O ensino que separa rapazes e raparigas
Fui tão conciso nas declarações sobre esta forma de ensino pseudo-diferenciado, que foram integralmente reproduzidas…
“Do ponto de vista do desempenho, é possível que se obtenham melhores resultados com este modelo, mas em termos sociais é um evidente retrocesso para conceções de ensino típicas de um tempo que se pensava ultrapassado”, diz o professor Paulo Guinote, autor do blogue A Educação do Meu Umbigo, que analisa o modelo como um recuo com os olhos postos sobretudo nos Estados Unidos. Um retorno, na sua opinião, de uma “ideologia que tem mais de puritanismo e conservadorismo do que propriamente de preocupação com a educação diferenciada e que recusa a coeducação – agora com um argumentário revisitado e adaptado aos novos tempos em que a performance é o critério mais exaltado”.
“O principal argumento é exatamente o de se conseguirem melhores resultados com um ensino segregado, disciplinado e exclusivo, em que os potenciais focos de desconcentração estão reduzidos a um mínimo e em que, ao contrário do que se afirma, o ensino é mais homogeneizado, porque dirigido, de forma separada, a públicos menos diferenciados”, refere Paulo Guinote.
Novembro 7, 2012 at 9:25 pm
Devo dizer, que, embora perceba o que se coloca em termos do referido retrocesso, acredito piamente que este tipo de ensino teria bons resultados em termos de resultados.
Novembro 7, 2012 at 9:29 pm
Poder-se-á interpretar este post como uma declaração de guerra de Paulo Guinote a duas das melhores escolas portuguesas, o Colégio Militar e o seu equivalente feminino, o Instituto de Odivelas?
Novembro 7, 2012 at 9:31 pm
claro…sem dúvida..
Novembro 7, 2012 at 9:33 pm
Paulo, mesmo admitindo que quem defende isto o não faça por motivos puritanos ou conservadores,mas sim por defender que há características específicas de género que poderiam exigir metodologias tb mais específicas, parece-me que é um retrocesso ( como dizes) em todos os outros factores de socialização. Quanto mais cedo aprenderem a lidar com o sexo oposto, mais maleáveis se vão tornando os alunos, até pq uns aprendem com os outros, e a diferença deixa de ser obstáculo.
Penso eu de que…
Novembro 7, 2012 at 9:41 pm
Não o acompanho, Paulo, de modo algum, na argumentação que utiliza. Mais ideologia e discurso arredondado e fofinho do que o que ressalta da sua argumentação é difícil. Estou de acordo com #1, os resultados não sei se só por isto seriam bons, mas estou convicto de que que seriam melhores. Repare, qual é o problema, por exemplo, de um ensino “disciplinado”?
Novembro 7, 2012 at 9:45 pm
Aliás, já tive turmas só de rapazes, em turmas de electicidade, e turmas só de raparigas em cursos de administração e pude confirmar esta tese… é mais fácil trabalhar em turmas só de rapazes ou só de raparigas. Digo mais. No meu ano de estágio, comecei por escolher uma turma de Informática, mista, para evitar a turma de electricidade que só tinha rapazes. Porém, devido ao horário da orientadora, tive de ficar com as aulas assistidas na turma de electricidade, que desde logo se monstrou muito pouco disposta a ter aulas assistidas. Foi tal o burburinho, que lhes disse, que não teria problema nenhum em pôr em risco o meu estágio, caso os meninos se portassem de tal modo mal, que tivesse de colocar os orientadores fora da sala, para os pôr na ordem a eles. Fiquei inconsolável. Em vez da turma mista, de informática, de 20 e tal alunos, ia ter os de electricidade, turma maior e só de rapazes. Foi o melhor que me aconteceu! Meus queridos meninos… portavam-se como autênticos gentlemen. Depois ainda me diziam, que “ai dos meus professores se me dessem má nota!”. Puseram-se completamente do meu lado, como se eu estivesse a ser submetida a alguma coisa má. Solidários, amigos…enfim! Fui a única naquele ano, de 4 estagiários, a ter turma só de rapazes… e fui a que tive a vida mais facilitada!
