Poderia desenvolver bastante o tema, mas prefiro não ir por caminhos muito complicados – mas por demais conhecidos, incluindo pelos decisores políticos que estão e estiveram no MEC – acerca da relação entre a produção do lucro na base da produção de sucesso a peso.
O estudo original encontra-se a partir daqui e dá base empírica a algumas evidências que quase todos nós conhecemos.
(…)
Expresso, 3 de Maio de 2014
Como vai sendo costume, é penoso e mesmo deprimente do ponto de vista intelectual ler as declarações de Queiroz e Mello sempre que se descobrem as falcatruas do lobby que representa. Quando se tenta tapar o sol com o cabo da peneira…
Qual o maior problema?
É que este governo está polvilhado de gente que vem destes meios e práticas e que neles não encontra qualquer mal, antes achando que é a forma natural de ter “sucesso” na vida.
A diferença é que agora querem que o Estado pague por completo a mistificação, em vez de serem os papás.
Maio 3, 2014 at 2:56 pm
Excelente a sua chamada de atenção para este artigo que eu desconhecia por completo. Apesar de ainda não o ter comprado, para ser publicado pela conceituadísima Springer só pode ser ótimo! Os autores são portugueses, sendo que conheço um deles. Comprem! Evidência baseada em factos! De bitaites estou eu farto!
Maio 3, 2014 at 3:38 pm
Esperem pelo relatório do JNE a publicar na próxima semana. Já foi apresentado nas reuniões de preparação de exames. Notável a lucidez e transparência do presidente do organismo. E não estou a ironizar. É mais uma confirmação de tudo o que já sabemos há anos. E com provas gráficas e matemáticas.
Maio 3, 2014 at 3:41 pm
É um presidente?
Maio 3, 2014 at 3:43 pm
#2,
Sobre?
Como os alunos não conseguem corresponder aos altos desígnios dos exames e não conseguem ter o maravilhoso sucesso que deveriam?
Tudo por culpa dos professores, como agora se passa com o made in Cambridge e a total confusão com o Speaking?
Sim, transparência é uma das coisas em que podemos falar.
Maio 3, 2014 at 3:52 pm
Só há uma maneira de resolver este problema, que é conhecido há décadas: maior peso da avaliação externa (exames) e selecção dos próprios alunos pela universidades. Segundo sei, porque é público, Nuno Crato considera que o peso dos exames no nosso sistema devia ser muito maior do que é. Duvido no entanto que a maioria dos actuais professores seja da mesma opinião.
Esta posição dos professores é para mim difícil de compreender dado que o normal é haver coincidência entre as notas dos testes e o conhecimento real dos alunos sobre as matérias que leccionam.
De quqlquer modo julgo que seria importante neste caso conhecer também a diferença entre a classificação interna e o exame escola a escola, dado que assim estamos a lidar com médias de quantidades muito diferentes.
Maio 3, 2014 at 3:53 pm
Conheci pessoalmente (mais um conhecimento pessoal…) a presidente do JNE em 2006 e não gostei do modo como me tratou, ou dito de outro modo, me ignorou despachando-me em 15 minutos. Já a então Diretora do GAVE, a Prof. Doutora Maria Glória Padrão, foi de uma simpatia inexcedível, tendo-me aturado mais de 2 h aí em Lisboa!
Apenas para dizer que uma “professorzeca” [ (:- ], ex presidente de um CE de uma escola de Lisboa, encarava o cargo dela com uma soberba desmedida, pensando talvez que aquele fosse mais importante que o de Diretor do GAVE e que as suas habilitações académicas, – uma licenciatura – fossem superiores às da professora Maria Glória Padrão.
Concluindo: há quem se arme aos cágados quando nem cágados tem!
Maio 3, 2014 at 3:56 pm
Estes colégios inflacionam notas internas para que os alunos possam entrar nos cursos que querem. Os papás sabem que é uma tradição e ao matricularem os filhos no privado já contam com essa benesse. Querem lá saber se as classificações não correspondem àquilo que os seus filhos valem ou aprenderam.
Há, no entanto, outras variáveis… Em certos colégios, os alunos mais fracos são reprovados propositadamente para não irem fazer exame, para não prejudicarem, assim, a média e o respectivo ranking.
