Nada como um preconceituoso ideológico, favorável a obras públicas a qualquer preço e para quem derrapagens de quase 100% não parecem defeito, para detectar preconceitos ideológicos nos outros.
É verdade que Nuno Crato hiperbolizou a derrapagem das obras da Parque Escolar de forma desnecessária e absolutamente reprovável em alguém que defende o rigor dos números, não contextualizando as condições em que isso aconteceu.
É mais do que óbvio que aquela afirmação sobre um desvio superior a 400% é política no seu pior estado de aproveitamento de números sem a necessária explicação.
Mas Daniel Oliveira vai pouco melhor quando escreve:
A parte destacada parece um relatório encomendado pelo governo de Sócrates sobre as Novas Oportunidades. Terá sido feito estudo científico ou é apenas a expressão de um preconceito ideológico?
Não sei de que classe média ele fala (a que Elísio Estanque afirma estar em desaparecimento? ou uma entidade mítica de algum escrito neo-marxista do século passado?), nem me parece que o maior problema das escolas públicas para atrair alunos sejam as instalações… mas a indisciplina é algo que DO considera uma ficção ou então um fenómeno causado pela incompetência dos docentes, como se sabe desde as suas interveções sobre o episódio Carolina Michaelis.
Afinal, os erros e preconceitos alheios não justificam os nossos.
E Daniel Oliveira tem, desde o primeiro dia, um problema enorme em relação a Nuno Crato. Por puro preconceito ideológico. Se Nuno Crato dissesse que Daniel Oliveira é a quinta essência da coerência política, ele negaria.
(quanto a mim, confesso, se Daniel Oliveira me elogiasse ficaria apenas preocupado e acharia que ele se teria enganado no distinatário…)
Março 12, 2012 at 3:09 pm
O Daniel Oliveira não faz parte do grupo dissidente do BE e que formou um movimento qualquer (MAS?) que, se calhar, vai acabar por ser um satelitezinho do PS?
Março 12, 2012 at 3:17 pm
Não se preocupem…em sua substituição irá nascer a orange school park spa and resort schools…
Março 12, 2012 at 3:22 pm
O post diz praticamente tudo…
O espírito e programa NO resume bem todo o “pensamento” desta esquerda acéfala sobre a educação, que nunca passará de eterna oposição – até a si mesma.
Confirma-se: a ideologia é como o amor: cega.
Pois quem o feio ama, bonito lhe parece…
E é este DO filho do Herberto Hélder.
A inspiração poética só lhe bafejou a caneta…
😆
Março 12, 2012 at 3:39 pm
Há dentro de nós um poço. No fundo dele é que estamos, porque está o que é mais nós, o que nos individualiza, a fonte do que nos enriquece no em que somos humanos. E a vida exterior, o assalto do que nos rodeia, o que visa é esse íntimo de nós para o ocupar, o preencher, o esvaziar do que nos pertence e nos faz ser homens. Jamais como hoje esse assalto foi tão violento, jamais como hoje fomos invadidos do que não é nós. É lá nesse fundo que se gera a espiritualidade, a gravidade do sermos, o encantamento da arte. E a nossa luta é terrível, para nos defendermos no último recesso da nossa intimidade. Porque tudo nos expulsa de lá Quando essa intimidade for preenchida pelo exterior, quando a materialidade se nos for depositando dentro, o homem definitivamente terá em nós morrido.
Já há exemplos disso. Um dos mais perfeitos chama-se robot. É invencível pensarmos o que será o homem amanhã. E nenhuma outra imagem se nos impõe com mais força. Mas o que desse visionar mais nos enriquece a alma é que o homem então será possivelmente feliz. Porque ser homem não é ter felicidade mas apenas ser humano. Não há grandeza nenhuma feliz e é decerto por isso que se diz que os felizes não têm história. A única felicidade compatível com a grandeza é a que já não tem esse nome, mesmo que o tenha. Chamemos-lhe apenas compreensão ou aceitação.
Vergílio Ferreira, in ‘Conta-Corrente IV’
Março 12, 2012 at 3:58 pm
Ora bem, eu que sempre critiquei o despesismo e o novo-riquismo das obras da PE e não costumo partilhar dos pontos de vista de DO sobre matérias educativas, estou aqui com um problema: é que nem consigo discordar do excerto cor-de-rosa que o Paulo destacou…
Tirando a treta da auto-estima, que de facto parece propaganda requentada das NO, a verdade é que a salvação de uma escola pública de qualidade passa, sempre passou, pela capacidade de esta atrair e manter os alunos oriundos das classes médias.
Entretemo-nos com as guerras ao eduquês e não vemos que a grande clivagem, entre esquerda e direita, na política educativa das últimas décadas, tem sido em torno da promoção do ensino privado à custa do ensino público. Os contratos de associação e outros apoios dados aos colégios têm justamente esta consequência bem visível e directa de encaminhar os meninos da classe média para o colégio pago com o dinheiro dos contribuintes.
Goste-se ou não, a verdade é que o Daniel tocou mesmo no ponto-chave…
Março 12, 2012 at 4:01 pm
#5,
Define-me o que entendes por “classe média” e, se possível, relaciona-me isso com uma eventual debandada das escolas públicas devido a más condições.
Curiosamente… muitas das escolas “intervencionadas” foram das que são mais procuradas em grandes centros urbanos, sem probnlemas para cativar alunos.
Com jeitinho, conseguimos uma correspondência é entre escolas deixadas ao abandono pela Parque Escolar e escolas em zonas com piores condições (nomeadamente EB 2/3).
Março 12, 2012 at 4:02 pm
Mudam-se os regimes continuam os “orgulhosamente só…cráticos” a defender o indefensável! É por demais evidente que os alunos da afamada escola dos candeeiros Siza Vieira têm uma maior apetência para o trabalho e uma renovado gosto pela escola (se é que os tais candeeiros já não estão partidos), o que se tem refletido em todas as áreas! Enfim… Aliás, o mesmo aconteceu com o famoso sistema de rega da escola sem jardim…
E quedizer do pouco lido prefácio do PR! Pode-se-lhe imputar muitos conluios e culpa instituicional com o autêntico descalabro Zé Socrates, porém, “os bois tem que ser chamados pelos seus nomes!” Deveria ter feito “mea culpa” e responder pelo que permitiu fazer ou pelo que ocultou?! Claro! Essa situação impede-o de apontar e registar o que aconteceu?! Não! O problema de Portugal é que a culpa não nomes e os “amigos” servem para isso mesmo, escondê-la, dar-lhe uma nova roupagem…uma mão lava a outra!