Novembro 7, 2012 at 9:45 pm
Uma provocaçãozita aos puritanos defensores da segregação sexual no ensino: terão eles noção de que a separação dos sexos, se por um lado aumenta a “concentração” e o “desempenho” de uns, por outro pode potenciar também os comportamentos lesbianos e homens-sexuais?…
Não é que isso me incomode pessoalmente, mas costuma preocupar certos moralistas de meia-tijela…
Novembro 7, 2012 at 9:45 pm
Sou completamente a favor da educação por sexos separados. Sexos juntos dificulta imenso o processo ensino-aprendizagem. Sexos juntos pode até ser muito arriscado, sobretudo se não houver protecção adequada. De qualquer forma não tenho nada contra os sexos separados dentro da mesma sala de aula. Têm é que estar separados.
Quanto aos géneros, ainda não me habituei a essa nomenclatura.
Novembro 7, 2012 at 9:46 pm
Ideias: Apartheid / Madrassa / Nacional Fascismo / Nacional Socialismo / Ditadura / RETROCESSO CIVILIZACIONAL.
Novembro 7, 2012 at 9:51 pm
Ainda diria outras coisas que tenho constatado ao longo dos anos, porque já tenho reflectido muito nisto. Aliás, dou aulas numa instituição, digamos assim, só de rapazes… e tenho-me perguntado várias vezes e se…
Mas são assuntos que não podem ser discutidos às pressas… e eu tenho montes de portfólios para ver. Pois, colegas, o RVCC ainda continua na minha escola, pelo menos até Dezembro!!
Novembro 7, 2012 at 9:51 pm
#8
Pois a experiência que tenho é justamente ao contrário. Os rapazolas mais esparvoados e desconcentrados na sala de aula tendem a acalmar se estiverem sentados ao lado de uma rapariga, do que de um rapaz que alinhe na brincadeira.
E as miúdas também ganham se não tiverem como colega de carteira uma daquelas grandes amigas com quem costumam ter as conversas intermináveis próprias das adolescentes…
Novembro 7, 2012 at 9:54 pm
7
Meu Deus…eu não tenho medo de homossexualidades e afins. Aliás, eu não sei sequer se sou defensora da separação. Sei é que vejo nela muito potencial e digo-o com toda a sinceridade e todo o politicamente incorrecto… claro!
Novembro 7, 2012 at 9:54 pm
#11,
António, eu estava, pelos vistos sem qualquer sucesso, a tentar fazer ironia. Assumo o fracasso…
Novembro 7, 2012 at 9:57 pm
Já agora… só uma coisa… aquilo a que se assiste nas escolas é um “pugresso” civilizacional?? Desculpem. Ando a ler Gissing e Gissing é mau conselheiro quando o assunto é o progresso civilizacional!
Novembro 7, 2012 at 9:58 pm
Sistema dual é co-docência?
http://economico.sapo.pt/noticias/professores-com-horario-zero-poderao-ser-contratados-para-o-sistema-dual_155673.html
Novembro 7, 2012 at 10:04 pm
Acho bem. Meninas p’a um lado, rapazes p’a outro…
No fundo, no fundo, os homens só perturbam.
Novembro 7, 2012 at 10:09 pm
Eu andei no periodo anterior ao 25 de Abril num colégio de freiras que de um lado tinha a escola feminina tinha a escola masculina…numa missão religiosa, em Moçambique,,, recordo que os recreios eram passados a espreitar pela rede os rapazes que jogavam à bola lá longe…
Depois vim para Portugal onde andei numa escola de aldeia com as 4 classes todos juntos…rapazes e raparigas… e ainda hoje recordo as brincadeiras comuns… as conversas… as paixonetas infantis…o ensaio para a adolescência…
Ainda bem que o Mundo mudou!!! Viva a liberdade de podermos estar juntos…nem quero imaginar uma escola com turmas só de meninas e só mulheres a lecionar! Deus me livre! Aliás… se é uma alegria no inicio de cada ano letivo ver as caras novas..(.e as habituais) e verificar que temos mais alguém do sexo oposto deambulando pela sala de professores… porque raio temos de castrar as crianças e os jovens??? Mas a vida agora é só produtividade??? Fogo!!! E austeridade nas relações???
Mas que raio de graça é que isto terá???