Nas Caldas da Rainha, no ano passado, um colégio com contrato de associação levou a exame do 9.º ano apenas 54 dos 69 alunos inscritos. Colocado atrás de uma escola pública (que levou a exame 110 alunos em 118) na maioria dos rankings dos jornais, o seu director não se inibiu de escrever uma chamada de atenção para um jornal local a reivindicar a liderança concelhia.
É o que se chama fazer batota grosseira e ainda pretender um louvor por isso.
Canalhas!
Maio 3, 2014 at 3:57 pm
João Pereira: completamente de acordo com o que escreveu e que corresponde à realidade!
Maio 3, 2014 at 3:59 pm
#5,
Essa diferença é conhecida há anos, com a publicação dos chamados “rankings”.
Estão lá as diferenças e os jornais até fazem ordenações.
Quanto a uma oposição entre o que pensa Nuno Crato e o que pensam os “professores” (ora são algums, ora parecem todos), é capaz de ser possível que isso resulte de NCrato ter decidido implementar um sistema de exames low cost, em que se pretende testar ou examinar mais pela rama do que em profundidade.
Se há coisa que como professor defendo há muito é um modelo de avaliação externa a sério no Ensino Básico, com um cronograma articulado com as alterações curriculares e programáticas, não com os ciclos eleitorais e feito à pressa.
O que falta também?
A CORAGEM para fiscalizar a sério o que se passa em poderosos lobbys privados na área da Educação, que têm o CDS preso pelos tintins e, ao que parece, também conseguiu engolir o actual MEC na sua teia.
Maio 3, 2014 at 4:08 pm
#9 Calma, Paulo, que o Secretário de Estado Casanova anunciou, há uns dois meses, que estavam a estudar a redução do número de turmas nos colégios com contratos de associação…
Vamos esperar para ver o que acontece, ao mesmo tempo que também esperamos pelos resultados das investigações judiciárias ao mais poderoso grupo privado na educação em Portugal.
Ah… Portugal, estamos em Portugal…
Afinal, em Portugal, talvez se esqueçam do estudo mencionado pelo Casanova e a Judiciária passe ao lado das investigações que tanto eco tiveram em Fevereiro deste ano, abrindo as notícias de RTP, SIC e TVI.
Quanto ao dono dos colégios, nessa altura estava “no estrangeiro”. Será que já regressou ou tem medo de ir dentro?
Maio 3, 2014 at 4:09 pm
#10,
recebi há dias uma longa carta com diversas informações sobre essa situação.
Infelizmente anónima.
Espero que tenha seguido para outras instâncias, que muito daquilo eu já sabia.
Maio 3, 2014 at 4:49 pm
#9
Se há coisa que como professor defendo há muito é um modelo de avaliação externa a sério no Ensino Básico, com um cronograma articulado com as alterações curriculares e programáticas, não com os ciclos eleitorais e feito à pressa.
O que falta também?
A CORAGEM para fiscalizar a sério o que se passa em poderosos lobbys privados na área da Educação, que têm o CDS preso pelos tintins e, ao que parece, também conseguiu engolir o actual MEC na sua teia.
Mas está claro!…
E, a partir daí (e não ao contrário), então vamos falar da avaliação interna.
Maio 3, 2014 at 4:58 pm
#9
Essa diferença (entre a avaliação das escolas públicas e dos colégios) é conhecida há décadas, porque há décadas que alunos do ensino particular passam, normalmente no fim do básico, para a escola pública e os professores que os recebem facilmente constatam que as notas que trazem estão inflacionadas.
Maio 3, 2014 at 5:04 pm
Há outro problema que ninguém fala (como é feita a vigilância em certas salas no ensino privado).
Se querem dar mais peso aos exames de admissão ao ensino superior, proponho que sejam efetuados em terreno neutro, senão…
Maio 3, 2014 at 5:07 pm
Não haverá aí um génio do financismo ultra-neoliberal que crie um produto derivado que transforme esta produção colegial-privatística em algo que contribua para aumentar o PIB?
