Segunda-feira, 22 de Outubro, 2012


Catatonia, Londinium

O Afonso Costa conseguiu, mas já sei que ele, o Rui Ramos e o Pulido Valente não consideram que se vivesse em democracia.

O que, por outro lado, o poderia seduzir…

“Em democracia Portugal nunca conseguirá controlar a despesa”

Tentativas de corte de despesa esbarram sistematicamente na circunstância de haver “muitas pessoas boas que vivem à custa do Estado”. Desta feita, diz, foram os juízes que se atravessaram ao comprido. “Foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país”, acusa o professor de Economia da Católica.

(…)

Colunista regular do “Diário de Notícias”, o professor de Economia da Universidade Católica revisita hoje crises passadas para concluir que a incapacidade em controlar a despesa pública “não é pontual”, sendo “um traço estrutural português só resolvido em ditadura”. “Aliás hoje não faltam os que acusam estarmos já nessa situação, a “dividadura” das imposições de Finanças e troika. Imposições que, afinal, não reduzem a despesa!”, acrescenta.

Até pode ter razão numas coisas, mas a verdade é que para ele a despesa é sinónimo de funcionários públicos, pensionistas, desempregados e doentes.

Por um lado seria bom que o bom rendimento os imunizasse de tentações, mas bem sabemos que não é assim.

A verdade é que isto é apenas uma forma de comprar paz.

Reguladores ficam com salários acima do de Passos Coelho

Morre aos 108 anos o sobrevivente mais velho de Auschwitz

Antoni Dobrowolski, o sobrevivente mais velho  do campo de extermínio da Alemanha nazi de Auschwitz-Birkenau morreu com  108 anos de idade, anunciou hoje um dos historiadores oficiais do local,  Adam Cyra.

Cyra, historiador do museu de Auschwitz-Birkenau, disse que Dobrowolski  morreu na cidade de Debno, no noroeste da Polónia. Professor primário, Dobrowolski manteve aulas secretas durante a ocupação  nazi da Polónia, na Segunda Guerra Mundial, quando os nazis proibiram a  população local de ir à escola.

Preso em 1942 pela Gestapo, a polícia secreta nazi, Dobrowolski foi  enviado para o campo da morte de Auschwitz, em território polaco então anexado  pela Alemanha. Os nazis transferiram depois Antoni Dobrowolski para os campos de Gross  Rosen e Sachsenhausen, ambos na Alemanha.

O professor sobreviveu até à libertação do campo de Sachsenhausen, pelas  forças soviéticas e polacas, em 1945. De regresso à Polónia após a guerra, Dobrowolski dirigiu primeiro uma  escola primária em Debno e, depois, uma escola secundária.

Cultura material e modernização pedagógica em Portugal (séculos XIX-XX)

Uma delícia. Clicar nas imagens para…

Interessante ler como se tentava expandir aquilo que agora se faz tudo para contrair, acentuando os desequilíbrios e clivagens que fracturam a coesão do país.

Os edifícios escolares do ensino primário no distrito de Bragança, 1820-1910

Um olhar interessante no nº1 Boletim Pedagógico, órgão do Professorado Primário Oficial (pp. 3 e seguintes).

Programas curriculares

Ensino Primário

Ensino Liceal

Ensino Técnico

Projecto de lei do deputado Cristóvão Pinto apresentado inicialmente em 1893 e renovado em 1899. Está online, nem carece de grande despesa o estudo destas coisas que, agora, se apresentam como novas, não passando de velhas.

Senhores. – O plano de administração do ensino publico, que tenho a honra de submetter á vossa sabia consideração, deve a sua origem ao pensamento que no momento actual preoccupa todos os espiritos, qual é o de procurar uma organisação dos serviços por fórma que, satisfazendo ás verdadeiras exigencias de utilidade publica, opponha um dique ao constante augmento dos encargos do thesouro por ellas determinado. Envolvendo elle o cumprimento de uma obrigação urgente que nos é imposta pela gravissima crise que atravessamos, obedece a um principio geral de governo, consagra as boas doutrinas, e na applicação pratica d’ellas traduz uma aspiração.

A actual despeza do estado no ensino publico em media annual de 1:000 contos de réis, representa um onus tanto mais pesado nas apertadas circumstancias financeiras do thesouro, quanto o ensino está longe de corresponder ás verdadeiras necessidades do paiz. Ás indicações publicas para o seu alargamento são crescentes; e a parochia, o municipio, o districto sentem a escassez de recursos á vista do crescimento das contribuições geraes que são reclamadas pelas urgencias do estado.

