Nunca conseguiria, por muito que tentasse e nem quero.

Its a gas! gas! gas!

Não é VIP é qualquer UM a ser tratado sigilosamente

Estamos gloriosamente a criar casos mediáticos e mediatizados, aos montes por semana, que unicamente demonstram que nos preocupamos com o que nada vale, para esquecermos o importante.

O tema lista VIP – mais um – que não pode ser consultada por todos, que existe, que um sabia e o outro não, mas tinha que saber, devia, é mais um falso problema.

Quaisquer dados de qualquer cidadão que estejam no site das Finanças só devem ser acedidos pelo próprio ou por algum funcionário – responsavelmente- que profissionalmente dos mesmos necessite, para cumprir as suas tareada. E ponto.

Mais ninguém deve poder aceder a estes dados, seja da Pessoa mais importante desde País, seja de quem possa ser.

Todos e cada um destes elementos, estão numa “base de dados” para serem tratados com a necessária descrição e o máximo sigilo profissional, e nada mais, mas de todo e qualquer cidadão, e não só dos supostos VIP, convirá repetir.

Não se tem que questionar quem, como e quando acede à lista VIP, se é que existe, como se fosse a classe em avião!, tem, sim, que se responsabilizar – algo em total desuso neste nosso País – quem “lá possa ir” só por curiosidade, ou por qualquer outro motivo que não objectiva e concretamente profissional. Ponto.

E, como é evidente, este comportamento deve ser aplicável e aplicado a tudo o que diga respeito a qualquer Pessoa, a qualquer cidadão no nosso País. Os dados são sigilosos de todos, todos, e não uns mais e outros menos. Todos. Se não, colocam-se num site aberto a tudo e todos, e a qualquer um! Como se fosse o wikiqualquer coisa!

Não será admissível que um profissional de saúde, por exemplo,- e é só um suponhamos- possa, se for o caso e extrapolando do que agora é “mais um caso mediático e mediatizado ao dia” das Finanças, unicamente por ter acesso, ir curiosamente indagar doenças do seu vizinho, por ser seu vizinho, ou do primo, da tia e da cunhada. Não! Vai só ter que saber e bem, se for algum doente com quem vai profissionalmente tem que lidar e nada mais, seja VIP ou seja desconhecido.

E, da base ao topo de toda e qualquer hierarquia, de toda e qualquer Instituição o procedimento único, tem que ser este. Ponto.

Se não for, tem que ser responsabilizada a pessoa que acede sem ter que o fazer, e não há que haver listas VIP, há que haver Listas, iguais para todos e de todos com igual tratamento sigiloso. Só!

Augusto Küttner de Magalhães

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Noel Gallagher, Don’t Look Back In Anger

A disputed diagnosis imprisons parents

Government policy is credited for the capital’s educational turnaround – but others say it is the result of more children from aspirational ethnic minority families at its schools

The eight best young adult books – and why grownups should read them, too

… de futebol.

Não comento equipas tropicais na 2ª circular ou acastelhanadas a norte do Douro.

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Por causa do artigo que escrevi para o Público Online, ontem, mereci algumas críticas por estar a ser, de novo, corporativo e não me ser possível defender o profissionalismo e as preocupações dos professores em tais termos sem estudos a ajoujar a minha opinião, entre outros argumentos ainda menos válidos.

Como é habitual nestes casos, as críticas mais ácidas vieram de outros colegas professores.

A mim, as discordâncias incomodam pouco, assim como as antigas acusações de corporativismo.

Até porque eu não tenho grandes problemas em apontar as falhas que encontro na minha classe profissional.

Por exemplo, quem acedeu com entusiasmo a ser titular e sofreu com a perda do títalo nem sempre me desperta muita solidariedade.

Mas tão pouca ou menos me merecem aqueles que, anos depois, ainda sentem um certo ressabiamento por não terem sido titulares em vez dos titulares.

Estou longe, mesmo muito longe, de apreciar o anterior PM.

Mas… não posso deixar de reparar que muitos dos que defendem que toda a sua vida financeira e fiscal deve ser do domínio público, mesmo com as investigações sobre ele em segredo de Justiça, são os mesmos que defendem que qualquer detalhe sobre a vida financeira e fiscal do actual PM e outras “personalidades” deve ser mantida sobre reserva em nome do “direito à privacidade”.

A favor da teoria de MST no Expresso de ontem está a sua coerência nos últimos anos, a qual passa por defender a maioria dos poderosos-mesmo-poderosos com problemas com a Justiça (Sócrates, Salgado, Passos Coelho), apenas se continuando a mostrar feroz como outrora com os varas miúdos.

No meu caso, acho que a casta política que se perpetua e reproduz no poder nas últimas décadas deve estar sujeita ao mesmo tipo de escrutínio público que existe em outras democracias que nos apontam como modelares. Lá fora, até republicanos empedernidos como o Jeb Bush se afastam de todos os cargos que ocupam no sector privado quando se decidem por uma eventual candidatura presidencial. E atenção que estamos a falar de alguém que representa mesmo uma das linhagens políticas mais conservadoras da sociedade americana.

