Analfabetismo De Estado


pelo menos uma universidade está em pânico com o regresso d’O Fórmulas.

 

Não se percebe, aquilo – tal como aquela – não se aplica…

 

… vai continuar este disparate de misturar exames, aulas, classificação de exames, reuniões de final de ano lectivo de uns anos e só depois de outros, apesar de já se ter percebido que ninguém nas escolas ganha com isso, a começar pelos alunos.

Não tendo sido por falta de aviso, é porque a burrice é voluntária.

… que comentar seria pura crueldade para com a ignorância do actual PM e o Expresso achou por bem esclarecer que a imagem não é uma fotomontagem.

Passos quer para Portugal espírito dos Descobrimentos

DN7Mai14

Só se fosse para citar o vicentino Apariço:

Gil

 

 

Também prestará provas, dando o exemplo, ou terá receio de chumbar-se?

 

 

 Sete!

 

Taxa de analfabetismo em 1878: Portugal 80%, Alemanha 0,5%

… do atraso que foi preciso ultrapassar e porque os borginhos e ramirílios sem memória e com desconhecimento profundo da História dificilmente entendem a realidade com que estão a lidar para além de retratos momentâneos encomendados.

São muito sincrónicos e estruturalistas, mas muito fraquinhos em diacronia e muito pouco evolutivos.

Retirado daqui: The growth of literacy in historic perspective: clarifying the role of formal schooling and adult learning opportunities.

Historians of literacy in the early twentieth century, using primarily available census data show relative continuity in literacy levels from the mid-nineteenth century as discussed at greater length in the second section of this paper. While all countries progressed, their order remained unchanged (Johansson in Graff, 1987, Vincent, 2000). Central and Northern Europe were reported to have achieved over 95 percent literacy; Western Europe, over 80 percent; Austria and Hungary, over 70% (major growth); Spain, Italy and Poland, over 50 percent; and Portugal and orthodox Catholic countries, only around 25 percent. While countries were putting public education systems in place and some form of ‘modernizing’ development was occurring, the more disadvantaged countries were joining the mainstream of higher literacy levels. But, as discussed, there is no evidence that disparities in living, wealth, productive or inequality by region, age, sex, class or ethnic background were being seriously reduced.
According to Johansson and Graff, Southern and Eastern Europe was 80 percent literate by 1950 with the exception of Portugal, the Mediterranean islands and Albania (with a rate of about 50%). Although literacy levels were rising, no major social and economic change took place. Poor people and poor nations as well as poor regions within nations remained (and remain) poor.

Eis o escolhido por Seguro para liderar a bancada parlamentar do maior partido da oposição, o que faz pensar que o líder actual concordará com o diagnóstico:

O líder da bancada do PS acredita que o governo só sobrevive se mudar de políticas e que se José Sócrates não tivesse sido derrubado Portugal estaria melhor.

Governo não tem acordos para todos os docentes no estrangeiro

E os poucos que há não têm garantias de remuneração.

Vistos para Angola continuam a ser difíceis

Qual é o problema? Afinal, saber esperar é uma virtude.

Cambada de preguiçosos, estes profes… ide à descoberta, a salto, pela fronteira, em canoas, afinal não viram documentários sobre os boat-people? Não viram o êxodo de Cuba para Miami? Não tiveram hipótese de ver os empreendedores emigrantes magrebinos subsarianos a viver a Lampedusa?

Relatório do Grupo de Trabalho para a definição do conceito de serviço público de comunicação social

Todo no documento está muito mal escrito e é possidoniamente palavroso, virgulento e horrivelmente pretensioso. Mas o Carlos Vaz Marques conseguiu desbravá-lo e, através do FB, divulgar esta pérola que eu sublinho:

Mas há passagens perfeitamente insuportáveis, feita de um pseudo-discurso conhecedor, um pouco à imagem do coordenador do grupo de trabalho, especialista em tudo e mais alguma coisa, mas com sumo seco:

21. A evolução do meio televisão de meio generalista de massas para meio segmentado, depois para meio de suporte a conteúdos a pedido, e hoje para uma plataforma de distribuição digital, corresponde à transformação dos mecanismos de representação e transporte da informação. A digitalização dos mecanismos de codificação e transporte resultou inevitavelmente numa fragmentação de canais a que se veio juntar em fase posterior uma fragmentação de audiências com que hoje os canais generalistas do passado são confrontados.

E isto ainda está online no site do Governo de Portugal a esta hora (22.20, já tendo eu guardado uma cópia para memória futura), certamente porque se passa uma de duas coisas:

  • Ninguém por quem passou este relatório teve a capacidade para dar com o erro.
  • Está tudo a ver a bola, incluindo o ministro contentinho que encomendou e mandou pagar este estudo.

Devia ser mais simples assim: assumirem de vez que querem que a RTP deixe de competir no mercado publicitário para facilitar a vida aos privados e, pelo caminho, acabar com um serviço público de informação. Só gostava de perceber se foram inspirar-se na BBC ou na PBS, já que são tão anglo-saxónicos.

O problema é que dizer mal do Sócrates era fácil. O pior é ter algo mais do que isso lá dentro. E esse é um dos problemas de, por exemplo, João Duque.