Estás Aqui Estás A Levá-las A Sério!


É nestas alturas que me apetece atirar qualquer tipo de civilidade e cortesia para as cucuias e dizer uma série de disparates e palavrões, porque esta é uma conversa que só engana quem quiser ser mesmo ingénuo.

Leitão Amaro explicou esta manhã, no Parlamento, que o processo de descentralização de competências na Educação não vai resultar em sub-financiamento das autarquias. O governante repetiu que descentralização não é privatização.

O governo já tinha garantido que as câmaras que aceitarem receber novas competências no sector da Educação, no âmbito do processo de descentralização que o Governo tem em curso, iriam receber exactamente o mesmo que é gasto actualmente pelo Ministério da Educação. Mas o Executivo deu uma garantia adicional: no final do primeiro ano, as verbas serão revistas para garantir que as autarquias estão a receber o dinheiro necessário.
 
A garantia foi feita por António Leitão Amaro, secretário de Estado da Administração Local, durante a audição desta manhã na comissão parlamentar de poder local. Além de se garantir, nos contratos que estão a ser celebrados, que “se o Estado gasta 100, os municípios recebem 100”, não se vai dar “esse ponto por fechado na celebração do contrato”.
 
Estão previstas “regras de revisão ao final do primeiro ano, para ter a certeza que os cálculos no início foram bem feitos”, para se “houver alguma dúvida” eles serem “novamente feitos”, relativamente à verba a transferir para financiar o pessoal não docente e outras despesas. “Não só asseguramos a mochila financeira à cabeça como temos cláusulas de revisão e reequilíbrio para que o Estado reponha eventuais diferenças” em situações de emergência, “assegurando a sustentabilidade deste modelo no domínio financeiro”.

O jovem secretário de Estado não passa de um pau mandado para fazer isto e não tem qualquer capacidade para garantir seja o que for para o futuro… pois essas cláusulas de revisão podem servir para tanta coisa que a mim só apetece esbardalhar o vernáculo todo.

Ainda não percebi se foi sempre assim tão idiota, se lhe lavaram o cérebro nuns quantos retiros.

É capaz de acagachar-se todo se de Angola o mandarem dar pulinhos ao pé coxinho, mas com um homólogo europeu, com a mesma legitimidade democrática porta-se com um menino birrento, engraxador da mamã-ângela e todo borradinho de medo que se perceba que não passou de um capacho ocasional daqueles que encara como donos de Portugal.

O primeiro-ministro ouviu as «preocupações» de Alexis Tsipras, mas avisou que é no «quadro» do programa de resgate que «devem ser discutidos quaisquer alterações ou ajustamentos». E destacou ainda que Portugal foi, «de longe», o país que mais ajudou a Grécia, quando comparados os «esforços» ao PIB.

(…)

Questionado pela TVI sobre não ter cumprimentado Tsipras, Passos Coelho confirmou a informação, mas notou que espera «conversar» com o primeiro-ministro grego numa «próxima ocasião», até porque não tem nenhuma «antipatia» em relação ao seu homólogo.

Eu sei que formalmente é ele que representa Portugal lá fora, mas a mim não representa absolutamente nada e volto a citar aqui João Quadros:

Queria começar por lhe pedir desculpa pelo nosso primeiro-ministro. Não. Esse é o Paulo Portas. O nosso primeiro-ministro é o alto. Um que caminha a passos largos para ser como o vosso Varoufakis; infelizmente, só a nível capilar.

Gostava muito que nos perdoasse, pelo menos, metade das coisas horríveis que o nosso PM tem dito sobre si. Mas se acha que as declarações do nosso PM ofendem a sua pátria, lembre-se que ele usa um pin com a nossa bandeira. Como é que acha que nós nos sentimos?! Se ele não usasse o maldito pin, talvez passasse por PM da Baviera e não tínhamos de sofrer tanta vergonha.

Quant@s portugues@s precisam morrer (ou emigrar) para que o pedro e o paulo (e dos seus satélites abjectos) achem que o país já está suficientemente melhor?

Parece-me que como vacina, já chega e é tempo de o defenestramento ser feito e encerrado.

