… eu diria que o alarme lançado sobre os docentes é, neste momento, absolutamente inaceitável, pois o MEC refugia-se no silêncio da indefinição e da incapacidade de dizer algo que se sinta em condições de manter.
A notícia em causa é esta, follow-up da de ontem.
A reforma curricular do Ensino Básico anuncia-se como amputação e seria muito bom que assim não fosse. A oferta não essencial de que se fala no OE nunca deveria atingir disciplinas do núcleo duro do currículo de qualquer país civilizado ou aspirante a isso.
A verdade é que o medo se instalou e, em conjunto com a promessa de mais autonomia para os directores, a instabilidade está a geminar a níveis insuportáveis. Com consequências extremamente graves que me parece não estarem a ser acauteladas pela tutela, que desbaratou por completo o capital de confiança e credibilidade com que foi recebido o novo ministro nas escolas.
O que é mais complicado é que, se forem continuados os projectos da era Maria de Lurdes Rodrigues/Valter Lemos de definição de dois ciclos de escolaridade de seis anos (há em funcionamento cursos de formação já com essa lógica há alguns anos e a primeira fornada está quase disponível), generalistas para o 1º ciclo e híbridos para o 2º (corresponde ao actual 3º CEB e Secundário), isso implica mexer de forma profunda num documento muito sensível, de vida ou morte (profissional) para muita gente: o das habilitações para a docência.
E essa mexida é tão ou mais estruturante do que a do currículo.
E se aqui falo já nisso é porque convém, desde já, alertar para algo que pode ter consequências brutais no potencial afastamento de professores dos quadros, num tempo em que a estabilidade jurídica e os direitos adquiridos são encarados como coisas sumptuárias. E porque é importante que o MEC esteja consciente que à engenharia social e do sucesso da era Sócrates não deve suceder a engenharia curricular e orçamental da era Passos Coelho/Crato.
Porque o que está em jogo não é apenas uma questão corporativa. Antes o fosse. O que está em causa é a transformação do ensino e do sector da Educação numa questão menor, prejudicando de forma colossal as próximas gerações ao ser-lhes dada uma formação amputada e confusa, digna de um mau curso das Novas Oportunidades, atropelando pelo caminho toda uma classe profissional, da qual se salvam apenas uns nichos.
O eventual esmagamento do 2º CEB, transferindo a sua matriz curricular para o 3º CEB é uma imbecilidade, caso venha a avançar, e uma medida ao serviço da imbecilização da Educação. A pulverização curricular no 3º CEB é uma evidência, mas a redução de 13 ou 14 disciplinas ou áreas disciplinares para 10 (por exemplo) é possível sem grande dificuldade, desde que o objectivo não seja apenas reduzir o peso da carga lectiva de 35-36 horas para 32 ou 30, argumentando que é excessiva e depois colocando o que agora é componente lectiva no horário dos professores em componente não lectiva e opcional para os alunos.
O país está em crise e as finanças públicas em colapso?
A solução é cortar 8-10% no Orçamento da Educação por ano ou moralizar os contratos ruinosos que o Estado estabeleceu com o Centrão dos Negócios ao longo dos últimos 10-15 anos? E, por exemplo, verificar até que ponto a promiscuidade público-privada nas assessorias e consultadorias técnicas e jurídicas não atinge em todo o país os níveis que se sabem ser prática comum na Madeira?
Ficamos sem História, Educação Visual ou Geografia como saberes autónomos e estruturantes, mas ficamos com florescentes escritórios de advogados, bem relacionados com o poder político?
Até que ponto é Nuno Crato capaz de ser mais do que um operacional, executor de uma política de cortes, retomando toda (relembremos que as NO e a Parque Escolar aí estão para durar) a herança do período que tanto criticou?
Está Nuno Crato convicto que é este o seu contributo para a Educação Nacional?
Para isto chegaria um pequeno grupo de ajudantes de ministro, sem rosto ou identidade.
Outubro 21, 2011 at 10:17 am
Brilhante!
Roubei para o FB.
Outubro 21, 2011 at 10:29 am
Comentando-me a mim próprio: deve uma reforma do Ensino Básico estar parcialmente ao serviço da sobrevivência de algumas instituições do Ensino Superior e Politécnico?
Outubro 21, 2011 at 10:29 am
Paulo, um texto duro mas certeiro.
Nuno Crato está a ser uma desilusão e, na minha opinião, por omissão. Anda desaparecido. Apareceu uma vez numa entrevista no Pedro Nunes (sobre tapete vermelho circular que, segundo consta, nem existe na escola, pelo que foi cenário para português ver…) em tom “senim” (não temos dinheirinho e prontos…) e, com a excepção de uma passagem pelo Parlamento a caminho de Bruxelas, esta semana apareceu a inaugurar um centro da Gulbenkien, em Paris, que nem tutela… Há coisas estranhas.
Nuno Crato está a ser uma desilusão. Encantou-se ou desencantou-se com a máquina? Ainda não percebi. Mas sei uma coisa: a continuar assim, bem pode demitir-se.
Outubro 21, 2011 at 10:40 am
Nuno Crato (NC) pretendia implodir o ME. De facto o que anuncia no horizonte é a implosão da educação.
Julgo que NC está evidenciar várias coisas, embora para sermos honestos seja ainda muito cedo para qualquer tipo de juízo definitivo da sua política. A primeira é que o personagem que NC foi construindo da sua pessoa relativamente às questões da educação é um mito. As restrições orçamentais não conseguem explicar tudo. Daí que sorria sempre que alguém fique desapontado com este início de mandato do guru do anti-eduquês. As expectativas relativamente a NC ou eram irrealistas, ingénuas ou simplesmente estúpidas.
