Ainda não fui confirmar à papelaria da esquina se saiu a versão 3.0 na edição de hoje do Sol. Como foi um texto pedido, a versão final teve de ser encaixada no espaço disponível. De qualquer modo eu confessei a quem mo pediu que depois publicava aqui a versão correspondente ao segundo rascunho.
O episódio é já acontecimento nacional e o ruído em seu redor bastante estridente. Todas as posições já foram ensaiadas, a maior parte dos argumentos imagináveis já foram aduzidos, as responsabilidades foram assacadas a toda a gente, os diagnósticos multiplicaram-se, assim como as soluções. Neste contexto é difícil trazer algo de novo à discussão. Por isso, mais do que o episódio em si, convém analisar algumas questões que o rodeiam e as epidérmicas polémicas que o envolvem.
- A indisciplina e violência nas escolas são fenómenos normais ou excepcionais?
- São fruto de práticas ancestrais de contestação à autoridade ou são comportamentos novos, resultantes de factores recentes como a fragmentação familiar e uma crise de valores?
- São resultado de comportamentos disruptores individuais ou manifestações de uma cultura de irresponsabilidade de grupo?
- São epifenómenos a que devemos responder de forma tolerante, relativizando a sua gravidade, ou devemos encarar a sua punição como exemplar?
A resposta a estas questões não é tão simplista como muitos gostariam, para melhor enquadrarem a realidade nas suas ideias confortavelmente pré-formatadas.
Comecemos pela frequência: estes actos são razoavelmente frequentes nas nossas escolas, embora variando de escola para escola e de turma para turma. Não são excepcionais, singulares, ou «casos dramáticos individuais», mas também não são a regra em todas as turmas, todos os dias, em todos os estabelecimentos de ensino. Mas são frequentes. Não me importo com o que dizem as estatísticas recolhidas por qualquer Observatório. Elas dizem muitas vezes o que deixamos que elas registem.
E quanto à novidade dos actos? Será isto coisa nova, ou apenas a ponta de uma longa cauda? Verdade seja dita que isto tem pouco de novo, embora existam ciclos de maior ou menor incidência destes fenómenos (e do interesse público e mediático por eles). A indisciplina e a violência (que representam pontos não muito distantes de um continuum de comportamentos) existem no quotidiano escolar, assim como a gritaria nos corredores, os atropelos nas filas para o almoço, a falta de civismo nos WC’s. Todos o sabemos. Fomo-nos habituando. Porque é natural. Faz parte da idade. O professor nunca fez nada disso no seu tempo?
São condutas individuais ou de grupo? Na sua forma mais singular são condutas individuais, mas resultam tantas vezes da «pressão dos pares», da necessidade de demonstrar uma «atitude», de «marcar uma posição», de ganhar um virtual concurso de popularidade e respeito em grupos que se definem pela auto-imagem de rebeldia. Daí o rótulo de «o 9ºC em grande» que servia de título ao vídeo.
Como devemos reagir perante estes casos? Relativizando e pós-modernizando apenas na medida estritamente necessária. Não pactuando com políticas de silêncio e camuflagem destas condutas. Não culpabilizando a vítima pela agressão sofrida. Não querendo fazer crer que quem é violado(a) o é por sua única e exclusiva culpa. Havendo coragem de assumir as responsabilidades pelos actos. Pedir desculpa ajuda mas não resolve tudo. O pontapé depois de dado, não deixa de doer. Uma bala não retorna à arma depois de um instrumental «desculpe lá qualquer coisinha».
Mas existem três outros pontos que não queria deixar de sublinhar:
- Para alguns a docente estaria «impreparada» para lidar com esta situação. Mas como é possível estar preparado? Ouvi sugestões de conduta alternativa que, a serem seguidas, motivariam outras críticas. Se desistisse da disputa revelaria falta de autoridade; se saísse da sala em busca de alguém, teria abandonado a aula. A ninguém ocorreu que a situação se tornou um beco sem saída quando os restantes presentes optaram por pactuar com a vergonha em curso.
- Neste caso não está em causa apenas um tipo de violência, mas vários. A física, a verbal e a simbólica. Mas também a devassa da privacidade do jovem Copolla que decidiu gravar o episódio com a intenção de auto-glorificação do que se passava e não de denúncia.
- E para finalizar o único aspecto verdadeiramente decorrente dos tempos: nestes dias a imagem impera. Apesar da violência que representou a repetição à exaustão das imagens em blogues e televisões, sem elas talvez tudo não viesse a passar de um impresso de ocorrência disciplinar que se deixaria guardado numa gaveta.
Parece que nos transformámos todos em S. Tomé, nesta idade onde só a imagem conta.
Março 29, 2008 at 10:17 am
ISTO É INCRÍVEL!
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=932745
Março 29, 2008 at 10:48 am
Cada um de nós tem a sua forma de responder aos seus “medos” ou de reagir ao imprevisto. A Diferença é o que de mais perfeito tem a Natureza. Por isso não atrevo-me a tecer considerações sobre a postura da colega.
Mas, pergunto, qual é a ordem natural: o professor “ter autoridade” ou o aluno respeitar o professor?
Ou não há ordem: as duas condições devem ser inerentes?
