Passemos então das coisas propriamente demográficas para as educacionais. Procuremos a arma fumegante que demonstra a desnecessidade de mais professores porque os portugueses andam a procriar menos.
Eu sei que dizem que esta é uma série curta, mas é aquela que está acessível com desdobramento de dados, em particular com os processos RVCC, vulgo Novas Oportunidades, que permite melhor analisar a evolução.
Vejamos então… em 2005/06 existiam 1.648.588 alunos matriculados. Em 2007/08 tinham subido para 1.701.482. Quase mais 53.000 alunos. E em 2008/09 sobrem para 1.952.114. O salto é realmente muito forte. Mais 250.000 alunos…
Salto quântico devido às NO, dizem os demógrafos negativos.
Então somemos os processos RVCC em 2008/09: 472 no 1º CEB, 8831 no 2º CEB, 100.688 no 3º CEB e 98.129 n0 Secundário. Total 208.120 alunos devidos às NO.
Mas o acréscimo foi de 250.632. O que significa mais 42.500 alunos matriculados, sem contar com as NO.
Pois… e agora?
Há mais ou menos alunos nas escolas?
Há mais! Deu agora para entender?
Podem não esticar muito mais mas, neste momento, é errado dizer que há menos alunos. Errado! percebem o conceito? Há coisas certas e outras erradas. A menos que ainda sejam pós-modernos ou então sejam relativistas tipo BSS.
Podem martelar a Demografia Negativa nos dados, evocar mais algumas teorias, mas não conseguem que ela desminta os factos.
Quanto à evolução comparativa do número de docentes, alunos, rácios, alunos por turma, etc, fica para amanhã, porque isto é feito de borla e se fosse à hora num seminário de apoio à investigação num curso de doutoramento eram umas centenas de euros que seriam cobrados aos alunos para aprenderem coisas básicas de uma licenciatura antanha.
Dezembro 27, 2011 at 10:20 pm
BOA…. VAMOS ESPALHAR
os dados e os teus comentários estão do melhor, és como o vinho do Porto, Touché!!
Dezembro 27, 2011 at 10:21 pm
Perceber, alguns até percebem.
– Admitir que percebem é que vai ser bem mais complicado.
De qualquer forma sempre aprendem umas coisas contigo.
…
Dezembro 27, 2011 at 10:40 pm
E há que estar atento às próximas teses de mestrado e doutoramento na área, não vá haver por aí….
Dezembro 27, 2011 at 10:54 pm
Está mal, acabei de comentar com um post que reunia os meus comentários no insurgente e isto não dá.
agora já não tenho paciência…
Dezembro 27, 2011 at 10:59 pm
Paulo,
quando me intrometi na polémica com os insurgentes usei exactamente esses dados (expurgando os alunos do ens. recorrente, RVCC e EFAs) acrescentando o ano lectivo 2009/10 que também já está disponível.
Aqui ficam os dados (apesar dos problemas de formatação) do nº de alunos matriculados no ens. público nos últimos 5 anos (sem alunos no ens. recorrente, EFAs e RVCC):
_________________2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10
Educação pré-es___128754 127602 131502 131765 141044
1.º Ciclo__________417204 419924 418988 407357 401202
2.º Ciclo__________209983 208954 213832 210968 210534
3.º Ciclo__________313851 319380 321888 313041 311095
Ensino sec________209767 219507 224612 248297 258037
____________Total_279559 1295367 1310822 1311428 1321912
Dados globais:
(2005_06):1279559 / (2006_07) 1295367 / (2007_08) 1310822 / (2008_09) 1311428 / (2009_10) 1321912
De facto, se aos dados do GEPE (pelo menos entre 2005 e 20010) retirarmos os alunos inscritos no ens. recorrente, EFA e RVCC, podemos concluir que o número de alunos no ensino Secundário aumentaram (e muito) tal como os alunos matriculados no pré-escolar. Podemos ainda verificar uma estabilização do nº de alunos no 2º ciclo e um decréscimo no 1º ciclo.
Como escrevi, não é preciso ser um cientista para perceber que a variação demográfica influencia o nº de alunos no sistema educativo. Contudo, as alterações demográficas não são a única nem a mais importante variável a ter em contae e fazer disso um argumento para a diminuição do número de professores é errado.