Defenestrar

E ainda há uns sem-vergonha que se afirmam democratas-cristãos

 

HienaSão os do costume (aqui e aqui), fingem que a prova foi aplicada aos professores que estão a leccionar e não a aspirantes que muito poucas aulas deram. Escamoteiam que estes candidatos profissionalizados à docência são o produto dos cursos criados ou certificados pelos seus ídolos no MEC (ou será que não foram, na sua larga maioria, formados já à bolonhesa neste milénio?) e que dificilmente se pode considerar que são os que estão a ensinar “os nossos filhos” nas escolas (que eles indicam ser sempre as públicas, pois não sabemos o que resultaria de uma PACC aplicada no ensino privado).

Eu poderia adjectivar estes senhores, mas eles sabem bem o que penso deles e da sua postura de arrogância pseudo senatorial num caso ou, no outro, de “investigador” que nada fez até ao momento que justifique a atitude de condescendência para com toda uma classe profissional que ele parasita nas suas diatribes.

Os textos que escrevem não ofendem apenas aqueles que fizeram a prova, pois são feitos de modo a lançar publicamente dúvidas sobre todos os professores. É esse o seu objectivo, voluntário, recorrente.

Podem dizer que não e até argumentar que “eu até tenho muitos amigos professores” ou “tenho professores na família”, mas já sabemos que nesses casos são todos bons, excepto uns conhecidos deles da Faculdade que eram idiotas e foram para professores. E também temos sempre aqueles exemplos dos alemães do pós-guerra que até tinham imensos amigos judeus nos anos 30.

É tudo treta, da mais rasteirinha.

Em nenhum momento eu produzi aqui um texto sobre “os (maus) jornalistas” ou “os (maus) investigadores” só por este ou aquele palerma ser um lamentável exemplo para o jornalismo ou a investigação. O chuveirinho de lama que esta gente com rosto produz procura achincalhar todos os professores e, repito, é algo deliberado e nascido de um preconceito de “linhagem” pacóvia como a prova que exaltam e não sei se saberiam fazer.

Quero lá saber se depois tuítam pelas costas ou produzem anátemas nas suas tertúlias sobre mim e a minha “arrogância” como já aconteceu com outras luminárias de alguma comunicação social de “opinião” (as câncios, as rolos duartes, os queriduchos de um lado, os insurgentes e blasfemos do outro). A verdade é que me sinto realmente muito superior, exactamente por ser professor, a esta cambada de desocupados, que vive das conexões e conhecimentos e muito raramente das verdadeiras capacidades ou competências. E não tenho dúvidas que milhares e milhares de professores são imensamente superiores do ponto de vista intelectual e ético a quem sobre eles opina na base do achismo ou da investigação por encomenda.

Porque a melhoria dos resultados dos alunos portugueses é facilmente mensurável, enquanto o declínio de outras actividades é bem evidente.

… será que a arrogância do senhor Iavé aguenta um choque com a realidade, sem corrector ortográfico?

Ou será que está a falar dos erros dos seus mandados nos exames?

E as falhas de carácter, também contam?

Já agora… quem é que fez a PACC, quem a validou e e tc? É que o Júri Nacional da Prova, por exemplo, tem uma constituição muito fraquinha.

O chumbo de 34,3% de professores na prova de avaliação “não surpreendeu” o presidente do Instituto de Avaliação Educacional (IAVE), Hélder de Sousa. “É um número considerável de chumbos. Mas já não me surpreendo com estes resultados. No IAVE temos uma interação permanente com milhares de professores. Os documentos que nos chegam, enviados por docentes, mostram falhas gravíssimas de escrita e até do ponto de vista científico. Isto tem de ser tratado de forma clara e frontal”, afirmou, em declarações ao DN, Hélder de Sousa.

Eu também trataria de forma frontal outras coisas…começando por meter o senhor Iavé no seu lugar porque, tirando o “trajecto” de fiel burocrata das situações, desconheço-lhe especiais méritos ou escritos memoráveis.

Olha se os professores que este senhor quer tutelar e avaliar fossem assim trogloditas com os seus alunos que dão erros?

… mas o Zé Rodrigues dos Santos conseguiu fazer na Grécia uma figura mais triste do que as boas e velhas palhaçadas durante a I Guerra do Golfo.

