Burnout/Stress


Sugestão da A. C.

Secret Teacher: I can’t take the stress, but I don’t want to be a dropout statistic

I don’t want to become another teacher who drops out within the first five years, but I won’t be able to stand this pressure for long
Can teachers ever have a work-life balance?

12 Choices to Help You Step Back from Burnout

Há coisa úteis e óbvias e algumas que comigo não funcionam, mas… podem ajudar outr@s.

Explicar as razões é algo desnecessário, de tão óbvio. Alguém (Sócrates-Maria de Lurdes Rodrigues) cavou um buraco para onde começou a empurrar toda uma classe profissional, trabalho que veio a ser continuado pelos seus sucessor (Passos Coelho-Crato) com denodado afinco, não se vislumbrando qualquer luz lá no fundo, pois os buracos não têm saída do outro lado da Terra sem nos queimarmos todos na travessia.

E nem vale a pena alterar níveis de dificuldade em exames para fabricar “sucesso” e dizer que foi por causa das “reformas”.

Há quem se vá aguentando, nem que seja pela teimosia de os ir vendo cair e sair a todos e, depois, cá fora, começarem a falar de tudo o que deveria ser feito e não chegaram a fazer.

O último a aguentar, que coloque a tampa antes de ficar todo queimadinho.

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Público, 23 de Maio de 2014

Nota final: só para avisar que aqueles que dizem que sempre avisaram que ia ser assim nunca explicaram o que pretendiam que fosse feito, pois que me pareça os que estavam teriam acabado por fazer o mesmo – ou muito parecido – aos que estão, pois foram eles que abriram a porta e investiram à desfilada. Porque há gente sem memória e outra sem vergonha. Assim, pelo menos, já sabemos que não vale a pena confiar mesmo no “arco da governação”

 

Percentagem de trabalhadores com sinais de esgotamento quase duplicou em seis anos

Oito em cada dez portugueses estão exaustos e querem mudar de emprego

É bem verdade, 8 em cada 10 governantes (ou mais) andam a tratar já do próximo emprego.

Blogs on Teacher Burnout

Funcionários que ganham 1750 a 2100 euros levam corte a triplicar

… mas sinto que o arranque do ano lectivo tem sido muito mais trabalhoso e burrocrático do que a média, sendo que grande parte do tempo gasto não tem qualquer utilidade directa para as aprendizagens dos alunos mas apenas para a representação dos actos que se quer provar terem sido praticados e virem a sê-lo.

Ou seja, tudo como dantes… quando ainda nada tinha implodido.

Mais de metade do corte na despesa com pessoal é no ensino básico e secundário

A proposta de OE para 2014 aponta uma redução de quase 1000 milhões de euros na despesa com funcionários públicos.

Testemunho de uma colega para a peça de há dias do DN sobre o burnout docente. As respostas seguem a sequência do questionário enviado à colega, o qual não tenho.

1-Professora de Educação Visual e Educação Tecnológica, 59 anos de idade, divorciada, com um filho.

2-Exerci a profissão durante 39 anos, percorri o país durante 14 anos, atualmente faço parte do quadro de nomeação definitiva

3-Encontro-me de atestado há sensivelmente um mês.

4-Honestamente, não posso precisar nem a data nem a razão. Comecei a sentir-me cansada e incapaz de dar resposta a todas as solicitações da profissão. Escolhi a profissão por paixão e exerci-a com empenho e dedicação. Sinto saudade da professora que fui e da alegria que sentia ao chegar a escola.

5-A escola não é imune aos problemas sociais e sempre que eles se agravam a escola reflecte-os, como se fosse um espelho.

Todos os dias somos confrontados com abusos sobre os mais frágeis, pelo que os professores cansados são alvos a abater. Isto é gravíssimo em termos educacionais, as faltas de respeito para com professores têm reflexo não apenas na saúde dos visados mas também nos outros alunos.

Os alunos vítimas de abuso por parte de colegas mais agressivos tendem a sofrer em silêncio,  conscientes da impunidade dos agressores e perdem a confiança nos professores.

Nos últimos anos, as escolas estão em contínua reorganização, o trabalho que se fez ontem hoje está desatualizado. Estas mudanças contínuas geram instabilidade, insegurança e desmotivam qualquer trabalhador.

