Sei que é daquelas guerras que só se arranjam quando se quer. Mas não gosto que as pessoas se afirmem acima de qualquer crítica e escrutínio, em especial quando se afirmam parceiros, no plano social e institucional, de organismos do Estado.

Nada me move contra a Confap, mas não gosto da postura do seu actual presidente, que aparece e desaparece quase como que de acordo com as conveniências do ME. E reage sempre de forma aparentemente exaltada e agressiva com quem o critica. Professor ou encarregado de educação.

Anteriormente, com a presidente que intercalou com os mandatos de Albino Almeida, não tinha esta reacção. Houve mesmo uma altura em que lhe comuniquei o meu desagrado com certas tomadas de posição de associados seus (ou que o afirmavam ser) e tive pronta e civilizada resposta.

Por isso mesmo, e como sempre gostei que se esclarecessem os casos ou coincidências desta vida, seria interessante saber porque a Confap foi durante 2006 a única organização subsidiada directamente pelo Gabinete da Ministra da Educação, e logo em duas fatias de € 38.717,50.

Este ano já temos menção a uma nova fatia de € 39.298,25.

Acredito que seja o resultado de um qualquer protocolo com interesse para ambas as partes e, muito em particular, as “famílias”.

Também sei que muitos sindicatos foram, no passado, mais ou menos directamente financiados pelo PRODEP, através de fundos para muitos pacotes de acções de formação.

Não sou ingénuo. Não há apenas bons e maus. Por vezes há apenas que ir vivendo a vidinha como se pode. Com os protagonismos possíveis.

Mas como se entende que o Gabinete da ME transfira durante um ano cerca de 75.000 euros para uma Confederação de Associações de Pais? Algo que não acontece com mais nenhuma organização? 

Já declarei que acho que pode existir a melhor das razões. E declaro a minha ignorância, não fazendo juízos de valor ou intenção, enquanto não a sei. Só gostaria mesmo de a conhecer.