Há muitas outras variáveis relevantes para o caso: Políticas educativas (extensão da escolaridade obrigatória para os 18 anos, políticas de redução do abandono escolar, etc), fluxos migratórios e migração de alunos entre os sistemas público e privado. Considerando estas variáveis talvez se possa chegar a alguma conclusão.
O que os dados indicam é que a tese, de que uma diminuição demográfica implica um menor nº de alunos no sistema educativo, não se confirma.
Estudar o nº de alunos no sistema educativo público nos últimos 25 anos para aferir o efeito demográfico, como os insurgentes fizeram, é um absurdo e um erro de principiante. Note-se que, se pensarmos apenas nas políticas educativas implementadas ao longo destes anos (por exemplo, a massificação do ensino, a introdução da escolaridade obrigatória até aos 15 anos, o incremento dos cursos profissionais e cursos CEF – que reduziram o abandono escolar, a introdução da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, e.t.c.) percebemos que ao longo dos anos os contextos educativos são completamente diferentes e muito dificeis de comparar, quanto mais estabelecer correlações com aspectos demográficos.
Resumindo em duas perguntas:
A 1ª pergunta chave é:
Nos últimos anos o sistema de ensino público tem diminuído o seu número de alunos?
A resposta é:
Não, apesar dos aspectos demográficos desfavoráveis, percebemos pela análise dos dados que o número de alunos vêm aumentando em nº absoluto pois têm havido outras variáveis a contrariar essa tendência (e mesmo no 1º ciclo, onde há um decréscimo de alunos, pode haver outros factores, como por exemplo a migraçao de alunos para o ensino privado, que não apenas os demográficos),
A 2ª pergunta chave é:
Será prevísivel que, nos próximos anos, diminuam o nº de alunos no sistema de ensino público?
A resposta é:
Depende das políticas educativas implementadas. Isto é, se a redução do abandono escolar (e ainda há tanto por fazer) e a escolaridade obrigatória até aos 18 anos (que começa só agora a ter efeito nos alunos do ensino secundário) forem prioridades deste governo, aliadas à tendência de migração de alunos do sistema privado para o público, o nº de alunos no sistema de ensino público tenderá a aumentar, mesmo com um decréscimo demográfico.
P.S. Post adaptado de 2 comentários deixados no Oinsurgente:
oinsurgente.org/2011/12/21/a-demografia-e-os-professores-a-mais/#comments
Dezembro 27, 2011 at 11:00 pm
agora parece que deu 🙂
Dezembro 27, 2011 at 11:15 pm
[…] O Problema Demográfico-Educacional 2 – A Evolução Das Matrículas […]
Dezembro 27, 2011 at 11:43 pm
Claríssimo!!! Cristalino!!!
Dezembro 28, 2011 at 2:04 am
A frieza dos números afasta qualquer dúvida, no entanto, uma breve análise teórica já o deixava antever. Nos últimos anos o pré-escolar estendeu-se a quase todos os miúdos e a escolaridade obrigatória expandiu-se (qual praga) até ao 12.º ano, isto compensa largamente a tímida (ainda que preocupante) diminuição da natalidade na última década.
Dezembro 28, 2011 at 10:01 am
A questão é que a extensão da escolaridade e a imigração são opções de um modelo económico-social que foi abandonado nas últimas eleições. Para remendar isto sem ficar com o ónus de reduzir novamente a escolaridade (e porque assim se adia também a entrada no mercado de desemprego) é preciso poupar de outra maneira. Na verdade este governo está a fazer o que a sua matriz ideológica mandaria. Nem aí há novidades. Quem quer outra coisa espere pelas próximas eleições.
Dezembro 28, 2011 at 10:07 am
Alunos que migram entre público e privado são irrelevantes para a questão do desemprego docente.
Dezembro 28, 2011 at 12:27 pm
#11
A questão da migração entre os sistemas público e privado é de facto irrelevante para a questão do desemprego docente. No entanto é uma variável a ter em conta na análise dos números que apresento no coment #5 (que apenas se referem ao sistema de ensino público).
