Tudo isto é conversa da treta, visando apenas transferir o ónus da decisão e adiá-la o mais possível As recomendações do CCAP são já um parecer claro, mais do que suficiente para fundamentarem uma decisão.

Ministra da Educação diz que aguarda pareceres para decidir sobre avaliação de professores

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Na sequência da apreciação feita, no âmbito da qual se apontam vários problemas, Maria de Lurdes Rodrigues pediu ao CCAP um parecer para saber se deve, no próximo ano, adoptar finalmente o modelo de avaliação aprovado em 2008 (ainda que com as alterações que se considere necessárias) ou se deve manter o regime simplificado aplicado este ano lectivo.

“Aguardamos um conjunto de pareceres e é esse conjunto de informação que nos permitirá tomar uma decisão que deve depois ser negociada com os sindicatos”, explica a ministra. “Esta é uma matéria de enorme complexidade” e “a decisão está em processo”.

No seu parecer, o CCAP recomenda ao Governo o alargamento dos ciclos da avaliação, actualmente de dois anos lectivos. Diz também que todas as medidas devem ser testadas antes da sua generalização, de modo a garantir a sua “qualidade, compreensão e apropriação”.

O CCAP recomenda que os avaliadores beneficiem de uma “formação especializada de carácter científico, técnico e profissional”. E que os instrumentos de registo e as fichas de avaliação sejam considerados “apenas como meios, e não como fins”.

Se a matéria é de enorme complexidade, como se compreende que todo o modelo tenha sido criado e a sua implementação tentada durante dois anos sem qualquer cuidado deste tipo?