É que para alguns a questão da autoridade foi Vital…
Março 29, 2008 at 10:53 am
ana s.,
já espreitei os dois links: o do Portugal Diário e o do YouTube relativo ao tal mix sobre o incidente do telemóvel. É realmente infame, não consegui aguentar até ao final. Mais uma banalização do pior gosto.
Março 29, 2008 at 10:56 am
É verdade! Qualquer que fosse a atitude da vítima haveria sempre “doutos” prontos a culpabilizá-la. E o discurso seria o mesmo, o do “doutor papagaio”: “Impreparada, fragilizada”.
Março 29, 2008 at 11:15 am
O Ministério da Educação ou a Escola disponibilizaram apoio psicológico à Professora? Ou, sendo professora, não precisa?!
Março 29, 2008 at 11:20 am
Julgo que o “apoio ” à profesora foi ficar uma semana em casa…
O respeito pelo professor e a “autoridade” do professor devem estar no mesmo plano, é uma opinião.
Março 29, 2008 at 11:26 am
E o impacto do reencontro da professora com os indígenas? Como será?
Março 29, 2008 at 11:31 am
A turma tinha 29 alunos. É uma loucura, nos dias de hoje, uma turma com essa dimensão.
Março 29, 2008 at 11:36 am
Hoje, na RTP1, fez-se o comentário à imprensa escrita e foi chamada a atenção para o facto de, no dia em que o video foi divulgado, em Oeiras um aluno ter ameaçado uma professora com uma lâmina.
Como vivemos na era da imagem, se um aluno não filmar a cena a informação pouco impacto tem.
Março 29, 2008 at 11:38 am
A mãe afirmou à imprensa que não tinha sido essa a educação que dera a sua filha. Pois não, por certo. Porque quem educa os jovens de hoje são os “Morangos com Açúcar”, onde os comportamentos dos alunos nas aulas deixam muito a desejar. Sobre isso é que as tv’s não fazem debates…
Março 29, 2008 at 11:44 am
Ana S.,
Concordo.
E logo virá alguém perguntar e a lâmina estaria afiada? Terá sido a ameaça que se quer fazer crer?
E a atitude da docente? Será que a professora não deveria ter reagido de outro modo, evitando assim a ameaça?
Março 29, 2008 at 11:51 am
O aproveitamento comercial e “musical” que está a ser feito revela o país real. Um país onde a escola e os professores perderam prestígio, em favor da “cultura de rua” e dos cabecilhas (da indisciplina, do gang…). A escola é cada vez mais um local de confronto entre duas realidades. Um dos problemas é que continuamos a pensar na escola que “era”, rejeitando (evitando, esquecendo) uma realidade que só é nova pela sua amplitude. È esta atitude de rejeição da realidade que nos leva a desculpabilizar agressores e a aplicar sanções ridiculas (suspensão dois dias = dois dias de jogos no computador :)) até porque também idealizamos os pais (que em muitos casos não têm controlo sobre os filhos, nenhum).
Março 29, 2008 at 12:00 pm
A divulgação deste video teve o impacto que teve porque quebrou um interdito. Podíamos criticar as políticas educativas, os programas, mais isto e aquilo mas das dissidências que se passam na sala de aulas ninguém falava.
1-Os professores, porque não gostam que se saiba que, por vezes, são postos em causa;
2-Os pais, porque não gostam que se saiba que não sabem nem educar nem motivar os filhos;
3-O Ministério, porque todas as suas políticas partem do pressuposto que não há resistência à aprendizagem e que TODAS as criancinhas acordam felicíssimas todas as manhãs, entusiasmadas com a ideia de irem para a escola.
As madames ex-hippies e ex-MRPP que controlam o Ministério da Educação fazem TUDO para esquecer que a escola é um espaço fechado que as crianças são obrigadas a frequentar, onde são obrigadas a trabalhar e a obedecer a regras. A cumprir horários, programas e normas. Essas madames concebem a escola como um espaço idílico, onde o problema da autoridade não se põe e recusam-se não só a discutir essa questão (são sempre casos pontuais) como a fornecer instrumentos ao pessoal docente e não-docente para que a autoridade se exerça.
Com a publicação do video, esse recalcado rebentou-se-lhes nas trombas.
nota: os antigos países de Leste sabiam bem qual era a natureza da escola e actuavam em conformidade. Sem psicologizações.
Março 29, 2008 at 12:07 pm
Ulisses,
A meu ver, o problema é um pouco mais grave.
As “madames” não são assim tão ingénuas… sabem bem que a escola não é um espaço idílico, o que torna tudo muito mais perverso.
Março 29, 2008 at 12:32 pm
“Rafael, o aluno que gravou o acto de indisciplina que correu todo o País, deixa no seu espaço de Hi5 um adeus, mas também um aviso à docente: “Eu é que sou o c… do chefe. A tona da professora de Francês estraga tudo”. O jovem, que também vai ser transferido da Carolina Michaelis, reage assim contra Adozinda Cruz, que apresentou queixa contra Patrícia e todos os alunos da turma 9.º C.” in CM on-line
Março 29, 2008 at 12:40 pm
Na secundária onde se encontra a minha filha mais nova, todas as turmas de 10º ano “fecharam” a 29 alunos, situação impensável há alguns anos atrás (já fui aluna e professora na referida escola e sei do que falo). A indisciplina e o bullying (incluindo a troça aos que se preocupam com os resultados escolares) têm sido uma constante em algumas turmas. Parece-me viver um momento mais sombrio, embora tente não deixar transparecer excessivamente as minhas preocupações junto da miúda. As classificações da globalidade da turma em que ela se encontra têm sido preocupantes, pois o acesso aos resultados é feito através da net e por pauta de final de período, o que permite tirar conclusões. Resta-me aguardar uma “triagem” para o 11º ano, esperando que impere o bom senso e não chegue a “fúria da estatística” ou a ânsia pelo “Excelente”. E eu que ainda cheguei a sentir uma certa nostalgia quando mudei do secundário para o básico!
