Aquilo Que Em Termos Técnicos Se Chama Uma Parvoíce


Mesmo que seja presidente do meu clube e até tenha feito algumas coisas certas.

Bruno de Carvalho processa sócios por comentários na internet

O secretário de Estado dos Transportes estava na SICN a justificar que restringir as garantias laborais dos trabalhadores da TAP, após a privatização, apenas aos que pertencem a alguns sindicatos é juridicamente válido.

Sinceramente, não sei a formação académica dele (deve ser em económico-vassoureiras ou gestão aprofundada em coisas), mas isto parece-me estúpido (não há outra maneira de colocar a coisa).

Não falo, sequer, da questão de apenas estar a querer vingar-se dos sindicatos que não assinaram ou não vão assinar a coisa.

Falo do facto de, de acordo com a lógica asinina do senhor secretário, ser obrigatório pertencer-se a um sindicato para se ter garantias laborais na TAP.

Ou seja, Sérgio Monteiro é pela inscrição sindical obrigatória.

O que é… enfim… um bocadinho poucochinho

Bruno de Carvalho decidido a deixar cair Marco Silva

 

A ameijoa branca? Aquela vietnamita que é só casca?

A lambujinha/lamejinha?

O caranguejo?

Apesar da crise, “quem se lixou não foi o mexilhão”, garante Passos

 

Um dos economistas insurgentes, aquele nosso conhecido que assina em Portugal com dois apelidos e na Alemanha apenas com um e que trabalha para o sector privado que vive de contratos com diversos Estados, ditaduras ou não, tanto faz, fez um post maravilhoso, daqueles em que até dá gosto zurzir.

Após ter baseado paletes de posts e bué de palavras a justificar o desinvestimento na Educação Básica e Secundária com o argumento da crise demográfica, agora já fala em “2 milhões de clientes [sic]” e 200.000 funcionários (!!!), num milagre multiplicador que só a patetice pode justificar.

O trabalho de casa para o economista do calção vermelho deveria ser escrever 200 vezes (sem copy/paste, mas sim dando mesmo ao dedo) a seguinte frase:

O concurso dos professores deu buraco quando tentaram substituir a graduação profissional como critério fundamental de ordenação e procuraram dar autonomia de contratação às escolas com base em subcritérios manhosos.

É que por aquelas bandas, bem como pelas bandas blasfemas e observadoras (a tríade da endogamia liberal de sebenta lambida), ainda não perceberam que não foi o “centralismo” que causou o descalabro, mas exactamente o seu contrário.

O que esteve em causa foi a colocação de cerca de 4000 professores  em escolas TEIP e com contrato de autonomia num procedimento (também lhe podemos chamar “processo” ou “modelo” para facilitar a compreensão) que pretendeu flexibilizar o critério básico de graduação profissional e adaptar a avaliação curricular aos desejos “locais” de cada agrupamento ou escola.

Claro que insurgentes, blasfemos e observadores podem gritar aos quatro cantos ventosos do mundo que foi o contrário que se passou, mas isso não passa de uma manifestação muito particular de um pensamento mágico que representa a realidade de acordo com uma sua visão interior de tipo mitológico.

 

É o que diz a tia Raquel da mão coisa.

raquel

Percebe-se, pela linguagem corporal, que considera que a salsicha é grande.

Mas… por todos os santinhos do altar… quão parvo se pode ser?

… quando afirma coisas como estas, que não se podem provar a partir dos dados do relatório do CNE, pois não é feita a desagregação da evolução  dos resultados por escola/UO:

Passos Coelho aproveitou para realçar também que o próprio CNE “desdramatiza” duas questões que têm merecido críticas de professores e sindicatos: a estratégia da organização dos agrupamentos escolares e o aumento do número de alunos por turma.

O relatório é tecnicamente bastante bom, mas não chega a esse nível de detalhe. Até pode ser que o primeiro chourição de Portugal tenha razão – é sempre uma hipótese no domínio das probabilidades – mas não com base no que está no relatório.

As “médias” não permitem tais conclusões.

Mas para se perceber isso é essencial ir além de uma formação em económico-vassoureiras (cf. Raul Solnado em saudoso sketch dedicado a outro primeiro chourição do país).

Há coisas que se lêem e ouvem, mas que é quase impossível acreditar:

Os ex-ministros da Educação Maria de Lurdes Rodrigues e David Justino defenderam ontem que critérios de seleção de professores como “nota” e “anos de carreira” são o «grau zero da inteligência», estão «desregulados» e levam à «batota».