Março 12, 2012 at 4:03 pm
“Não sei de que classe média ele fala…”
Talvez daquela a pertence a maioria dos leitores deste blogue. Que está a encolher, parece-me evidente. Que quem governa tenha a noção disso e dos problemas que irá trazer a médio/longo prazo, tenho algumas dúvidas. Afinal de contas, a vulgata liberal não se costuma preocupar com essas minudências…
Março 12, 2012 at 4:06 pm
Isto é uma prática interessante para atrair a “classe média”:
“Parque Escolar vai cobrar 50 milhões em rendas em 2011
Em 2015, total das rendas rondará os 153 milhões de euros, 75% dos encargos anuais do TGV.”
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1722082
Março 12, 2012 at 4:11 pm
#8,
Portanto a maioria dos leitores deste blogue vai a correr colocar os filhos em colégios particulares se as Secundárias das grandes cidades estiverem em mau estado?
Março 12, 2012 at 4:18 pm
#6
Aí, dou-te razão. Disse-o desde o princípio, se o objectivo das obras da PE fosse realmente melhorar a qualidade do ensino, deveriam intervir prioritariamente nas escolas mais degradadas, que são, regra geral, as EB2,3, muitas delas construções de fraca qualidade, fruto de uma época de massificação do ensino e fracos recursos financeiros.
Andaram a descaracterizar edifícios de construção sólida com paredes de vidro e outras mariquices, em prejuízo da estética e da factura energética, quando na maioria dos casos essas escolas precisariam apenas de “lavar a cara” e renovar canalizações, aquecimentos, rede eléctrica e informática.
De resto, a experiência que conheço por aqui, numa zona pioneira na privatização do ensino público e no enriquecimento de empresários da educação com dinheiro do contribuinte, é esta: levam-se os melhores alunos para os colégios e transforma-se em TEIP a EB2,3 que recebe os enjeitados…
Março 12, 2012 at 4:20 pm
Se me permite a observação, o DO no essencial, paneleirices à parte, crava fundo a estaca. NC mente (ou mentiram os acessores por ele) e é mais um DESVIO COLOSSAL que se esfuma. Em nome da seriedade intelectual leia o relatório da IGF.
Março 12, 2012 at 4:20 pm
#11,
Então não podes estar de acordo com o DO que defende a Parque Escolar com argumentos de urbanito lisboeta que só vê as Escolas Secundárias frequentadas pelos fiolhos da classe a que pertence.
Não é no 10º ano que começa o negócio dos “privados”.
Março 12, 2012 at 4:21 pm
A política de obras públicas é um cartão de crédito que qualquer Nomenklatura gosta de utilizar e fazer propaganda.
Veja-se o exemplo de Duarte Pacheco e a sua “vontade de aço” (discurso de homenagem de Oliveira Salazar) e teremos um vislumbre do impacto das “Obras Públicas” nos regimes oligárquicos e mafiosos.
Daí até à colagem dos funcionários devotos do Estado, vai um passo de betão.
Quem não gosta de uma rotunda, de uma fonte, de uma escola, de um estádio, de uma auto-estrada?
Em cada rotunda a minha auto-estima agita-se, em cada fonte o meu orgulho refresca-se, em cada escola a minha Pátria agiganta-se, em cada estádio a minha Raça exulta, em cada auto-estrada a minha Pátria acelera.
Salazar e Sócrates, o mesmo combate!
Março 12, 2012 at 4:22 pm
0 senhor Paulo Guinote,foi lesto na 5ª feira a colocar aqui o que foi dito pelo sr Ministro na Assembleia.Depois, não foi capaz de ler o relatório da I.G.F.nem o contraditório da P.E. que contradizem o Sr Ministro.O sr Paulo Guinote(penso que professor) também deve pensar que escolas com boas condições devem ser para os ricos.
Março 12, 2012 at 4:23 pm
Ficava melhor: “em cada auto-estrada a minha Alma acelera”!
Março 12, 2012 at 4:24 pm
#10
É evidente que não defendo isso. Para mim, não será esse um factor determinante. Mas a verdade é que aqui em Coimbra se registou um aumento geral da procura nas escolas secundárias que foram intervencionadas, em detrimento das outras, que já estavam com dificuldades em conseguir alunos e agora estão mesmo, uma ou duas, ameaçadas de extinção.
Março 12, 2012 at 4:27 pm
#14,
O senhor Paulo Guinote foi o primeiro a colocar online todas as conclusões e recomendações do relatório da IGR e, antes de Daniel Oliveira, chamou a atenção para o facto dos 400% serem erróneos.
A senhora Maria José poderia ser ligeiramente honesta e admiti-lo.
#16,
Ou seja, as obras feitas dessa forma ajudaram a guetizar educativamente a zona.
Março 12, 2012 at 4:29 pm
“Ou seja, as obras feitas dessa forma ajudaram a guetizar educativamente a zona.”
Essa parece-me ser uma consequência evidente da intervenção da PE em certos locais escolhidos a dedo…
Março 12, 2012 at 4:32 pm
Bem, relativamente à privatização do ensino, do que eu conheço, as opções de quem manda passam pela exploração dos meios humanos (funcionários e professores). Aí está uma aparente vantagem, rapidamente passando para o plano das desvantagens, quando este controlo é excessivo… ! A questão não passa por uma divisão privado vs público mas por uma aprendizagem comum e uma fiscalização apertada, que não existe no privado! Assim, deixam-se realizar todas as tropelias, falcatruas aos gestores privados, deixando-os enriquecer à custa dos “antigos colegas”… O mesmo aconteceria se não houvesse fiscalização nas públicas! As inspeções do trabalho são uma caricatura e as inspeções pedagógicas um incentivo!
