(Des)Emprego


 

o actual está por um fio importado. Iavé, O Grande – talvez maior – irá treinar Os Divinos!

ora, oremos!

Estágios do IEFP explicam um terço do crescimento do emprego no sector privado

Mas eu só escrevo aquele título ali em cima porque sou comuna nos dias pares.

no fim-de-semana passado. Foram poucas, os 25’s-sempre não apareceram por causa de estarem em formação de podas várias… A piada é eu pagar mais do que o Estado… e a horas!

 

 

 

 

 

Porque a “economia real”, privada, não gera emprego sem “encosto” e “subsídio” do Estado.

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Expresso, 30 de Agosto de 2014

Desemprego diminuiu? Formadora fala em dados viciados

O Fafe já me contou como, em tempos, já era assim.

Vivemos tempos pasmosos de manipulação da relação entre realidade e linguagem. E mesmo da própria causalidade dos factos reais e objectivos, como se alguém tivesse decidido transformar a nossa vida pública num delírio de pós-modernices.

Há desemprego galopante, em especial entre os jovens?

A culpa é de quem está empregado e impede a entrada de novos trabalhadores.

Mas impede como?

Mantendo-se empregado?

Mas se fosse despedido não iria para o desemprego por troca com o que (hipoteticamente) iria para o seu lugar?

No caso dos professores, por exemplo, a saída de um professor com redução da componente lectiva não equivale a um lugar de início de carreira.

Mas a mistificação está alargada a toda a sociedade, a cada diatribe televisiva do alucinado César da Neves ou crónica radiofónica iluminada do avançado mental Camilo Lourenço. Ou comentário contra os “velhos” de governantes ou opinadores na esperança de terem um qualquer lugar ou a fazerem por merecer o que já receberam.

Os “velhos” (parece que se aplica a qualquer pessoa acima dos 40-50 anos) são culpados do desemprego dos “jovens” (estado que parece prolongar-se até aos 35-40 anos).

São conservadores e atávicos. Parece que teriam de abdicar dos eu salário para serem progressistas. Alinharem pelo culto da mediocridade sem refilar. E quando se recusam a isso são vilipendiados a torno e direito pelos maçães-totós e outros borginhos de aviário.

A culpa não é de quem falhou as opções políticas de investimento com os dinheiros que choveram da Europa, preferindo as negociatas endogâmicas ao interesse público, de quem fez contratos ruinosos apostando na inimputabilidade ou nas prescrições, de quem delapidou lucros em gastos sumptuários em vez de os reinvestir de forma produtiva.

Não.

A culpa é dos “velhos” que ainda mantêm o seu emprego e procuram manter um mínimo de qualidade de vida para as suas famílias.

Ide…

Danone

 

Portugal destruiu 622,7 mil empregos em cinco anos

Portugal não tem culpa, os poias e os relvas e os aguiares e os gaspares e o resto da cáfila é que tem.

Os sobredotados.

Saiu por aí um relatório sobre Educação, Juventude e Trabalho na Europa feito por uma daquelas consultoras internacionais que por vezes são tomadas como especialistas no tema. Já há variado noticiário a propósito, mas ler o relatório, apesar de ser daquelas coisas que estão longe de ser escrituras sagradas, permite-nos encontrar coisas bastante interessantes.

Por exemplo:

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Isto significa, por exemplo, que há por aí um mito sobre a falta de competências profissionais dos jovens portugueses, pelo menos do ponto de vista dos empregadores, pois o valor dos que assim pensam é de apenas 31% em Portugal, valor igual ao da Suécia e apenas 5 pontos acima do que se passa na Alemanha. Neste aspecto, estamos bem melhor que o resto dos países do sul da Europa, incluindo a França.

Já quanto às vantagens da Educação, os jovens portugueses acompanham de perto suecos e alemãs na crença de que estudos pós-secundários são importantes para a sua empregabilidade, com 47% contra, respectivamente 51% e 53%, destacando-se dos restantes países analisados.

Qual o problema?

É que os encargos com os estudos em Portugal são dos que mais afastam os jovens dos estudos “terviários”:

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Porque é o factor económico determinante?

Porque em Portugal, ao contrário de outros países (e aqui é que reside a maior diferença para a Suécia ou o próprio Reino Unido), são as famílias a suportar a maior parte dos encargos com os estudos superiores. Em Portugal esse valor é de 78%, enquanto na Suécia é de 38% e no Reino Unido de 40%. a contribuição do Estado ou de eventuais empregadores é, entre nós, de apenas 12%, enquanto na Suécia é de 80% e no Reino Unido de 60%.

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Portanto, quando ouvirem ou lerem alguém por aí a falar em gastos excessivos com a Educação (neste caso a Superior), com a impossibilidade do Estado providenciar mais dinheiro, que somos uns gastadores socialistas, não liguem muito. É mentira, pura e simples.

E quando vos falarem em exemplos da Inglaterra ou Suécia, vejam bem se não andarão a usar dados ou teorias aldrabad@s.

E fazem isso para esconder o verdadeiro fracasso, o qual reside na tal Economia em que temos tantos especialistas, seja os teóricos puros, seja os que se afirmam empreendedores de sucesso.

Mesmo se há países com desemprego altamente qualificado equivalente ao do nosso (caso da Espanha), Portugal é, com a Grécia, um daqueles países em que as possibilidades de desemprego são iguais com estudos básicos ou superiores. E que são maiores com estudos secundários.

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Professores desempregados ocupam instalações do Ministério da Educação

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Se calhar o governo tem razão. Não vale a pena gastar dinheiro na formação de desempregados com altas qualificações. O diferencial de desemprego entre 0 9º ano e um curso superior é mínimo. E tudo se agravou nos últimos anos.

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Desempreg

Houve cinco pessoas disponíveis para secretariar neste Governo.

… é laranjinha… ou portinhas…

DESEMPREGO

(c) Luís Rosa

… que o Gaspar diz ser “alarmante” e o maior desgosto desta vidinha dele de ministro passa pelos despedimentos, desculpem, rescisões.

Pagas a 12 dias o ano.

Forget the Good Jobs Report, Long-Term Unemployment Is Still Terrifying

… a vida é feita de incertezas, portanto entra quem aparecer e foi mais jeitos@?

Tem componente profissional, mas também é para limpar o espaço, enfim para fazer tudo… aceitam-se licenciados porque andam baratinhos.

Estágio Profissional – Passaporte Emprego (Medidas Impulso Jovem)

(…)

A quem se destina?

* Licenciados(as), preferencialmente em Hotelaria e Turismo
* Inscritos(as) no Centro de Emprego, como desempregados(as)

ou à procura do primeiro emprego
* Com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos

Quais as características que pretendemos?

* Dinamismo
* Pro-actividade
* Responsabilidade

Em que consiste a função?

* Controlo de Stock
* Limpeza e manutenção do espaço
* Serviço de mesas e balcão
* Recepção de encomendas
* Apoio à gestão de eventos
* Outras necessidades administrativas

O que oferecemos?

* Estágio de 12 meses, com uma componente de formação profissional, ao abrigo das Medidas Impulso Jovem.

 

E temos de aguentar o Relvas?

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