Hélder Sousa, director do GAVE deu uma entrevista ao Expresso onde afirma coisas perfeitamente correctas (que só faz sentido estabelecer comparações ao longo do tempo quando as amostras são significativas), mas outras absolutamente incompreensíveis, porque completamente contraditórias. Atente-se nesta parte:
Muitos interlocutores consideram que as provas estão bem feitas se os resultados forem semelhantes de um ano para o outro, Este raciocínio assenta numa premissa errada – a de que não há evolução do conhecimento. Mas também é verdade que entre 2007 e 2009, em alguns casos, houve uma inflação descontrolada dos resultados. O mais mediático foi o da Matemática A, em 2008, que deu um salto de quase quatro valores.
Houve interferência política?
Teoricamente sim. Ninguém acredita que os alunos melhoram assim tanto. Mas eu nunca senti interferência, com o Governo anterior ou com este. Se aligeirarmos a exigência, porque isso pode ser interessante para as estatísticas e para resolver o problema do insucesso, vamos ter críticas do ensino e dos empregadores dizendo que os alunos chegam sem preparação superior. (…)
Diz que nunca sentiu interferência do Ministério. Mas houve orientações este ano para eliminar perguntas muito fáceis.
Face a este período recente de inflação das notas houve necessidade de fazer ajustamentos em alguns casos. A sociedade percebe que temos de ser exigentes. Mas não foram bruscos.
Só serei eu a achar que ou há aqui candura em excesso ou apenas uma enorme desorientação em declarações que se desmentem a si mesmas? Acoli admite-se-se que existiu o que se desmente aqui, enquanto lá se diz que aconteceu o que acolá se diz não se ter sentido?
Agosto 12, 2012 at 4:54 pm
Infelizmente, as grandes farmacêuticas ainda não inventaram uma pomada para tratar a falta de vergonha nas ventas (acho que ainda não perceberam os lucros brutais que teriam com o produto ou então é impossível de resolver porque é genético – tem a ver com a falta de espinha dorsal em muitos casos) mas há sempre solução para o vómito e a incontinência.
Agosto 12, 2012 at 5:00 pm
Nããã… era uma versão portuga de Dr. Jeckyl e Mr. Hide…
Agosto 12, 2012 at 5:16 pm
sinceramente gostava de ver alguém avaliar a qualidade dos exames de biologia geologia.(supostamente a área de especialização deste helder sousa). estes exames praticamente nao avaliam os conhecimentos que o aluno tem sobre a materia da disciplina… os proprios professores da disciplina muitas vezes nao sabem resolver o exame pois as perguntas sao sempre muito confusas e escritas como se o exame fosse um quebra cabeças…
Agosto 12, 2012 at 5:28 pm
Nem é propriamente candura nem desorientação (embora também se vejam). É mais do género: “um artista agarrado ao tacho com as duas mãos” que diz o que acha conveniente para se manter agarrado à mama.
E viste a crítica subreptícia (e mortal) ao Crato? Olha bem para esta:
“Muitos interlocutores [leia-se: Crato todos os que, como ele, criticaram o GAVE pelas ondulações políticas nos resultados dos exames, por interferência política, confessa agora o criminoso] consideram que as provas estão bem feitas se os resultados forem semelhantes de um ano para o outro, Este raciocínio assenta numa premissa errada – a de que não há evolução do conhecimento”
Este anjola quer vender-nos a ideia de que é competente e que as incríveis oscilações nos resultados mostram que as provas de exames estão bem feitas. Se não houvesse oscilações não haveria “evolução no conhecimento”.
Hi! Ho!
Agosto 12, 2012 at 5:33 pm
Chinesices.
Agosto 12, 2012 at 5:55 pm
#4,
Pois…
E mais mortal é dizer que, no fundo, este MEC é semelhante aos anteriores nesta matéria… pois “não sentiu” o mesmo.
Agosto 12, 2012 at 6:07 pm
# 1:
Obrigar certos escroques a pintarem a cara de preto, talvez ajudasse!…
Agosto 12, 2012 at 6:58 pm
Mais uma vez, é apenas o GAVE, não apenas o director, a tentar sobreviver. Veja-se, igualmente, a vergonha da formação de correctores.
Agosto 12, 2012 at 8:34 pm
#3
Julgo que o Hélder Sousa é formado em Geografia.
Esta coisa de que as provas foram mais exigentes não corresponde à verdade, sim não é a opinião da Sociedade Portuguesa de Matemática que atesta a exigência dos exames…
Por exemplo, a prova do 6.º ano de Mat., foi acessível, quando comparada com a do 4.º ano, a única que teve um acréscimo significativo de exigência, ao ponto de incluir questões completamente descabidas para o ano/faixa etária a que destinava.
Agosto 12, 2012 at 8:38 pm
Não há um dito que afirma que “Os anjos são incapazes de mentir”?
Este Hélder Sousa confirma-o.
Como sempre desconfiáramos, o Gave dá a sua ajudinha às orientações políticas dos ministros da educação no que toca aos exames.
Agosto 12, 2012 at 10:31 pm
Onde podemos ler a entrevista?
Agosto 12, 2012 at 10:56 pm
Mais uma vez se diz de forma amorfa aquilo que todos sabiam, mas que o GAVE nunca teve coragem de dizer.
Agosto 12, 2012 at 11:33 pm
Treuza
#11 Expresso
Agosto 12, 2012 at 11:44 pm
#13
Mau…
Agosto 13, 2012 at 2:10 pm
#13
Obrigado.
Pensava no link mas fiquei elucidado.
Agosto 13, 2012 at 2:34 pm
#15,
Num tem.
Agosto 13, 2012 at 10:32 pm
Presumo que “isto” é um blog frequentado por professores…
Não, não pode ser: os comentários são demasiado idiotas e feitos sem conhecimento de causa.
Ó diabo… se calhar isto confirma que é um blog frequentado por professores.
Agosto 14, 2012 at 1:49 am
# 17
VÁ PARA O RAIO QUE O PARTA!
Fala (escreve) uma PROFESSORA que também é MÃE e ENCARREGADA DE EDUCAÇÃO!
Abril 12, 2014 at 11:57 am
[…] ao resto ainda há dois anos declarava a impossibilidade de fazer verdadeiras comparações sobre o desempenho dos …, mas agora já está em condições para as […]