Isto, para explicar o que penso: a Parque Escolar apenas foi uma tentativa de privatizar todo o ensino público, colocando as escolas perante uma semi-privatização e uma proxima privatização total num prazo de 10 anos. Se não, o que dizer da participação das empresas de construção que tinham capitais maioritários de patrões do ensino privado?! Escondidos atrás das sociedades anónimas e GPS lá estavam e estão com um pé em muitas privadas e agora em muitas públicas devedoras, captando rendas milionárias que seriam impagáveis a médio prazo e, como não são para pagar, as ditas dívidas, davam-se à exploração privada, aos credores!
Março 12, 2012 at 4:32 pm
#12
Excluindo aqueles nichos mais exclusivos e elitistas que não há muito aqui pelos meus lados, o negócio dos privados, ao nível da classe média e média-alta, tem duas vertentes distintas:
– Até ao 9º ano, as famílias procuram escolas que ocupem os alunos a tempo inteiro, que tomem conta deles até os pais os irem buscar e proporcionem um ambiente seguro e disciplinado, sobretudo nas zonas onde a indisciplina é um problema nas escolas públicas;
– A partir do 10º, o que interessa são as notas, e escolhe-se um colégio sabendo de antemão que o ensino estará orientado para a “maximização” dos resultados escolares, ainda que os mesmos não correspondam exactamente a aprendizagens reais.
Março 12, 2012 at 4:32 pm
De 4ª a 6ª feira citaram-se notícias:
Sábado escrevi:
31 páginas de coclusões e recomendações:
A senhora Maria José é – obviamente – muito selectiva na memória!
😆
Só passou cá no dia que lhe interessou e apagou o resto.
Março 12, 2012 at 4:32 pm
Isto faz-me lembrar uma velha cação da Lena D’ Água:
“Ideologia (demagogia), feita à maneira, é como o queijo numa ratoeira….”
NO (“certificação à la minuta” em regime de assistência paternalista) arrivismo tecnológico, betão estatal: eis o projecto educativo socretino.
Que haja quem se dizendo de esquerda subscreva tal projecto diz tudo sobre o que daí se pode esperar…
Março 12, 2012 at 4:37 pm
Há algo neste negócio da PE que não sei se já foi suficientemente referido: em várias escolas, sobretudo as mais antigas, houve diverso mobiliário valioso que, pura e simplesmente, desapareceu sem deixar rasto…
Março 12, 2012 at 4:37 pm
#20,
Já sabemos que tu és daqueles que acham que o privado é mau (em termos morais, sociais, económicos, etc).
Era mais prático que não partilhasses esse precoceito ideológico apriorístico.
Eu tive a minha petiza dos 4 meses aos 4 anos num colégio privado devido a ausência de rede pública.
E não faziam um mau serviço. Cobravam, claro. E eru paguei e não me arrependo.
Se calhar nunca passaste por isso…
Março 12, 2012 at 4:42 pm
#23,
Fosse só mobiliário…
Terá sido feito inventário de tudo o que foi removido?
Onde estará?
Março 12, 2012 at 4:46 pm
Sobre as “escolhas das escolas” (ah, o fetiche da “liberdade de escolha”), conforme já veio a lume aqui no Umbigo, confirmando a experiência que temos no nosso país, e também pelos estudos efectuados em diversos países (europeus e Estados Unidos), verifica-se que as motivações e os critérios para essa escolha decorrem em grande medida das representações que os pais têm sobre o ambiente social da escola e a disciplina, ou, o que não é tanto o nosso caso, o currículo.
O factor arquitetónico/estético, só pesará se coincidir ou reforçar aqueles factores, que são os fundamentais.
Não confundamos alhos com bugalhos…
Março 12, 2012 at 4:47 pm
#25,
Houve, em muitos casos, outro tipo de espólio que desapareceu. Nomeadamente de interesse museológico e de valor incalculável. Inventários? Em muitos casos não deve ter sido feito a tempo da PE entrar (leia-se: invadir) as escolas…
Março 12, 2012 at 4:50 pm
A Parque Escolar foi algo que nasceu para se esconder a despesa, de forma a que não pudesse entrar no famigerado défice de 3% (que ninguém ou quase ninguém questiona o porquê de ser 3% e não 4/5/2..). Em Portugal Obras=Desvio Orçamental=Factor “C”=Contribuinte Paga tudo! Há escolas onde se deitaram abaixo pavilhões recentes (10/15 anos) que apenas necessitavam de pequenas intervenções para contruir faustosos pavilhões que agora têm elevadas contas de água, luz, gás! Concordo com o Paulo Guinote, ao afirmar que as EB 2/3 deviam ser também prioritárias.. Há erros nas novas escolas (ex.salas com dimensões apenas para 25 alunos e agora têm de ter 30 alunos!; ex.Sistema de Climatização igual ao que se praticava nos E.U.A nos anos 70!) que estão a custar muito dinheiro.No entanto, houve casos positivos neste processo (ver escola em Gaia feita com auscultação prévia do arquitecto aos professores, funcionários e restante comunidade escolar) que deviam ser alargados ao resto do país.
Março 12, 2012 at 4:51 pm
#24
Pura constatação da realidade. Não sei onde é que vês o preconceito.
Já escrevi muitas vezes que não tenho nada contra o privado que crie o seu próprio mercado e viva por conta dele. Já o privado sustentado com fundos públicos deveria ser uma excepção e tem-se tornado regra. O que aliás é uma constante da nossa História e explica em grande parte o nosso fraco desenvolvimento económico, como saberás melhor que eu.
Os meus filhos andaram sempre em escolas públicas. O pré-escolar foi numa rede semi-pública, dos serviços sociais do ME, que julgo que actualmente já não existe. Era boa, acabaram com ela…
Mas se tivesse de recorrer ao privado tê-lo-ia feito, obviamente.