A segunda é que NC como ministro tem pouco peso político dentro do executivo. Se assim não fosse o orçamento que o obrigaram a aceitar talvez pudesse ser menos restritivo. E na política é necessário muito mais do que acenar com umas ideias que parecem ser interessantes, na educação ou noutro campo qualquer.
Outubro 21, 2011 at 10:43 am
#4,
Fui irrealista, ingénuo, estúpido ou tudo ao mesmo tempo?
Outubro 21, 2011 at 10:47 am
Nao sao detalhes mas sim pormenores essenciais.
Outubro 21, 2011 at 10:51 am
A situação económica calamitosa do país está nitidamente a ser instrumentalizada para um acerto de contas final – Socas já incrementara o processo – dos sectores neoliberais com o que ainda resta do “Estado Social”. Trata-se de uma operação ideológica em larga escala, em todas as frentes sociais, que pretende mistificar e confundir as causas com as consequências da crise. O progressivo enfraquecimento dos instrumentos de controle e coordenação do Estado – políticos, financeiros, administrativos -, a sua subordinação completa aos interesses económicos constelados em torno do Centrão, a inibição da sua capacidade de intervenção e de regulação preparada por uma campanha ideológica maciça que o apontava como causador de todos os males nacionais, são factores que concorreram em grande medida para a actual catástrofe – a torrente de buracos financeiros confirma-no exuberantemente. A tal ponto, que hoje, se põe o problema inverso: mesmo que se queira que o Estado intervenha, ele já encontra em si mesmo dificuldade para mobilizar os recursos e meios para tal.
A Escola Pública não é excepção em tal panorama. Está em marcha a sua progressiva desarticulação, que começou, com MLR, com a sua menorização e o condicionamento dos seus agentes perante a opinião pública (NO, facilitismo, ADD…), passando agora pela drenagem dos seus meios de financiamento que ultrapassa o exigido pelo próprio Memorando, depauperando assim os seus recursos humanos para além de qualquer razoabilidade, ao mesmo tempo que favorece o sector privado, e acabando (por agora…) na anunciada “reforma” curricular que legitimará quer um um ensino em regime de indigência estrutural e cultural, quer mais reduções ao nível do corpo docente.
Outubro 21, 2011 at 10:51 am
#2:
Exactamente!
#3:
O Nuno Crato “morreu” para mim: foi uma enorme desilusão!
Morreu no dia em que me apercebi, por portas travessas, que o mesmo pretendia levar a ADD da tinhosa MLR até ao fim:
Podia ter pacificado as Escolas e ter iniciado um novo ciclo na Educação e não o fez!
Não o fez PORQUE NÃO QUIS!
Nesse dia disse para mim mesmo:
Este gajo é um c@br@o!
Até com as nádegas deve ter batido palmas enquanto o PS/MLR espezinhava e humilhava os professores!
Já não estranho o facto do Nuno Crato ter tomado posse e de não ter tido em todas as suas intervenções um único carinho com os professores, nem com a estrutura que tutela! Simplesmente inacreditável!
Sei mais coisas e fico por aqui…
Sr. Nuno Crato seja homenzinho e peça a demissão!
Outubro 21, 2011 at 10:53 am
Desculpem repetir – mas aqui fica novamente:
O Livresco Amofinou-se!
Posted by Paulo Guinote under DRE, Opiniões
[71] Comments
“Carta aberta” ao sr. dr. Nuno Crato
O sr. Nuno Crato assumiu funções e nunca teve uma palavra de apreço relativamente aos professores com relação à perseguição sórdida movida pelo Partido Socialista: NEM UMA!
Afirmar que fazer implodir o ME era o melhor que poderia acontecer, foi, mais do que uma expressão infeliz, uma frase de demagogo.
Como é que se assume estar à frente de um Ministério que se despeitou em tempo idos? Já se esqueceu do que afirmou sr. Nuno Crato? Foi ou não foi infeliz nas afirmações? O mínimo que poderia ter feito era apresentar um pedido de desculpas formal aos serviços que tutela, logo que assumiu o cargo, e, acredite, teria feito a diferença: quando não se respeita a “equipa” que se “chefia”…
Sr. Nuno Crato estive numa DRE, não faltei um único dia e trabalhei o melhor que sabia e me competia. Se o meu trabalho desempenhado na DRE foi essencial e se um funcionário de carreira técnica o poderia ter feito? NÃO!
Só populistas, parvos e demagogos é que afirmam que numa DRE não se faz nada e não tenha dúvidas que as DRE só funcionam com eficiência e para a Educação se tiverem uma determinada percentagem de professores de x em x anos em mobilidade/destacamento porque a escola não pode ser uma entidade “lá longe”.
Sr. Nuno Crato, vim-me embora da DRE pelo próprio pé, não aceito é que um Ministro da Educação venha, acintosamente, desprezar o meu trabalho na DRE, afirmando que, um lugar de um professor é na sala de aula (sempre?), dando a entender que todos os professores que se encontravam em mobilidade nos serviços do Ministério andavam pelos cantos sem fazer nada (se eram dispensáveis assim tão facilmente…)
Mais: Sr. Nuno Crato você não teve uma única palavra de agradecimento, estima e apreço relativamente aos excelentes profissionais que eu conheço e com os quais convivi diariamente na DRE que dispensou tão facilmente, vai ver que, a grande maioria, vão fazer falta.
