O artigo vem originalmente do Financial Times, esse bastião do esquerdismo estatista.
É apenas mais um dos vários balanços muito negativos das reformas introduzidas na Suécia na primeira metade dos anos 90, no sentido de desregular, liberalizar e localizar as políticas educativas.
Num páis, muito mais rico do que o nosso, com uma tradição de descentralização muito forte e baixos níveis de desigualdade, o descalabro foi o que se anda a ver há uns anos e que motivou uma inversão nas ditas políticas nos últimos anos.
Mas, entre nós, a coligação dos laranjinhas com os azuis-cueca, continua a insistir em algo que já sabemos não funcionar.
Os “investigadores” que dão apoio a grupos parlamentares, a tertúlia dos economistas insurgentes apalermados, os queirozes&muñozes com muitas viagens aos states para “observar”, tornaram-se um impressionante grupo de pressão em direcção ao penhasco.
E o actual PM e o seu séquito – que só em universidades de Verão de vão de escada conseguem dar uma aula de uma hora sem serem calados – engolem a fórmula sem qualquer capacidade de análise critica das teoriasbu-cosmopolitas (e de novo com aquele tom aflautado que nos lembra alguém) do ministro Poiares mais do secretário Lomba.
Eu até acredito que exista quem, de boa fé, ainda acredite – como qualquer bom marxista-leninista – que a culpa não é da teoria mas do que os homens fizeram com o liberalismo/socialismo real e que se deve continuar a insistir no que sabemos ter falhado.
Mas…
E existe um MEC para quê, se assina de cruz todo o disparate?
Nenhum outro país europeu confiou uma fatia tão grande da educação dos seus filhos a empresas privadas como a Suécia. No entanto, à medida que o número de ‘friskola’ aumentava, a confiança da Suécia nas escolas com fins lucrativos diminuía.
Gostar disto:
Gosto Carregando...