Março 12, 2012 at 4:54 pm
A minha escola teve direito à intervenção da parque escolar. Está mais gelada do que alguma vez foi (e no verão ferveu mais do que antes das obras também), as salas são demasiado pequenas, os miúdos ficam amontoados em cima uns dos outros, é mais fácil copiar, conversar, enfim, tudo coisas que demonstram que o objectivo é melhorar o ensino. (Obviamente, a factura da electricidade está a ser um pesadelo pelo que se ouve dizer. Mas não admira: em algumas salas temos luz eléctrica ligada todo o dia porque as janelas são pequeninas e, de preferência, para o lado em que o sol não bate…)
Março 12, 2012 at 4:58 pm
O senhor arquitecto não fala com zecos. Nem seque com o director da escola. O senhor que determina onde o mobiliário é colocado também não fala com gente que dá aulas ou trabalha numa escola. Eles é que sabem! Mesmo que a escola peça à parque escolar para pôr mais mesas na sala x, a parque escolar não deixa. Não podemos mudar o Lay-out, como eles nos explicaram… 🙂
Março 12, 2012 at 5:01 pm
Relativamente aos 400% é mais uma mentira do Sr. Crato…lançam-se números, os orgão de comunicação social difundem, o povão ouve e assume ser verdadeiro, depois há um desmentido mas a mensagem que passou é que interessa…independentemente dos números em questão.
Março 12, 2012 at 5:11 pm
concordo 100% com Daniel Oliveira
Março 12, 2012 at 5:26 pm
#31
Na minha escola participamos com sugestões para o projeto e o mesmo foi analisado várias vezes pela comunidade.
Quanto ao mobiliário a partir do momento em que é entregue a escola, após inventariação, dispõe-o como entende. Por exemplo na sala de professores ele encontra-se disposto como entendemos gostar mais e não como estava no “lay out”. Quem está no terreno é que sabe o que melhor se adequa a cada espaço e “os fiscais” não levantaram entraves.
Março 12, 2012 at 5:34 pm
Discordo 96,3% com Daniel Oliveira.
Aliás, como é costume.
Mas não deixa de ser interessante a visão de que são as instalações porreiraças e modernaças, e não as acções dos agentes educativos, os garantes da qualidade do ensino.
Interessante… para não chamar outra coisa.
…
Março 12, 2012 at 5:43 pm
Março 12, 2012 at 5:44 pm
#24
Andávamos à procura da definição para “classe média”? Está no 24.
Março 12, 2012 at 5:45 pm
Se um dia merecer elogio, não tenha dúvidas que o farei. Em matéria de educação, considero-o legitimo representante do que de mais retrógrado e corporativo (no pior sentido do termo) existe neste sector. Mas, ainda assim, quando nos der informações pertinentes ou opiniões com as quais concorde, elogiarei. Ainda recentemente o fiz com Assunção Cristas e Alberto João Jardim, como já tinha feito com Bagão Felix, no tempo de Durão Barroso, e com tantos outros de quem estou muito distante. Assim como agora o fiz com a Parque Escolar, que critiquei (também neste texto) nos seus fundamentos, não me incomodando que a sua cegueira sectária me apelide imediatamente de seu advogado. Quando concordo, concordo. Quando discordo, discordo. Quando concordar consigo, terá o elogio, mesmo que o incomode.
Não tenho nenhum preconceito ideológico contra Nuno Crato. Tenho divergências ideológicas com Nuno Crato. Não tenho nada contra Nuno Crato. Tenho tudo contra a mentira. E era sobre isso o meu texto, que o Paulo Guinote, dedicado sempre à propaganda sem qualquer preocupação de rigor, ignorou no que era essencial. Como sempre faz com todos os textos que critica. Mas vá lá: por uma vez não me insultou. É um avanço.
Pois eu não acho que o Paulo Guinote advogado de Nuno Crato. Considero que dá a sua opinião. E que eu discordo dela. Isso chega-me. Não preciso de atribuir-lhe outras motivações que não sejam a de expressar a sua opinião.
Março 12, 2012 at 5:51 pm
#25
De fonte segura sei que parte do mobiliário destinava-se a Angola.
Não li com atenção todos os comentários mas após as remodelações das Secundárias seguiam-se as intervenções nas EB2/3.
Imaginem como estaria o pais após isso tudo.
Março 12, 2012 at 5:59 pm
#38
xiiiiiii
vamos ter resposta na certa.
Março 12, 2012 at 6:00 pm
OLHA O oliveira passou por aqui..por vezes até concordo com ele..na essência terá razão..na forma perde-a…escolas mais caras do que no qatar..luxos…
“Há escolas remodeladas pela Parque Escolar que são autênticos palácios e nem sequer se enquadram no meio envolvente, parece que foram feitas no Qatar ou no Kuwait”. Quem o diz é Adalmiro Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, que não poupa críticas aos gastos excessivos do programa de modernização de escolas secundárias lançado em 2007 pelo governo de José Sócrates.
“Utilizaram os materiais mais caros e modernos, num verdadeiro atentado à situação do País. Um alto representante do anterior Governo dizia-me que, com o dinheiro que veio para o Norte, remodelava todas as escolas da região”, sublinha Adalmiro Fonseca, questionando: “Por que motivo as obras foram entregues sem o Tribunal de Contas ser ouvido? Fonte: CM
Março 12, 2012 at 6:02 pm
Da realidade que conheço as obras da Parque Escolar descaracterizaram um edificio clássico com uma qualidade de construção invejável pelos quais respondem 50 anos de funcionamento enquanto escola, secundária após a separação em ciclo preparatório e curso complementar.
Mercê do investimento da escola e da Direcção Regional realizaram-se obras de adaptação e melhoria que se traduziram em laboratórios bem adaptados para as ciências experimentais, biblioteca funcional e bem equipada se bem que um pouco acanhada etc.
Os problemas da escola eram conhecidos e residiam essencialmente na rede eléctrica e ao nível das canalizações e da necessidade de se reafectar sectores da escola a outros espaços para melhor rentabilizar o que já existia.
Poder-se-ia até fechar um pátio coberto para criar outros espaços.
