as escolas dos bairros problemáticos, abandonadas em guetos sócio-educativos”.

Na versão áudio as declarações eram (naturalmente) mais extensas e “densas”. 🙂

Antigo ministro David Justino considera que se deve apostar nos cursos profissionais, mas tendo em conta estudos prévios de viabilidade.

Governo recua e não devolve 30 milhões a universidades

Reitores não ouviram «o que esperavam». Crato vai falar com o primeiro-ministro novamente. Conselho de Reitores alerta para as dificuldades.

(…)

De acordo com o presidente do CRUP, «a situação vai ser analisada mensalmente», mas frisou que espera uma solução por parte do Governo antes do meio do ano, até porque, disse, será o estado a que as universidades vão chegar nessa altura que o vão exigir.

«Há-de haver um momento em que o CRUP decide quando é que vamos passar das reuniões à ação. Acho que esse momento vai acontecer nos próximos meses», afirmou.

Em novembro, quando o CRUP cortou relações com o Governo, Rendas colocou o seu lugar à disposição, e fez depender do evoluir da situação a sua continuidade, tendo decidido manter-se em funções até ao final do primeiro trimestre deste ano.

«Mantenho o que disse desde o princípio, não costumo mudar de opinião. Vou aguardar», disse hoje Rendas sobre a sua condição de presidente demissionário do CRUP, como cita a Lusa.

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