Dezembro 28, 2011 at 12:34 pm
AF
Dezembro 28, 2011 at 12:59 pm
Caro Paulo Guinote,
Por uma questão de rigor, permita-me corrigi-lo num aspecto. No caso dos adultos, as Novas Oportunidades além de abrangerem os processos de RVCC, incluem também os cursos EFA. No caso do Jovens incluem outras modalidades (Cursos profissionais, cursos tecnológicos, cursos de ensino artístico especializado). Assim sendo, as contas e os argumentos que apresenta estão ligeiramente incorrectos. Exemplificando: para o ano lectivo de 2008/09, a soma dos alunos/adultos em processos de RVCC e em cursos EFA (em todos os níveis de qualificação) totaliza 306 961. Já no ano lectivo 2007/08 como não foram contabilizados os indivíduos que estavam em processo de RVCC só se podem utilizar aqueles que estavam em cursos EFA – 55 525. Fazendo as subtracções similares aquelas que fez, podemos verificar que houve efectivamente um decréscimo de alunos (embora residual e evidentemente não significativo): de 1 645 957 (em 2007/08) para 1 645 153 (em 2008/09). No entanto, na comparação entre estes dois anos há de facto menos alunos!
Como sabe, não é despicienda a redução de alunos no primeiro ciclo. Essa coorte geracional reflectir-se-á a médio prazo em todas as restantes etapas educativas.
Se não considerar a importância do retorno das populações adultas à escola e às diferentes modalidades formativas/educativas (inclusive os processos de RVCC) estaremos efectivamente com problemas. Para concluir, um truísmo: mais alunos/adultos na escola também implicará mais professores!
Dezembro 28, 2011 at 2:17 pm
Caro Paulo Guinote,
Se quiser séries longas, terá acesso a elas aqui http://www.gepe.min-edu.pt/np4/?newsId=376&fileName=50_Anos_VolII.pdf
Aguardo por um comentário corajoso a estes números, que não seja feito apenas à procura dumas palmas da claque. Afinal, quem demonstrou coragem noutras circunstâncias, deve ter a capacidade de a mostrar agora. Um problema não desaparece apenas por fingirmos que ele não existe. E você, como voz que vai sendo respeitada entre a “classe”, não deveria contribuir para este fechar de olhos.
Dezembro 28, 2011 at 2:47 pm
#14 e 15,
Há em vós sempre aquela tendência para, demonstrado o erro, insistirem que devemos remontar aos afonsinos.
As séries longas conheço-as, como conheço as variáveis envolventes, os rácios, isso tudo.
As coisas azedam quando a discussão entra nos argumentos da “coragem”.
Eu prefiro, nesse caso, apelas à honestidade intelectual de quem considera (#14) que os cursos EFA se devem descontar todos.
Quem propõe isso é quem não sabe verdadeiramente o que é um curso EFA diurno paralelo ao Secundário “regular”.
Mas quem percebe de somas e subtracções pode não saber que cebolas são cebolas e não maçãs.
Passe um dia por uma escola e peça para visitar um curso EFA e perceberá do que falo.
Como diria o Carlos G. Pinto… tenha “coragem”.
Não fale do que não sabe sem ser por ver em tabelas.
Dezembro 28, 2011 at 2:57 pm
Teimosos, esses insurgentes.
…
Dezembro 28, 2011 at 3:08 pm
Continua sem comentar as séries longas que lhe disponibilizei. Entendo perfeitamente: não conseguiria os mesmos aplausos se o fizesse de forma honesta e imparcial. Não o posso condenar por isso, mas tenho pena que não o faça.
Dezembro 28, 2011 at 3:23 pm
#18,
Tem calma, Carlos.
Que isto de provar o óbvio, por vezes, leva o seu tempo.
…
Dezembro 28, 2011 at 3:51 pm
Caro Paulo Guinote,
Sem querer parecer presunçoso, parece-me que tenho algum entendimento da área da Educação e Formação de Adultos (eventualmente mais do que aquela que vai revelando no seu blogue). Esta é a minha área de trabalho há já uns anos. Não preciso de coragem para conhecer os cursos EFA e os processos de RVCC e saber do que são feitos e em que consistem nas suas várias dimensões: como Mediador de cursos, como formador e como profissional de RVCC. Aliás, atualmente trabalho numa Escola Secundária com essas ofertas. Sei de facto o que são maças e o que são cebolas!