Com tanta imaginação e jeito para ficcionar a realidade ainda se torna escritor.

… ou serei apenas eu que ando mal informado?

É que o homem escreve hoje, no Jornal de Negócios, com aquela pesporrência habitual, o seguinte:

Negocios26Jan15

Não sei se a tal manifestação aconteceu, mas se aconteceu e foi nos termos descritos, alguma coisa bate muito mal, pois o Barreiro já tem um hospital, bem grande por sinal, mesmo se nem sempre dá para a procura (e eu sei bem o que é lá passar umas boas horas a acompanhar quem precisou das suas Urgências com muita regularidade). Mas existe, ali mesmo perto do final do IC21, entre as escolas dos Casquilhos e as de  Augusto Cabrita e Padre Abílio Mendes.

Vê-se bem. Embora para um caramelo urbanito do lado de cá do Tejo seja tudo mato e a malta toda vermelha.

Mas, sei lá, se calhar existou mesmo uma manif no Barreiro (é malta para fazer dessas coisas) e eu é que não sei disso.

O que eu vi na televisão, não foi 6ª feira, nem no Barreiro. Foi no sábado, junto ao Hospital Garcia de Orta (concelho de Almada) e o autarca que falou (e que o cronista Lourenço deve conhecer, pela forma como dele fala) foi o presidente da cãmara do Seixal como se pode confirmar no vídeo da notícia que se segue.

Um grupo de utentes pediu ontem a demissão do ministro da Saúde. Foi num protesto organizado à porta do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Os que vivem na margem sul exigem a construção de um novo hospital, mas Paulo Macedo afasta desde já essa possibilidade.

Prontosss…posso ser eu que estou desinformado e que o prosador liberal de serviço esteja certo e que a margem sul esteja profusamente apetrechada de hospitais (Barreiro, Almada, Seixal, whatever) e que faça mesmo falta é um hospital em Sintra.

Já agora, onde mora tão insigne verberador?

Eu moro na área de influência do hospital de Setúbal (S. Bernardo), não tenho interesses nem no Garcia de Orta, nem do Nossa Senhora do Rosário.

Assim é que se ergue uma carreira, pois ficam sempre as sementes de simpatia para todo o tipo de tenças num futuro próximo ou distante.

A dez dias do congresso do PS que elegerá António Costa como líder, o eurodeputado Francisco Assis deixa pistas sobre a intervenção que fará do púlpito do Parque das Nações: “Se houver necessidade de um governo de coligação (…) terá de ser à direita”. Numa entrevista ao Observador, Assis é questionado sobre quem seria o parceiro ideal dessa coligação e a resposta é direta: “O Partido Social-Democrata”. O CDS fica de fora? “Apesar de todo o respeito que tenho pelo CDS-PP, é inquestionável que há uma maior proximidade ideológica entre o PS e o PSD, do que há com o CDS-PP”, justificou o deputado europeu.

Ainda assim, Francisco Assis admitiu nesta conversa com Maria João Avillez que a sua posição “nem sempre é muito popular, nem muito compreendida” no PS, mas defende que “se ninguém tiver maioria absoluta é desejável que exista uma coligação [à direita] (…) para garantir a devida estabilidade política”, porque não vê “francamente como é que se possa fazer uma coligação à esquerda”.

Mas que direita? Uma que não seja liderada, preferencialmente, por Pedro Passos Coelho. “À direita dir-me-ão alguns: com quem e em que termos? Se o PS ganhar as eleições, à direita vai haver mudanças e essas mudanças facilitarão entendimentos”, reforçou o socialista, referindo-se a uma eventual liderança de Rui Rio. Aliás, esta posição já tinha sido assumida pelo antigo ministro socialista Augusto Santos Silva, em entrevista ao Observador

  • Julho de 2013:

Cavaco quer “compromisso de salvação nacional” e põe governo a prazo

O presidente da República recomendou um “compromisso de salvação nacional” entre PS, PSD e CDS e admitiu uma antecipação das eleições, não para já, mas a partir do final do programa de assistência financeira, em junho de 2014.

