Boa noite Paulo
A propósito do tema em assunto, eu imagino o que se está a passar…
Os organismos do estado comportam-se como náufragos… Não sabem mais a que se agarrar para arranjar forma de nos “acrescentarem impostos”; vai daí tudo serve.
Vou relatar-lhe uma situação que parece estar a acontecer com uma grande parte dos portugueses: quem pagou “fora de prazo” qualquer tipo de imposto (nem que seja de apenas um dia), está a ser notificado para pagar uma coima por incumprimento.
No caso do IUC a coima é de 15€; já recebi 3 nos últimos dois meses, relativas a 2008 e 2009. A perversidade de tudo isto reside no facto de, ao contrário do que era habitual (não ser possível o pagamento depois da data através do multibanco…) o pagamento por e-banking manteve-se ativo, e, portanto, ninguém estava à espera que o ESTADO (que é um excelente exemplo em termos de cumprimento de prazos de pagamento e pagamento de coimas/juros pelos seus atrasos) viesse com esta atitude arrogante perante pessoas a quem tem vindo a espoliar a capacidade de cumprimento de prazos. Pior quando se constata que os atrasos decorrem dos “timings” impostos pelos processos bancários de transferência/pagamento dos impostos.
No meio que me rodeia, ainda não encontrei ninguém este ano que não tenha sido notificado para pagar “coimas” por atrasos no pagamento de IUC.
Isto significa que, o dito ESTADO está agonizante, a pontos de não perceber que muitos dos incumprimentos decorrem da falta de cumprimento das obrigações do próprio ESTADO.
A revolta que sinto é enorme; tenho uma família de 5+1 elementos, a quem o estado trata como se de um único elemento fosse. A capacidade de cumprimento de prazos está cada vez mais dependente de quem nos paga e das dificuldades que cada vez são maiores (porquês os encargos aumentam e os proventos são reduzidos pelo próprio estado.
Ainda estou para ver o que vai acontecer com o IMI (porque ainda nada chegou); eu pergunto se não é violenta esta forma de tratar as pessoas (sim porque eu ainda não abdiquei de o ser, embora cada vez me sinta cada vez mais menos pessoa).
É uma vergonha o que se anda a passar com as SCUTS: se não ando sempre a controlar o que me vão cobrando, são cobradas passagens no mesmo pórtico com intervalos de apenas 1 minuto, cobram passagens com valores diferentes dos anunciados… e, quando reclamo, sou apenas reembolsado do diferencial dos valores cobrados em excesso (quando também me deviam pagar coimas, não acha?), mas quando aconteceu não pagar porque não estavam disponíveis os pagamentos no tempo disponível, vieram com ameaças de tribunais e penhoras se não pagasse o que eu quis pagar em tempo útil, acrescido das “despesas administrativas”.
Vivemos num país de ladrões em afoganço.
Pode postar, porque disto mesmo vou dar encaminhamento para a Procurador Geral da República, se é que não vou dar o meu tempo por perdido, ou, até, não vou passar a ter o estatuto de “gajo a ter o olho em cima”, como parece que está a acontecer com quem vai tendo a coragem de denunciar a cegueira e arrogância de um estado absolutamente cego. Eu tenho provas documentais do que estou a afirmar.
Abraço solidário
Guilherme Martins
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