Então expliquem-me umas coisas:

  • Anos de carreira permitem “batota” e subcritérios da treta, feitos à medida, não permitem?
  • A “nota” é um factor de desregulação? Então, na última década, o que fizeram ambos para “moralizar” a forma de funcionamento dos cursos de acesso à docência e respectiva avaliação? Vão refugiar-se na “autonomia” virtual do Ensino Superior?

A posição de DJ já a conheço e prefiro comentá-la quando tivermos hipótese de o fazer pessoal e publicamente. Já várias vezes concordámos em discordar sobre diversas matérias, sendo esta uma delas. Em meu entender, DJ tem uma posição teórica válida sobre isto mas que choca de frente com muitos aspectos da realidade.

Quanto à ex-ministra prevaricadora, seria tempo de ela pensar no que diz, exorcizar os seus demónios de juventude e reduzir no disparate:

«Quando se institui como critérios de base para recrutar a nota de curso e tempo de carreira, isto é o grau zero da inteligência no recrutamento», referiu Maria de Lurdes Rodrigues.

Para a ex-ministra de Sócrates, «ter mais anos de profissão faz toda a diferença» e «deve ser considerado mas de forma significativa», ou seja «os anos passados a dar aulas e não tempo de calendário». Como exemplo, apontou o de «um conhecido sindicalista» que «chegou ao décimo escalão da profissão com três anos de docência apenas».

A diatribe final contra o tal “conhecido sindicalista” já é coisa patológica. Se queria resolver esse tipo de situações, teve mais de 4 anos, mas a verdade é que acabaram os dois a fazer entendimentos convenientes para ambas as partes, mesmo se danosos para quem passou efectivamente anos a dar aulas.

Quanto ao resto, MLR poderia explicar-nos o que fez durante o seu mandato para valorizar efectivamente quem estava nas escolas e, de caminho, explicar porque usou como CRITÉRIO ÚNICO (só podiam concorrer docentes do índice 245 para cima) de elevação à categoria de titulares, com acesso por quotas, exactissimamente o tal “tempo de carreira” que agora considera o “grau zero da inteligência”?

Haverá, um dia, decoro?

Um pinguito de vergonha?

Um mea culpa? Pela metade ou por inteiro?

 

 

José Manuel Fernandes mete a cassete e vai de fazer o mesmo de sempre… acenar com o bicho-papão vermelho Mário Nogueira como se ele fosse: a) a personificação de todos os docentes; b) um intrépido e perigoso revolucionário que domina o MEC há anos e anos.

JMF sabe mais do que isto, mas, mesmo sabendo, insiste na ladainha costumeira daqueles que acenam com o espantalho do “professor comunista” a quem não interessam as criancinhas (excepto ao pequeno almoço).

A argumentação é chata, repetitiva e preguiçosa em extremo. Para além daqueles crentes ferrenhos na conspiração comunista global, só ao próprio Mário Nogueira este tipo de verborreia agrada, porque o catapulta para a glória, logo ele que tanto gosta de assinar entendimentos e acordos ao som de pizzas no corredor, quando não anuncia o fim de greves em decurso, com 24 horas de antecedência.

JMF escreve coisas em piloto automático como esta, que se poderia encontrar em qualquer recanto da mais básica blogosfera anti-profes:

A verdade é outra: as dificuldades, maiores ou menores, que há todos os anos por altura da abertura do ano escolar são uma consequência directa do gigantismo paquidérmico do Ministério da Educação, do seu centralismo e da sua obsessão monopolista. É também uma consequência de o foco das suas políticas ser há muitos anos os professores, as suas carreiras e os seus direitos, e não os alunos e as suas famílias.

Isto é falso – os direitos dos alunos passam por amesquinhar os professores e colocá-los de acordo com processos errados? – e todos sabemos bem que o MN nem tem qualquer voto na matéria desde que Crato decidiu desgovernar a Educação, recorrendo apenas à FNE como parceiro legitimador dos seus disparates.

Quanto ao “mastodonte”… que Nuno Crato (será que o seu amigo JMF se lembra?) ia implodir é apenas uma estrutura equivalente à de outras regiões (nem digo países) ou cidades do mundo “livre”.

E já repararam que quando fala de professores, JMF insiste em fulanizar em alguém que nem dá aulas, mas quando fala do MEC nunca personaliza seja o que for em Nuno Crato?