  • Novembro de 2014:

Exp8Nov14b

Expresso, 8 de Novembro de 2014

Desapareceu a declaração de rendimentos de Passos Coelho referente a 1999

(…)

De acordo com a Lusa, é possível consultar as declarações de rendimentos que Passos Coelho entregou em dezembro de 1995 (o ano em que iniciou o mandato) e as apresentadas em abril de 2010, 2011 e 2014.

A lei que regula o controlo sobre a riqueza dos titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos determina que, com o cessar da função, tem de ser apresentada uma declaração de actualização dos rendimentos, de forma a “refletir a evolução patrimonial durante o mandato a que respeita”.

Passos Coelho assinou pelo seu punho declaração de que estava em exclusividade

PÚBLICO obteve cópias de dois documentos: um em que o actual primeiro-ministro pede o subsídio de reintegração e outro em que declara que esteve no Parlamento em regime de exclusividade.

E não esquecer:

A carta em que Passos garante que foi deputado com exclusividade

… quando afirma coisas como estas, que não se podem provar a partir dos dados do relatório do CNE, pois não é feita a desagregação da evolução  dos resultados por escola/UO:

Passos Coelho aproveitou para realçar também que o próprio CNE “desdramatiza” duas questões que têm merecido críticas de professores e sindicatos: a estratégia da organização dos agrupamentos escolares e o aumento do número de alunos por turma.

O relatório é tecnicamente bastante bom, mas não chega a esse nível de detalhe. Até pode ser que o primeiro chourição de Portugal tenha razão – é sempre uma hipótese no domínio das probabilidades – mas não com base no que está no relatório.

As “médias” não permitem tais conclusões.

Mas para se perceber isso é essencial ir além de uma formação em económico-vassoureiras (cf. Raul Solnado em saudoso sketch dedicado a outro primeiro chourição do país).

… quando diz que o nosso sistema de ensino não deu resultados

(embora possa ser algo autobiográfico, não sabemos… porque ele até foi um dos líderes jotistas dos tempos da geração rabo ao léu na 5 de Outubro…).

Percebe-se que ele não entenda uma almôndega de Educação, mas, se não entende, cale-se.

Se é apenas para justificar futuros fretes aos queirozes&muñozes, seria bom que melhorasse no estilo e metaforizasse com paellasyolé.

Passos Coelho diz que não é obrigação do Estado garantir emprego público

Estou ansioso por acabar com o actual emprego dele. A sério que estou. E olhem que até pensei que ele merecia uma hipótese de mostrar que não era a mediocridade que se confirmou.

Quanto ao mais, desde que o Tremoços de Lima tenha dinheiros do QREN para subsidiar empregos pretensamente “privados”, vivemos no melhor dos “liberalismos”.

Embora seja bem verdade que a Europa parece ter-se tornado quase um wet dream (político) da Tatcher.

 

… quanto a certas pessoas que dizem em público umas coisas muito sensatas e tal e o que depois defendem (e fazem) em privado. De que, pior, pensam que os outros também são assim.

E ele sabe que eu sei que ele sabe que eu sei.

Melhores leis, melhor regulação, novos líderes ou novas tecnologias não vão reconstruir Portugal. Quem o vai fazer somos nós, juntos. Mas para tal precisamos de cuidar e fomentar relações de confiança.

Fiquei a saber que os alunos de cursos de formação inicial de professores são dos mais pobrezinhos do Ensino Superior e que isso explica que escrevam com erros, tudo de acordo com um “investigador” de quem tenho discordado muito mas a quem dedicava alguma consideração intelectual.

Percebi, por fim, graças a ele, o objectivo das políticas governamentais de proletarização da classe docente.

Da pobreza vieste, para a pobreza caminharás!

(queriam salários líquidos de quase 2000 euros no fim de 40 anos de carreira, ó malandragem? ide lavar escadas como vossas mães ou estivar e varrer ruas como vossos pais e avôs!)

Retomemos Homem Cristo, o investigador:

Ou seja, dito de forma clara: quem hoje vai para professor não são os bons alunos. Por outro lado, quem hoje frequenta os cursos da área da educação são, em média, os que têm níveis socioeconómicos mais baixos e que, por isso, obtêm mais bolsas de acção social. De acordo com os dados para o ano lectivo 2010/2011, 41% dos estudantes desta área de estudos obteve bolsa. Foi a percentagem mais elevada entre todas as áreas de estudos – ou seja, em nenhuma área há uma concentração tão grande de estudantes com baixo nível socioeconómico.