OH meninos já se imaginaram a dar aulas numa escola só com rapazes…só com diretores, subdiretores, adjuntos, coordenadores, avaliadores e colegas do mesmo sexo??? Agrada-vos assim tanto a ideia? Não verem por ali umas colegas…umas mini saias…uns sorrisos femininos como só nós sabemos dar? Umas calças justas… umas beijokas quando agradecem um favor… aiii
a mim…não me agrada nada uma clausura só de gajas!!! Vocês poupem-me!!!
…E eu cá… se para mim, a possibilidade de uma realidade dessas é assustadora, não a acho nada positiva para os nossos alunos!!!
Quero lá saber das notas!!!
Novembro 7, 2012 at 10:18 pm
Temos por cá escolas que separam por sexos. Os resultados (para as características dos alunos que as frequentam…) são modestos.
Novembro 7, 2012 at 10:21 pm
RETROCESSO CIVILIZACIONAL
E por que não separar os HOMENS das MULHERES nos locais de trabalho, nos transportes, nas ruas…?
E daqui a pouco, por que não? dificultem o trabalho, o emprego às mulheres, enviem-nas para casa para tomar conta dos filhos e dos maridos…
E daqui a pouco, por que não? obriguem as mulheres a usar lenço na cabeça, meias opacas, saia abaixo do joelho… a ir à missa todos os domingos e a confessar-se semanalmente ao Senhor Padre.
E daqui a pouco, por que não? Exijam que as mulheres se exponham o mínino, resguardando-se em casa, saíndo apenas quando necessário.
E daqui a pouco … e daqui a pouco…
RETROCESSO CIVILIZACIONAL.
Novembro 7, 2012 at 10:27 pm
Se é puritano é moralista, se é moralista só pode ser de meia-tijela, se é puritano e moralista de meia-tijela é necessariamente retrógrado, se é retrógrado porque puritano moralista de meia tijela é partidário do nacional socialismo… Se parassem para pensar em conjunto em vez de pavlovianamente salivarem perante chavões? O mecanismo é conhecido, instilar a culpa nos que não pensam como o bando, os progressistas, os rebeldes, os esclarecidos do novo que avança de modo a que os que não pensam assim, tão progressivamente, como o rebanho que conduziu a escola ao patamar de degradação a que chegou, do alto dos mais altruístas, elevados, esclarecidos, iluminados valores, se sintam sub-humanos… Quando não estou de acordo, digo-o, porque o penso, não pretendo ter razão, acho mesmo que é do leal confronto de ideias que a mesma melhor se ilumina, mas tenho dificuldade em aceitar quem pretende insidiosamente culpabilizar quem discorda através de rótulos, frases feitas, pensamento prêt-à-porter… Mas não vos chegou a conversa do inginheiro e da mudança, e dos que se opõem à mudança e dos bota-abaixo…
Novembro 7, 2012 at 10:58 pm
Lembrei-me :
E fiz a primária e o liceu em escolas masculinas.
Novembro 7, 2012 at 11:03 pm
Nada me incomoda que façam as experiências e as mantenham para quem lhes interessa. Como método “global” discordo, com ou sem resultados melhores.
Como já foi dito, porque não regressar a espaços laborais separados em nome de uma maior produtividade?
Novembro 7, 2012 at 11:15 pm
Primeiro separam.se os sexos depois as idades depois por classes sociais depois separam.se os idosos dos mais novos…estes ja nao produzem..depois os animais com pedigre..depois os de cor mais escura depois os de cabelo louro..depois and so on…enquanto se encara a vida apenas como um processo produtivo a fucking produtive machine apenas nos iremos enterrando cada vez mais..fui..
Novembro 7, 2012 at 11:31 pm
#20
O puritano é moralista a partir do momento em que pretende impor a sua moral aos outros, como o moderno “liberalismo conservador nos costumes” vai procurando fazer.
O moralista de meia-tijela é o que nem sequer se apercebe das contradições que a sua moral encerra.
Se é puritano, moralista de meia-tijela e retrógrado talvez seja apenas, necessária e prosaicamente, um idiota.