No entanto, a forma como argumenta é que me parece que merece correção porque são reveladoras de algum desconhecimento e até de algum preconceito (geralmente estes dois últimos relacionam-se). Como deveria saber, volto a dizer, as Novas Oportunidades incluem os cursos EFA e não somente os processos de RVCC. Portanto, aquilo que escreve não é inteiramente correto.
O ponto que eu queria realçar é que se não tiver em conta os adultos que retornam à escola (para qualquer modalidade formativa ou educativa), os números deixam de ser muito satisfatórios. (Para deixar bem claro, seria extremamente benéfico que ainda mais adultos voltassem à escola.). Aliás sem querer entrar na ‘batalha estatística inter-blogues’ que está a decorrer e sem tomar partido, parece-me evidente que tem havido uma tendência de decréscimo nas matrículas no 1º ciclo do ensino básico e que esta redução irá afetar inevitavelmente os outros níveis de ensino. Parece-me também que se alterará a realidade demográficas resultantes dos fenómenos migratórios, nomeadamente da diminuição da imigração e do aumento da emigração. Concorda com isso ou não? Não percebo qual é a polémica.
Sabendo que cebolas não são maças e que as beringelas não são favas, não percebo muito bem o que quer dizer com isso. Não sei se tem isto presente, mas os Cursos de Educação e Formação (CEF) são diferentes dos cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), sabe isso não sabe? Porque não descontar os cursos EFA para ilustrar a minha ideia?
Dezembro 28, 2011 at 3:55 pm
#18,
Vamos lá por partes:
1) Fiz novo post sobre a evolução entre 2000 e 2010 que são os anos que, globalmente, correspondem à nova organização curricular que implicou mais horas lectivas.
2) Poderia fazer o que me sugere mas, a menos que seja profundo desconhecedor do fenómeno, isso teria de ser matizado com a carga horária total dos alunos. Pode fazer-se, mas isto aqui não é um serviço público ao domicílio. Percebo que sabe apenas somar professores e alunos, depois dividi-los e considera que achar um rácio é uma proeza intelectual. Não é, é simplismo.
3) Vou tentar ser claro e objectivo: desonesto e parcial é quem faz os cálculos à vossa maneira, esquecendo o que referi, ou seja, o aumento da carga lectiva dos alunos desde 2001, fruto dos sucessivos reajustamentos curriculares.
4) Sendo ainda mais claro: acho que já discuti e fiz demasiado trabalho para quem chama implicitamente cobarde e desonesto a quem expõe com clareza os dados usados e os raciocínios desenvolvidos.
5) Se a sua abordagem – ou de qualquer outro enviado insurgente ou passista-relvista – continuar a ser a dos juízos de carácter e a adjectivação na base da coragem, imparcialidade ou honestidade, ficará a falar sozinho até ao momento em que apresente atestado de pessoa séria e imparcial, algo que um voo desatento sobre os seus escritos.
Provavelmente considera que os professores serão dos tais”parasitas” que aqui evocou: http://oinsurgente.org/2009/07/04/uma-parasita-a-menos/
De qualquer modo quem tem como especialidades…
– Market analytics
– Value proposition revamp
– Business planning
– Tower management
… poderia dedicar-se àquilo de que percebe. Lá para as Arábias!…
Dezembro 28, 2011 at 4:03 pm
#20,
Ainda bem que está numa escola, porque assim poderá falar com propriedade do que diz conhecer.
Lamento é que atire sobre os outros o seu desconhecimento ou, pior, a distorção que faz das coisas.
Tendo em casa alguém que desde os tempos do 9º+1 apoiado pelo PRODEP tem tido cargos de DT de turmas de profsissionais, EFA, etc, tenho muita documentação à mão.
Como professor, numa EB23, é certo, um escalão “abaixo” na “hierarquiazeca” que vivemos, sei bem o trajecto dos miúdos que no 2ºCEB entram para turmas PCA e que depois, no 3º CEB continuam em PCA ou em CEF (acima dos 15 anos à data da entrada no 7º ano) e depois no Secundário muitas vezes transitam para cursos EFA e, em casos mais complicados, para os PIEF.
O que acho menos correcto na sua abordagem: querer transformar todos os EFA em NO para, excluindo-os das estatísticas, provar o seu ponto.
Isso não está certo e sabe-o.
É uma espécie de estratégia MLR/Valter Lemos/Capucha, mas na inversa.