Não, sr. Nuno Crato! Não aceito este tratamento de leprosos que destinou a estes profissionais, sendo que, muito deles nem horário têm de volta às escolas de origem.
Sr. Nuno Crato escreva num papel:
Os serviços do ME (carreira técnica e professores em mobilidade) não lhe perdoam o despeito com que nos brindou desde sempre.
Mais: só é respeitado quem se dá ao respeito! (ao parece você ainda não percebeu esta “máxima”…)
Quanto aos professores na generalidade sr. Nuno Crato: dispensamos uma Maria de Lurdes Rodrigues de calças!
Assinado:
Livresco
Outubro 21, 2011 at 10:55 am
Era uma vez um calhau andante que sabia utilizar a máquina de calcular que chegou a Ministro da Ignorância e das Trevas!
Fui.
Outubro 21, 2011 at 10:58 am
Volta para o Tagus:
Lá fazias o que fazes agora: NADA!
Outubro 21, 2011 at 10:58 am
Nuno Crato está a ser uma desilusão? Para isso é necessário que se tenham alimentado ilusões.
Eu por mim diria antes que NC está a ser uma valente lição para todos aqueles que ainda acreditam em homens providenciais. Para aqueles que acham que alguém dizer-se “independente” é garantia de alguma coisa…
Outubro 21, 2011 at 11:02 am
Do espólio da Condessa de Rectal, mensagem electrónica que teria sido enviada ao responsável pela Fazenda no ano de 2011 (segundo o emérito investigador F. Abulah-Fontaine).
ligação para o documento
Outubro 21, 2011 at 11:04 am
No Plano Inclinado com o Dr. Medina Carreira, o Nuno Crato dizia que era necessária disciplina nas escolas, defendia os professores e criticava o facilitismo no Ensino desde o 25 de Abril. Agora que chegou a Ministro, mudou de opinião sobre muita coisa. Entre elas está a reforma curricular. Acabar com a História, Geografia, e EVT é terrível mas tem uma razão. Não interessa aos Governos que os alunos tenham cultura geral e saibam ter sentido crítico. E eu digo isto como estudante que se interessa por Política e Economia. Se os professores lutarem contra o fim destas disciplinas penso que o Ministério não terá força para triunfar. No entanto é difícil para mim aceitar que o Nuno Crato vai ser mesmo uma desilusão. Como muitas pessoas, sonhava que ele chegasse ao cargo para mudar o rumo deste país. Era a pessoa certa para o lugar certo. Antes das eleições já se falava que o Nuno Crato seria o escolhido pelo Passos Coelho para Ministro. Também por isso votei no PSD. A escolha dos Secretários de Estado foi uma desilusão. Só espero que ele ainda vá a tempo de mudar de políticas e não dê ouvidos aos mercados ou então ficará mais uma vez na história como um Ministro com péssimo desempenho na passagem pela 5 de Outubro…
Outubro 21, 2011 at 11:05 am
A moda recente das biografias e das efemérides, o regresso da história do episódico e do superficial que nos meus tempos de estudante tantas críticas justamente merecia, leva-nos a esquecer que a História é uma construção colectiva, que envolve estruturas económicas, grupos e relações sociais e de poder, mentalidades colectivas e muito mais.
Não é um que chega e resolve fazer e faz e tudo muda…
É preciso agir colectivamente, por muito que custe ao individualismo de cada um de nós…
Outubro 21, 2011 at 11:06 am
#12:
Bates sempre na mesma tecla…muda o refrão.
(Com todo o respeito porque aprecio os teus comentários – és uma mais valia acredita…tendo em conta o panorama de estupidez que grassa neste país)
Outubro 21, 2011 at 11:14 am
#14:
“como um Ministro com péssimo desempenho na passagem pela 5 de Outubro”?
Ficará para a História é como a maior nulidade que passou por lá isso sim…
Lamento…pela Educação.
E não me venham com o dogma de:
“A escolha dos Secretários de Estado foi uma desilusão”
Existe quem me diga que consegue chegar à fala com a Sec. do Básico (“acessível”) e que não se “consegue entender” com o NC, que não consegue chegar à fala com o NC porque ele não está nem aí…
Solução: voltar para o TAGUS e fazer o que faz agora – NADA!
Outubro 21, 2011 at 11:16 am
Fui.
De vez.
Os dados estão lançados:
O holocausto começou.
E tem Ministro da Ignorância e das Trevas.
Outubro 21, 2011 at 11:35 am
“Fui irrealista, ingénuo, estúpido ou tudo ao mesmo tempo?”
Escolherá o adjetivo que quiser ou não escolha nenhum, para mim é igual. Uma coisa parece-me certa. O Paulo tem uma rara capacidade de antecipar cenários de evolução, principalmente ao nível da política educativa, e uma capacidade de análise sofisticada, exceto quando quer ser “caceteiro”, principalmente com os seus pequenos ódios de estimação, que todos temos (veja-se o comentário que fez, a título de exemplo, da intervenção de Boaventura Sousa Santos há alguns dias atrás).