Não iria até ao nacional socialismo, mas é evidente que se começamos a segregar com base no sexo de cada um, porque não continuar por aí fora e separar também as etnias que se desenvolvem melhor separadas das outras, como se defendia na África do Sul e se defende em Israel? Ou separar os betinhos de boas famílias dos suburbanos chungas que os possam molestar? E por aí fora…
Dito isto, acrescento que nada me repugna discutir ideias e questionar até as coisas mais inconvenientes. Gostaria apenas que arranjassem ideias novas e argumentos mais imaginativos, se não for pedir demasiado…
Novembro 8, 2012 at 12:35 am
É uma chatice quando a realidade, afinal, após décadas de tanto esforço para a formatar, se está nas tintas para as nosso propósito de a colher em meia dúzia de categorias ideológicas…
Novembro 8, 2012 at 12:40 am
#23, mas qual “fucking produtive machine”, ó Bulimundo… Enterrar cada vez mais será, por vezes, ou quase sempre, em nome de lindas palavras, impedir que o que eventualmente floresceria melhor caso tivesse ambiente propício, definhe porque temos de ser todos ao molho para não segregar porque senão somos puritanos, moralistas e por aí fora com vídeos no metro e eugenia desatada, etc…. Repare, eu não tenho resposta definitiva (aparte a que me dá a minha experiência de ensino enquanto aluno de antes do 25Abril – turmas separadas até ao 5º ano e uma grande alegria no 6 e 7º anos do liceu com turmas mistas – e a constatação do descalabro, na qualidade de professor, a que a treta dos progressistas e dos científicos, da educação e dos paraísos na terra, conduziram a educação neste país), não posso é deixar de pensar que há virtudes e defeitos que merecem ponderação e que gosto pouco do processo de diminuição do pensamento do outro pela alegação de pretensa superioridade moral, isso, confesso, irrita-me. Sou sensível aos argumentos, os manipuladores de emoções têm algum azar comigo porque já cá ando há alguns anos e tenho memória…
Novembro 8, 2012 at 12:48 am
Pois… é disto que se deve tratar… de pessoas…não de numeros…não unicamente de produtividade… não temos de ser todos formigas incansáveis…mecanizadas… temos de fazer por continuar a ser GENTE… no meio de tanto alucinado… e a sermos HUMANOS…no sentido mais lamechas da vida… e a saber sorrir… e a apreciar a diferença…
…mas andam por aí a querer voltar aos colégios uniformizados??? Começaram a vir ao de cima essas ideias????
Novembro 8, 2012 at 12:54 am
O sistema dual alemão baseia-se numa formação profissional muito exigente e não facilita o acesso aos cursos profissionais a todos os jovens que pretendam frequentá-los. Os alunos são seleccionados e só prosseguem na via profissional com a demonstração de disciplina, assiduidade, engenho, ou capacidade inventiva, destreza e, sobretudo, inteligência.
Os cursos tecnológicos também condicionam a integração dos jovens de acordo com os resultados escolares, as capacidades e destreza previamente demonstradas, atendendo ainda às necessidades dos serviços, indústria e mercados locais.
Se investigarmos sobre o sistema educativo que vigorava antes de 25 de Abril de 1974, em Portugal, descobrimos que as Escolas Industriais e Comerciais não interditavam a frequência às raparigas. Na época, a tradição influenciava as mulheres a escolher as Escolas Comercias, enquanto os rapazes procuravam as escolas Afonso Domingues, Machado Castro, em Lisboa, Não obstante a escola Brotero, em Coimbra, tinha raparigas nos cursos industriais. Eram em pequeno número, mas tenho familiares que dão o testemunho dessa realidade.
O sistema dual tem maior número de rapazes, porém, não é interdito às raparigas.
Novembro 8, 2012 at 8:45 am
Os arautos do progresso têm tendência a olhar só para alguma variáveis, de preferência para aquelas que sobrevalorizam, e tudo o que não condiz com o seu modelo, é considerado retrocesso civilizacional.
Se olharmos para o à vontade com que os mestres pedagogos tinham relações sexuais com os jovens, seus discípulos, na Antiga Grécia, podemos considerar um retrocesso civilizacional toda a moral e legislação actual sobre esta matéria.
