Segunda-feira, 29 de Outubro, 2012


Prince & Sheena Easton, U Got The Look

Tenho-me esquecido de perguntar como vão as vitórias…

Terão levado bigode?

Vá lá, o Oceano não perdeu os jogos todos.

Nada de se fazerem tímidos. Pode ser com ph. Do mais fraquinho.

Desta vez com carvalhos cerquinhos, negrais e alvarinhos.

Mas dizem que faz mal durante a digestão, mesmo tendo sido peixinho.

Escola “high tech” a meter água e a cair aos pedaços

Construída há 30 anos, nunca recebeu obras. Tecnologia de ponta convive com degradação.

… mesmo se for preciso retorcer os dados. para servir alguns interesses que sentem ter chegado o momento certo para se instalarem à mesa do orçamento.

“Em áreas onde há uma actividade de mercado, onde há outros agentes de natureza privada, ou de natureza intermédia, é evidente que o Estado tem de repensar a sua função, como é o caso da educação”, defendeu Roberto Carneiro.

O antigo ministro da Educação chamou ainda a atenção para um relatório recente do Tribunal de Contas que mostrou que oo custo por aluno é muito maior no ensino público do que no privado. “O que é importante é pensar como é que o Estado pode cumprir melhor as suas obrigações na educação. Se é tentando gerir ou ter as suas actividades todas na educação de natureza pública, ou se pode contar com outros parceiros, financiando-as de uma maneira mais barata e eficiente”, disse.

Lembrando que o Estado é altamente monopolista na área da educação em Portugal, gerindo 80 a 90 por cento do sector, Roberto Carneiro diz que a reavaliação da função do Estado não significa uma falta de intervenção do mesmo.

Recuperemos alguns dados comparativos sobre o tal monopólio que é bem menor do que em outras paragens tidas como mais liberais (ver mais aqui) e que, em boa verdade, até é dos menos asfixiantes.

Percebe-se que o escasso aparato está todo a ser mobilizado mas, quer-me a mim parecer, que são capazes de surgir por aí uns contratempos.

Quem avisa…

Até porque explica bem o que é a demografia escolar e como se acompanha o trajecto do (in)sucesso dos alunos.

Demografia escolar e análise longitudinal: escolarização e escolaridade de coortes de alunos dos ensinos básico e secundário

Gosto desta nota de rodapé:

O autor agradece a colaboração do Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo (GIASE) na disponibilização atempada da informação estatística, graças à qual pôde ser elaborado este artigo.

A chatice é que agora é tudo pela net e não há quase dinheiro nas repartições.

O princípio de autoridade e os motins antifiscais de 1862

Eu sei que isto é um bocado off, mas o início da semana é campo fértil para pesquisas várias…

Editorial do Público de sábado passado… estava por Sintra, não comprei.

Até que enfim, uma razão para elogiar Nuno Crato.

O futuro do ex-aluno n.º 20064768

Nuno Crato instruiu um processo que tem Relvas como arguido. Um deles vai ter de sair do Governo

