Domingo, 29 de Agosto, 2010


The Gaslight Anthem, The ’59 Sound

Foram tomadas medidas temporárias de baixa intensidade para controlar a propagação.

Quem me conhece há tempo suficiente já certamente me ouviu parafrasear este maravilhoso momento do humor sem idades do Franquin. Quem não entende porque este é o melhor gag do mundo e arredores, é pena.

Tem muitos anos, mas foi reeditado no volume desta semana – o nº 8 – da colecção do Gaston Lagaffe que está a sair com o Público às quartas-feiras.

Não intento através do facto Madail, mas sucederá como o Couto.

Digo, todos os falsos líderes cercearão o bigode. Para não serem mais caquéticos do que são.

Nogueira colocará menos botox nos dentes.

É uma coreografia venal e as Venais a defenderão.

A Armanda, a Ana, as Margaridas e demais convivas demonstram como há uma enorme diferença de bom gosto entre quem frequenta este espaço com prazer e os que infelizmente só têm fel. Não coloquei imagens das comensais (em Esposende), para que não sejam atacadas pelos do costume, que sabemos como são de esquerda e muito respeitadores das senhoras nestas matérias…

Via Blasfémias, o eterno segundo.

A 13 dias do início do ano lectivo, são cerca de 100 as crianças, professores e auxiliares da freguesia de Santa Margarida, na margem sul de Constância, que frequentam as escolas da margem norte e que ainda não sabem como vão atravessar o Tejo, devido ao fecho da ponte de Constância. A solução pode passar pelo transporte de comboio entre as estações de Santa Margarida e da Praia do Ribatejo e depois de autocarro. Mas, para isso, os encargos adicionais com o transporte teriam que ser suportados pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, uma vez que aquela é “uma zona com graves carências socioeconómicas”, sublinha a directora do Agrupamento de Escolas de Constância, Anabela Grácio. A proposta foi enviada ao ministério e, de acordo com a directora, é esperada uma resposta até segunda-feira. Contactado pelo PÚBLICO, o ministério não quis comentar o assunto.

Já agora fica por aqui a metade de um outro post que escrevi há dias.

Ando ansioso ao ver, em termos pessoais, profissionais, políticos, gente a querer levar – seja de que maneira for – a água ao moinho que querem seu. E para isso têm diversas modalidades possíveis.

  • Há os que conseguem contorcer-se dos modos mais divertidos, quase espetando o dedo grande do pé no próprio olho, tentando manter o equilíbrio ao mesmo tempo, quando quem olhar com atenção já percebeu que se esparramaram por completo. O que interessa é chegar ao moinho, mesmo que os baldes já estejam vazios desde meio do caminho para gáudio geral. Por vezes são compensados, outras vezes não. Sabem disso e ficam inseguros. E olham para o relógio, o calendário e os ciclos solares em desespero quando o moinho parece ficar cada vez mais longe.
  • Outro género é o dos que fazem tudo por aparecer, mas mexendo-se e comprometendo-se o mínimo possível com qualquer ideia clara ou evitando agir seja de que forma for para evitar dissabores. Fazem parte daquela escola que conheci há 25 anos e carreirou na academia e na política sendo mero eco do patrono escolhido. Aparecer no local certo, à hora conveniente, com a boca em movimento apenas para a platitude que não desperte qualquer tipo de fricção. Querem levar a água, sem nada derramar pelo caminho. São os tais que se diz de águas profundas, mas que boiariam à primeira vez que lhes cortassem o fio que os liga ao cimento que têm na cabeça.
  • Mas ainda há os esganiçados. Aqueles que barafustam muito por fazer-se notar, radicalizando ao extremo posições centrais, hiperbolizando a potência zero das suas convicções, as quais mudam conforme aquilo que adivinham estar a ser escrito nas estrelas ou chegar pela correia de transmissão. Na falta de levarem logo a sua água, desatam a gritar para abrir caminho para que os acima deles levem a sua para criar espaço. E assim se fazem notar. São os operacionais.

Com Fafe Ninguém Fanfe

Teacher Unions – OVERVIEW, INFLUENCE ON INSTRUCTION AND OTHER EDUCATIONAL PRACTICES

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Dissemination of Information about Best Practice

Both national unions have made efforts to make useful information about educational practice available to their members. Both publish professional journals and specialized newsletters focused on particular segments of their membership as well as books and reports on dozens of topics. The AFT supports the Educational Research and Dissemination program that helps teachers apply research findings to their classroom practice. These efforts to influence their members’ actions have grown substantially and have become more prescriptive in the sense that explicit endorsement of particular strategies is now common. Both organizations, at the national level and in many states and districts, have elaborate websites that both provide information and allow members to engage in professional discussions. During elections and with respect to specific policies under consideration, teacher unions have sought to influence public opinion through press releases, media events, and political advertising. The effort to shape popular thinking about best practice transcends these overtly political actions. Teacher unions buy space in leading newspapers, support cable and public television programming that draws attention to the importance of good teaching, and form partnerships with other educational organizations to disseminate and advocate for research-based practices.