A diversidade de tarefas, um professor não se limita a preparar e dar aulas.

O aumento do número de alunos por turma, que ao contrário do que os economistas possam dizer não se traduzirá no decréscimo da despesa, mas sim num maior desgaste do professor e insucesso dos alunos.

A avaliação de colegas também foi muito desgastante e toda essa polémica acabou ferindo a imagem do professor que é hoje muito diferente daquela que existia quando comecei a trabalhar.

6-Sempre tive boa relação com os colegas e a direção da escola, inclusivamente telefonam a saber como estou; pessoalmente evito o contato social porque me sinto mal comigo própria, insatisfeita por não conseguir cumprir a minha função

No que se refere ao Ministério da Educação, todos sabemos que existem doenças profissionais, mas se for um professor desgastado com 39 anos de serviço, não tem direito a esse reconhecimento, ainda que tenha o tempo de serviço e descontos para uma reforma sem penalização. Tem problemas? A culpa é dele. Ou foi sempre muito frágil e deprimido, ou incompetente, ou não planificou corretamente as aulas, ou…Qualquer treta serve para atribuir a culpa à vitima.

8-Inicialmente consultei o médico e continuei a trabalhar, estava preocupada com os alunos e as notas de final de período, devia ter ficado de baixa, como ele me aconselhou. Posteriormente a situação agravou-se, sentia-me muito cansada, comecei a esconder-me para chorar, a evitar os amigos, estava mesmo doente.

Tenho tido a compreensão dos médicos que consultei e acho que estou a ser bem assistida.

9-  Pedi a reforma antecipada, com uma forte penalização. Tenho tempo de serviço e descontos para ter uma reforma completa mas não tenho idade. Estou doente, incapaz de voltar. Quero ficar com as lembranças dos tempos em que fui feliz, trabalhei muito, com gosto, amei os meus alunos e sei que me retribuíram o afeto.

Hoje, no DN:

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… se dependesse de mim, amanhecia demitido.

Mas se calhar é mesmo isso que quer… porque a justificação dada (ser um destacamento) revela uma profunda ignorância sobre as suas funções…

Agradecendo a referência à Ana Silva:

Burnout em Professores: a sua Relação com a Personalidade, Estratégias de Coping e Satisfação com a Vida

(…)

Este estudo mostrou que no contexto escolar, leccionar em níveis de ensino inferiores, em escolas públicas, com uma maior distância entre a residência e o estabelecimento de ensino e com uma maior carga horária parecem ser também factores que predispõem ao desenvolvimento de Burnout. Este estudo, assim, parece validar o defendido por estes autores, pois se a sociedade de hoje espera que o professor além de ensinar tenha um papel de educador, é natural que isto ocorra nos níveis de ensino inferiores e talvez também seja mais frequente em escolas públicas, condições onde há maior predisposição para o Burnout.

Professores portugueses com mais stress do que população norte-americana

E o Bush Dabliu, comparado com o que já aguentámos, é um menino de coro.

O Projeto STRESSLESS – Promovendo a Resiliência dos Educadores ao Stress (www.spi.pt/stressless), financiado pela Comissão Europeia ao abrigo do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, tem como principal objetivo promover a resiliência e as competências de gestão de riscos psicossociais dos educadores através do desenvolvimento e validação de um Guia Prático de Intervenção para os educadores e para as instituições educativas.

Esta validação foi conseguida através do envolvimento direto dos beneficiários finais do Guia (professores, formadores e outros agentes educativos, incluindo gestores) num conjunto de atividades, incluindo a participação num curso reconhecido para efeitos de formação contínua, ministrado por um psicólogo credenciado.

Na qualidade de coordenadora desta iniciativa, que reúne 9 Países em torno de uma problemática que urge combater no contexto escolar, a Sociedade Portuguesa de Inovaçãotem o prazer de divulgar os resultados do Projeto, pelo que disponibiliza, em anexo, a versão digital do Guia Prático de Intervenção.

Encontrando-nos inteiramente à disposição para disponibilizar outros recursos e detalhes sobre o Projeto, convidamo-lo a visitar página no Facebook (www.facebook.com/stresslessproject).

