Domingo, 14 de Fevereiro, 2010


Roxy Music, Love is the Drug

Está na proposta de revisão do ECD. Eu percebo o conceito, mas a verdade é que isto não parece ter relação com nada no resto do documento. Qual é o objectivo? Criar sub-escalões? Ou disfarçadamente introduzir três categorias? Se nos lembrarmos que há dois estrangulamentos, realmente ficamos com 3 patamares na carreira… É isso?

O maquiavel inoxidável

Proposta do ME para novo ECD permite desigualdade no índice 245

Há uns dias telefonava-me o Ilídio a perguntar e depois foi um par de colegas a perguntar-me e confesso que, por preguiça, dei de memória uma opinião errada.

Agradeço

Para os contratados que ingressarem na carreira, é contabilizado o tempo de docência decorrido enquanto profissionalizados. O artigo do ECD em vigor – que se mantém na nova versão apresentada para revisão – é o 36º, nº 3:

3 — O ingresso na carreira dos docentes portadores de habilitação profissional adequada faz -se no escalão da categoria de professor correspondente ao tempo de serviço prestado em funções docentes e classificado com a menção qualitativa mínima de Bom, independentemente do título jurídico da relação de trabalho subordinado, de acordo com os critérios gerais de progressão.

Tudo junto custou mais ou menos o mesmo do que a edição nacional de O Primeiro Amor de Ivan Turguenev. Anote-se que, apesar de em França o mercado ser maior e permitir baixar os custos das edições de bolso, também por lá se paga a tradução, o papel e a impressão. Por cá, por muito que se tente, não há edições de bolso a baixo dos 5 euros e a regra anda entre os 5,95 e os 12. E depois queixam-se que nem os clássicos, com direitos de autor livres, são lidos pela populaça.

  • A Mulher e o Mundo do Trabalho na I República, em 25 páginas que se esperam não demasiado áridas. Do mundo rural e do operariado ao aparecimento das primeiras médicas e advogadas, não esquecendo os primórdios do funcionalismo público feminino.

Para os dias seguintes algo mais sumarento, mas também para estar pronto no próximo dia 20.

  • Quotidianos Femininos Alternativos na I República, no mesmo formato, para consumo editorial e para uma apresentação em Lagos daqui por umas semanas. Coisas mais na área da prostituição, criminalidade, homossexualidade e coisas então todas aparentadas à marginalidade.

Logo que isto acabe, um outro texto, sobre

  • A Necessidade de Auto-Regulação na Profissão Docente, para apresentar dia 3 em Castelo Branco.

Pelo caminho a recensão crítica de uma obra a sair em breve por aí sobre Educação, com algumas perspectivas polémicas a partir de investigações feitas lá fora, de que farei uma espécie de apresentação aqui no blogue, para discussão alargada, no dia 18.

Desculpem, pois, se dou menos ao dedo por aqui.

(c) Antero Valério

Câmara acusa Governo de “brincar com a pobreza”

Edifício em escola de Torres Novas que custou um milhão há oito anos vai ser demolido

Um edifício construído há apenas oito anos para substituir um conjunto de pavilhões prefabricados da Escola Secundária Maria Lamas (ESML), em Torres Novas, vai ser demolido e substituído por um novo por não respeitar as normas legais referentes à certificação energética e qualidade do ar em vigor desde 2006.

E bem recentes, quando os cromos de hoje estavam com papéis opostos. Por isso é que é tão difícil acreditar quando batemn no peito e se arvoram em defensores de qualquer coisa.

Caminhos cruzados entre os media e a política

Em 36 anos de democracia, não faltam episódios de tentativas de influenciar a Comunicação Social por parte de quem ocupa o poder.

Quem foi que apontou o Expresso, o Público e a TVI como protagonistas de uma “cabala” contra o Governo? Antes que o leitor tenha tempo para atirar palpites, esclareça-se que não foi José Sócrates, nem a suposta cabala tem data recente. Quem, perante a extinta Alta Autoridade para a Comunicação Social, disse que “o que o Expresso trazia ao sábado era, no dia seguinte, glosado pelo Público e Marcelo Rebelo de Sousa, domingo à noite, desenvolvia o tema na TVI” foi Rui Gomes da Silva, em Outubro de 2004.

O autor da acusação não era um militante anónimo do PSD; era ministro dos Assuntos Parlamentares do Governo de Santana Lopes. Poucos dias antes, desencadeara uma tempestade, ao acusar o comentador político – seu correligionário de partido – de destilar “ódio” contra o chefe do Governo e debitar “mentiras e falsidades”, sem exercer o contraditório, apenas por ter “um problema com o primeiro-ministro”.

O desfecho do episódio está ainda presente na memória de muitos: Marcelo Rebelo de Sousa acabou por interromper a sua colaboração de quatro anos com a TVI, afirmando publicamente ter sido pressionado pelo então proprietário da estação, Miguel Paes do Amaral. Líder do PS há um mês, José Sócrates logo tratou de denunciar alto e bom som inadmissíveis ingerências governamentais em órgãos de comunicação privados. Acusações em tudo semelhantes às que agora lhe dirigem.

A peticionite avança pelo país e qualquer pessoa ou grupo de pessoas que acha ter uma causa relevante decide arregimentar assinaturas.

Desta vez são os indefectíveis do Partido de Sócrates que acham que a Democracia está em perigo e que se estão a pulverizar os direitos e garantias que eles próprios não se incomodaram em ver pulverizado(a)s quando sanearam Fernando Charrua e uns quantos outros na base da conversa ouvida nos corredores. Ou quando espalharam, do seu lado da barricada, o conteúdo de escutas sobre personalidades suas adversárias.

Um dos signatários é o nosso antigo conhecido MFerrer, um exemplo de civilidade e respeito democrático na forma como se refere àqueles de quem não gosta. Aliás há um certo vernáculo que faz pensar que ele até andará por aí, só que disfarçado de parido. MAs nada que me espante pois soube recentemente que a sua ditosa outra metade andou em inquérito, lá pelas facas longas, sobre quem me passaria as informações sobre a sua coutada.

Oposição recusa-se a derrubar Sócrates

A “conjuntura económica” é o principal motivo invocado pelos partidos da  oposição para se recusarem a apresentar uma moção de censura ao Governo no Parlamento.

A isto antigamente chamava-se cagarolas. E agora? Sentido de Estado?

Charles Schulz