Mas isto não invalida que se possa equivocar. Digamos que se deixou seduzir por Nuno Crato (NC) e pelas ideias que ele, com inegável mestria, veiculava sobre educação. Não cuidou de ver que o atual ministro era óptimo a criticar mas, com raras exceções, fraco a apresentar alternativas, com as exceções do costume (mais exigência, mais exames, etc.). NC é profundamente ignorante sobre educação, embora reconheça que está uns bons furos acima de alguns opinion-makers que por vezes lemos e ouvimos. Já aqui escrevi que gostaria de ter como ministro da educação Joaquim Azevedo (JA), mesmo, como é o caso, não comungue de várias das suas propostas. Dir-me-á que ele já foi secretário de estado. Sim, foi, mas por um período curto de tempop e com um péssimo ministro da educação, Couto dos Santos, com o qual se incompatibilizou. JA percebe de educação, tem ideias sobre a matéria e pertence à área política do atual governo. Julgo que teria sido uma melhor escolha. Mas também aqui eu poderei estar enganado.
Outubro 21, 2011 at 11:41 am
Imbecilidade, mesmo. Brutalidade.
Cambada!
Texto brilhante, Paulo. É assim mesmo!
Outubro 21, 2011 at 11:43 am
Eu acho que este texto é muito oportuno e que devemos lutar contra isto. Porém, penso que, para tal, convém não continuar a, através da palavra (posts e comentários), aprofundar as divisões entre profs novos e velhos, humildes e emproados, instalados e desinstalados, efectivos e contratados, de grupos “fofinhos” e de grupos não fofinhos, do 1º, 2º, 3º ciclos e secundário, licenciados no privado e na pública, bolonheses e não bolonheses, do Piaget ou dos politécnicos. Penso eu de que, claro. Se continuarmos como se tem lido no umbigo ultimamente a `pôr cada um no seu lugar segundo a sua formação, disciplina ou situação profissional…estamos lixados. Comme d’habitude! Eu sou de inglês e alemão, há muito que o alemão deixou de ser “fofinho”, puramente desapareceu, como o Francês. Aliás, o próprio inglês está a desaparecer. Penso, porém, que deve haver 2 línguas estrangeiras e sou contra o desaparecimento da História e Geografia. Não concebo sequer a escola sem estas disciplinas. É mau de mais! No outro dia, na TV, uma concorrente de um reality show disse que a África era um país da América do Sul, depois, sendo-lhe dito que àfrica não era país, ela referiu que África se situava no norte. Enfim…nada que a Wikipédia não resolva. Aposto que ainda veremos a Dra. Wikipédia a entrar na sala de professores como colega generalista e híbrida.
Outubro 21, 2011 at 11:44 am
#7
O chamado Estado Social cresceu desmesuradamente com o Engº, pelo que, hoje em dia é preciso encolhê-lo para limites que o povo português consegue pagar.
Tivemos um crescimento tal que a partir de determinada altura ultrapassou em muito a capacidade de pagar do país e foi preciso endividar-nos para o sustentar.
Ao termos que pagar esses empréstimos não só aumentámos os encargos com a divída pública daí decorrentes, como a mantê-los teriamos que entrar numa espiral de empréstimos sobre empréstimos, pois não temos dinheiro para continuar a suportar tais despesas.
O Estado Social desenhado pelo Engº obrigaria à contratação anual de novos empréstimos para pagar as benesses extra, o empréstimo anterior (juros e capital), esta situação é de tal maneira gravosa que dentro de poucos anos (5/6) todo o PIB seria devorado pelo Estado Social não sobrando nem um cêntimo para pagar o que quer que fosse.
Temos que rever as benesses o que numa altura de crise e sem dinheiro será muito complicado para todos pois vão ter que cortar em todas, veja-se o que já vai ser feito com o subsidio de Desemprego, Reinsersão Social, Subsidio de Funeral, Abono de Familia, pensões, etc.
Infelizmente para pagar o eleitoralismo de alguns agora vamos ter que cortar mais e regredir em muito, para que alguns possam ir estudar em Paris com licença sem vencimento.
Outubro 21, 2011 at 11:57 am
19
Não me parece que NC não desse alternativas. Ele queria rigor e disciplina na escola. Eu ouvi-o dizer que não valia tudo para travar o abandono escolar. NC falava e escrevia sobre educação e era sobre isso que quem se identificava com ele tinha de se basear para antecipar qual seria a sua política. Não podíamos ir à bruxa, para ela nos dar o perfil de NC segundo a bola de cristal. NC foi/é o ministro acerca do qual eu tinha mais informação. Porque ele intervinha nestas questões, claro. Agora, ele sente-se esmagado pela máquina ministerial e não consegue distanciar-se daqueles cujas políticas criticava? Que pena! Que desilusão! Mas não me vou chamar burra ou imbecil porque não antevi estes desideratos. Mais, apesar de tudo, mil NC a uma única MLR! Não me revejo neste ministro, mas não sinto saudade de nenhum outro que passou pelo MEC.
Outubro 21, 2011 at 12:02 pm
Ando há vários anos por aqui a comentar esporadicamente, dentro dos posts da ordem do dia para mim mais relevantes e admiro a dedicação do PG na manutençao em alta deste blog.
No entanto, ele só, nada consegue mudar e já muito faz em termos de serviço público e ao serviço da educaçao.
Por cá, nós, tugas rascas e zecos,somos mesmo servos do poder financeiro e nem mesmo o sector político a ele escapa.
O país está sem duvida na eminência do colapso social, o que irá acontecer a curto prazo, caso …
Sempre defendi e defendo a entrada do FMI pois era a única soluçao para destapar os buracos e indignar um Zé Povinho em estado latente há décadas.
