The Education and Training Monitor 2014 is out now
Quanto a evidências…
Novembro 25, 2014
Outubro 27, 2014
Setembro 20, 2014
Falso… embora este quadro tenha dados que não somam 100%, de qualquer modo é visível como nos PISA a evolução foi bem positiva com um aumento de 7,5% nos níveis mais altos de desempenho em Matemática e um decréscimo de quase 9% nos mais baixos:
E se compararmos com outros países, é fácil verificar que fomos um dos países com maior aumento de top performers entre 2003 e 2012… enquanto os low performers desceram sensivelmente:
Setembro 19, 2014
O Observador achou um relatório internacional e vai de anunciar que:
Portugal está entre os países menos eficientes na educação
Fui ler a notícia, mas entretanto deixaram-me a ligação para o relatório original e pasmei.
Porquê?
Porque ou no Observador não sabem ler um relatório inteiro ou então fazem aquela coisa gira de truncar os dados e ignorar o que desinteressa.
Comecemos pelo quadro que o Observador usa como referência para o mau desempenho do sistema de ensino português…
Para os mais distraídos, esta tabela revela que Portugal é alegadamente pouco eficiente (24º lugar) mas consegue melhores resultados que muitos outros países (19º lugar), batendo países como os EUA, a Suécia ou Israel no desempenho em Matemática.
Mas podemos ver um outro gráfico muito interessante que demonstra como Portugal consegue bons resultados com o mesmo ou menos dinheiro que outros países:
A leitura é simples: Portugal está juntinho da média no desempenho dos alunos, acima dos EUA e do Reino Unido (os lampiões do “liberalismo), bem como dos vizinhos latinos (Itália e Espanha) e bem perto da Nova Zelândia (um dos países que querem que copiemos na privatização das escolas), mas gastando muito menos do países como a Holanda ou a Suíça, para além dos referidos EUA e Reino Unido.
Surpreendidos?
Então vão ficar mais.
Qual é a lógica deste estudo? A “eficiência” é apresentada como valor único e absoluto?
Longe disso!
Eis o título do capítulo em que se procede à “arrumação” dos países por características afins:
Ora bem… ora bem… a “eficiência” quase parece ser considerada antónimo de “qualidade”, mas eu não chego a esse ponto.
O que está em causa é que há países em que se dá prioridade à eficiência financeira, acima de tudo, enquanto outros pretendem apostar mais na qualidade dos resultados.
Eis como o relatório distribui os países, sendo notório que Portugal não está na “cauda” do que mais interessa… a qualidade do ensino, ao contrário das más-línguas.
O caso português está equiparado ao de países como a Áustria, a Alemanha, a Dinamarca,a Holanda e etc, que apostam mais na qualidade do que na eficiência.
Já alguns países que nos querem fazer engolir como dignos de ser emulados (Suécia, Reino Unido, EUA) são exemplos de poucos gastos com a Educação e MAUS RESULTADOS.
Claro que temos sempre os exemplos da Coreia, do Japão e da sacramental Finlândia (outrora muito elogiada, mas agora caída em desgraça entre os nossos decisores, pois tem poucos exames…), que são mestres na eficiência e desempenho.
Pois… cada um escolhe as suas prioridades.
Seja em matéria de Educação, seja de Informação.
Setembro 9, 2014
Education at a Glance 2014
OECD Indicators
This annual publication is the authoritative source for accurate and relevant information on the state of education around the world.
Featuring more than 150 charts, 300 tables, and over 100 000 figures, it provides data on the structure, finances, and performance of education systems in the OECD’s 34 member countries, as well as a number of partner countries.
It results from a long-standing, collaborative effort between OECD governments, the experts and institutions working within the framework of the OECD Indicators of Education Systems (INES) programme and the OECD Secretariat.
Setembro 6, 2014
Agradecendo à Anna P.
How the job of a teacher compares around the world
Chinese teachers are treated with the greatest respect, while Finland’s education system offers the best value for money.
Junho 25, 2014
Junho 25, 2014
Maio 3, 2014
Isto é que é sucesso!
Gráficos retirados do tal artigo referido na imprensa de hoje e em post mais abaixo.