Se as reformas que se realisassem n’este ramo dos serviços publicos consistissem tão sómente na suppressão do algumas despezas dispensaveis, alguma cousa se teria feito, mas seria pouco. Urge, porém, que a reforma penetre fundo, e para tanto é preciso que obedeça a um principio radical. Esse principio é a iniciativa particular.

Alliviar o thesouro dos encargos actuaes ou futuros no serviço do ensino, e isto por meio de medidas destinadas a estimular as energias individuaes é o pensamento intimo do projecto que tenho a honra de submetter ao douto exame da camara. Que a iniciativa particular collabore com o estado para dotar a mocidade de um ensino prestante e elevado, que ella procuro rivalisar com os institutos officiaes n’uma emulação fecunda em progressos para ambos e em economia para o thesouro, deve ser o ideal de todos os que encaram os problemas da administração sem preconceitos doutrinarios centralistas ou individualistas.

Alem d’isto, as instituições officiaes do ensino na Allemanha, na Gran-Bretanha, na União norte-americana, têem vida propria, conservam os seus recursos especiaes, e a sua administração, se não é completamente autonoma, gosa de muitas liberdades e regalias. Ali, uma constante variedade nos methodos e diversidade de vistas, condição de vida o do progresso. Os mestres não são simples empregados publicos, pagos com ordenados fixos e invariavel, renumerando merecimentos e resultados desiguaes. Os vencimentos de categoria são umas vezes fixados no intuito do defender o ensino nascente ou desamparado; outras, proporcionados á cifra da frequencia escolar. Tudo copiado aos processos da industria particular, tão fecundos em resultados praticos.

A mesma França revolucionaria, cujos moldes copiámos, reconhecendo os desastrosos effeitos da suppressão das tradições e da destruição da autonomia, e da sua tutela absoluta sobre as escolas e os mestres, procura remediar o mal. Reflectindo no caracter organico d’elle, já reduziu e suavisou muito a acção da burocracia, e insuflando no ensino publico um sopro de vida autonoma, hoje tem até universidades livres. P. Leroy-Beauheu, criticando com rigor a obstinação com que o estado francez monopolisou o ensino secundario, denuncia os maus resultados d’este regimen escolar e dos seus methodos officiaes, subsidios e bolsas, e vae mesmo até preconisar a liberdade absoluta de ensino para a nação franceza.

Quanto não seria, pois, vantajoso para nós, se procurassemos tornar, autonomo o nosso ensino publico em obediencia aos principios de uma bem entendida liberdade? Se entrassemos n’este caminho, o estado não se veria forçado a gastar cada vez mais n’este ramo de serviço. Premiar o esforço particular intelligente com um subsidio constante, seria tambem uma medida de mui proficuos resultados. O ensino ir-se-ía desenvolvendo á medida das exigencias sociaes, e o thesouro publico desonerando-se dos respectivos encargos. É a politica ingleza no governo da educação nacional.

Na Inglaterra, o estado subvenciona o ensino privado com um terço da despeza, concorrendo para a fundação e sustentação de instituições particulares, para a remuneração do professorado particular, e para a subsistencia de estudantes distinctos durante os cursos.

Mas…

As exigencias da civilisação são crescentes, e com ellas augmentam as da instrucção do povo. Não careço de recorrer ás estatisticas de outros paizes para accentuar o nosso relativo atrazo, conhecido, provado e verificado. Para satisfazer a todas essas e outras reclamações instantes da vida nacional, o estado carece de augmentar a despeza publica, recorrendo a impostos e contribuições. E como o póde alcançar quem, como nós, tem o thesouro com as forças depauperadas, e a população mais e mais aggravada com onerosas e esfoladoras imposições?

O paiz não é pobre; estão-no empobrecendo os arranjos artificiosos da sua legislação, os quaes, enfraquecendo-he as forças vivas e espontaneas, empobrecem tambem as suas finanças.

Sigamos, pois, o caminho natural. Ganhariam todos, o ensino, a sociedade e o thesouro publico tambem.

Srs. deputados Traçada assim a politica fundamental a que obedece o plano que sujeito á vossa apreciação, pouco terei que dizer para a justificação das suas principaes provisões.