Eles somavam tudo para parecer muita certificação.
“Vocês” (atenção às aspas) subtraem tudo para parecer menos.
Uma moeda tem duas faces e nem sempre é fácil vê-las ao mesmo tempo.
Mas têm o mesmo valor.
Neste caso, o de distorcerem a análise para efeitos de propaganda com base ideológica.
Como não era adepto dos que estavam, nem dos que estão, limito-me a tentar ser objectivo e não remover ou adicionar parcelas só porque me dá jeito.
As parcelas estão à vista nos meus posts, as ligações e tudo o mais.
Mais transparente é difícil…
Dezembro 28, 2011 at 4:06 pm
Entretanto… se não percebe a polémica é porque não entende que há posições divergentes em confronto.
E porque considera que a emigração proposta pelo actual PM, sendo um facto, agrava o fenómeno que ele anuncia.
É uma self-fulfilling prophecy.
Afirma-se que a demografia é adversa e, por isso, apela-se à emigração, o que, por sua vez, aumenta a adversidade demográfica.
Acho que entende isto e acho que percebe que é contra isso que grande parte da minha argumentação se dirige: contra uma forma de governar que desiste.
Dezembro 28, 2011 at 4:15 pm
ó Carlos Guimarães Pinto qual é a tua faculdade?
És formado em quê?
Dezembro 28, 2011 at 4:23 pm
#21
Caro Paulo Guinote,
Folgo em saber que consegue utilizar o Google de forma eficaz. Pelo menos deve ter ficado esclarecido em relação à minha independência partidária. Claro que trazer a minha vida profissional à baila só demonstra que perdeu todos os restantes argumentos.
Da minha parte, e antes que comece a pesquisar as minhas fotos no Facebook (teria lá muito material “argumentativo”), dou por encerrada a discussão. Tenho pena que não tenha sido capaz de a fazer de forma imparcial. Como já deve ter verificado quando googlou o meu nome, esta discussão diz-me pouco pessoalmente. Dirá mais a si e aos seus colegas que o lêem. Se quiserem optar por continuar a fechar os olhos é um problema vosso.
Melhores cumprimentos,
Carlos Pinto
P.S.: Se um dia, você, ou alguns dos seus colegas desempregados, quiser abrir uma escola privada aqui no Dubai, contacte-me. Terei prazer em ajudar.
Dezembro 28, 2011 at 4:35 pm
O que é que se pretende provar?
Que não houve decréscimo de alunos?
Que não irá haver decréscimo de alunos?
Que não há excesso de carga horária, (de que é exemplo os cursos profissionais no secundário)?
Que não há professores a mais para as necessidades presentes?
Que não haverá professores a mais para as necessidaes futuras?
Que não haverá engenheiros, técnicos, trabalhadores não qualificados a mais?
Porquê “a mais”?
Demografia, política empresarial, penoso enqudramento jurídico… integração na estratégia económica-política europeia (ou falta dela).
* continuem a ver passar a nudez do rei
* e não é necessário mexer na administração pública, nem denunciar… pode ser que os boys e as girls dêem uma esmolinha a quem os deixa intocáveis…
façam o levantamento do custo de chefes, directores e dos sub, a trabalhar em Ministérios e autarquias, e a relação com o seu expediente…
Dezembro 28, 2011 at 4:38 pm
Balhamedeus! Antes que leve mais por tabela: compreendo a questão da ‘self-fulfilling prophecy’; percebo as posições divergentes em confronto; não estou aqui a tomar partido para justificar a diminuição do número de professores. Também não estou relacionado com a defesa de qualquer ideologia neo ou ultra-liberal ou de qualquer tendência ou personalidade política referida, presente ou passada, pelo menos ao nível do consciente! (Tenho noção que às vezes o inconsciente prega-nos partidas). Além disso, não frequento com regularidade o Insurgente e normalmente não sou dado a fazer avaliações de carácter. Enfim, sou um bom rapaz!
Só criticava algumas incorrecções (mínimas) na argumentação e referia algumas realidades demográficas que não convém menosprezar! Mas parece-me que está tudo um bocado para o exaltado! A defesa de alguns princípios muitas vezes implica isso!