Ou seja, os pobres são burros. Quem tem bolsa para estudar é burro, dá erros, só serve para zeco.

Eu, por acaso tive bolsa no 4º ano em que tirei o meu cursinho reles de História (entrava-se com mais de 14, mas isso ainda só é classe-média-baixa), um daqueles cursos inúteis para o empreendedorismo cervejola do ministro da Economia.

Também tinha um apoio privado – da Gulbenkian, desde o 2º ano – que dependia das notas, mas a verdade é que, quem não se sente nem é filho de gente que valha a pena, era filho de proleta, de um estudante “com baixo nível socioeconómico”, muito distante de malta licenciada em Ciências Políticas pela Católica, um curso de gente que s’assina sempre com duplo apelido.

Mas a mim, a sério, o que mais desgosta nos professores não é serem o que AHC diz serem. O que me desgosta é que no seu seio, numa certa escola privada, se deixem corromper por gente igualmente de duplo apelido e muita indigência intelectual, como é o (alegado, claro) caso do sobrinho do sétimo Conde de Murça, pessoa de posses e certamente com um elevado nível socio-económico.

Tenho muito mais vergonha desses professores, meus colegas de profissão, do que daqueles que deram um par de calinadas na acentuação, por pouco desculpáveis que sejam.

Só que eu não gostaria de generalizar…

(já agora, Alexandre, pá, só arranjaste dados para 2010/11? Não se arranjou um contactozinho para coisa mais actualizada?)

Daqueles que confundem candidatos desempregados a professores contratados, sem dar aulas, na lista de espera dos centros de emprego com os professores em exercício nas escolas, a tempo inteiro e generalizam a partir daí.

E que fazem essa confusão de forma voluntária.

O Alexandre Homem Cristo, assessor partidário quando não se afirma investigador, é um deles e não tenho problemas em dizer-lho sem rodeios.

Esta crónica é uma lástima.

Mas é uma lástima com intenções claras, talvez as mesmas que o façam dizer coisas a visitas estrangeiras que não correspondem minimamente aos factos sobre a “liberdade de escolha” em Portugal.

(sim, eu ainda me lembro do que ouvi dizer a uma investigadora americana sobre o que lhe terão dito durante uma certa viagem do Algarve para Lisboa)

Como ando cansado de véus, cortesias e etiquetas, em especial com malta que não usa de meios limpos parta argumentar, gostaria de deixar aqui bem claro que o Alexandre Homem Cristo, se acredita no que escreveu, é tudo menos “investigador”.

Porque ele sabe que estes professores só muito residualmente estão a dar aulas. Não relativizo os erros, mas também não os hiperbolizo. São, talvez, o resultado de uma formação bolonhesa, pouco rigorosa, é certo, mas da responsabilidade dos desgovernantes sucessivos, quantos deles da área política e da afeição política de AHC.

Ele é apenas mais um “coiso” a falar de Educação em nome de uma agenda que passa por estabelecer laços entre o poder político-partidário com capacidade para legislar em interesse próprio, grupos privados com capacidade financeira para financiar “investigações” truncadas e interesses empresariais no sector que só ganham com o amesquinhamento da escola pública e dos seus profissionais.

E digo isto de forma clara e aberta, porque conhecer alguém pessoalmente não me impede – nunca impediu – de lhe dizer o que penso, quando mete as duas patorras na poça de lama.

Perante a declaração que ele faz que “Portugal tem maus professores. E não é por acaso: é fácil tornar-se professor” eu diria que Portugal tem péssimos investigadores armados em articulistas. E não é por acaso, basta terem as conexões e cunhas certas para conseguirem “investigar”, assessorar e depois opinar.

E AHC sabe que eu sei que ele sabe que eu sei.

 

“Nenhum professor será prejudicado”, diz Nuno Crato

Já estamos todos prejudicados, pá! Não dá para perceber? Até que ponto foi a lavagem ao cérebro?

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