N’um paiz onde os habitos e costumes são diversos dos habitos britannicos, a copia servil do systema inglez só produziria desastres.

N’um paiz onde os que não têem competencia se julgam tambem habilitados a dirigirem estabelecimentos de ensino, uma subvenção ás escolas, á maneira da Inglaterra, aggravaria o mal actual e seria uma despeza improductiva e perdida, alimentando apenas uma especulação pouco honesta, e desenvolvendo a rede de escolas incapazes, improprias e funestas.

N’um paiz finalmente, onde, ao invez da Inglaterra, a brandura indigena nos leva a tolerar o alumno que não aprende, o mestre que falta aos seus deveres, o professor interino que recearia ir a concurso, e a empreza que só deseja lucros, embora o esforço seja negativo, bem como a medir a capacidade pelo escalão das habilitações obtidas sob o imperio d’esta situação, a julgar os concursos com affectuosa benevolencia, e a desenvolver entre nós assim uma espantosa, crescente e aterradora emprego-mania; que effeitos e que resultados produziria a implantação fiel o systema inglez?

(Diário da Câmara dos Senhores Deputados, sessão de 7 de Junho de 1899, pp. 2-3)

… os mais de 12 milhões de euros que o MEC pretende gastar em estudos e pareceres no ano de 2013. Aposto que serão muito menos os escolhidos a ser teudos e manteudos e aposto singelo contra dobrado que, de entre esses, haverá quem já receba outras tenças e prebendas.

… mas o que eu gostava mesmo era de saber no que têm estado a ser torrados 16 milhões de euros, este ano, em estudos e pareceres pelo MEC.

Ou os valores estão incorrectos e são apenas 15 milhões e um cêntimo?

Fazer mais com menos é apenas para quem trabalha, efectivamente, com os alunos?

Nobel da Paz Obama vs Europa

 

Os Prémio Nobel , talvez devessem, como tudo que hoje em todo o lado acontece, ser muito mais consistentes, transparentes e fidedignos. Este ano temos um Nobel da Literatura unicamente para ser simpático à China. Convém, pode vir a ser a primeira potencia Mundial (em dinheiro).

Sabendo-se que na ultima década o único politico competente à face da Terra foi e é Obama, e o resto são pior que maus, ter-lhe sido atribuído o Nobel da Paz antes de  ter conseguido fazer obra, – que o tivesse dado a merecer  –  foi não propositado e não necessário. E sabemos que não tem sido fácil o tempo de Obama, mas sabemos que pelos mais diversos motivos, ainda não conseguiu acabar com a Prisão de Guantanamo – por exemplo – , algo que foi estipulado acontecer no primeiro ano de mandato. Não aconteceu e no fim do mandato, que se espera seja continuado para segundo, Guantanamo está aberto. E paz mundial,  oriunda dos EUA é miragem….

Esperamos um Obama sempre persistente, mas de facto sendo o único elegível e digno de ser capaz de o ser, tem feito pouco. Claro que um outro teria sido mais desastroso, como será a partir de Novembro próximo se Obama não ganhar. Um Nobel da Paz, porquê? Para quê? Fora de tempo e de razoabilidade!!! Foi, mais um…

Quanto à Europa e o Nobel da Paz, só se for para evitar – prevenir –  que haja mais uma Guerra Mundial começada em força na Europa.

 A Europa não se entende, não está unida, tem uma moeda que abrange parte dos países supostamente unidos que não está a resultar, essencialmente para os menos bem considerados, ou seja os do Sul.

A Europa sempre foi um espaço muito diferenciado, e que deveria, deve, deverá ser unido. Talvez tenha sido erro começar por unir pelo telhado, ou seja pela “porcaria do dinheiro”, e agora, como seria  de esperar o ” ter tomou conta de tudo”, e havendo pouco “ter” está tudo a ruir. E o telhado está sem suporte. E atribui-se um Nobel da Paz, para ver se não entramos em mais um Guerra? como foi para ver se Obama conseguia ser pacificador?

Esperemos que Obama seja reeleito, mas o Nobel da Paz não lhe foi merecido, continuando a ter que se estar certos que é – ainda – o único politico classificado existente neste tempo na Terra. O resto, são piores que mau!!! Todos!

Quanto à Europa enquanto não houver dignidade de encontrar melhores e mais capazes políticos nas Centrais Europeias e em cada País Europeu, não vamos lá. Tudo o que temos é mau.