(…)
Gil Nata, Maria João Pereira e Tiago Neves (2014) “Unfairness in access to higher education: a 11 year comparison of grade inflation by private and public secondary schools in Portugal” in Higher Education, Março de 2014.
(A linha dos TEIP poderia ir mais atrás… já havia escolas deste tipo antes de 2007… nessa altura apenas foram criados os chamados TEIP 2. E vá lá que as escolas com contrato de associação parecem ter invertido uma tendência para o mesmo disparate das outras…)
Março 8, 2014
O relatório está no novo site do CNE. Tem outros dados interessantes, mas vou concentrar-me em dois, avisando desde já que os intervalos temporais são demasiado curtos. No entanto, permitem detectar e medir o que já nos era óbvio.
Em primeiro lugar que as eleições de 2009 foram o campo privilegiado para a demagogia de Sócrates e que isso se reflectiu no aumento da despesa, mesmo se esse acréscimo não foi totalmente atípico para esse período. Em segundo, que o ajustamento que se seguiu a 2010, ainda com Sócrates, foi acima de qualquer outro entre os países analisados. Se entre 2008 e 2010 os gastos cresceram mais 9 pontos do que a média, o ajustamento que se seguiu foi de 11 pontos acima da média.
Faltam dados para 2012 e 2013 que demonstrarão que esse ajustamento se tornou absolutamente brutal e dificilmente comparável com qualquer outra realidade próxima.
Para 2012 temos alguns dados, desde logo os relativos aos níveis de emprego dos recém-licenciados. A evolução é demolidora. Portugal é o país, depois da Grécia e Croácia, em que a sua empregabilidade caiu mais, quase 15 pontos em apenas 3 anos.
Esta tendência, que continua a acentuar-se, retira muito do sentido numa aposta familiar e individual na extensão da Educação. O que é trágico, visto que de acordo com os dados do relatório de 2012, os benefícios públicos, mas em especial privados, dessa aposta são muitos altos para a sociedade.
Ou melhor, eram… antes da Educação ter passado a ser uma não prioridade.
Março 6, 2014
Janeiro 21, 2014
OECD education report: Poland’s suffocating Communist past gave pupils a thirst for knowledge
Parents of pupils who grew up under an old regime push their children to learn and help Poland shine in league tables.
Janeiro 21, 2014
… mesmo se entre 2003 e 2012 evoluiu menos do que Portugal.
E só recuperou um pouco mais desde 2009, por causa da desaceleração dos ganhos dos alunos portugueses…
Janeiro 13, 2014
Saiu por aí um relatório sobre Educação, Juventude e Trabalho na Europa feito por uma daquelas consultoras internacionais que por vezes são tomadas como especialistas no tema. Já há variado noticiário a propósito, mas ler o relatório, apesar de ser daquelas coisas que estão longe de ser escrituras sagradas, permite-nos encontrar coisas bastante interessantes.
Por exemplo:
Isto significa, por exemplo, que há por aí um mito sobre a falta de competências profissionais dos jovens portugueses, pelo menos do ponto de vista dos empregadores, pois o valor dos que assim pensam é de apenas 31% em Portugal, valor igual ao da Suécia e apenas 5 pontos acima do que se passa na Alemanha. Neste aspecto, estamos bem melhor que o resto dos países do sul da Europa, incluindo a França.
Já quanto às vantagens da Educação, os jovens portugueses acompanham de perto suecos e alemãs na crença de que estudos pós-secundários são importantes para a sua empregabilidade, com 47% contra, respectivamente 51% e 53%, destacando-se dos restantes países analisados.
Qual o problema?
É que os encargos com os estudos em Portugal são dos que mais afastam os jovens dos estudos “terviários”:
Porque é o factor económico determinante?
Porque em Portugal, ao contrário de outros países (e aqui é que reside a maior diferença para a Suécia ou o próprio Reino Unido), são as famílias a suportar a maior parte dos encargos com os estudos superiores. Em Portugal esse valor é de 78%, enquanto na Suécia é de 38% e no Reino Unido de 40%. a contribuição do Estado ou de eventuais empregadores é, entre nós, de apenas 12%, enquanto na Suécia é de 80% e no Reino Unido de 60%.
Portanto, quando ouvirem ou lerem alguém por aí a falar em gastos excessivos com a Educação (neste caso a Superior), com a impossibilidade do Estado providenciar mais dinheiro, que somos uns gastadores socialistas, não liguem muito. É mentira, pura e simples.