“Last but not least”: já me incomodei nas reuniões com EE quando o pai-representante criticou as aulas dos docentes A e B por nelas ocorrer maior indisciplina é que, segundo ” O PAI”, “estes professores são mais dóceis”. Os jovens de 15-16 anos não sabem que têm de se comportar nas aulas (isto não deveria vir de casa) por muito “amigáveis” que sejam os professores?Parece-me óbvio, mas…
Março 29, 2008 at 12:41 pm
Esse menino Rafel é um ditador em potência.
Um glorioso futuro, ou não,! o aguarda…
Março 29, 2008 at 12:46 pm
RC:
Claro que não são assim tão ingénuas. Senão não teriam fugido das escolas e corrido a refugiar-se nas DRE’s ou no ME. Mas actuam como se assim fosse.
Concordo que é tudo muito mais perverso.
Mas, por mais teses de mestrado e de pós-gruaduação que se façam, ninguém discute a natureza da escola. É tabu. Vivemos todos num “doce engano”.
Março 29, 2008 at 12:47 pm
Penso que a grande diferença em relação ao passado é que o radicalismo de esquerda se instalou no poder (geração contestatária de Maio 68) e com a sua indignação acrescentada à boa consciência e à vontade de agir, acabou por assumir um ataque desenfreado a tudo o que cheirava a “autoridade”, “privilégio” e outras coisa que representavam o “passado”.
Com esta superioridade moral querem agora acabar também com o sentimento de culpa e o remorso.
Por isso esta postura de eterno adolescente de Sócrates (e o seu jogging), Vital Moreira (e o seu combate aos privilégios), Ana Gomes (e a sua verborreia infernal contra as injustiças) e toda a galeria de anormais e nostálgicos do anti-fascismo que encontrou no PS o seu veículo de terapia contra todas as frustraçoes que sentiram no passado.
O PS transformou-se num enorme divã onde os seus dirigentes concretizam os seus sonhos de adolescentes, onde dão asas ao seu capital de ressentimento acumulado e se vingam do passado.
Março 29, 2008 at 12:54 pm
Maria A.,
Também considero preocupante o “bullying” que ocorre nas escolas para com os alunos que se destacam pela positiva (boa educação e boas notas).
Março 29, 2008 at 12:56 pm
Caro Paulo
Parabéns por este excelente texto.
Assino por baixo… e gostaria de o ter escrito.
Março 29, 2008 at 1:32 pm
A sociedade ( politicos , jornalistas….) que aguarde! Não tarda esses bons selvagens vão estar no Mundo do trabalho. Com habilitações (CNO, CEF’s, PIEF’s ), sem preparação e sem regras, está próximo o seu ataque fora das escolas! Espero que vários deputados, jornalistas, ” ilumindados”, e sobretudo os professores do PS que aprovaram as políticas do ME, tropeçem neles. Boa Sorte!
Março 29, 2008 at 1:48 pm
Um texto que não é meu sobre um medo que também é meu.
“Inclino-me a pensar que os sindicatos vão, mais uma vez, desmobilizar os
professores a troco de coisa nenhuma. Umas cedências de pormenor, mantendo o
modelo tal como está, para dar a ideia de que houve recuo e que todos
ganharam. Se assim for (oxalá me engane!), será uma desgraça para os
professores. Com os professores de joelhos, outras malfeitorias virão: fim
das pausas da Páscoa e do Natal, escolas abertas e com alunos durante a
Páscoa e o Natal, formação contínua aos sábados, etc. A profissão tal como
a conhecemos está em vias de acabar. A escola pública vai morrer. As classes
alta e média alta vão colocar os seus filhos em colégios privados e as
escolas públicas transformar-se-ão em imensos CEFs onde não se aprende nada,
apenas se guardam crianças e adolescentes. Os professores assistirão ao
nascimento de um outro estatuto, ainda pior que o actual: o estatuto de
prestadores de cuidados sociais e de empregados domésticos dos pais.”
Ramiro Marques
Março 29, 2008 at 2:01 pm
O PR chamou o PGR para tratar do caso do vídeo que o deixou preocupado, ou coisa do género (ouvi hoje nas notícias). Já terá chamado mrl? Ou a senhora está a recuperar da viagem e não pode ser incomodada? Ou não tem nada que ver com a situação porque ela até nem aparece no vídeo? Ou pior, não sabe o que fazer com isto? Estas preocupações do PR, politicamente correctas, mas hipocritamente inconsequentes, já saturam. É caso para dizer: triste sina a deste país.