E talvez esteja chegado o tempo de pela Paz de facto lutar, com dignidade, transparência, Cultura, unidade, respeito, humildade, verticalidade e menos imbecilidade. e depois viria o Nobel da Paz!!!!!!

 

Augusto Küttner de Magalhães

Outubro de 2012

A secundária Alves Martins coloca dezenas de alunos em medicina.
Colégio do Rosário, 1º lugar no ranking de escolas.

E andamos a perder tempo com isto às 6ªs feiras ao cair da noite…

———- Mensagem reencaminhada ———-
De: “DGIDC” <dgidc@escolas.min-edu.pt>
Data: 19 de Out de 2012 18:16
Assunto: Divulgação do Referencial de Educação Rodoviária para a Educação Pré-Escolar e o Ensino Básico
Para: <todos@escolas.min-edu.pt>

Exmo(a) Senhor(a) Diretor(a)
Junto se envia, em formato PDF, o Referencial de Educação Rodoviária para a Educação Pré- Escolar e o Ensino Básico, elaborado pela Direção-Geral da Educação (DGE), no quadro da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR) para 2008-2015 da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Este documento foi produzido em parceria com as entidades representadas no grupo de trabalho responsável pelas ações previstas no objetivo operacional 1 – Desenvolvimento de uma cultura de educação para a segurança rodoviária – da referida ENSR.
 
Destinado aos docentes da educação pré-escolar e do ensino básico, o Referencial de Educação Rodoviáriapara a Educação Pré- Escolar e o Ensino Básico visa enquadrar a Educação Rodoviária no âmbito da Educação para a Cidadania e promover a sua operacionalização na escola, de forma ajustada à realidade de cada comunidade educativa e tendo em conta o desenvolvimento de parcerias e a participação das famílias. O Referencial de Educação Rodoviária(RER), que se constitui como um documento orientador e um instrumento de apoio à prática educativa, foiaprovado por despacho da Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, de 26 de junho de 2012.
 
O RER deve ser entendido como um documento curricular, de natureza flexível, que contempla os conhecimentose as capacidades que os alunos devem dominar no final de cada um dos níveis de educação e ensino. O documento organiza-se em torno de quatro grandes objetivos focalizados no indivíduo, enquanto cidadão, e na sua condição de peão, passageiro e condutor. Estes objetivos operacionalizam-se em cada nível de educação e ensino, tendo em conta as características de cada grupo etário.
 
Trata-se de um documento orientador que, no quadro da revisão da estrutura curricular do ensino básico e secundário, consagrada no Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, visa contribuir para:
– o “reforço do caráter transversal da educação para a cidadania, estabelecendo conteúdos e     
  orientações programáticas” (alínea m) do Artigo 3.º);
– a oferta de “componentes curriculares complementares com carga horária flexível” (Artigo 12.º);
– o desenvolvimento de “projetos e atividades que contribuam para a formação pessoal e social dos alunos, designadamente (…) educação rodoviária (…)” (Artigo 15.º).
Para além da dimensão transversal que caracteriza a Educação para a Cidadania em todos os níveis de educação e ensino, esta constitui, no 1.º ciclo do ensino básico, uma área não disciplinar de oferta obrigatória, podendo organizar-se, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, como componente curricular complementar, de acordo com os critérios de cada escola.
A Educação Rodoviária, uma das áreas e dimensões da Educação para a Cidadania, pode, assim, ser alvo de abordagem curricular através de diferentes formas, sem prejuízo do desenvolvimento de projetos e atividades de iniciativa das escolas ou do envolvimento em ações da comunidade e entidades que intervêm neste âmbito. Em qualquer uma das situações, devem privilegiar-se abordagens diversificadas que se concretizem numa vivência diária e numa prática sistemática, transversal às atividades proporcionadas pela escola.
O Referencial de Educação Rodoviária para a Educação Pré-escolar e o Ensino Básico encontra-se disponível no site da DGE:
Brevemente será também disponibilizada a indicação sobre material informativo e outros recursos educativos de apoio aos docentes.
O presente documento destina-se à educação pré-escolar e ensino básico, como se referiu, prevendo-se, numa segunda fase, a elaboração do Referencial de Educação Rodoviária para o Ensino Secundário.
 DGE, 2012.10.19
O Diretor-Geral da DGE
Fernando Egídio Reis
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Anexo: EDU_ROD_.