Megalomanias


Escolas primárias encerradas desde 2005:O que são hoje?

E quantas poderiam ter continuado a ser escolas?

Ja, ich verstehe Deutsch. Ein kleines bisschen (ufa… resta saber quantos erros dei…).

Land ohne Schulen

Die konservative Regierung in Portugal will mehr als 300 staatliche Schulen schließen, um Kosten zu sparen. Ein Großteil davon befindet sich im strukturschwachen Landesinneren, wo die Dörfer seit Jahren gegen Überalterung und Landflucht ankämpfen. Die örtlichen Behörden fürchten nun den Wegzug der jungen Familien.

… para poupar uns tostões, é porque já não há mais nada do que a aridez economicista a guiar uma acção desprovida de interesse pelos alunos.

Há mais razões do que bons resultados para evitar o encerramento de escolas pequenas.

E há muitas formas de obstar a um seu eventual isolamento, reforçando laços com outras escolas do agrupamento (não foi para isso que os criaram?) e equipando-as de forma satisfatória, de modo a tornar atractiva a fixação de populações jovens.

Mas o país é para fechar fora das cidades, longe do litoral ou de alguns locais para férias, pelo que é inútil ir em busca de coerência nas palavras do actual MEc e dos que o antecederam e que fazem fila a reclamar a primazia no encerramento de escolas, ou porque começaram o processo (Roberto Carneiro), ou porque o recomeçaram (David Justino) ou porque fecharam mais (M. L. Rodrigues).

Como declarei para a peça, não há demonstração empírica de que “aqueles” alunos das escolas encerradas melhoraram os resultados nos centros acaixotados escolares. As médias valem o que valem e não me digam que é melhor para as crianças… elas podem habituar-se, como eu a uma dor de dentes na falta de um dentista, mas daí a ser bom…

DN7Jul14

Diário de Notícias, 7 de Julho de 2014

… entre a concepção de alegada racionalidade e eficácia financeira dos meios que é partilhada pel@s sucessiv@s ministr@s da Educação e aquela que eu defendo.

Se é verdade que muitas escolas deveriam ser fechadas por falta de meios e alunos, muitas outras dos milhares que foram encerrados desde há uma dúzia de anos deveriam ter continuado a funcionar, reforçando os seus meios e não transferindo os alunos para caixotes escolares, grandes superfícies em que cada miúdo de torna um número e não um indivíduo.

Não vou voltar a escrever o que já escrevi e disse e que já me valeu epítetos de conservador a salazarista, passando por despesista. Nem interessa que as acusações sejam incongruentes e incoerentes.

Resumo tudo referindo que não consigo, em muitos casos, ver vantagens na transferência das crianças muito pequenas para supermercados da Educação – mesmo que cheios de prateleiras de imensos produtos, muitos dos quais nem vale a pena consumir – quando poderiam ter um atendimento personalizado de proximidade, mesmo que com uma eventual maior ligação a outras escolas fora da sua zona de conforto.

Não consigo encontrar quase nenhum ponto de encontro com a mentalidade que impera na 5 de Outubro, nesta matéria, desde David Justino a Nuno Crato, passando em especial por Maria de Lurdes Rodrigues, e que constitui um dos traços mais marcantes de continuidade da política educativa em matéria de rede escolar… de um colaboracionismo activo na desertificação do país, de voluntário desinvestimento nas pessoas que são mais “caras” à unidade e de adesão entusiasmada à racionalidade financeira e à lógica concentracionária.

E até hoje não me foi apresentado qualquer estudo que demonstrasse que os alunos transferidos para os caixotes escolares passaram a ser melhor sucedidos, apenas me apresentaram médias que não me conseguem explicar se eles se integraram positivamente (até posso acreditar que sim) ou não. e dizer que fechar escolas de proximidade combate o abandono escolar, mais do que uma falácia, é uma falsidade evidente.

Ministério da Educação fecha 311 escolas do 1.º ciclo no próximo ano lectivo

A posição da maioria das autarquias já nem sequer me interessa, pois é fácil perceber que grande parte delas se rende logo que lhes é acenado com o desejado “envelope financeiro” e muitas são as que anseiam, com escasso pudor, por “mais competências” que é para colocar os incompetentes caciques locais a mandar nas escolas públicas… quando o não conseguiram através dos Conselhos Gerais.

Nuno Crato rendeu-se aos iavés e genés, mas vingou-se com a implosão da rede de escolas públicas e, por tabela, do país interior.

É a modernização, estúpidos e quem está contra é porque é atávico e salazarista. Isto é coisa que só está ao alcance de quem passou ou está “lá” e acha que há coisas que qualquer ministr@ tem de fazer, pelo que… mais valia colocar “lá” um qualquer autómato.