Março 29, 2008 at 2:14 pm
Estou ansioso para ouvir o Valter Lemos sobre esta preocupação do PR…
Março 29, 2008 at 2:16 pm
Afinal ficou “profundamente chocado”, vi agora. É indiferente o adjecto com mais ou menos advérbio, porque o resultado é o mesmo: nada. O que o PR pretende é ficar bem visto aos olhos dos portugueses, e para isso faz cara feia, chama o PGR, adjectiva em abundância e já está. Cumpriu a sua função, acautelou a reeleição e a vidinha pode continuar.
Março 29, 2008 at 2:19 pm
“É indiferente o adjectivo…” melhor assim.
Março 29, 2008 at 2:23 pm
Quero começar a ver medidas para combater a indisciplina. Está na hora do ME começar a fazer alguma coisa. Infelizmente, parece-me que isto vai dar em pouco.
Uma das primeiras medidas deve ser reduzir o número de alunos por turma. Tudo o que ultrapasse 20 alunos é demais.
No novo Estatuto o aluno não pode ser expulso. Gostava de saber o que é que os alunos que serão transferidos vão fazer nas outras escolas. Um acompanhamento específico devia ser obrigatório.
Março 29, 2008 at 2:24 pm
Ainda bem que o Presidente ficou chocado. Espero que esse choque possa ser direccionado para a ministra.
Março 29, 2008 at 2:31 pm
Partilhando textos inteligentes… 🙂
http://www.pesdevento.blogspot.com/
Março 29, 2008 at 2:39 pm
Este também está engraçado:
http://reinodamacacada.blogspot.com/2008/03/ainda-h-gente-que-pensa-por-si.html#links
Março 29, 2008 at 2:41 pm
O trio do ME devia ter vergonha das declarações que fez a propósito da indisciplina.
Claro que muitos CE também são responsáveis. Não saem dos gabinetes e quando alguém pede ajuda, a resposta é: Chamem a polícia ou resolvam a situação. Passa-se isto na minha escola!E vão ser esta gente os futuros Directores? Por favor, façam uma limpeza e devolvam estas pessoas às salas de aula!
Valter Lemos já não se respeita o PGR. Este País foi tomado de assalto por esta gentinha! Onde vamos parar?
O Presidente da República devia ter chamado o primeiro ministro após a manifestação do dia 8 de Março e exigir a demissão da ME e SE. Ainda vai a tempo se quiser salvar este País.
Não podemos continuar a ser enxovalhados e muito menos contribuir que para estes PS e seus satélites continuem no poder!Desde a Ana Benavente que isto tem sido um churrilho de disparates e um ataque à dignidade do professor!
Março 29, 2008 at 2:42 pm
Corrijo : vai ser
Março 29, 2008 at 2:45 pm
Hoje, no Expresso, página 2:
“Professor –anti ”bullying”
– No primeiro dia de aulas, tem de negociar (não impor) regras claras para todo o ano. Sem autoritarismos _ a autoridade conquista-se.
– Não pode permitir ou sequer ignorar, nem uma única vez, comportamentos inadequados. Indisciplina exige rigor.
-Deve ser o primeiro a chegar à porta da sala, mas o último a entrar.
-Deve colocar mais questões que os alunos e supervisionar sempre o trabalho da turma.
-Uma mão no ombro de um aluno que esteja a ficar irrequieto faz milagres.”
Eis a panaceia.
Março 29, 2008 at 2:46 pm
Fernando Madrinha, do Expresso, foi recentemente criticado por muitos de nós e quase comparado com escribas menores. Escrevi aqui, no dia 27 de Março, o seguinte comentário que terá sido pouco ou nada lido.
“Uma informação. Aquando da publicação do Estatuto do Aluno que transformou os processos disciplinares em simulacros do funcionamento dos nossos tribunais, Fernando Madrinha escreveu um excelente texto, bem fundamentado, onde inclusivamente contava os procedimentos necessários para a sua concretização. Se bem me lembro, eram dezassete. Na altura ninguém o ouviu, mas ainda hoje eu costumo lembrar esse trabalho jornalístico como exemplar. Mudam-se os tempos… E agora, Fernando Madrinha?”.
O jornalista faz hoje, no mesmo jornal, mais uma brilhante análise, abordando de novo o Estatuto do Aluno, com exemplos concretos. Por vezes, podemos discordar dele, mas continua a ser uma voz esclarecida e lúcida.
Março 29, 2008 at 2:49 pm
Acho que a oportunidade que estamos a ter é única. Temos obrigação de a aproveitar e fazer com que a educação mude de rumo.
Eles estão lá pelos gabinetes a elaborar legislação “bonita” mas quem dá a cara todos os dias somos nós. Quem é que vai aguentar até aos 65 anos?
Março 29, 2008 at 2:50 pm
O Sr PR pode também ficar chocado com estas afirmações:
“… mau caminho estar a projectar temas destes para como se fossem grandes temas da actualidade política não são…” (SIC-Jornal da Noite-22/03/08)
Então mas desculpem a Senhora Ministra não esteve com o PR em Moçambique?
Continuam a achar que os 100000 se manifestaram à toa?
Março 29, 2008 at 2:56 pm
Cá para mim, estão a tentar “atirar areia para os olhos” para poderem segurar a ministra e os seus secretários. Apesar de todas as asneiras que têm andado a fazer!
Não podemos deixar que a coisa se fique por aqui. A presença de 100 mil em Lisboa legitima a nossa luta.