E quando vos falarem em exemplos da Inglaterra ou Suécia, vejam bem se não andarão a usar dados ou teorias aldrabad@s.
E fazem isso para esconder o verdadeiro fracasso, o qual reside na tal Economia em que temos tantos especialistas, seja os teóricos puros, seja os que se afirmam empreendedores de sucesso.
Mesmo se há países com desemprego altamente qualificado equivalente ao do nosso (caso da Espanha), Portugal é, com a Grécia, um daqueles países em que as possibilidades de desemprego são iguais com estudos básicos ou superiores. E que são maiores com estudos secundários.
Dezembro 3, 2013
Dezembro 3, 2013
Este quadro também parece confuso, mas se atentarmos nas legendas percebe-se facilmente o que está em causa. No caso de Portugal, o melhor desempenho dos alunos em escolas privadas é em muito explicado pelo contexto socio-económico desses alunos e escolas. Que em Portugal é substancial.
Se descontarmos esse efeito a diferença é praticamente nula.
Já em outros países, o que se verifica é que o desempenho entre os alunos de diferentes tipos de escola é menor e, adicionalmente, que o diferencial socio-económico entre escolas públicas e privadas é muito menor do que entre nós.
Dezembro 3, 2013
Este quadro parece um emaranhado, mas eu explico-vos de forma simples… um dos eixos (y, o das ordenadas) mede o desempenho dos alunos em Matemática, enquanto outro (x, o das abcissas), mede o grau de competição entre as escolas…
Se repararem com atenção, Portugal está no lote dos países em que a competição é acima de 80%. que é a primeira surpresa para quem acredite nos vendedores da Educação em Portugal como o reino monolítico da não competição. Mais do que isso, os alunos portugueses têm um desempenho melhor do que os de países onde há muito maior competição, o que não confirma a tese de que há uma relação directa entre mais competição e melhor desempenho.
A Suiça ou a Polónia, por exemplo, apresentam melhor desempenho com um nível de competição bem mais baixo…
Dezembro 3, 2013
Neste caso temos o custo das repetências. Entre nós pode ser alto devido ao ainda elevado número de repetências, mas já repararam como o valor unitário de cada repetência é bastante mais baixo do que na maioria dos países?
Isto não é uma defesa do clássico chumbo, mas uma relativização dos seus custos, que muita gente gosta de apresentar como sendo um dos factores de ineficiência do sistema.
Por outro lado, também pode servir para se verificar como entre nós se investe pouco na recuperação desses alunos… ao contrário de outros países…
Dezembro 3, 2013
… as que têm conduzido a consistentes descidas de resultados dos alunos, enquanto Portugal vai conseguindo recuperar do seu profundo atraso?
O que têm a dizer acerca disto os defensores da “liberdade de escolha” que acenam com a Holanda, Suécia, Austrália, Nova Zelândia, etc, como exemplos maiores do modelo de gestão do sistema de ensino que querem para Portugal?
A “narrativa” não pode ir pelo lado da qualidade, pois não?
Prefere ir pelo lado do retrato estático, ignorando a tendência de médio prazo (2003-12).
E se, afinal, o que estamos habituados a ouvir não passar de uma ficção instrumental? De uma MENTIRA?
Mais grave… e se os “narradores” souberem que é mentira, mas já se estiverem nas tintas pois colocaram os seus homens nos lugares certos para olear as decisões?
Novembro 26, 2013
A comparison of public and private schools in Spain using robust nonparametric frontier methods
(…)
The main conclusion that can be drawn from our analysis is that state subsidized private schools are more efficient, although the estimated inefficiency attributable to students is similar in both public and private schools. Actually, the final decomposition of inefficiency allows us to detect that the effect attributable to the school type is almost inexistent, while peer effect and school effect have a greater impact on results, especially in the subsample of public schools.
This result implies that a significant proportion of inefficiency in public schools depends on the characteristics of students enrolled. Those divergences can be explained because students are not randomly distributed between both types of schools, since students with a lower socioeconomic status are prone to be enrolled in public schools due to the higher costs that would entail to attend state subsidized schools.
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Apenas umas opiniões e pouco mais.
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