Dezembro 28, 2011 at 4:41 pm
Se cada um souber o que tem a fazer e tiver aprendido como fazê-lo ninguém estará a mais. Quando se entrega o destino de muitos, durante muito tempo, a quem não sabe fazer nada, as repercussões levam a que se acabe com um mar de gente aparentemente desnecessária.
Dezembro 28, 2011 at 4:45 pm
Abrir uma escola no Dubai? Claro que sim! De ski. Não havendo pistas suficientes é fazê-las. Assim se justificarão as escolas. O modelo de desenvolvimento e de sociedade do Dubai tem muito a ensinar-nos. Os empresários que por lá andam nem se fala. É cada história …
Dezembro 28, 2011 at 4:57 pm
Até somos um povo criativo e cheio de “ideias”…
aí está um bom nicho de investimento: com o número de portugueses a emigrar para o Dubai, abrir uma escola será certamente rentável… e os professores agradecem.
* também há um problema demográfico para resolver. há uma mulher para cada três homens.
Dezembro 28, 2011 at 5:05 pm
#25,
Engana-se… Lembrei-me de um post seu do Insurgente, via 5dias de 2009.
Anoto que se envergonha do que escreveu.
A parte dos “parasitas” é notável.
E a questão ficou pessoal quando entrou nos “argumentos” da “coragem” e “imparcialidade”.
A sua postura não é imparcial. E, não percebendo de muita coisa na área da Educação concreta, abandona a discussão porque, efectivamente, nada tem a acrescentar, mas alguma coisa a diminuir.
A parte do “PS” então é memorável. Resta saber se foi para o paraíso do Dubai a seguir ou antes dos problemas que não me entusiasmam quanto à saúde financeira e económica do lugar:
http://articles.economictimes.indiatimes.com/2009-11-27/news/28448715_1_dubai-world-gulf-city-state-uae-central-bank
Dezembro 28, 2011 at 5:08 pm
#27,
Anotado.
MAs perceba que não há qualquer “excitação” da minha parte que não passe por zurzir na mesma moeda quem se acha no direito de amesquinhar quem bem entenda, quando entende. Prática dos insurgentes há anos. Um escreveu que quem não concordasse com ele não tinha sequer uma “sinapse funcional”.
Os outros foram aparecendo de carreirinha, cada qual mais encartado do que o anterior.
O problema é que não gostam de tomar o remédio, em forma mais honesta, do que aquele que servem aos outros.
E confundirem-me com os “jugulares” ou “corporativos! que, como digo, são duas faces de uma mesma (má) moeda. Com excepções, claro.
Dezembro 28, 2011 at 5:56 pm
#20
“Sabendo que cebolas não são maças e que as beringelas não são favas, não percebo muito bem o que quer dizer com isso. Não sei se tem isto presente, mas os Cursos de Educação e Formação (CEF) são diferentes dos cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), sabe isso não sabe? Porque não descontar os cursos EFA para ilustrar a minha ideia?”
Não li tudo porque, de momento, não tenho disponibilidade, mas há duas grandes diferenças entre os cef e os efa:
– Os cef são nee’s, jovens perturbados, desconcentrados, ou deliquentes …etc., que ninguém quer aturar.
– Os efas são os adultos que querem obter o canudo do 12.º ano, sem esforço (evidentemente que há a ressalvar algumas excepções).
Dezembro 28, 2011 at 7:42 pm
Nas no Dubai os camelos também aprendem a ler?
Dezembro 28, 2011 at 9:27 pm
Lá partiu Cheeta, que tinha mais sinapsas funcionais e criativas que os meninos insurgentes:
http://margarida-alegria.blogspot.com/2011/12/adeus-cheeta.html
Dezembro 28, 2011 at 9:28 pm
sinapses
Dezembro 29, 2011 at 5:01 pm
[…] Posted on 29/12/2011 por António Fernando Nabais O Paulo Guinote, em quatro textos (aqui, aqui, aqui e aqui), demonstrou que os argumentos demográficos que tornam desnecessários mais […]
Janeiro 2, 2012 at 4:25 pm
[…] segundo post, ele argumenta que o número de alunos inscritos entre 2005 e 2009 aumentou. Mas ele sabe muito bem […]
Janeiro 2, 2012 at 11:56 pm
[…] segundo artigo não consigo visualizar esse aumento de alunos tão significativo além do efeito NO em 2009. […]