Março 29, 2008 at 3:00 pm
Precisamos de questionar a qualidade da legislação que este ME produz! Pode ser que os jornalistas comecem a investigar e a compreender que a nossa luta não se prende com ” privilégios” mas com capacidade de exigir legislação de qualidade.
Março 29, 2008 at 3:05 pm
O que pensa Fernando Madrinha sobre a manifestação. Destaco a última afirmação que deve corresponder ao que muita gente pensa.
“As dezenas de milhar de professores que vieram a Lisboa no sábado certamente esperavam, no mínimo, que a avaliação fosse suspensa; no máximo, que a ministra da Educação fosse demitida. Uma semana depois, o que vêem são os sindicatos – e a Fenprof em particular, que liderou todo o processo – a mendigarem um sinal de cedência nos procedimentos, nem que seja a dispensa de observação de aulas por parte dos avaliadores, ou a sugerirem cedências inexistentes para mascarar a inutilidade da sua estrondosa vitória. Quanto à ministra da Educação, vai repetindo o que sempre disse e desmontando a argumentação sindical que serviu para mobilizar os professores…
Mas se, depois de tanto repetir as suas explicações, a ministra também conseguir fazer-se ouvir nas escolas, é bem possível que a serenidade regresse em breve.” http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/267930
Março 29, 2008 at 3:08 pm
Link para opinião de F. Madrinha sobre Estatuto do Aluno:
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/156617
Março 29, 2008 at 3:09 pm
Eu tenho filhos, todos em idade escolar. O mais velho está no 12º ano, com 16 anos e o mais novo no 3º ano de escolaridade. Sempre os “avisei” que no dia em que entendessem ser incorrectos, com um professor, um colega, um funcionário, aliás fosse com quem fosse, era a priemira vez e a única vez. Se a filha fosse minha e tendo atingido como único nível positivo o de educação física, ela não voltaria este ano à escola… continuaria com as aulas de educação física em casa, a fazer o que eu faço , porque fui educada desde os 11 anos a tomar conta de tarefas que inicialmente eram exclusivas da minha mãe. Ao Chico esperto arranjava-lhe trabalho na construção civil até ao ínicio do próximo ano lectivo.
Março 29, 2008 at 3:11 pm
Temos o dever cívico de combater as más leis.
A avaliação e a autoridade podem ser leit-motiv para mudanças significativas nas nossas escolas e nas nossas vidas.
http://a52abrantes.wordpress.com/
Março 29, 2008 at 3:11 pm
Muito bem, Graça.Legislação de qualidade. Ainda há uma margenzinha de manobra para fazermos Regulamentos Internos adequados. Basta preocuparmo-nos com isso. Ou já chegámos ao título do livro de poemas de M.A.Pina: “Ainda nao é o fim nem o princípio do Mundo. Calma. É apenas um pouco tarde”?
Março 29, 2008 at 3:15 pm
Mas que rabinhos de palha, heverá por aí, e que sendo do conhecimento do “trio maravilha”, os segura tanto à cadera? Ou será que já estou a ter alucinações, provocadas pelo calor que se vem aqui chegando à planície? Por muito menos já caíram outros e isto já não é só teima, isto já soa a “engulhos”. Ora, fazendo assim umas contas, isto já são para mais de 100 mil os ofendidos, sem contar com a Benavente,o ministro da altura, o PR, os 50 deputados do P.S., os pais dos alunos que querem aprender. Isto nas minhas contas já são muitos votos. Então, por é que ainda lá estão? Só pode ser a teoria da conspiração ou então, pensam que somos mesmo estúpidos e que na hora das contas, nos esqueçemos do troco.
Março 29, 2008 at 3:16 pm
29 Março 2008 – 00.30h
FENPROF acusa ministra de ter mentido
Professores pedem “respeito”
Um grupo de cem professores aproveitou ontem a presença de Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, no Instituto Politécnico de Viseu, para se manifestar contra o processo de avaliação do desempenho de docentes.
Valter Lemos entrou por uma porta situada num local oposto àquele onde estavam os manifestantes, passou à sua frente sem lhes falar e foi tomar um café. Depois entrou na sala onde se reuniu com os presidentes dos conselhos executivos das escolas do distrito de Viseu.
Os professores, que empunhavam uma faixa onde se lia “Respeitem as escolas e professores. Demitam-se”, dizem que não vão “desarmar” na luta contra o “modelo de avaliação proposto”. Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, criticou a aprovação pelo Conselho de Ministros das condições para a colocação na mobilidade especial dos docentes incapazes de leccionar. “Vem provar que a ministra da Educação não falou verdade quando disse que nem um só professor passaria para a mobilidade especial”, referiu.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=82E48356-B4A5-44D3-BC1B-31A451C66360&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010
Março 29, 2008 at 3:20 pm
Eu vou mais longe: Não podemos agir judicialmente no Tribunal Europeu contra o ME ?
Os danos são tantos, que penso que temos matéria mais que suficiente para os responsabilizar!