Maio 3, 2014 at 6:30 pm
#12,
A avaliação interna tem uma componente de conhecimentos (variável, que corresponde ao que é avaliado em exames) e um relativa ás atitudes (não avaliada em exames).
Nunca pode existir uma correspondência directa entre nota interna e externa, a menos que a das atitudes corresponda de muito perto à dos conhecimentos.
Pelo que, admito que estou quase a mudar de opinião, comece a fazer sentido uma proposta com algum tempo do Bloco para se atribuírem duas notas finais aos alunos.
Maio 3, 2014 at 6:58 pm
#16 Uma das coisas que está nesse relatório é isso mesmo: não existe (quase) nunca uma correspondência direta entre a nota interna e a externa. O problema é quando essa diferença ultrapassa o limite do razoável (o que acontece na grande parte dos colégios).
Maio 3, 2014 at 7:09 pm
#16
Já era tempo de os professores se deixarem de avaliar as “atitudes” e os “valores” dos alunos. A que propósito e em nome de quê e com que direito ou autoridade o fazem? E que sentido faz a nota de Matemática, História ou outra disciplina não reflectir objectivamente o conhecimento do aluno em cada uma dessas áreas porque é (ou pode ser) propositadamente enviesado com essas componentes subjectivas? Pior: o que é que obriga os professores a isso?
Se querem e se sentem com direito a avaliar “atitudes e valores” ponham uma coluna na pauta com essa designação ou chamem-lhe, como dantes, “comportamento”.
Maio 3, 2014 at 7:11 pm
#18,
Vamos lá a ver uma coisa: sabe do que está a falar ou não?
Acha que foram os “professores” que inventaram isso?
A sério?
Já agora… em que ninho é que o seu coelhinha da Páscoa coloca os ovos?
O que é que obriga os professores a isso?
Vou ali rir-me a já volto, porque não estou para comentar o mundo de Oz.
Maio 3, 2014 at 7:11 pm
Ahhh… quanto à “autoridade”…
Essa, por acaso, até termos…
Ainda.
Maio 3, 2014 at 7:39 pm
#19 e #20
Parece-me que não percebeu, ou não quis perceber, o essencial: que sentido faz…
Realmente desconheço a obrigatoriedade (real) dos professores misturarem as duas coisas, pelo que se o fazem é porque concordam com isso.
Quanto à autoridade, duvido que em muitos casos tenham. Têm quanto muito poder. O que não é a mesma coisa…
Maio 3, 2014 at 8:06 pm
Atitudes? Comportamento? Ética?
Há professores, e não só, que defendem que não deve constar da avaliação interna, e eu percebo porquê.
A escola só serve para ensinar conhecimentos… académicos.
Valores, cidadania o que é isso?
Na avaliação do desempenho docente dizem que isso é transversal… e na governação do Estado nem consta.
Maio 3, 2014 at 8:25 pm
Compreendo as dúvidas de #18 FC. A maior parte dos tratados em medição do rendimento escolar dos alunos considera que a incorporação de questões de índole axiológica na nota é injusta e errada. Na verdade, é!
Maio 3, 2014 at 10:14 pm
Para evitar exames caseiros, antigamente os alunos do ensino particular (num tempo em que não havia a terceira via de ensino privado pago pelos cofres do Estado!!!) faziam os respectivos exames nas escolas oficiais. Seria uma forma de evitar a inflacção de notas nos colégios para entrar em cursos superiores como Medicina, por exemplo. Outras formas haverá. Esta, apenas, uma questão de (tentar) evitar que o ensino oficial e os colégios com princípios éticos não sejam prejudicados por aqueles em que tudo vale para angariarem clientela e subirem nos rankings.
Maio 4, 2014 at 12:09 pm
Acho que sua sugestão é a mais correta. Assim, o que se passa à vista de toda a gente mas que nunca é realmente denunciado, não acontecia. Não haveria exames com vigilâncias duvidosas. As notas internas inflacionadas poderiam ser “castigadas”, tal como as nossas no público são. O apoio do estado seria menor tal como nós perdemos crédito horário.
Os exames feitos nas universidades já provaram não funcionar há mais de 30 anos.