Agora, temos mesmo que indignar-nos e declarar guerra aos políticos que nos roubaram, aos banqueiros que nos levaram à ruína, aos advogados que os defenderam, aos empresários que continuam a parasitar em torno do tacho do estado.
É urgente que os média deixem de ser parasitas do sistema político em vigor e façam um verdadeiro jornalismo de investigação, denunciando todo o chico-espertismo que continua a viver da desgraça alheia.
Nós, classe docente, podemos também fazer algo mais pelo país. Usemos a tecnologia que sabemos dominar para informar, divulgar e pôr a nú as injustiças, para que tudo isto resulte numa nova união da classe, capaz de voltar à rua em força e dizer NÃO a estes meros decisores académicos que não sabem o que é a VIDA.
INDIGNEMO-NOS.
Outubro 21, 2011 at 12:09 pm
O alargamento para 6 anos ao 1º ciclo explica-se facilmente. O Ensino Superior precisa de dinheiro como de pão para a boca e vai ter que ir buscar dinheiro a pós-graduações (da treta), mestrados (da treta) e doutoramentos. Ora com esse alargamento vão instigar (e digo instigar, para não dizer obrigar) os professores a voltarem às Univ. e Politécnicos para deixarem lá o dízimo.
Outubro 21, 2011 at 12:12 pm
http://lishbuna.blogspot.com/2011/10/se-questao-nao-for-exclusivamente.html
Outubro 21, 2011 at 12:13 pm
#20:
“(…)No outro dia, na TV, uma concorrente de um reality show disse que a África era um país da América do Sul, depois, sendo-lhe dito que àfrica não era país, ela referiu que África se situava no norte. (…)
Essa “sra.” é auxiliar de acção médica em Portimão – um poço de ignorância…
E cada vez existem mais…
Este vai ser o legado do Nuno Crato:
Ignorância domina ‘Casa dos Segredos’
A Ferver: 20.10 – 08h Por: Márcia Bajouco
Entre a preocupação e a diversão, a produção da ‘Casa dos Segredos’, TVI, decidiu oferecer um globo a Cátia, que tantas ‘dúvidas’ tem demonstrado ter em geografia.
O presente parecia, no entanto, envenenado. Com ele foi-lhe dada uma missão: descobrir onde fica o Dubai. Aí o problema instalou-se. Não só na cabeça da auxiliar de acção médica de Portimão, mas também na dos restantes concorrentes. É que de tantas voltas que o grupo deu à cabeça – ainda assim não tantas como as que o globo deu – todos ficaram baralhados.
Cátia, no meio de tanta confusão, até chegou a desabafar: “Se calhar só aparecem as capitais. Se calhar o Dubai está lá dentro”. Marco, que estava ao lado a exercitar os músculos, viu a ‘angústia’ da companheira de casa e descansou-a: “Opá! Aqui não consta Dubai!” Entretanto, Ricardo, vendo a dificuldade de Cátia, foi tentar ajudá-la. Mas nem ele conseguiu encontrar o longínquo Dubai…
“É ‘PENEIRA’ DO SONO”
Cátia surpreendeu por não saber os países da América do Sul, nem a capital de Espanha, nem onde fica África. A jovem, exímia em ‘arrancar’ gargalhadas, até já disse a um colega: “O que tu tens é peneira do sono!”
http://www.vidas.xl.pt/a_ferver/detalhe/ignorancia_domina_casa_dos_segredos.html
Outubro 21, 2011 at 12:14 pm
#27:
#21
Outubro 21, 2011 at 12:15 pm
Mais um excelente post.
Obg pela sua escrita tão certeira e transparente.
NC, o anti-eduquês é nada mais que um mito de algo que nunca existiu.
Outubro 21, 2011 at 12:16 pm
Guinote, sem dúvida que não deve estar ao serviço dessas instituições e será normal que algumas delas tenham de fechar portas, mas é urgente mexer no 2.º ciclo do ensino básico. E mexer a sério…
Outubro 21, 2011 at 12:32 pm
Estão todos alarmados sem sentido nenhum.
O simples facto de não se pagarem 2 subsídios (Natal e férias) em 2012 reduzem o orçamento do ME em 12%.
Isto porque quase 90% das despesas são com … pessoal.
Os cortes orçamentais anunciados derivam apenas disso.
Outubro 21, 2011 at 12:35 pm
Cada vez que venho aqui fico depressivo! A sucessão de ministros e suas políticas são, desde há muito tempo, uma autentica cadeia de máquinas de tortura, que vão arrancando tudo o que ainda resta da escola e do papel dos docentes na construção de um país livre, iluminado, verdadeiramente democrático, onde a cidadania seja tida em conta!
O problema é que esta incompetência em forma de máquina de tortura dos ministros da educação conseguiram fazer com que nós, docentes, tenhamos ganho crosta e nos tenhamos habituado à dor! Nada fazemos, já nada nos incomoda verdadeiramente para reagirmos contundentemente contra este ataque às crianças, aos portuguese do futuro! Está em causa os valres civilizacionais deste país, da sua identidade e projecto de nação esclarecida que se foi forjando ao longo da história apesar destes embecis tecnocráticos!
Não falo do problema da avaliação de docentes que tanto sangue fez correr! Isso apenas interessava ao bolso de cada um! Falo dos destinos da Nação! Somos mercenários apenas?!
No que se tornou a nossa classe, o orgulho de ser professor, de poder mudar o mundo? Onde está a nosa responsabilização perante este atropelo indigno? Vamos deixar que os tiranos, à semelhança do que fizeram os alemães, deixem, em nome do santo dinheiro, destruir e cometer as atrocidades que não vamos sentir, mas que vamos ver nos nossos filhos!