Não podemos andar a reboque das leviandades desta gentinha, fala-se no modelo da Finlândia, aplica-se o modelo de avaliação de docentes do Chile, vão-se copiar umas coisitas ao Brasil, e quando forem corridos , espero bem, vão ter um tachinho cá fora. Ora vejam:
*Fernando Nogueira:*
> Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
> Agora – Presidente do BCP Angola
>
> *José de Oliveira e Costa:*
> Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
> Agora -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)
>
> *Rui** Machete:*
> Antes – Ministro dos Assuntos Sociais
> Agora – Presidente do Conselho Superior do BPN; Presidente do Conselho
> Executivo da FLAD
>
Armando Vara:*
> Antes – Ministro adjunto do Primeiro Ministro
> Agora – Vice-Presidente do BCP
>
> *Paulo Teixeira Pinto:*
> Antes – Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
> Agora – Presidente do BCP (Ex. – Depois de 3 anos de ‘trabalho’, Saiu com 10
> milhões de indemnização !!! e mais 35.000€ x 15 meses por ano até morrer…)
>
>
> *António Vitorino:*
> Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
> Agora -Vice-Presidente da PT Internacional; Presidente da Assembleia Geral
> do Santander Totta – (e ainda umas ‘patacas’ como comentador RTP)
>
> *Celeste Cardona:*
> Antes – Ministra da Justiça
> Agora – Vogal do CA da CGD
>
> *José Silveira Godinho:*
> Antes – Secretário de Estado das Finanças
> Agora – Administrador do BES
>
> *João de Deus Pinheiro:*
> Antes – Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
> Agora – Vogal do CA do Banco Privado Português.
>
> *Elias da Costa:*
> Antes – Secretário de Estado da Construção e Habitação –
> Agora – Vogal do CA do BES
>
> *Ferreira do Amaral:*
> Antes – Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante
> de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
> Agora – Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato.
>
> etc etc etc…
>
> *O que é isto ? **
> – Não, não é a América Latina, nem Angola. É Portugal no seu esplendor!
>
blog do prof. Ramiro Marques
Março 29, 2008 at 3:21 pm
minoria absoluta daqui a um ano!
Março 29, 2008 at 3:22 pm
Temos de recusar todos os concursos e não pactuar com manobras de diversão do ME. Eles não tem qualidade para nos impôr nada.
Pela primeira vez assisto neste país a uma acção extraordinária -os professores cansaram-se e respondem na mesma moeda aos comentadores de serviço.Mais, de graça sem remuneração para tal e com mais qualidade do que aparecem nos jornais. E os jornais tremem, os jornalistas receiam…. já não estão sózinhos no seu pedestal!
Parabéns à Blogosfera!
Março 29, 2008 at 3:28 pm
In temp oral,
O Fernando Madrinha mantém a sua linha, não se desviou dela.
Queixa-se do que o incomoda, saber-se-á lá por que razões próximas.
A indisciplina incomoda-o e o laxismo do Estatuto do Aluno.
Quanto aos professores só o incomoda o trabalho que ficou para os avaliadores.
😉
Março 29, 2008 at 3:43 pm
Bom regresso, Paulo.
Sou um iconoclasta militante. Nem a mim me considero um deus (eh, eh…). Consigo encontrar defeitos na Charlize Theron, vê lá! Queria apenas que não se comparasse trambolhamento mental com jornalismo (mais) sério. Como tentei, pode discordar-se, mas considerar respeitosa a opinião.
Março 29, 2008 at 3:47 pm
“…como tentei dizer…”
Não coloquei o bonequito a sorrir porque não o encontro no meu computador. É um bocadito antigo, se calhar ainda veio sem bonecos. Será por isso? (Eh, eh…)
Março 29, 2008 at 3:49 pm
As confusões da ministra. Algumas correcções ao que ela disse
Na entrevista à jornalista Judite de Sousa, que lhe colocou algumas perguntas pertinentes, a Sr.ª Ministra da Educação fez algumas confusões.
1º. “Os professores serão avaliados pelos resultados em função do contexto escolar em que estão”. Toda a gente sabe que os Exames Nacionais são iguais em todo o país.
2º. “Um professor que tenha alunos que mereçam 8 será mais beneficiado na sua avaliação do que um que tenha discentes a quem possa dar 18, se inicialmente estes já tivessem 18.” Se o professor é avaliado pelo sucesso dos seus alunos, o que a Ministra disse significa que 8 será sucesso? Faça favor de dizer isso a quem vai avaliar o professor que tenha alunos que mereçam 8.
3º. “Os resultados dos alunos só contam 6,5 % na avaliação dos professores”. Os resultados dos alunos na avaliação interna contam 6,5 %, os resultados dos alunos na avaliação externa contabilizam mais 6,5 % e o abandono escolar ainda outros 6,5 %, o que soma 19, 5 % de factores que dependem da sorte do professor na atribuição das turmas.
4º. “A avaliação dos professores é menos rigorosa do que a dos outros funcionários públicos”. Essa é mais uma tentativa da Sr.ª Ministra virar a opinião pública contra os professores. Em mais nenhuma profissão, as pessoas são avaliadas pelo desempenho dos *outros*. É verdade: os professores vão ser avaliados pelo desempenho dos alunos, não importando se os alunos têm capacidade, vão à escola ou se emigraram. Se um aluno acompanhar os pais para outro país, será obrigação dos professores ir buscá-lo e ficar com ele em sua casa até que termine o ano lectivo? Imaginemos que os médicos eram avaliados pelas mortes que evitavam, também estariam tão desgraçados como os professores estão agora, pois todos acabaremos por morrer um dia.