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American Teacher – September 2010

Teachers will not be browbeaten, ridiculed, and elbowed out of the policy arena—not when it comes to something as important as building and keeping excellence in their profession. That unmistakable message came through loudly and clearly on the floor of the Washington State Convention Center when delegates to the 81st AFT national convention rallied behind one of the union’s most important policy statements in recent years, one that takes direct aim at the escalating war of words over the so-called teacher quality issue.

When it comes to this battle, convention delegates were having none of it. They opted instead for something more valuable to children—and befitting of adults who put professionalism and school improvement over point-scoring and game-playing.

Em período de férias numa qualquer região do país falava com um amigo meu (não frequentador do blogue) sobre a imprensa regional e as suas tendências.

Dizia-me ele que era toda controlada por dois partidos, ao que eu anotei uma excepção. A resposta dele foi algo notável: aquele tal jornal era aparentemente independente porque andava em busca de eventuais podres na vida pessoal e profissional de quem tinha responsabilidades executivas por aquelas paragens e, usando discretamente alusões a esses factos, conseguia favores e privilégios especiais como publicidade, acesso a informação privilegiada, etc, etc, contribuindo em troca com o apoio a essas personalidades a partir daí. E faz(ia) isso com vultos dos dois partidos dominantes a nível local e regional.

Este tipo de estratégia, entre a intimidação e a chantagem não são estranhos a alguns recantos da blogosfera, sempre que falha a outra aproximação mais suave, do estabelecimento de laços pessoais e quiçá mesmo de uma certa persuasão.

Em especial este ano lectivo, mas com raízes mais antigas, fui objecto deste tipo de abordagens, só que no meu caso anónimas e sem pedido de impossíveis contrapartidas financeiras, mas sim a tentativa do silêncio sobre certos temas, pelo menos com duas ou três origens. Em alguns casos a opção foi a mais trauliteira (olha que sabemos por onde andas e como te encontrar…), em outros foi mais melíflua (olha que foste visto aqui e ali, com este ou aquela, olha que é simples pormos um boato a circular, olha que te arriscas a ficar muito mal visto, eu se fosse a ti tinha cuidadinho com o que escreves…).Isto tudo à mistura com o vasculhar de informação sobre a minha vida profissional e pessoal.

O problema é que há pouco por onde pegar e mesmo se houvesse algo, não me parece que eu me fosse encolher por causa disso. Se não fiz, não há problema. Se fiz, então está feito, nada a obstar.

Daí uma certa tranquilidade na abordagem ao que foram objectivamente indícios de chantagem. Repito: sem uma origem única. Que se foram sucedendo. Por exemplo, em Novembro de 2009 e mais recentemente quase a acabar o ano lectivo. Daí, em alguns momentos, o desejo de soltar a franga. E não é que, sempre que o fazia, as coisas acalmavam como por milagre?

Porque há uma coisa comum à generalidade dos candidatos a chantagistas: são cobardes. Falam pelas costas, puxam pessoas de lado para dizer ah, sabes, ele afinal isto e aquilo. E fizeram-no em algumas escolas, que houve quem me contasse que havia quem, como quem não quer a coisa, insinuasse malfeitorias por divulgar sobre o meu passado profissional.

O que me custou em alguns casos? Que nas raras vezes em que falei disso, houvesse quem dissesse, pois meteste-te nessas coisas, agora aguenta-te, são os ossos do ofício, quase como se a culpa fosse minha. Que são os ossos do ofício, eu sei, e por isso mesmo raramente me estendi em conversas a este respeito, porque parecia que me queria vitimizar e tal.

Só que chateia, ora bem que chateia. E dói mais a incompreensão do que a agressão.

Com a agressão aguento-me eu bem, porque este tipo de vermes que rastejam na sombra, a menos que sejam obrigados a vir para a luz, recolhem-se quando enfrentados sem receio. Ou então aparecem muito, mas acobertados por uma série de filtros como se vivessem ainda no tempo do velho senhor e não fossem eles os herdeiros de uma mentalidade totalitária, desta ou daquela cor.