Estas eram as reais necessidades da escola que poderiam ser colmatadas com custos longe dos faraónicos que custaram a intervenção lá feita e ainda por concluir.
Intersectou-se a construção já existente com uma construção monolitica e altamente envidraçada o que criou condições para temperaturas interiores insuportáveis durante um largo período do ano numa escola do sul.
Assassinaram-se os laboratórios das disciplinas de natureza experimental, nada se levou em conta das sugestôes dadas pelos professores nas “pseudo-consultas para que fossem dadas sugestões”, tendo os anteriores sido substituídos por espaços desadequados ao desenvolvimento das aulas e ao armazenamento dos equipamentos.
O mobiliário, nomeadamente os bancos de laboratório são desadequados quer pela falta de robustez quer ainda pelo desconforto que provocam nos alunos.
As janelas têm maioritariamente estores que se encontram no exterior das janelas, sujeitos à chuva e calor, pelo que se vão deteriorar rapidamente e cuja substituição me parece muito complicada.
A sala dos professores só o é de nome pois praticamente está às moscas de desconfortável e pouco acolhedora que é.
Deixaram de existir gabinetes/salas de trabalho para os grupos disciplinares.
O chão de ladrilho robusto foi substituido por uma espécie de linóleo, que terá por vantagem a facilidade de colocação e o de não se estragar, pelo menos até se receber o dinheiro da obra (existem zonas onde já está a descolar!).
E pronto acho que já dá para ter uma ideia da motivação que está a gerar nos “zecos de aula” já que a visão das elites dirigentes é acrítica como convém.
Escusado, ou talvez não, será dizer, que a outra secundária da cidade precisava muito mais de obras que esta.
A razão de ter sido esta é muito óbvia para quem a conhece…
Março 12, 2012 at 6:03 pm
Agora o efeito da ideologia sobre o “outro lado” (“Ideologia/demagogia, feita à maneira, é como queijo numa ratoeira”…).
«Metade dos republicanos do Mississípi dizem que Obama é muçulmano
Mais de metade dos eleitores do Partido Republicano no Mississípi acreditam que o presidente dos EUA, Barack Obama, é muçulmano, enquanto apenas um em cada oito responde que o actual ocupante da Casa Branca é cristão. Este dado foi revelado pelas mais recentes sondagens nos estados sulistas onde irão decorrer primárias destinadas a escolher o candidato que irá defrontar Obama nas presidenciais de Novembro.» (CM).
Março 12, 2012 at 6:09 pm
Olha, o DO veio à liça!
Mas conseguiu escrever tantas linhas sem tocar no essencial: que projecto educativo é esse (quais os grandes princípios, quais as linhas orientadoras, quais os objectivos estratégicos) que se reconhece na intervenção da Parque Escolar?
Março 12, 2012 at 6:15 pm
Segura a classe média no ensino público?
Mas porquê?
E se por acaso se a classe média quisesse ir para o ensino privado, onde é que ia arranjar o dinheiro???
Março 12, 2012 at 6:20 pm
Primeiro:
O preconceito ideológico cega.
Segundo:
Estive numa DRE e confirmo:
Obras feitas às 3 pancadas sem qualidade e sem qualquer vistoria antes de serem recebidas.
O fim não justifica os meios:
Gastou-se o dobro do que se devia em obras de má qualidade com dinheiro emprestado, já para não falar de custos exorbitantes de manutenção.
Ver a esquerda caviar defender o roubo do erário público é que é engraçado.
Terceiro:
Qual classe média, ó Daniel?
Classe média, funcionários públicos e reformados são os mais afectados
por Lusa18 Novembro 2011
A classe média será a mais afetada pelas medidas do Orçamento do Estado para o próximo ano, seguindo-se os funcionários públicos e os reformados, revela um estudo de mercado da Deloitte, a que a Agência Lusa teve acesso.
(…)
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2132360
Famílias de classe média já não têm dinheiro para dar de comer aos filhos
Por Magda Cunha Viana, publicado em 5 Jan 2012 – 17:07 | Actualizado há 9 semanas 4 dias
Presidente da CNAF diz que tem recebido “centenas” de pedidos de ajuda de casais em dificuldades
(…)
http://www.ionline.pt/portugal/familias-classe-media-ja-nao-tem-dinheiro-dar-comer-aos-filhos
Novos pobres. A classe média portuguesa passa fome
Por Nelson Pereira, publicado em 8 Mar 2012 – 03:10 | Actualizado há 4 dias 15 horas
É o desmoronamento da classe média.O drama da pobreza envergonhada
(…)
http://www.ionline.pt/portugal/novos-pobres-classe-media-portuguesa-passa-fome
Classe média: Já não há novos-ricos, só há novos-pobres
(…)
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO036858.html
Março 12, 2012 at 6:20 pm
segura em termos de credebilidade, conforto ,segurança, bem-estar.
estar numa escola a cair de podre e com chuva no seu interior afasta a mente de qq um
se a PQ tem erros coloquem os responsaveis em tribunal… mas nao venham dizer que as escolas nao precisam de obras pagas com dinheiros comunitarios…
Precisam e coninuam a precisar
ps- o conceito projecto educativo é treta para quem anda no terreno
Março 12, 2012 at 6:21 pm
A esquerda de hoje é um verdadeiro VÓMITO!!!
Março 12, 2012 at 6:23 pm
Ver a esquerda caviar defender o roubo do erário público é que é engraçado.
Mas vocês sabem lá o que é gerir.
Março 12, 2012 at 6:23 pm
dinheiro.
Pois…não sabem.
Março 12, 2012 at 6:25 pm
Cresce e aparece Dani:
De educação percebes o quê?
A palavra exigência e respeito assusta?
É fascista?
Fui Dani.
Março 12, 2012 at 6:32 pm
#47
“mas nao venham dizer que as escolas nao precisam de obras pagas com dinheiros comunitarios…”
Acorde, homem! Está a atirar ao lado do alvo!…
(Projecto educativo, na acepção que utilizei, deve ser entendido também, ou antes de mais, como Projecto Político para a Educação. E, neste sentido, não é” treta”)
BE! BE! BE! BE! BE! BE!