Por cá, quem vai para a “vida pública”, gerir a “coisa pública”, faz tudo por manter-se em todos os seus poisos habituais, por manter “privada” a sua vida profissional e fiscal, não compreendendo que é isso que nos faz suspeitar quase de imediato que algo de estranho se passa, em especial quando a implementação de “filtros” coincide no tempo com a revelação de pormenores maiores sobre incumprimentos diversos das obrigações de certas figuras que se querem exemplares e que afirmam que os “pol+iticos não são todos iguais”.

Se não são, demonstrem-no.

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Talking Heads, Once In A Lifetime

Ouvir sempre muito alto.

… desigual e desinteressante para a comunicação social, pelo que, segundo MST, não careço de qualquer protecção especial perante os funcionários da Autoridade Tributária, podendo os meus dados ser objecto de devassa sem que nenhum alarme toque.

A prosa do escriba do Expresso está a levantar entusiasmos em pessoas mais e menos inteligentes, mas quase todas com tons políticos na gama alaranjada.

Citando uma parte suculenta:

EXp21Mar15bExpresso, 21 de Março de 2015

Os entusiastas desta teoria cometem um erro básico, sendo que de MST eu já o esperaria porque papagaio velho só aprende repetições, e que é o seguinte: deve um filtro que alguns dizem não existir proteger apenas alguns por serem mais “comerciais” para a comunicação social ou proteger todos de acessos indevidos?

Não me digam que isso é impossível.

Por duas razões simples:

  • Se os Zés dos Anzóis despertam pouca atenção, gerariam poucos alarmes adicionais, pelo que não colhe o argumento de que isso seria impraticável.
  • Quem diz a MST e aos seus apaniguados que o acesso aos dados dos Zés dos Anzóis não existem em situações muito mais problemáticas para os ditos, exactamente por não serem públicas?

O que MST e muitos democratas e entusiastas da privacidade constitucional parecem esquecer é que o “sistema” deve proteger TODOS os contribuintes da mesma forma e se os dados são para manter em privado, os mesmos só deverão ser objecto de acesso em situações justificadas para TODOS os contribuintes.

Quanto à casta política dominante, numa democracia consolidada a sério, são obrigados a apresentar publicamente os seus dados fiscais pois a coisa pública não deve ser gerida por quem tenha uma relação opaca com o aparelho fiscal que usa para exigir o que não sabemos se pratica.

Dito de outra forma, para qualquer pessoa medianamente dotada de inteligência perceber: alguém que defenda valores morais e éticos fundamentalistas para os outros deve ser escrutinado se os pratica. Assim como quem defende que os países e cidadãos devem pagar as suas dívidas em devido tempo deve demonstrar que o faz na sua vida pessoal.

Isto não é uma devassa da privacidade… é um mecanismo de controle sobre a credibilidade daqueles que se candidatam a governar-nos.

Quanto a “filtros”, repito… devem servir para proteger TODOS, incluindo os Zés dos Anzóis que podem ser chantageados sem que a comunicação social (e o MST) se preocupe com eles.

Mas, pelos vistos, para MST e os apressados a igualdade é outra coisa.

DMinho21Mar15

Diário do Minho, 21 de Março de 2015

Ou seja, os professores presentes votaram favoravelmente. O curioso é que eu tenho informações que existem decisões desfavoráveis de, pelo menos, um Conselho Geral do município.

… que o campeonato ficou por um fio.

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Quando se ouve ou lê algo muito, mas mesmo muito, estúpido da parte de alguém por quem se tem estima e amizade?

A angústia do professor que é encarregado de educação

Quando lemos ou ouvimos muitos dos especialistas mais ou menos instantâneos sobre Educação ficamos com a incómoda sensação de que um dos maiores males do nosso sistema educativo passa pelas posições corporativas dos professores, apresentadas com muita frequência como conservadoras, imobilistas e, desde que passou a valer todo o tipo de argumento, egoístas e defensoras apenas dos seus pretensos privilégios.

Esta é uma das facetas mais perversas da “narrativa” que foi sendo construída no presente milénio e que é transversal aos partidos que têm assumido a governação do país e que têm a responsabilidade pela condução das políticas educativas nos últimos 40 anos, com a activa conivência de amplos sectores da opinião publicada.

(continua)

… mesmo a tempo das eleições.

Para quem criticava as NO não deixa de ser caricata esta forma de “combater o insucesso” e certificar a esmo.

Basta ler o artigo, para perceber o que os próprios directores dizem desta coisa vocacional destinada a afastar das pautas muitos milhares de indesejáveis.

EXp21Mar15

Expresso, 21 de Março de 2015

 

Parece que a “formação” é mais parecida com aquelas sessões de venda de time-sharings do que outra coisa.

O esforço feito para vender exames e certificados demonstra bem o quanto as escolas públicas são encaradas pelo MEC/Iavé como meras áreas de negócio e mercantilismo, destinadas a sacar dinheiro às “famílias” dos alunos no ensino obrigatório e gratuito.