Maio 4, 2014 at 12:20 pm
A situação é assim há anos. A agenda da PEC – Política Educativa em Curso, “apoio” à iniciatoiva privada, potenciará este efeito. Creio que se fosse alterado o modelo do acesso ao superior, esta questão, pelo menos esta, se minimizaria http://atentainquietude.blogspot.pt/2014/05/a-conclusao-do-secundario-e-o-acesso-ao.html
Maio 4, 2014 at 3:43 pm
#21.
Eu não tenho autoridade para avaliar a assiduidade e pontualidade de um aluno?
Se ele colabora nas actividades ou não?
Se respeita os colegas na sala de aula?
Etc, etc?
Se não tenho “autoridade” para isso, o que ando lá a afzer?
Outra coisa é concordar (ou não) que esse tipo de classificação seja conjugado com a avaliação dos conhecimentos.
São coisas diferentes.
Parece-me que quem não percebeu a questão não fui eu.
#23,
As dúvidas colocadas não foram desse tipo. Foram directas ao costume: à capacidade dos professores para avaliarem as atitudes dos seus alunos.
Maio 4, 2014 at 3:47 pm
E que tal os exames serem realizados nas universidades?
Dá …trabalho…pois
Maio 4, 2014 at 3:48 pm
#24
Maio 4, 2014 at 4:29 pm
“27
“Se não tenho “autoridade” para isso, o que ando lá a afzer?”
Pensava que era professor de português, e como tal responsável pelo que os seus alunos sabem dessa matéria e do nível de objectividade entre o que eles sabem e a nota que lhes atribui (pois… eu sei, parece que isso é da responsabilidade co Conselho de Turma).
Mas, repito, não tem autoridade para misturar a nota de Português com questões como asssiduidade; tem, quanto muito, poder, o que não é a mesma coisa…
Maio 4, 2014 at 4:36 pm
#27.
Julgo que não foi isso que o #21. FC quiz dizer, Paulo Guinote. Claro que os professores têm autoridade e conhecimentos para avaliar os itens que elenca e, diria, o dever. A questão que ele coloca, na minha opinião bem, é se faz sentido a avaliação/medição das atitudes/valores ser incorporada na classificação final de frequência.
Na minha opinião, insisto, é uma questão relevante e que merece ser discutida.
Outra questão que o FC levanta é a obrigatoriedade legal de incorporar a tal informação sobre atitutes/valores, recolhida através da observação dos alunos, quantificá-la e introduzi-la como componente da classificação final de período letivo. Eu sou obrigado pois o meu CP decidiu isso! Também sei que os CP, na sua esmagadora maioria, não são constituídos por docentes especializados em avaliação das aprendizagens dos alunos, mas que posso eu fazer?
Até conheço casos de colegas que escrevem ao CP e explicam, fundamentadamente e detalhadamente, que os critérios de avaliação escolhido estão errados (bastaria ler qualquer manual de Avaliação/Classificação das Aprendizagens para se chegar a essa conclusão) e como resposta – melhor, não resposta! – recebem um texto em que não refutam a fundamentação invocada e limitam-se a dizer que “os critérios atuais favorecem os alunos”.
Não se passou comigo, mas passou-se numa escola em que eu lá estava! O que se vai fazer? Olhem, suportá-los! 🙂
Maio 4, 2014 at 5:44 pm
Estive numa escola que perdia todos os anos cerca de 100 alunos do Secundário para irem buscar melhores notas num colégio privado.
Exemplos destes devem ser muitas dezenas…
Maio 4, 2014 at 6:43 pm
#31
Um profissional que se preze não faz nada que vá contra a sua consciência. Neste caso, e em muitos outros, o ideal será que tente mostrar o absurdo desta exigência, e de muitas outras que enxameiam o nosso sistema de ensino e infernizam o trabalho dos professores que se recusam a ser meros funcionários.
Sem pensar muito no assunto veja-se o absurdo desta exigência de misturar atitudes, como assiduidade e participação na aula com o conhecimento da disciplina ou o simples facto do aluno fazer os trabalhos de casa contar para a nota. Dois exemplos: (1) um aluno tímido participará sempre menos na aula do que um extrovertido; (2) um aluno a quem os pais exigem tarefas domésticas em horários coincidentes com as aulas será sempre menos assíduo… Deverão ser prejudicados na nota por essas razões?