Outubro 21, 2011 at 12:49 pm
A disciplina de História sempre foi uma disciplina muito incómoda para o poder político, seja ele de esquerda ou de direita. Os políticos, sobretudo os medíocres, convivem muito mal com com o pensamento divergente e com a memória histórica. A ideia é a de fazer regressar a sociedade a um estado em que o homem é um ser acéfalo e imbecil, incapaz de usar os direitos que tem ou de reivindicar os direitos que deveria ter. É uma lógica de construção societária, saída da revolução industrial, onde o operário vale tanto como o parafuso que sustenta o tapete no processo de produção. Salários baixos, mais tempo de trabalho, direitos reduzidos, impostos acrescidos, são alguns dos ditames que presidem à estruturação desta sociedade virada para a produção e sem qualidade de vida.
Acautele-se a História, porque esta redefinição curricular poderá fazer história. E aí, a História será outra. Vejam a lógica mecanicista e redutora como Nuno Crato se vem referindo ao currículo. Se a lábia da produtividade fosse bem avaliada, não sei até que ponto as disciplinas ditas de estruturantes (LP+Mat), após um investimento sem precedentes desde o 1º ciclo, teriam a importância que lhe querem dar no novo currículo que se avizinha. Infelizmente, na matemática e em algumas situações, a soma de 2+2 poderá dar um produto de 5.
Outubro 21, 2011 at 12:50 pm
Para os que acham que a ADD morreu.
“Sindicatos e Governo iniciam hoje negociações para adaptar carreira docente a nova avaliação
O Ministério da Educação inicia hoje reuniões com os sindicatos de professores para adaptar o modelo de avaliação de desempenho, acordado em Setembro, ao Estatuto da Carreira Docente (ECD).”
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=31662
Outubro 21, 2011 at 12:53 pm
Ontem:
Hoje:
Ou seja:
O verdadeiro artista é de compreensão leeenta, mas acaba por chegar lá, porque está sempre a jeito para ver donde sopra o vento:
Outubro 21, 2011 at 12:56 pm
No Correio da Manhã:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/mario-nogueira-despedimentos-de-professores-do-quadro-e-inevitavel
Na RTP:
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Fenprof-e-PCP-analisam-estado-da-educacao.rtp&headline=46&visual=9&article=490732&tm=9
E agora também no Umbigo:
Outubro 21, 2011 at 12:59 pm
#22
Curiosamente, sintomaticamente, o comentário esquece o outro lado (por acaso, extremamente relevante…) do buraco financeiro: as PPP, o BPN, a Madeira, etc., etc.
Trata-se do outro lado do “Estado Social”, o que alimenta muitos daqueles que dele reclamam, que protestam contra a sua excessiva dimensão e intervenção – mas quando se vêem em dificuldades, são os primeiros a exigir o seu auxílio.
Se o lado que você invoca precisa de ser racionalizado, o que se dirá deste?…
Outubro 21, 2011 at 2:08 pm
O Paulo Guinote, nas afirmações que lhe são imputadas no jornal, afirma que só os profs. de Port. e Mat. estão a salvo.
Ora, há aqui um erro que o PG lavra. Com o fim da segunda língua estrangeira obrigatória, muitos profs. deixam de a lecionar. E a que grupo pertencem, maioritariamente, eles? Ao 300, cuja composição já foi inflacionada há uns anos quando dele passaram a fazer parte todos os profs. de Port. / Francês, que deixaram de ter um grupo próprio, como anteriormente.
A ser assim, eu concluo o contrário, Paulo: um dos grupos mais atingidos será precisamente o de Port.
Outubro 21, 2011 at 2:08 pm
Muito bem, Paulo.
Outubro 21, 2011 at 2:13 pm
Já aqui o disse, (creio antes de Crato entrar) que o “filme” continua e só os protagonistas mudam. Milu, Alçada, Crato whatever…acabaram todos por dar continuidade a esta política desastrosa de terra queimada no ensino emoldurada por um ataque feroz aos professores. Isto continuará enquanto continuarmos a aceitar tudo sem nada fazer. Vamos ter de voltar a sair à rua, desta vez TODOS EM PESO!
Outubro 21, 2011 at 2:26 pm
#37
Esses buracos …vejamos, A nacionalização do BPN a custo “zero” para os contribuintes foi obra do engº, a falta de controlo das despesas da Madeira nos últimos 6 anos foi obra do … engº, as PPP foi obra do … engº, …. engº, o relatório sobre a Madeira (incuindo o buraco deste ano) foi entregue ao … engº..
Se o BPN foi vendido e as imparidades lançadas nos anos anteriores espera-se que fique estanque, se os déficits da Madeira foram lançados nos anos anteriores e o financiamento de Março/11 este ano espera-se que as medidas de controle agora adoptadas o estanquem, quanto às PPP aí a coisa fia mais fino com o engº a deixar o futuro todo comprometido.
Mas …, como a sustentação do estado social tal com está, não vai deixar dinheiro a sobrar para pagar mais nada, que se aguentem pois não vai haver dinheiro para pagá-las.
Como isso seria o decretar da falência do estado a solução é a direito cortar no estado social para as pagar e fazendo-o recuar para níveis anteriores à era Socrática, pois já nada se pode cortar nos BPN deste país.