5º. “A avaliação foi negociada”. As subjectivas e burocráticas grelhas que foram aprovadas pelo governo são idênticas às que foram contestadas.
6º. “Os professores que têm Bom podem sempre progredir”. Esqueceu-se de que, quando as vagas de professores titulares estiverem preenchidas, ninguém poderá progredir nem que tenha “Excelente”, a não ser que mate quem esteja a ocupar a vaga, mas se não tiver um bom advogado corre o risco de ir parar à cadeia e a vaga deixada pela vítima será ocupada por um terceiro.
7º. “Os professores titulares podem delegar a avaliação noutros que sejam mais competentes”. Só seria assim se a competência fosse sinónima de antiguidade, como aconteceu no 1º concurso de professor titular.
8º. “A avaliação dos professores é feita pelos seus pares”. Se assim fosse, qualquer professor poderia ser eleito coordenador e avaliador, mas isso não acontece, porque só os professores titulares é que podem avaliar e faltar às suas aulas para avaliar os outros (imagine-se!). Os alunos do professor titular têm aula de substituição, enquanto este assiste à aula de um subalterno. É um paradoxo! Nunca pensei que as pessoas fossem tão loucas, a ponto de aceitarem esta situação como positiva! Os professores não podem faltar para fazerem formação, acompanharem alunos em visitas de estudo ou assistirem a um funeral de um familiar próximo, sob pena de serem prejudicados na sua avaliação, mas os titulares podem faltar e abandonar os seus alunos para assistirem a aulas!!!…
Houve um ponto em que a Sr.ª Ministra teve razão: Grande parte dos professores ainda não teve tempo para ler os documentos e ainda não percebeu o que está em causa. Se todos os docentes tivessem lido todos os documentos, a Manifestação do dia 8 de Março não seria “só” de 100 mil professores, mas de 150 mil. Está provado que nas escolas, em que o injusto processo de avaliação está mais adiantado, a adesão dos professores é de praticamente 100%, incluindo os avaliadores.
Março 29, 2008 at 3:54 pm
Expliquem-me se faz favor o que é que tem que aparecer no YouTube para que se discuta o Estatuto da Carreira Doente?
Março 29, 2008 at 3:55 pm
Desculpem digo Estatuto da Carreira Docente
Março 29, 2008 at 3:58 pm
Tânia, o adjectivo está muito bem aplicado. Não havia necessidade de corrigir.
Março 29, 2008 at 3:59 pm
O artigo está excelente.
Março 29, 2008 at 3:59 pm
Ora Tânia, aí é que está a questão…
Se calhar, tem que aparecer um secretário de estado a filmar outro secretário de estado a apanhar uns tapas do Sócrates por “só” ter conseguido cortar em 2/3 dos salários dos professores…
Março 29, 2008 at 4:06 pm
In temp oral, colocam-se dois pontos e um D, assim : + D = 😀
😉
Março 29, 2008 at 4:15 pm
Sexta-feira, 28 de Março de 2008
O ego insuflável
Com base aos estudos de opinião publicados, é possível afirmar que José Sócrates começou a descer ao inferno da repulsa dos eleitores – “o pior primeiro-ministro” desde o 25 de Abril de 1974, segundo sondagem revelada pelo Jornal de Negócios de ontem, 27-3-2008. Por isso, mascara-se de suavidade e prodigalidade (baixa do IVA de 21% para 20% a meio do ano orçamental, anunciada em 27-3-2008) a política autoritária e somítica e recuperam-se potestivamente causas divisórias, ditas “fracturantes” porque quebram a unidade popular, como o divórcio a pedido ou, mais rápido ainda, Divórcio na Hora à moda do Simplex. O aperto da crise económica, incontornável mesmo para os media de confiança, obrigará provavelmente à introdução de outras causas divisórias – eutanásia, procriação assistida, adopção de crianças por homossexuais e regionalização – para cobrir o flanco esquerdo desprotegido e distrair o flanco direito com o folclore ideológico. E ainda poderá baixar o IVA para os 18%, como me dizia uma amiga, de forma a descer a fasquia abaixo do governo Durão Barroso.
Porém, a situação económica internacional não perdoa e a popularidade de José Sócrates está num abismo nas famílias com desempregados e emigrantes – para além dos famigerados funcionários públicos, professores, médicos, enfermeiros e doentes, militares e polícias, reformados e contribuintes.
http://doportugalprofundo.blogspot.com/
Março 29, 2008 at 4:24 pm
Vou experimentar. Será que aparece o boneco?
😀 🙂
Março 29, 2008 at 4:25 pm
Isto é fácil!!!
😀 🙂 😦 😉 =)
Março 29, 2008 at 4:25 pm
“Recuperamos, todavia, o video filmado em 10 de Março de 2007 no Corta-Marto do Desporto Escolar em Santa Maria da Feira, com a Prof. Doutora socióloga Maria de Lurdes Rodrigues no papel principal. Aqui fica o exemplo pedagógico da ministra.”
Ministra da Educação Prof. Doutora Maria de Lurdes Rodrigues
Corta-Mato do Desporto Escolar, Santa Maria da Feira, 10-3-2007
http://doportugalprofundo.blogspot.com/
Março 29, 2008 at 4:50 pm
Não resisto a meter a mão no açucareiro! 😀
Março 29, 2008 at 4:51 pm
Funcionou mesmo. Obrigado! 😀
Março 29, 2008 at 4:52 pm
Esta realidade das escolas reforça a importância de se promover a avaliação de desempenho dos professores. Depois de apreciada a qualidade dos professores, evidenciada pelos vídeos, só s epode concluir uma coisa: existe muito boa gente que há muito deveria ter sido excluída do ensino.