Não é difícil imaginar a tensão que paira sobre uma reunião do Conselho de Ministros onde se sentam a curta distância o ministro da Educação e Miguel Relvas. Nem custa adivinhar o papel difícil que o chefe do Governo vai ter de assumir no confronto que Nuno Crato assumiu com Miguel Relvas em torno da sua licenciatura na Universidade Lusófona. Depois de se saber que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares se licenciou nessa universidade com 32 das 36 cadeiras do curso de Ciência Política feitas à custa de “créditos” pela sua experiência profissional, o ex-aluno n.º 20064768 ficou com a sua carreira no Governo tolhida pela suspeita de favorecimento. Mas agora que o seu colega de Governo avançou, num acto louvável de coragem e de coerência, com uma intimação à Lusófona para que reanalise todos os graus concedidos à custa do expediente dos créditos, exigindo até que retire dessa análise “as consequências devidas, incluindo, quando for o caso, a declaração de nulidade dos graus atribuídos”, percebese que a irritação não se limita apenas aos que colocaram cartazes nos lugares mais inusitados pedindo a Miguel Relvas para ir “estudar”. Ela existe e manifestou-se no seio do próprio Governo. Em tese, Nuno Crato pretende garantir em primeiro lugar a “credibilidade das instituições de ensino superior”. Mas foi mais longe. Disse que “a experiência universitária não pode ser substituída por experiências de vida”. E ao dizê-lo acabou por proferir uma sentença a Relvas, o licenciado da Lusófona que mais beneficiou do sistema de créditos. Face aos factos, é pouco crível que Miguel Relvas mantenha a sua licenciatura. E sendo obrigado a abdicar do seu grau, tornará público que foi protagonista de uma farsa encenada por uma universidade. A sua permanência no Governo tornar-se-á insustentável. E Passos terá então o pretexto para fazer a remodelação que há muito se adivinha.

Shit happens, eu sei, but almost always?

Com tanto dinheiro para estudos e pareceres, não há para um mero revisor, que nem carede de ser jurídico?

Quem detecta o busílis neste pedacinho do despacho 13981/2012, o da avaliação externa?

E, já agora, para quem e onde se mandam o alcatrão e as penas? É que lei é lei, não é post de blogue, mesmo se as declarações de rectificação abundam.

Mais sugestões do José Alberto Rodrigues, com o CINANIMA no horizonte.

ALARM

La Maison en Petits Cubes
Uma excelente metáfora visual sobre o aquecimento global e desastres ambientais. De Kunio Kato (2008)

… as práticas comezinhas da vidinha.

Eu sei que já deveria estar imunizado para isso, mas a verdade é que me surpreendo sempre com aqueles que, pregando uma certa superioridade moral em relação aos (neo-)liberais exploradores, adoptam as mesmas estratégias de sobrevivência. Em especial quando isso se faz directamente à custa dos pares.

Não estou a fazer nenhum ataque enviesado pois já critiquei no local apropriado.

… repito que o problema não é o grau académico do homem porque acredito sinceramente que se ele tivesse ido às aulas só tinha perdido tempo, pois desenvolveu muito melhor as suas (in)competências no terreno.

O que está em causa é aquilo que se deve assumir com frontalidade e sem pudores: uma trapalhada pegada para justificar o sol com meia dúzia de meteoritos.

Parece que já se percebeu muito bem que a equivalência se baseou na posição do visado e que, de certa forma, isso até explica o enterrar de machado de guerra ensaiado por Passos Coelho, quando chegou à liderança do PSD e entrou em campanha eleitoral, em relação à licenciatura do outro, que tinha sido motivo de zurzidelas repetidas pela larga maioria da sua entourage-mirim nos tempos em que blogavam.

Com telhados de fino vidro na marquise, era melhor acalmar um assunto que, se surgisse, acabaria por implicar uma estratégia de nevoeiro e de teorias da conspiração como a usada pelo engenheiro. Que é o que está em causa… o refúgio na suposta legalidade do que é uma evidente imoralidade.

isto é pura conversa da treta.

Caríssimos,

Mais informações!

Vem a propósito das “miragens” de “internacionalização da língua portuguesa”, o concreto e real testemunho apresentado nesse texto que saiu no “Público” hoje, 28/10/2012, com o título: “O Acordo Ortográfico e a tradução para português”, de Paula Blank, já publicado na ILC:

http://ilcao.cedilha.net/?p=7949#comments

Aproveito para  mandar também um artigo (muito bom!) do “Jornal de Angola”, já posto na ILC:
http://ilcao.cedilha.net/?p=7939&cpage=1#comment-11882
Não resisto a copiar o meu comentário a este texto, que também já figura na ILC:
 Excelente texto este do “Jornal de Angola”! A atestar que o português euro-afro-asiático está amplamente consolidado e de perfeita saúde. E com aquelas “bassulas” a testemunhar da sua capacidade de acolher a diversidade regional que só o enriquece.