Tem toda a razão, ainda existem mais heranças do engº com efeitos no futuro que aquela que mencionei no comentário anterior, mas são tantos os buracos e as armadilhas financeiras deixadas pelo engº que nem sempre se pode elencar todas.
Agradecia, se fosse possível, que me facultasse uma forma de alterarmos o passado ou minimizarmos os seus efeitos sobre o futuro deste país.
Recordo que Portugal ainda não faliu, mas que em Abril estava à beira da bancarrota com o homem do leme a gritar não precisamos de ajuda, somos riquissimos, temos pela frente um futuro de grande posperidade.
Cego não é o que não vê mas o que não quer ver
Outubro 21, 2011 at 2:31 pm
O PIB português em fase de emagrecimento não dá para tudo, vamos ter que pagar a eleição e reeleição do engº.
Até já um ministro do eng. vem dizer que em 2005 estava assustado com o rumo do endividamento nacional.
A nossa luta tem que passar por ser uma só – Todos os portugueses devem pagar os erros do passado e não só os pensionistas e a função pública.
Outubro 21, 2011 at 2:32 pm
#35,
Compreensão lenta do comentador (algo já revelado em episódios anteriores como o das “actas cheias de notas de rodapé” ou “jantar anti-sindical”).
Mesmo que não percebesse a diferença de tom, haveria a substância, sensível aqui e nas declarações para alguma imprensa.
O que uns apresentam como “inevitável”, eu não dou por adquirido, apostando, em vez de gerar o pânico, em apresentar alternativas, a primeira das quais não avançar pelas vias aventadas.
Mas o controleiro varguita, membro suplente do CNE e saído das lides activas a tempo de aposentação integral, gosta de fazer o trabalhinho sujo que outros dizem não conhecer.
Outubro 21, 2011 at 2:34 pm
#19,
Com BSSAntos tenho aquele problema – que não é de ordem pessoal como com um ou outro da área da esquerda engomada – de não ver na sua prática os princípios de solidariedade e independência do Estado-Papão que advoga nas intervenções.
Outubro 21, 2011 at 2:52 pm
#41
Passa completamente ao lado da substância dos meus argumentos.
Deixe lá, pode ser que para a próxima…
Outubro 21, 2011 at 3:02 pm
Excelente análise, Paulo.
Nuno Crato aparenta aceitar seguir um caminho que não deixará saudades.
Ao contrário do #12 que possui a fantástica capacidade de saber antecipadamente quem será um bom ou mau ministro, eu considero que Nuno Crato começa a dar demasiados sinais de que será mais uma grande desilusão.
O que, para mim, é uma pena.
Enquanto que, infelizmente, para outros aparenta ser motivo de enorme regozijo.
…
Outubro 21, 2011 at 3:03 pm
Desconheço o objectivo da notícia de ” O Diário Económico”.
Ainda não ouvi o Ministro Nuno Crato pronunciar-se, em concreto, sobre as alterações no âmbito da reforma curricular.
Poderei estar a ser ” irrealista”, “ingénua” ou “estúpida”.
( se se confirmarem os receios expressos no post, terei de dar razão a todos aqueles que mudaram a opinião que tinham sobre o ministro)
Outubro 21, 2011 at 3:03 pm
VAMOS SAIR À RUA?!
O desalento vai-nos impedir disso?
Eu proponho uma saída à rua SEM SINDICATOS, SEM PARTIDOS, COM PROFESSORES, PAIS E ALUNOS!!!
Outubro 21, 2011 at 3:08 pm
#38
Não está em questão quais os grupos mais afectados pelo desemprego que aí se avizinha! O problema é de TODOS!!! O problema não é o meu “quintal”! É a “agricultura” em geral! Há urgência de nos unir-mos pelo futuro da ESCOLA, pelo país…
É com pena que vejo que os camaradas que aqui escrevem andam mais preocupados com o seu umbigo…
Outubro 21, 2011 at 3:13 pm
#38,
A dupla leccionação do 3º CEB não é nada comum. Quem dá LP dá LP.
Outubro 21, 2011 at 3:17 pm
O PG continua a dar asos para uma divisão e alimentar questiúnculas pouco abonatórias a seu favor! Entretemo-nos por aqui a mandar uns bitates para o ar! Enfim…
Outubro 21, 2011 at 4:06 pm
O que é dar “asos”…?
Não sei o que é, será que é coisa boa?
Desculpe se é uma questiúncula linguística, mas nem com o AO me parece escrita de professor(a) certificado(a).
Não se deve escrever coisas apenas “ouvidas”.
E os “bitates” também carecem de um toque com pintinha.
Lamento se estou a ser assim a modos que deselegante, mas os comentários com ar “superior” despertam o pior que há em mim.
Outubro 21, 2011 at 4:14 pm
O mal da matemática é que mesma cuida na sua grande parte de números e números são gente indistinta a mesma usa o artigo indefinido nunca o definido. Caminhamos para uma sociedade matematizada sem alma nem chama ou seja um admiravel deserto de almas.
O pior é a ilusão de pessoas que vêm no discurso de certas pessoas algo visionário e quiçá novo mesmo que embrulhado no mesmo papel embora a forma seja algo diferente.
A única saída que eu vejo para tudo isto é que não existe saída alguma é como se estivessemos num jogo de espelhos não sabendo que nenhum deles é real mas mantendo a esperença em que isso seja possível de acontecer..
Outubro 21, 2011 at 4:30 pm
# 49
Estou de acordo na urgência de nos «UNIRMOS».