Março 29, 2008 at 5:02 pm
Acho curioso que tentem transformar um incidente desta natureza na crítica à Ministra,quando o que se passa é que as atitudes de alguns professores, assobiando governantes, andando de camisolas pretas, levando a “política para as escolas”, contribuem para o desprestígio da classe. Claro que pdemos pensar ue se faz a sua intrmentalização….Hoje já não há operários de fato de macaco mas funcionários públicos!
Março 29, 2008 at 5:07 pm
http://www.marktest.com/wap/a/p/s~1/id~e9.aspx
Resultado da acção fime da Ministrada Educação?
Março 29, 2008 at 5:14 pm
http://br.youtube.com/watch?v=cSA239vNRGQ&feature=related
Neste vídeo pode ser visto o que se passa no Brasil.
Será que o modelo a implementar pelo governo se baseia no brasileiro.
Qual é capital de Portugal mesmo?
Março 29, 2008 at 5:26 pm
😀
Março 29, 2008 at 5:26 pm
Podemos saber a sua profissão sr. Fernando Melo?
Sabe ler e escrever, graças a quem?
Costuma ser avaliado na sua profissão por pessoas de outro ramo mas que têm mais tempo de serviço?
Precisamos de saber mais para também o avaliarmos por cá.
Março 29, 2008 at 5:46 pm
Pronto, acho bem que o 68 diga a sua opinião: “Levar a política para a escola”?(Malandros, ali a pensar à frente das crianças!); “Andar de camisolas pretas”? Atão se ainda fossem do Ferra o Bico, lá da terra… que o fado é que educa e o futebol é que instrói. E depois está claro que são todos do PC. e das células mais activas do norte, que é onde isto tudo começa. E depois não se vê logo que é com este chileno modelo de avaliação que se vão irradiar do ensino, as pessoas menos preparadas?( Preparadas para quê? Ensinar ou levar porradas?) O homem tá cheio de razão. Só não sei em que parte da galáxia ele vive.Na minha, as pessoas trabalham, são livres, e esforçam-se por ser felizes, mas não as confundimos com os borregos que aqui andam a pastar, esses são comidos na Páscoa. As pessoas não.
Março 29, 2008 at 5:47 pm
Este post, como sempre, cristalino…
no final, a questão é a do provérbio “preso por ter cão e preso por não ter!” e a facilidade com que se julga uma situação sem se conseguirem “ver” nela… é muito fácil falar sentadinhos no sofá…
Quanto ao menino Rafael, o sr. dr. juiz que veja o site e tire as suas conclusões… eu , se mandasse, obrigava-os a contar ou ler histórias a crianças pequenas , se possível àquelas que por pecados/crimes das mães passam os 3 1ºs anos nas prisões… para que eles percebessem o que é entrar numa casa onde os portões fecham nas costas das pessoas a liberdade… Eu sei, paulo, estou muito radical hoje… porque já vi alguns meninos do género apoiados pelos pais ( que não lhes tinham dado aquela educação, mas que admitiam que lhes falassem aos berros) irem parar em adultos à “casa branca ” ( eufemismo que uso para prisão) e mesmo nessa altura alguns pais ainda não percebem…
Olinda: pede-lhe as grelhas da sua avaliação a esse sr… eu ando farta de as pedir a torto e a direito … e até hoje … nada…
Março 29, 2008 at 6:09 pm
Rendadebilros
Estes “trabalhadores” que vêm cá ao blogue do Paulo, começam a enervar-me, metem-se em conversas sem perceberem nada do assunto, destilam veneno, revelam as suas frustrações, maus princípios, enfim. Compreendo que andem a passar uma fase má, que estejam a passar pela crise económica ou até pela crise da meia-idade, quem sabe? Mas aproveitarem um blogue frequentado por gente respeitável, que trabalha mais de 50 horas por semana e precisa de um local onde se sinta acompanhado, é demais.
Ainda não perceberam que certos blogues são locais onde as pessoas se sentem bem e partilham opiniões e informações, tal como Habermas dizia.
Ele chamava a isto a esfera pública, local onde as ideias são examinadas, discutidas e argumentadas.
O espaço desta esfera pública tem diminuído sob a influência das grandes corporações e do poder dos media. Uma implicação óbvia é que isto é uma estratégia de divisão e conquista.
Um recente fenómeno interessante é o surgimento dos blogues como uma nova esfera pública, e é isto que se passa por aqui, este blogue é um FENÓMENO por isso mesmo.
Deixem as “invejas e mesquinhices” em casa e venham partilhar ideias connosco.
Março 29, 2008 at 6:37 pm
Bem dito, Olinda!
Março 30, 2008 at 12:05 am
Mas então…, isto do filme no youtube, e da violência na aula ca “Carolina” não começa já a ser mais uma “telenovela” mediatica para fazer esquecer a luta dos professores?
( claro que a indisciplina é grave)
Avaliação? Novo ECD? Já tudo “passou” a segundo plano?