Este texto mostra também que não foram em vão as iniciativas e posições assumidas pelo PEN Clube Português e pelo PEN Internacional. Porque é o respeito pelo direito dos povos à sua língua que este AO90 viola, o que não se coaduna com a defesa dos direitos humanos apregoada pela CPLP.Resta saber por quanto tempo ainda vai o nosso MEC continuar a impor o AO90 nas nossas escolas, visivelmente ao arrepio da lógica mais elementar!…

Este outro artigo, do mesmo jornal, prova também que as iniciativas do PEN Clube Português não caíram em saco roto!
http://jornaldeangola.sapo.ao/19/46/a_estandardizacao_da_lingua_portuguesa
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Abraço,
  Maria José

A Sra. Merkel de facto é importante, mas!

A Sra. Merkel é importante, não por ser uma alemã oriental, mas por ser a chefe do País mais próspero da Europa, a Alemanha. A Sra. Merkel deixa de ser importante se, em setembro do próximo ano, perder as eleições no seu país. Pelo que, como o Poder e a Importância são tao bons para quem os tem – ao que se nota nos próprios, em todos – , vai tudo fazer para as eleições ganhar, para os não perder – importância e poder.

E ganhando, poderá sentir-se mais segura do que hoje, dado que não terá o futuro próximo em risco eleitoral, como hoje tem.

Mas, mesmo que a senhora perdesse as eleições e visse a ser substituída por um social-democrata nada iria ficar muito diferente. Sendo que a importância da Sra. Merkel não deve fazer anular por completo os espaços de manobra – por muito curtos que sejam – dos países em dificuldade, para já Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha, amanhã, porventura Itália, França. Bélgica e sabe-se lá, quem mais. Mas não é o que está a acontecer!

Claro que a Holanda, a Áustria, a Finlândia, deixam-se estar confortavelmente abrigadas no chapéu alemão, sem fazer ondas, sem muito aparecer. Nem desaparecer.

Hoje, e até pelo menos Setembro de 2013, a Sra. Merkel é importante.

E, talvez para não deixarem de ter lugar, uma série de pessoas aguentam-se a bajular a Sra. Merkel, nas estruturas de topo da U.E, não passando de uns figurinos que única e exclusivamente obedecem e se perfilam perante a dita Sra Merkel. Nada de nada fazem. Zero! Quando a sua função, era fazer muito pela U.E!

Claro que a Europa não existe sem a Alemanha, mas o inverso também é verdadeiro. A Alemanha, só, ou mesmo com a Áustria, Holanda e Finlândia, não se aguenta num tempo e num mundo globalizado, em que a centralidade está rapidamente a passar de Ocidente para os BRICS, e os EUA estão a ver para que lado melhor se aguentar. E não parece ser para a Europa, como está!

A importância da Sra. Merkel nota-se, até nas manifestações com que é recebida quando se passeia por um dia nos países europeus em dificuldades. Teremos cá o espetáculo a 12 de Novembro próximo.

Não sendo possível deixar de dar importância à Alemanha e à Sra. Merkel, seria conveniente e necessário, em simultâneo, todos os restantes países europeus terem à sua frente pessoas que não se assustem – tanto – perante a dita Sra. Merkel, mas que sejam sinceros, abertos e transparentes. E competentes!

Para tal é indispensável que cada um tenha a capacidade de fazer cabalmente o trabalho de casa, mostrando-o no próprio país e depois defendendo-o perante a senhora da Alemanha, e os senhores que supostamente deveriam ter poder na U.E., estes se continuarem os mesmos ou na mesma, deveriam ser substituídos por mais afoitos e capazes dado que os lugares não justificam o que nada fazem, pela Europa, pela U.E, pela defesa desta, num mundo global.

E a Sra. Merkel, continuará importante, mas!

Augusto Küttner de Magalhães

Outubro de 2012