Para além de que JMF escreve coisas que são factualmente erradas, como as suas reminiscências do ano de 2004 e a resolução dos problemas desse concurso… alegando que nenhum computador aguentaria tratar a informação relativa a umas dezenas de milhar (é batota dar a entender que toda a gente concorreu… eu, por exemplo, não concorri… e qualquer bom computador aguentaria… o software é que estava bichado e é triste confundir o soft com o hardware) e omitindo por completo que a coisa “estoirou” com Maria do Carmo Seabra já como ministra.

Já agora, o sistema “centralizado” que eliminou os mini-concursos pode ter sido “negociado” com os sindicatos, mas não foi uma proposta destes.

Basta confirmar com o próprio DJ (e é assunto de que ele já falou publicamente muitas vezes), coisa que eu sei que o JMF pode fazer em muito pouco tempo.

JMF ou erra por problemas de memória ou engana-se por falhas de raciocínio.

Mas o mais grave é mesmo a preguiça, a imensa preguiça de tentar espantalhar as gentes com o Super-Mauzão-Mário, O Comunista, chefe da horda terrível de profes vermelhos façanhudos..

Fica mal, ao fim destes anos, usar este tipo de estratégia digna de uma sebenta dos tempos da Guerra Fria.

Mas a agenda política do Observador assim o exige…

 

Para quando a “presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares” pensa apresentar um relatório sério sobre o controlo e encaminhamento de tudo o que o BA recebe?

“Há profissionais da pobreza em Portugal”, alerta Isabel Jonet

Isabel Jonet: País tem “a sorte” de ter estruturas “que dão resposta social muito boa”

 

Confirme, quem puder, se a situação na vossa escola/agrupamento não é a mesma em relação aos manuais adquiridos pelo SASE para os alunos carenciados.

É preciso fazer aquele procedimento que simula um “concurso” para centralizar os pedidos.

E os manuais chegarão.

Um dia… espera-se que ainda em Outubro (o ano passado, em alguns casos, foi mesmo já a acabar Novembro).

Mas depois… a culpa do “insucesso” é de quem?

 

Embora seja bem verdade que a Europa parece ter-se tornado quase um wet dream (político) da Tatcher.

 

… pois isto apenas acontece devido a atrasos do próprio MEC. O que implodiu.

Professores do quadro chamados a esperar pelas colocações dentro das escolas

O ministério deu orientações aos professores do quadro que concorreram à mobilidade interna para que se apresentem na segunda-feira nas escolas onde deram aulas no ano passado ou onde as suas candidaturas foram validadas. Directores frisam que eles não irão lá fazer seja o que for.
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… resultante da utilização bacoca dos dispositivos em causa. Quanto ao que eu faço em casa com o que é meu, lamento muito mas os “liberais” do desgoverno não deveriam ter nada a ver com isso.

O Governo aprovou esta quinta-feira as alterações à Lei da Cópia Privada, cuja proposta foi anunciada pelo executivo em janeiro do ano passado, que vem taxar todos os dispositivos eletrónicos que permitam gravações, como telemóveis, tablets, pens e discos rígidos.

Porque se fecham algumas das escolas com melhores resultados?

DN7Jul14

DN, 7 de Julho de 2014

… vai continuar este disparate de misturar exames, aulas, classificação de exames, reuniões de final de ano lectivo de uns anos e só depois de outros, apesar de já se ter percebido que ninguém nas escolas ganha com isso, a começar pelos alunos.

Não tendo sido por falta de aviso, é porque a burrice é voluntária.

José Gomes Ferreira, de novo, ao seu pior nível.

E se, de repente, decidíssemos cumprir todas as leis?

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O ar messiânico destes tipos em boa parte porque têm acesso livre a um canal televisivo e a um jornal do mesmo grupo é algo que me deixa ainda meio espantado.
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Ele não percebe ou finge3 que não percebe a parvoíce que escreve ou apenas não entende que há uma enorme diferença entre não colocar todos os papéis no ecoponto e matar uma pessoa?

Será que ele não entende mesmo que há uma diferença entre o atropelo de direitos constitucionais e o incumprimento de uma regra de funcionamento do condomínio?

… dizer que a partir de agora já não haveria interferência externa na produção legislativa nacional.

O que me aflige é que o Portas jovem vivia menos do tempo curto do que o Portas de meia idade, que faz declarações apenas para a fotografia do dia, pois bastará passar um dia ou uma semana para se perceber que as leis continuam as mesmas e que as novas serão tão ou mais agravantes do que as que foram feitas, de acordo com ele, por interferência externa.

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