# 50
Não é bem assim. Sempre tive colegas a lecionar, em simultâneo, LP e Francês (nos últimos anos, Castelhano).
Por outro lado, imaginemos um grupo 300 constituído por 10 docentes: 7 lecionam LP e 3 F/C. Estes são todos mais velhos que os colegas. Com o fim da 2.ª língua estrangeira, passarão a lecionar LP, obrigando à dispensa de 3 mais jovens.
É simples.
Outubro 21, 2011 at 5:36 pm
#52
Quanto às questões gramaticais, tão caras ao PG, só confirmam o que digo! Não se discutem as verdadeiras questões da Educação neste blogue, cada um fala do seu umbigo! Talvez seja este o objectivo que justifica o título do mesmo!
Como Mestre em História da Educação, faz algum sentido, se mo permite, neste momento, discutir se a L.P. ganha, se a História perde ou a Geografia?! Penso que o que está, neste momento, em questão é o modelo educativo, a Educação e o futuro da nação! Valores bem mais importantes do que as quintinhas de cada um, tipo “farmville”, com que se entretêm aqui os professores, como de resto foi a epopeia da avaliação de professores.
Peço desculpa pela incorrecção gramatical e pela franqueza, algo exagerada, que utilizo neste post! Esta franqueza não está relacionado com qualquer alteração de espírito!
Outubro 21, 2011 at 5:39 pm
Imbecilidade, mesmo. Brutalidade.
Cambada!
Texto brilhante, Paulo. É assim mesmo!
Outubro 21, 2011 at 5:45 pm
#54
De facto na minha escola tb á assim, o colega que dá francês anda sempre a dizer aos contratados que dão LP, que é do grupo 300 e que qd quiser vai dar LP. Por acaso foi sempre uma questão que eu nunca percebi como tinha ele lá ido parar pois qd se efectivou na escola era de francês…
Já deu um ano LP mas depois tiveram de o tirar pois não percebia nada e os EE começaram a reclamar… no entanto, ele continua com essa conversa.
Já que parece tb informado sobre esse assunto, esclareça-me lá como foi isso… mudança de grupo administrativa? Independente das habilitações?
Outubro 21, 2011 at 6:01 pm
#57
Os professores com licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas – Variante de Português e Francês, fizeram as didácticas em Lígua Francesa e Língua Portuguesa. E concluíram o respectivo estágio.
Em determinado concurso concorreram só ao grupo 300 e ocuparam a vaga.
Outubro 21, 2011 at 6:02 pm
“Língua Francesa”
Outubro 21, 2011 at 6:16 pm
# 55
Não discordo do seu ponto de vista, mas procure colocar-se (caso já não esteja) no lugar de um prof. que, com as alterações que se anunciam, antevê a possibilidade de, no próximo ano, estar no desemprego ou na mobilidade especial.
Há que convir que a sua preocupação central não será, certamente, por estes dias, a unidade docente ou o modelo educativo.
Outubro 21, 2011 at 6:33 pm
#60 exactamente; este é o meu 20.º ano como professor (hist.), do quadro (o que quer que isso seja) e confesso que estou seriamente preocupado com a minha situação pessoal
Outubro 21, 2011 at 6:50 pm
NC anunciou que gostava de implodir o ME. Não tinha é avisado que tencionava reconstrui-lo à sua moda: sem coerência, sem consistência, sem futuro.
O texto do PG faz prever catástrofe. Tenho pena, muita pena que venha com a assinatura de NC.
Outubro 21, 2011 at 6:53 pm
Os dois ciclos de seis anos é uma velha ideia do Ramirov! Se ele tiver alguma capacidade de influenciar o MEC (como ele julga que tem) não sei, não…
Outubro 21, 2011 at 6:58 pm
PROVAVELMENTE, O NUNO CRATO FOI BUSCAR INSPIRAÇÃO À DERROCADA DAS TORRES GÉMEAS NA AMÉRICA…daí ter falado em implosão…
Outubro 21, 2011 at 7:04 pm
CASO NÃO RESULTE TERÃO DE PENSAR NA HIPÓTESE DO ZYCLON B AS ESCOLAS NAS SALAS DOS PROFESSORES DE FORMA SORRATEIRA….FUI.
Outubro 21, 2011 at 7:49 pm
Olha, estalou o verniz e acabou o politicamente correcto!
Crato avisa: Acabou a tolerância para barricados:
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=31727
Não há peixeirada…atenção não se armem em gregos!!!
Outubro 21, 2011 at 7:53 pm
CHAMAMOS O GADDAFI?
Outubro 21, 2011 at 11:15 pm
Afinal o NC está a ficar mau.
Morde?
Outubro 21, 2011 at 11:39 pm
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Eu gosto da expressão “ofertas não essenciais no ensino básico”.
Agora sim, é que Portugal vai andar de cavalo para burro!!
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Outubro 21, 2011 at 11:41 pm
O prior Crato armado em bispo.
O homem até já vê barricadas. Cagufa de se ver grego!
Baralhou-se nas contas.
Afinal, há mais vida para além da mat.
Falando um pouco mais a sério, como alguém escreveu por aí algures: Este governo está em PÂNICO. Nunca se viu tal desorientação. Nem com o “velho” Santana.
Áh, que saudades do Pinheiro de Azevedo…
Outubro 22, 2011 at 11:42 am
#60
O grande problema é esse mesmo: a agenda dosprofessores! Ou pelo menos como a vendem por estes locais!