Governo quer fechar mais de 400 escolas

Proposta do Governo é para ser aplicada já no próximo ano letivo. A região centro do país é a mais afetada.

… e as impropriedades e os princípios esquecem-se logo. Basta olhar para o passado recente… e nem a direcção da ANMP ter passado para o PS resolve seja o que for, pois foram eles os grandes dinamizadores da coisa e com métodos perfeitamente similares.

ANMP denuncia “conduta imprópria” do ministério da Educação no fecho de escolas

Seis mil crianças em risco de mudar de escola em setembro

Uma classe política que usa as crianças e os idosos e doentes como moeda de troca na chantagem emocional sobre a sociedade é uma classe política podre.

 

… andarem a fechar escolas às centenas anos a fio.

Fechar escolas com menos alunos «é normal»

Ministro da Educação, Nuno Crato, de visita à China diz que o encerramento de escolas com menos de 21 alunos «não é assunto novo».

Três escolas podem fechar em Ferreira do Alentejo

Autarcas transmontanos contra encerramento de mais escolas

As nove autarquias da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Trás-os-Montes divulgaram hoje uma posição conjunta em que se opõem ao encerramento de mais escolas numa região onde nos últimos anos fecharam mais de 300 estabelecimentos de ensino.

São óbvios nos efeitos no aumento das clivagens entre espaço urbano e rural, interior e litoral, mais tudo o resto que se tenta ocultar com as enormes vantagens de andar numa escola com 300 alunos em vez de numa escola com 20 ou 30.

Fala-se na necessidade de atenuar putativos traumas na transição do 4º para 5º ano quando se arranca a petizada ao seu ambiente logo para fazer o 1º.

Mas a confraria dos ex-ME corre em tropel a reclamar a prioridade ou o maior número de fechos de escolas do 1º ciclo pelo país, aquelas escolas que ajudaram durante tanto tempo foram um dos orgulhos das comunidades que as reclamavam para as suas crianças.

Não se trata de poupanças, de racionalidade económica, de vantagens pedagógicas.

Trata-se de uma visão dual do país.

O mais estranho é que tanto autarca – os tais líderes de proximidade – alinhe nisto de forma mais activa ou por inacção, apesar de eventuais coreografias contestatárias. Se o 1º ciclo é responsabilidade municipal… as escolas só fecham porque as autarquias o permitem.

MEC volta a fechar escolas do 1º ciclo no próximo ano lectivo

No ano passado não houve qualquer encerramento mas este ano ministério está a negociar com as autarquias nova vaga de estabelecimentos de ensino que deixam de funcionar. Número final não deverá chegar às 200 escolas fechadas nos anos anteriores.

O Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS) acusou, hoje, a Câmara de Ponte de Sôr de “levianamente” aceitar a proposta da Direção Regional de Educação do Alentejo para a criação de um mega-agrupamento para todo o concelho.

Já se tinha procurado uma coisa do género em Mafra e constou que em Cascais se pensava numa gestão centralizada na Câmara…

Mas, não deixa de ser curioso que uma das ameaças de Fernando Ruas seja o corte das funções na área da Educação se avançar a nova lei do financiamento local…

Em resultado da nova lei das finanças locais, as autarquias vão deixar assumir a responsabilidade pelas actividades de enriquecimento curricular,  pessoal não docente e a gestão do parque escolar.

Pais e autarquias contestam judicialmente agregação de escolas

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB2,3 de Nogueira, em representação de todas as Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Nogueira, e as Juntas de Freguesia que integram aquele Agrupamento, interpuseram, na passada semana, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga uma providência cautelar e respectiva acção judicial conjunta, contra a decisão do Ministério da Educação e Ciência de agregar o referido Agrupamento de Escolas com a Escola Secundária Alberto Sampaio.

Contrariando estudos internacionais, de reconhecida validade, e sem nunca explicitar claramente quais os verdadeiros motivos da agregação e/ou demonstrar quais os ganhos efetivos, e qual o impacto positivo desta medida, o Ministério da Educação e Ciência decidiu avançar unilateralmente com a agregação, apesar da oposição clara do Conselho Municipal de Educação, dos Conselhos Gerais, e da Federação das Associações de Pais, conhecedores da realidade das Escolas do concelho de Braga.

Esta acção judicial é mais uma iniciativa de contestação de todas as Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Nogueira que, desde a primeira hora e junto das instâncias ministeriais, sempre se manifestaram contrárias à criação de uma estrutura congregando mais de 3.000 alunos distribuídos por 15 escolas e 8 freguesias, num raio de 12 Km.