E, por enquanto, por aqui me fico, que vem aí um novo ano lectivo que é preciso ir já preparando e se há quem possa encarar as coisas com despreocupação, em virtude de terem quotidianos facilitados, eu tenho mesmo de trabalhar.

Foi só eu começar a escrever de forma clara e aberta sobre o fracasso óbvio do que tem sido a luta dos docentes, em particular no que à estratégia sindical diz respeito, para os operacionais do costume aparecerem.

Neste post, a partir de certo ponto é possível perceber a táctica de provocação e tentativa de descrédito de um espaço pelo recurso à abjecção e obscenidade. Há comentadores que se desdobram para parecerem mais de um (abrax=julia, agora burro=partisan e carlosmarques= 😉 ) e sacam de um vocabulário que eu sei ser usual em certos ambientes, sendo que parte dele já me foi dirigido mesmo a alto nível.

Não sei bem se os sindicatos, ou algum em particular, teria a coragem de assumir a paternidade deste tipo de estratégia cobarde, efectivamente anónima, misógina, sexista e absolutamente antidemocrática, pois visa a intimidação pela calúnia e mesmo ameaça física (a criatura que se assina como carlosmarques já chegou a isso em relação a mim). Sei de forma segura que isto tem o compadrio de gente de 2ª linha e periférica de uma organização. Resta saber se os de 1ª linha se revêm nisto, embora eu saiba que em termos de linguagem não andam longe quando ficam em privado.

Agora de uma coisa podem estar certos: se a meio de Agosto, por outras razões, andava a pensar que rumo pode ter o Umbigo num contexto de desmobilização generalizada e que sentido faz, neste momento, graças ao insulto renovaram a minha vontade de por aqui permanecer. Querem bater-me de forma metafórica ou literal, é convosco. Mas não é isso que vai fazer com que eu cale as minhas opiniões. Acreditem que não são trolls de 5º escalão que mudarão seja o que for no que penso e como acho que o devo expressar. Que os agentes de algum sindicalismo doente tenham optado pelo insulto e palavrão contra argumentos, só revela o desespero de quem perdeu a credibilidade e se limita a combater pelos meios mais rascas aquilo que lhes desagrada. Eu sei bem como são os vossos métodos e sei até que ponto já os tentaram usar contra mim em alguns momentos e espaços, insinuando mesmo em algumas escolas que o meu passado não estaria isento de podres.

A chantagem de forma mais ou menos assumida também já foi tentada, tentando atingir-me não apenas em on e usando meios perfeitamente abjectos e recorrendo a pretextos absolutamente indecorosos, para mais sabendo-se que entre vós há telhados de um cristal tão cristalino que até dói.

Só que como eu não tenho nada a ganhar ou a perder directamente com isto, podem continuar. Não ameaço ninguém com tribunais ou judiciárias. Resta-me ir descobrindo quem são e vê-los a baixar os olhos quando, em raras ocasiões, se cruzam comigo. Porque são cobardes e ontem a cobardia revestiu-se de um ataque pessoal a comentadoras, com acusações de tipo sexual e pseudo-moral quando sabemos, ah como sabemos, a podridão que vai por esses vossos meandros.

Acalmem-se, para a semana poderão conviver. Fumem os vossos charritos anuais, enfrasquem-se como é da tradição e arrotem entre amigos, porque aqui não levam a água ao vosso moinho de maneira nenhuma.

Adenda: Sem grande esforço, encontrei o sinal de partida para aqueles comentários. Basta depois relacionar horas, entradas e saídas e navegações anónimas. O espaço é obviamente o blogue do Santos, aquele que quando precisa de materiais para a tese me envia mails corteses a pedir sopinhas, mas em on é uma fera.

  • A da revisão constitucional nem a será, porque dentro do PSD há que decidir se querem Pedro ou Paulo e Paulo não ganha eleições.
  • A das ruas está defunta e enterrada pelos próximos tempos, mesmo que existam manifestações e greves, porque assim é do interesse dos que preferem assim do que outra coisa.

Uma escola que fecha mata uma aldeia ou acelera o inevitável?

Especialistas em Geografia Humana dizem que vai haver vazios cada vez maiores no território. Autarcas divergem nas estratégias de combate à desertificação.

“Fecham tudo na aldeia e nós vamos embora”

Uma das principais preocupações da população é a desertificação das aldeias. “Façam lá um lar para os velhos!”, exclama Maria Oliveira, 59 anos, sobre a escola do 1º Ciclo de Silveirinha Pequena, em Pombal, uma das nove do concelho que não reabrem em Setembro.

O homem e a terra…