😆
Março 12, 2012 at 6:36 pm
Olha, agora somos retrógados! Daniel Oliveira, esse grande pedagogo e professor, mestre quiçá, dixit. Mais um professor de bancada num país pejado deles.
Março 12, 2012 at 6:38 pm
(esqueceu-se do epíteto de reaccionários, também ficava bem)
Ai, lá diz o povo “quem manda a ti sapateiro tocar rabecão”…
Março 12, 2012 at 6:49 pm
Tenho de ir.
Dani o que tens a dizer aos meus comentários ?
Nada?
Março 12, 2012 at 6:55 pm
Qual é a profissão do DO? E as habilitações? se calhar até tem estudos feitos sobre a educação ou algum mestrado em Boston ou do ISCTE (daqueles mesmo muita modernaços, que não são nada retrógados!)e eu não sei e fui injusta…
Março 12, 2012 at 6:59 pm
Mas é, ao menos, sapateiro?
Março 12, 2012 at 7:01 pm
#47,
Precisamos de obras urgentes na ortografia, com ou sem AO.
Março 12, 2012 at 7:03 pm
O D.O. é filho do Herberto Hélder???
Quem diria!
Março 12, 2012 at 7:05 pm
A defesa das mega-escolas como lugares onde se pratica um bom ensino é engraçada!
O D.O. já visitou alguma escola da P.E.?
Como alguém escreveu, há dias, aquilo são escolas para países com petróleo.
Perto da escola onde eu ensino, e onde anda um filho do D.O., há 2 escolas dessas, intervencionadas.
Aquilo é luxo, não é qualidade!
Março 12, 2012 at 7:05 pm
Ó Reb, mais vale o Herberto Hélder ter guardado a inspiração para a sua incomparável obra poética…
😆
Março 12, 2012 at 7:07 pm
OS FILHOS DE POETAS DEIXAM MUITO A DESEJAR..OLHAI O DA SOPHIA…TRAUMAS…já este dizia que as escolas em Portugal eram como currais..e a educação uma canalhice..e mais de cem anos depois tudo na mesma como a mesma..só mudou a embalagem….
INSTRUÇÃO PÚBLICA
A preocupação, partilhada pelo próprio escritor, com o insuficiente número de escolas existentes, é exprimida por personagens sensatas, como Sebastião d’O Primo Bazilio .
A criação do Ministério da Instrução Pública em 1870 e as acções que leva a cabo suscitam alguns comentários pouco abonatórios por parte de Eça de Queirós. Existem somente 2300 escolas em Portugal, o que faz com que quase metade das crianças esteja fora da escola. Além disso, nas escolas que existem, as condições de ensino não são as melhores – há, na óptica de Eça, falta de inspecção, desorganização, além de os professores serem mal pagos – «As escolas são currais de ensino.»
Define o estado da instrução pública em Portugal de forma taxativa: «A instrução em Portugal é uma canalhice pública.» Símbolo desta degradação na instrução pública que começa nos altos dignatários é Sousa Neto, um oficial superior n’Os Maias, que quis saber se em Inglaterra havia literatura.
http://www1.ci.uc.pt/iej/alunos/1998-99/equeiros/socecul.html
Março 12, 2012 at 7:07 pm
#61, podes crer.
Não imaginava!
Um tão poético, outro tão prosaico…
Março 12, 2012 at 7:08 pm
#38,
Informações pertinentes: coloquei online as conclusões e recomendações da IGF antes de qualquer outro blogue.
Quanto ao resto, percebo a preocupação de Daniel Oliveira com a recuperação das escolas para a classe média.
O problema é que nem eu me considero classe média e muito menos é a esmagadora maioria dos meus alunos, sendo que a PEscolar e os Governos Sócrates nada fizeram (nem pintar as paredes do pavilhão da minha actual escola) pelas escolas onde leccionei os últimos 20 anos.
Curiosamente, daquelas em que leccionei só a Secundária da Moita (onde fui aluno até 1982 e professor efémero em 1986/87 e 1991/92, foi intervencionada. As restantes 8 ou 9 escolas públicas onde leccionei ficaram a olhar, enquanto as escolas da “classe média” lisboeta, portuense e coimbrã mereceram atenção.
Quanto ao elogio, já está feito e muito o agradeço: Ter Daniel Oliveira a considerar-me “retrógrado e corporativo (no pior sentido do termo)” é uma das coisas que mais me alegraram nos últimos tempos e uma medalha que usarei com prazer.
Permiyte-me que emoldure o seu comentário?
Março 12, 2012 at 7:08 pm
O Daniel Oliveira diz que não tem nada contra o Nuno Crato.
O mesmo Daniel Oliveira que chamou de “taliban” ao Nuno Crato, assim que indigitado.
Enfim.
…
Março 12, 2012 at 7:08 pm
Não podemos perder, no sábado, o “eixo do mal”. 🙂
Março 12, 2012 at 7:11 pm
A minha escola é classe média, mas como é EB 23 não foi intervencionada e, como o D.O. deve saber, são os pais dos alunos que têm pintado as salas.
Março 12, 2012 at 7:12 pm
PAULO HAVIAS DE TER CONHECIDO A TUA ANTES DE SER O HOJE QUE É…EU ESTIVE LÁ UMA ANO E 87/88 OS PAVILHÕES ESTAVAM PODRES..AS PAREDES ABANAVAM..O CHÃO ABATIA POR VEZES..UM DIA DE CHUVA COMO O CATANO NEM DA SALA DOS PROFESSORES PODEMOS SAIR DURANTE UMA HORA…DOIS ANOS DEPOIS FUI PARAR À OUTRA 500 METROS MAIS ABAIXOU…M LUXO NA ALTURA COMPARADA COM ESSA
Março 12, 2012 at 7:12 pm
Tb haveria que definir classe média.
Tudo o que não é operariado é classe média ou o conceito já mudou?
Tem a ver com as nossas origens ou com a nossa posição actual na produção? 😉
Março 12, 2012 at 7:13 pm
DIGO..PUDEMOS
Março 12, 2012 at 7:14 pm
Sapateiro? Não! É um especialista “em tudo”!