De qualquer modo há sempre uma maneira de tornear a questão: basta dar a essas componentes assiduidade, participação…) a mesma nota que se atribui aos conhecimentos. Independentemente do peso atribuído a cada componente, a nota será sempre a mesma.
Maio 4, 2014 at 7:46 pm
#30,
Não, não sou apenas professor de Português.
Na origem sou professor de História.
e sim, tenho autoridade – para além do desnecessário poder – de avaliar o desempenho dos meus alunos na área das atitudes nas minhas aulas.
Posso discordar da nota ser “misturada” com a dos conhecimentos, mas não tenho uma visão tão estreita do papel do professor que me limite a ser avaliador do desempenho técnico dos alunos.
Por esse tipo de atitude é que algumas escolas entram em “colapso”, pois os papás e mamãs acham que têm o direito a contestar o “poder” e a “autoridade” dos professores em funções que sempre foram suas.
Só perderemos essa “autoridade” ou “poder” quando certos papás e mamãs conseguirem exercer efectivamente a sua função de educar os filhos para conviverem em sociedade forma civilizada.
Até lá…
Maio 4, 2014 at 7:49 pm
#33,
Os seus exemplos é que são algo desconchavados…
Mas, por acaso, um professor milita-se a solicitar a intervenção apenas dos extrovertidos?
Mas, por acaso, a situação dos progenitores que exigem tarefas domésticas deve escapar sem denúncia disso mesmo para as “autoridades” competentes e, sabendo-o, os professores não saberão fazer tal ponderação?
O que me parece é que o seu conceito de “professor” é esquelético, como se fossemos às aulas apenas para debitar matéria.
Felizmente, não.
E @s alun@s agradecem.
Maio 4, 2014 at 8:34 pm
Sou da opinião do Paulo Guinote. As atitudes contam e tenho que ser capaz de as avaliar. E como diretora de turma tenho que chamar à pedra o encarregado de educação que não ensina e não controla a assiduidade e a pontualidade dos alunos, que não lhe ensina o valor do trabalho e do respeito e da solidariedade e outros valores. Se calhar em alunos mais velhos as atitudes não têm tanta importância na nota final de uma disciplina mas, no básico acho muito importante e note-se, sou professora de matemática no 3º ciclo. Mesmo entre os meus pequenos, que já vão ficando crescidos, o disparate faz parte da sua profissão…
Maio 4, 2014 at 8:44 pm
#32
Este facto, a que o estudo pretende “dar evidência empírica”, é realmente conhecido se calhar desde que existem escolas privadas. Pelo que acaba por dar razão a quem também já há muito tempo definiu a sociologia como “a ciência que chega às conclusões que já toda a gente conhece”.
Mas o problema não surge apenas quando se divide o ensino em público e privado. Muitas vezes existe mesmo numa única escola (professores da mesma disciplina com critérios diferentes). E existe também entre escolas que formam profissionais para uma determinada profissão (e.g. escolas superiores de educação). A questão principal deve ser pois como resolvê-la, visto já estar identificada há muito. Quanto a mim, solução só pode ser a avaliação externa, a montante, ter sempre um peso muito superior.
Maio 4, 2014 at 8:49 pm
#37
Há só um problema: as atitudes e os valores não se ensinam como uma qualquer matéria académica, pelo que não devem ser avaliados da mesma maneira.
Maio 4, 2014 at 8:52 pm
#41,
Mas quem diz que são avaliados da mesma forma?
Revela-se por aqui muito desconhecimento prático de muita coisa.
Acaso eu faço um teste sobre pontualidade?
Quando entramos de cabeça e à cabeçada a discutir um assunto convém ter algum béquegrounde…
Maio 4, 2014 at 11:42 pm
Julgo que todos concordamos, mas usamos diferentes palavras.
FC, claro que conheço os métodos para minimizar os estragos das imposicões burocráticas, mas algumas são difíceis de contornar.
A questão de a avaliação externa ter um peso muito superior também tem muito que se lhe diga.