Novembro 8, 2012 at 11:29 am
Estou a ler o post descontextualizado – não sei a que propósito foi a entrevista…Meninos para um lado, meninas para o outro é um conceito que me assusta. Quanto a possibilitar melhores resultados, do alto do meu empirismo, parece-me que os baixos resultados dos alunos da sociedade portuguesa se devem a causas muito profundas da propria sociedade – miséria social, destruturação familiar, baixa escolaridade das familias e baixas expectativas quanto às potencialidades de uma boa formação…Não me parece que seria a segregação por sexos que iria melhorar substancialmente a situação… digo eu… Aliás, parece-me que o Instituto de Odivelas, por exemplo, não terá tido uma classificação brilhante nos rankings das escolas…
Falando nas escolas militares – acho que as unicas que fazem essa separação – a mim parece-me que a mesma será devida fundamentalmente a fatores logisticos, mais do que ideológicos ou pedagógicos – essas escolas têm regime de internato e a gestão dos espaços será mais facilitada se só houver alunos do mesmo sexo…
Concordo absolutamente com o #11: tenho um filho “António” e fico sempre muito contente quando os professores se lembram de os organizar por ordem alfabética – calha-lhe sempre uma Ana ou uma Andreia sossegadinha ao lado 😀 !!!
Novembro 8, 2012 at 11:42 am
#8 A não ser que se tratasse de uma aula sobre educação sexual, embora eu não goste da palavra educação junta a sexual, pois sabe bem melhor uma sexualidade elegantemente deseducada. Lembra-me o António Lobo Antunes em «Os cús de Judas»:
«Ainda por cima, imagine o meu azar, recebi ontem carta da minha mulher a participar-me que a criada se despediu, foi-se embora, pirou-se: não estava lá o rapaz para pôr o selo na pequena e o resultado viu-se. Vá por mim, doutor, sopeira em que o patrão não se ponha nunca chega a criar amor à casa. Tinha-lhe comprado meias de renda pretas e cuecas vermelhas, as cores da Artilharia, a minha mulher saía cedo para o emprego, ela trazia-me
o pequeno-almoço à cama com as meias e as cuecas, boa como o milho, levantava o lençol, olhava e dizia Ai senhor tenente que hoje está tão grande. Ó doutor, só queria que provasse aquela competência. E os modos? E a delicadeza? Nunca lhe ouvi nenhum palavrão, era sempre: o coiso. O seu coiso isto, o seu coiso aquilo, dê-me o seu coiso, senhor tenente, gosto tanto do seu coiso, meta o seu coiso na minha coisinha. Que é que me responde a isto, hã?»
Novembro 8, 2012 at 11:44 am
Cus de Judas
Novembro 8, 2012 at 11:46 am
… nunca uma Ana-conda. 🙂
Novembro 8, 2012 at 12:02 pm
Sexos separados ou nao? As duas opcoes tem vantagens.
So nao percebo o que e que isso tem a ver com progresso ou retrocesso, ou com moralismo e puritanismo.
Novembro 8, 2012 at 12:30 pm
# 1
vou criticar-me a mim própria: ” ter resultados em termos de resultados”! Que bela frase, cara Miranda.
Já agora, por falar em “separações, veja-se o que se diz sobre quem votou nos republicanos e nos democratas nos EUA. É velhos, brancos, homens por um lado e mulheres, negros, hispânicos, gays e jovens por outro. etc., etc. Faz pensar!
Novembro 8, 2012 at 7:24 pm
Penso que depende muito de como a escola é organizada.
Presentemente estou a leccionar numa escola (no reino unido) com “diamond shape”, basicamente os alunos da pré-primária e primária tem aulas juntos (rapazes e raparigas), quando passam para o 3º ciclo e até ao final dos primeiros dois anos de secundários são separados em turmas de rapazes e turmas de raparigas ,mas continuam a participar em atividades juntos e a partilhar os intervalos juntos. Nos últimos dois anos de secundário voltam a ter aulas juntos. A verdade é que contra a minha primeira ideia de segregação esta não existe. Os miudos são equilibrados e tem acesso a um desenvolvimento social normal, o que na verdade acontece é que para além deste desenvolvimento social os resultados escolares são melhores e os rapazes e as raparigas acabam por fazer escolhas nas disciplinas que não são baseadas no seu genero, isto é, muitos rapazes acabam por escolher linguas, história e etc (que tradicionalmente são escolhidas por raparigas) e muitas raparigas acabam por escolher matemática e física (tradicionalmente escolhidas por rapazes).
Neste modelo em que trabalho só vejo beneficios (se as turmas de rapazes adolescentes não forem de 27 alunos claro!), no entanto se se pensar em separar completamente as escolas (só escolas de rapazes e só escolas de raparigas) aí vejo muitos muitos problemas a surgir…