Março 12, 2012 at 7:16 pm
A confusão paira nas cabeças que fingem não perceber as opiniões dos outros.
Tanto quanto me dei conta, ninguém aqui, incluindo o “retrógrado” Paulo Guinote, acha que não devem ser feitas obras de recuperação e melhoramento dos espaços escolares. A questão é que apenas algumas foram as eleitas e as obras lá feitas foram, em inúmeros casos, desajustadas.
Então e a equidade tão apregoada?
Uma pergunta a Daniel Oliveira: já visitou a ES Pedro Nunes (se callhar até prefere que trate por Liceu…) após a intervenção? Em caso afirmativo diga-me: acha que a sua antiga escola precisava daquilo?
Março 12, 2012 at 7:17 pm
Eu sou da classe média: tenho 160 cm de altura. 🙂
Março 12, 2012 at 7:18 pm
Tem a ver mais com o que ganhamos Reb….diria que classe média serão aqueles que atingem rendimentos entre 1600 e 2500 euros..a partir de 3100 mil e até 5000 mil euros é classe média alta..a partir daí é classe só alta…
ah e classe média baixa serão aqueles que vão do patamar dos1000 e até 1500
Março 12, 2012 at 7:19 pm
A minha escola também foi “intervencionada”: recebeu fitas novas para puxar os estores e uma fechadura nova na porta do lado poente! 🙂
Infelizmente, não recebemos nenhum lampião do Siza Vieira! 😦
Março 12, 2012 at 7:20 pm
Líquidos ou brutos?
Março 12, 2012 at 7:22 pm
Na minha escola, cá na província, por acaso…., quando chove, no bloco de aulas têm que se colocar baldes para aparar a água…
Quando faz muito frio, há salas em que os alunos, sobretudo nas primeiras aulas da manhã, têm que levar um cobertor…
O problema não está no facto de as escolas necessitarem de obras – como querem dizer algumas cabeças obtusas -, mas no modo como aquelas foram planeadas, executadas e financiadas, e quais os critérios de prioridade.
Março 12, 2012 at 7:25 pm
Líquidos…
Março 12, 2012 at 7:27 pm
Então pertenço à classe média baixa…
Março 12, 2012 at 7:28 pm
Fui…comer um atum fresco pequeno de tomatada com fusili…e um branco de pias antes que me confisquem o resto…
Março 12, 2012 at 7:29 pm
O Daniel Oliveira a que classe pertencerá?
Dirijo-lhe novamente a pergunta: O que acha das obras feitas na sua antiga escola?
Março 12, 2012 at 7:29 pm
E EU ROÇO A MÉDIA..EH..EH..ANTES DO CORTE AINDA LÁ ESTAVA MAIS OU MENOS..AGORA SÓ ROÇO—FUI MESMO…
Março 12, 2012 at 7:38 pm
#74, Buli, essa tua definição tem a ver com o escalão em que te encontras? 😉
Se fores descongelado,mudas de classe social. 😉
Março 12, 2012 at 7:39 pm
[…] classista de Daniel Oliveira – que acusa outros de preconceito ideológico e me dedica um dos maiores elogios que recebi em quase 47 anos de vida – desperta em mim uma série de campaínhas e alertas […]
Março 12, 2012 at 7:40 pm
O Daniel Oliveira pura e simplesmente faz aquilo que é habitual na “boa” blogosfera. Dispara sem argumentar contra a blogosfera “retrógrada”.
Paciência…
Março 12, 2012 at 7:40 pm
Daniel Oliveira disse: “Em matéria de educação, considero-o [Paulo Guinote] legitimo representante do que de mais retrógrado e corporativo (no pior sentido do termo) existe neste sector.”
Por esta é que eu não esperava.
Nem consigo entender porquê.
Mas está visto que a ganga ideológica socratina do corporativismo e do bota-abaixismo pegou de estaca, continua viva e recomenda-se.
Até mesmo ali para as bandas do Berloque, o que talvez ajude a explicar porque é que este partido, que podia ser a esperança de uma renovação da esquerda, chega às eleições e coiso…
Março 12, 2012 at 7:41 pm
SONDAGEM
Você pertence à classe:
– baixa baixa?
– baixa média?
– baixa alta?
– média baixa?
– média média?
– média alta?
– alta baixa?
– alta média?
– alta alta?
Março 12, 2012 at 7:41 pm
No meu tempo de estudante, a divisão era a marxista: média burguesia, baixa burguesia, alta burguesia.
Os não burgueses eram do proletariado. E ainda havia os lumpens, sem lugar em classe social.
E a definição tinha a ver com o lugar na produção.
Depois, passou a haver operários especializados que ganhavam mais que alguns burgueses e passou a chamar-se a tudo “classe média”, 😉
Março 12, 2012 at 7:43 pm
#87,
Mas não sabias que era assim?
Desde o episódio do tm do Carolina Michaelis que o supra-sumo do bloquismo divergente-convergente me acha um fascistóide que só não espanca diariamente os alunos porque… sei lá!
Março 12, 2012 at 7:50 pm
NÃO ..continuo na média .média média…passarei para os 1750 e tal creio… no 272 ou 1800 e tal no 290..mas isso no dia de são quase nunca à tarde..
Março 12, 2012 at 8:07 pm
#77 se ha problema de corrupçao coloque-se os culpados em tribunal … mas q continuem as obras
o que nao percebeu? cabeça obtusa?
ps-sou apartidario
Março 12, 2012 at 8:09 pm
#74,
Eu bem dizia que não sou classe média…
São 1500 ali à rasquinha…
Março 12, 2012 at 8:20 pm
#16 António Duarte, não estou a ver muito bem esse filme. Consta que a Quinta das Flores está na moda, mas não só calhou ser uma obra com poucos disparates como ficou com o Conservatório, e aí saiu-lhe a lotaria. A fechar em Coimbra vejo a Jaime (mas essa não tem salvação, até porque o edifício vale muito dinheiro mas não é para vender como escola) e a D. Dinis, pela imerecida fama que arranjou. Nenhuma delas teria vagas se as privadas perdem-se os contratos de associação. O José Falcão salvou-se in extremis de ser arrasado por um arquitecto ao que me consta basco, bem precisa de reparações que as salas cheiram a mofo, mas não tem falta de alunos.