Aproveitamos a oportunidade para agradecer a disseminação desta iniciativa junto dos professores, formadores e outros agentes educativos.

Com os melhores cumprimentos,

Sara Brandão

Pela Equipa da SPI

Síndrome de Burnout – Metade dos professores têm níveis de stress que afectam o relacionamento com os alunos. Estudo de duas psicólogas do Centro de Saúde de Odivelas – Joana Patrão e Joana Santos Rita.

Ou com quase tudo o que os rodeia?

Níveis de stress afetam relação com os alunos

Metade dos professores portugueses têm níveis de stress que afetam o seu relacionamento com os alunos, sendo mais vulgar encontrar casos entre os docentes do ensino secundário, com mais idade e mais experiência, revela um estudo nacional.

E quantas vezes optam pelo coping solitário ou a mera fuga química?

Em reunião do agrupamento de exames de Sintra disseram hoje que dia 6 de Julho os elementos do secretariado de exames têm que estar de prevenção para receber as provas durante a tarde/noite. Perguntado ao responsável o que significava “noite” foi dito à colega do secretariado que significa (…) horas. Isto cabe na cabeça de alguém?

F.

E depois acham que a malta fica queimadinha cedo porquê?

Adenda: Pediu-me a minha fonte que retirasse a referência específica a horas, que terá sido um equívoco. Pois…  Isto cansa-me.

Não me apetece desenvolver choradinhos em torno do que é óbvio e que só quem tem uma evidente má vontade e má-fé pode negar ou menorizar. E não adianta aconselhar a saída pura e simples aos velhos, porque muitos dos novos têm ainda menor capacidade de resistência às adversidades.

Poderão alguns inteligentes dizer o contrário, mas são balelas. Não há faixa etária ou posição na carreira que torne alguém imune à situação. E muitos dos que se sentem de fora e com vontade de entrar a substituir os lesionados ao intervalo não estão em muito melhor estado.

Apetece-me apenas prever uma evidência: no próximo ano lectivo as coisas vão piorar porque Nuno Crato deu rédea livre a quem decidiu sobrecarregar ainda mais os professores, sem qualquer compensação relevante. Ou então foi ele que decidiu aceitar todas as imposições externas para que assim fosse. Parou o discurso agressivo de há uns anos, mas o resto permaneceu, acentuando-se os mecanismos de controle e limitação da autonomia do trabalho dos professores.

E é mentira que a burocracia esteja a recuar…

Poderia espraiar-me em exemplos, mas já estou cansado de escrever sobre o mesmo.

Metade dos professores portugueses sofre de stress, ansiedade e exaustão

Investigadoras do ISPA inquiriram mais de oitocentos docentes de todo o país. A indisciplina e o desinteresse dos alunos, o excesso de carga lectiva e a extrema burocracia nas escolas são os principais motivos apontados.

Investigação Científica – Auto-Eficácia e do Stress Profissional na Classe Docente

Caro (a) Professor (a), 


Neste momento está a ser desenvolvida uma investigação científica no âmbito da Auto-Eficácia e do Stress Profissional na classe docente. Deste modo, solicitamos a sua colaboração neste projeto de investigação através do preenchimento dos questionários que se encontram divididos em 3 PARTES, demorando em média 5 a 10 minutos para o seu total preenchimento. Não existem respostas certas ou erradas, pelo que agradecemos o seu preenchimento da forma mais SINCERA e HONESTA possível, que reflita o seu estado no momento atual. Este questionário é completamente ANÓNIMO (não terá que se identificar em parte alguma do questionário) e CONFIDENCIAL (só a equipa de investigação terá acesso a ele). 
Deverão participar docentes que estejam a lecionar e que pertençam a qualquer nível de ensino: Pré-Escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, Ensino Secundário e Educação Especial.

O nosso muito obrigado.

Para aceder ao questionário basta aceder ao link:
 
Cumprimentos, 
Marta Carvalho 


Investigação Coordenada por: 
Octávio Moura 
Clara Costa 

(Escola Superior de Educação de Fafe)

Acho que… sei lá… mais tarde ou mais cedo… o tempo… o azeite… ou os azeites… surgem à superfície…

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