O afastamento e a dimensão da estrutura, envolvendo escolas com culturas e objetivos necessariamente distintos, tornarão a sua gestão muito complexa e ineficiente. Os proponentes da acção estão convictos que ocorrerá, inevitavelmente, uma degradação da qualidade de ensino, um aumento do insucesso escolar e da indisciplina, agravados pela previsível diminuição dos recursos humanos disponíveis, para apoiar e supervisionar os alunos, como já se vislumbra no actual concurso de docentes, com a apresentação de um número inédito de lugares a extinguir…

Por outro lado, a intenção do MEC de aumentar o número de horas atribuídas para a coordenação dos estabelecimentos escolares reforça a convicção de que o modelo preconizado não está a funcionar e de que o Governo, sem nunca admitir, já reconhece este falhanço. É pois, com enorme receio, que as Associações de Pais do AEN, em particular da EB2,3, e as Juntas de Freguesia encaram o avanço deste processo cujo objectivo é meramente economicista. Ora, a Educação não é um encargo puramente financeiro que importa diminuir a todo o custo; é um investimento de futuro numa sociedade que se quer moderna, e num país que pretende evoluir.

Importa não só realçar os excelentes resultados das escolas do concelho de Braga patentes no relatório do Conselho Nacional de Educação (“Estado da Educação 2012”; http://www.cnedu.pt/images/Docs_CNE_estadoEdu2012/EE_2012_Web3.pdf) e que, com esta e outras agregações, sofrerão um grande revés, bem como salientar o relatório da OCDE “The High Cost of Low Educational Performance”, de 2010 (http://www.sourceoecd.org/education/9789264077485), onde se exalta o benefício de uma boa educação para a sociedade como um todo. Enquanto educadores e responsáveis pelos interesses das comunidades que representam, os proponentes sentem que é sua obrigação lutar contra a destruição do trabalho que foi arduamente desenvolvido ao longo de anos em prol da educação, para que se não hipoteque irremediavelmente o futuro das crianças e dos jovens. A defesa daquilo em que se acredita é algo de que nunca se deve desistir!

Jorge Mendes

Presidente da Direção da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB23 de Nogueira, Braga

Fernanda Carvalho

Presidente da Mesa da Assembleia da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB23 de Nogueira, Braga

(Texto escrito na ortografia antiga!)

… ao que dizem, desde as bases à drel, só porque há amizades de um governante que querem alargar o seu poder e assim é decidido, mesmo se cada um vive em sua freguesia e o Zeca até tinha duas moçoilas bem mais à mão?

Não é que isto seja novo no processo dos megas mas há coisas que eu gostaria de saber se o ministro Crato opta mesmo por não conhecer por considerá-las indignas da sua atenção ou se pura e simplesmente não sabe, não ouve, não lhe dizem.

Directores de Escolas criticam novos agrupamentos

«Ministério devia dizer quanto se poupa com agrupamentos»

Presidente do Conselho de Escolas defende que números deviam ser tornados públicos

FNE e Fenprof receiam pela qualidade do ensino com criação de mais agrupamentos

Para quando uma estratégia comum de resistência?

Ou anda (quase) toda a gente mais preocupada em manter posições numa estratégia que já se revelou profundamente errada?

Constituição de mega-agrupamentos chega ao fim com mais 18 novas unidades

Não espanta nada que:

Foram muitas as escolas agrupadas contra a vontade. Também não foi respeitada opinião de várias autarquias.

Chamam a isto “autonomia” e “diálogo com as comunidades”.

Nota-se o orgulho na continuidae da obra herdada do governo anterior:

Segundo o ministério, o processo de agregações, que logo na primeira fase, em 2010, levou a uma redução de 5000 docentes através da constituição de 84 megas-agrupamentos, destina-se a “racionalizar a gestão dos recursos humanos”. Só nesse ano, através do que chama a racionalização da rede escolar, o Governo esperava poupar 54 milhões de euros.

Agrupamentos escolares afastaram pais, alunos e professores

Over the past 12 years, the Bloomberg administration has closed 140 schools. 60% of new elementary and middle schools have performed worse than the ones they replaced.

Simultaneously, the Mayor’s Dept. of Education has forced public schools to co-locate with charter schools, often resulting in huge inequities in classroom resources within individual school buildings.

None of the Mayor’s policies have been more divisive or created more opposition from parents, students and communities than forced school closings and co-locations.

Reunião Pública – Agregação da ESM

Na sequencia da decisão de agregação do agrupamento de Escolas de Darque com os agrupamentos vizinhos remeto para conhecimento tomada de posição que foi decidido enviar a Sua Excelencia o Ministro da Educação por todos os departamentos do Agrupamento.

Com os melhores cumprimentos,

Luis Sottomaior Braga

Anexo: DarqueMega

… também têm giga-agrupamentos:

Holanda2

Aqui.

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