Quanto ao resto da conversa já trato noutro local: a parque escolar foi criada para privatizar, o resto são amendoins, como dizem os americanos lá na FLAD.
Março 12, 2012 at 8:23 pm
#93
1500. Deste tamanho gostei. 😀
Apesar de tudo nutro alguma simpatia pelo DO.
Março 12, 2012 at 8:37 pm
[…] corrente política no último evento nacional do BE em que participei. Fica-lhe bem. E deixa estar Paulo Guinote, de retrógrado para baixo foram chamados todos os professores que a tal nos opusemos. Todos […]
Março 12, 2012 at 9:00 pm
Também há discusão no Arrastão…
Aqui: http://arrastao.org/2486333.html
Março 12, 2012 at 9:09 pm
#88 CVC
Até que enfim, acabou a ditadura binária. Viva o ternarismo. Vêm aí os flip-flap-flops?
Março 12, 2012 at 9:38 pm
«Daniel Oliveira disse: “Em matéria de educação, considero-o [Paulo Guinote] legitimo representante do que de mais retrógrado e corporativo (no pior sentido do termo) existe neste sector.”»
Seja lá quem for este Oliveira, vou passar a estar atento ao que tem para nos dizer. Li com atenção o comentário que deixou mais acima e não encontrei uma linha de (contr)argumentação. Não concorda, mas não explica a discordância. Para isso não era preciso um comentário tão grande.
Março 12, 2012 at 9:42 pm
#59:
Correcto e afirmativo.
Março 12, 2012 at 10:15 pm
O Paulo Guinote faz uma argumentação com sentido sobre as Eb23. Ignora é que quando o plano da parque escolar foi concebido as Eb23 tinham um destino claro que entretanto foi alterado. Por isso a sua argumentação colhe agora mas não na altura. Para os distraídos:
EB1 = obras de concentração em edifícios municipais
ES = Parque escolar (todas)
EB2,3 = algumas reconvertidas em EBS = Intervenção das DRE e da parque escolar
EB2,3 (Maioria) passagem para os municípios com obras a partir de 2015 quando acabassem as da parque escolar.
Tanto tempo? Pois… mas não se pode protestar ao mesmo tempo que a PE antecipou obras em relação ao seu plano inicial e capacidades financeiras! 🙂
Março 12, 2012 at 10:19 pm
Conheço um ex-dirigente do be que tratava essa cambada da capital como merecem: abaixo de cão. Quando chegavam à província todos emproados, (em partes iguais pelo “centralismo democrático” e pela sobranceria lisbonense), tentar mandar nele como se ele fosse um simples moço de recados, eram imediatamente enviados para o ca..alho e para as respetivas p-as que os pariram. Era remédio santo: acabavam-se-lhes as peneiras e punham-se finos num instante.
Março 12, 2012 at 10:19 pm
#101,
Isso apenas confirma o que escrevi.
Uma Escola Pública a duas velocidades.
A “Básica” para quando houvesse tempo e entregue às autarquias que sabemos como estão de dinheiros, para mais depois do fim do QREN.
A “Secundária” para a PE, depressa e com inaugurações vistosas.
Não percebo o que invalida o que escrevi, mesmo para o passado.
Março 12, 2012 at 10:24 pm
Não ignora certamente que as Eb2,3 são em sua maioria nacional mais recentes que as secundárias!
Para mim aqui o problema não é o de serem feitas depois, nem acharem que os municípios iam ter dinheiro para tal (na altura achavam todos que sim). O importante é o fato de serem entregues aos municípios enquanto as secundárias ficavam para uma empresa pública a caminho de ser privatizada e o estado central saia da educação. E isto ainda não está afastado!
Não é uma escola a duas velocidades que deve ser criticada, é o estado fora da educação!
Março 12, 2012 at 10:35 pm
Eu queria ver esse daniel e a barbie do be, que se permitem com toda a leviandade mandar bitaites sobre o ensino e sobre as opiniões de quem, como o Paulo, ensina numa escola pública, queria vê-los dar aulas durante três ou quatro semanas seguidas, a turmas de cefs ou de cursos profissionais, aulas de noventa minutos… Só para começarem a saber do que falam quando põem os neurónios carburar.
Como não não passaram, nem provavelmente passarão por essa experiência, tudo o que essas alminhas digam ou escrevam sobre as escolas não vale a pena ser lido ou ouvido. Como o que o cavaco e o seguro e aquela catrefa de comentadores desportivos escrevem ou dizem. Who the fucking cares?
Março 12, 2012 at 11:47 pm
…1250, à rasquinha até ao dia 12, com sorte até dia 15 do mês. Sou pobre! A minha escola está pintadinha, limpinha e fresquinha. Não foi intervencionada, mas isso não interessa nada.
O DO tem razão na maioria das vezes porque… é inteligente! O DO também serve de inspiração a muitos postes deste blog, do qual também gosto muito, principalmente a partir de domingo. O eixo do mal passa na sicNotícias às 00:00 de sábado para domingo e a sua repetição passa às 15:00 de domingo. O DO é um dos mais brilhantes intervenientes desse programa.
Março 13, 2012 at 12:20 am
Fora do tema (directo) do post, mas uma B-D a não perder!
http://margarida-alegria.blogspot.com/2012/03/b-d-num-deicham-u-varito-fajer-nada.html
😉 a continuação das aventuras da trupe do “Jejé”!
Vejam e desanuviem !
Março 13, 2012 at 12:30 am
E já que andam para aí a dizer que os blogs andaram todos a gabar a Parque Escolar, leia-se recorde-se, para memória póstuma:
http://margarida-alegria.blogspot.com/2012/03/parque-escolar-morte-ja-adivinhada-de.html
😦
Parque Escolar em análise, então e agora.
Mais sintetizado e documentado do que os resmungões merecem.