Que eu saiba, este estudo diz o mesmo de outro (versão preliminar deste?) divulgado há meses atrás e nada vem aqui de novo. A auto-estima elevada e 10% com algumas vantagens efectivas na sua vida material e profissional.
Não sei porquê, mas cheira-me a que a conversa os-debate de ontem deu nisto… até porque eu martelei muito na ausência de estudos sobre as vantagens efectivas das NO.
Um em cada três diz que Novas Oportunidades teve impacto positivo na sua vida profissional
Um em cada três adultos afirma que a Iniciativa Novas Oportunidades (INO) teve “pelo menos” um factor positivo na sua vida profissional. Destes, a maioria dos que mudou de emprego diz que o fez para melhor. Há ainda cerca de dez por cento que sentiu melhorias nos salários. Além da vida profissional, também na pessoal, verifica-se um acréscimo da auto-estima, revela a avaliação externa coordenada pelo ex-ministro da Educação Roberto Carneiro, da Universidade Católica Portuguesa.
Por mim, podem colocar-lhe o spin que quiserem, mas estes números são significativos de um razoável fracasso de uma iniciativa milionária que em vez de desenvolver novas competências (para além do uso dos computadores), se fica pela certificação, ou seja, pela distribuição de diplomas.
Que se tornou um sucesso em matéria de criação de uma rede burocrática de certificação, oleada com dinheiros do QREN não tenho dúvidas e até posso certificar qualquer estudo nesse sentido.
Aliás, não tenho qualquer problema em admitir que esta iniciativa terá, a médio prazo, o desimpacto que tiveram na economia e vida das pessoas muitos dos cursos oleados pelas verbas do FSE. Os formadores ganharam muito, os formandos, nem tanto assim… ou quase nada.
Outubro 22, 2010 at 7:44 pm
Mas este Luís quer enfiar o capucho a quem?
Tanto barulho e tanta massa gasta para isto?
Com a recessão mais do que previsível, os que melhoraram o emprego vão conhecer, muito provavelmente, um retrocesso.
A melhoria nos salários, com os corte anunciados, vai também para o galheiro.
Se alguns indígenas tinham readquirido alguma auto-estima, depois deste Orçamento, esse trabalho de recuperação foi todo por água abaixo. Ainda haverá certificação que lhes valha?
Isto se calhar só melhorará, não com as NO, mas com um NG (Novo Governo).
Outubro 22, 2010 at 7:45 pm
Ok, a D. Alice que, andou nas NO, vai ao talho e paga com auto estima. Ficou com o 9º ano, continua auxiliar de AE. Grande coisa!
Outubro 22, 2010 at 7:47 pm
A minha auto estima está abaixo de cão. Vou ganhar menos, ia subir de coiso e já não vou, já não posso ir ao cabeleireiro, ás massagens, abanar o capacete, comprar trapinhos novos e giros, arranjar as unhas, beber uns copos com as amigas….oh…tadinha de mim!
Outubro 22, 2010 at 7:57 pm
Permita-me uma remoque afável 😉
“divulgado há meses atrás”
Se fosse divulgado há meses à frente é que seria um espanto 🙂
Brincando 😉
Outubro 22, 2010 at 7:59 pm
Ouvi e admiro a paciência do Paulo G. para debater com tal capuchinho (rosa). 😆
Outubro 22, 2010 at 8:26 pm
Novas Oportunidades
A ignorância certificada
Marta Oliveira Santos (1)
O país encontra‐se com uma taxa muito baixa de escolaridade em relação aos países da EU
(União Europeia). Logo há necessidade de colmatar esta situação e, para isso foram criadas “As Novas Oportunidades”, uns cursinhos intensivos de três meses, no fim dos quais os “estudantes”(agora com o nome pomposo de formandos) obtêm o certificado de
equivalência ao 9º ou 12º anos. Fantástico, se os cursinhos fossem a sério! …
Perante a publicidade aos referidos cursos, aqueles que abandonaram a escola ou, por
qualquer razão não concluíram um dos ciclos de escolaridade, esfregaram as mãos de
contentes, uma vez que agora se lhes oferece a oportunidade de obterem um certificado de habilitações que lhes poderá vir a ser útil. E como diz o ditado”mais vale tarde do que nunca”, eles lá se inscreveram. Por outro lado, três meses das 7.00 às 10.00 horas, horário pós‐laboral, uma vez por semana, era coisa fácil de realizar. Coitados daqueles que andam 3
anos (7º, 8º e 9º anos) para concluírem o 3º ciclo!!! Isso é que é difícil!
Na rua, no café, nos locais públicos em geral ouve‐se: “Ah! Agora, ando a estudar! Ando a fazer o 9º ou 12º ano! Aquilo é porreiro, pá!” Entretanto, há pessoas com quem contactamos no dia‐a‐dia, mais próximos de nós, o cabeleireiro, o sapateiro, a empregada doméstica, etc. que também nos confidenciam com ar feliz: “Agora, com esta idade, ando a estudar! Ando a fazer o 9º!” E nós, simpaticamente, sorrimos, abanamos a cabeça e dizemos que fazem bem, sempre é uma mais valia… contudo, numa dessas conversas, tentei descobrir que disciplinas constavam do curso, ficando a saber que eram Português, Matemática, Informática e Cidadania para o 9º ano; e indaguei ainda como eram as aulas e a avaliação final.
E fiquei atónita. Em Português o formando teria que escrever a história da sua vida e a razão por que se inscreveu no curso, sendo o texto corrigido aula a aula pela respectiva formadora; Matemática consistia em efectuar cálculos básicos e apresentar, por exemplo, a receita de um bolo e duplicá‐la; para Informática apercebi‐me que seria a apresentação do
trabalho escrito e, posteriormente, quem quisesse apresentá‐lo‐ia em “powerpoint”; em Cidadania, os formandos apresentavam os diferentes resíduos e diziam em que contentor os deveriam colocar. A nível de Português ainda foi pedida a leitura de um livro e seu comentário, sendo a selecção ao critério do formando o que deu origem a autores “light”, nada de autores portugueses de renome; a acrescer a este comentário teriam também de fazer a apresentação crítica a um filme e a uma reportagem. Todos estes elementos seriam
entregues num dossier, cuja capa ficaria ao critério de cada formando.
Três meses passaram num abrir e fechar de olhos, por isso um destes dias, enquanto
aguardava a minha vez para ser atendida no consultório médico, fui brindada com o
dossier do curso da recepcionista e respectivo certificado de 9º ano. Engoli em seco aquelas páginas recheadas de erros ortográficos e de construção frásica, desencadeamento de ideias e falta de coesão, (…), entremeados por bonitas fotografias; na II parte, umas contitas
simples e duas tábuas de multiplicação; e em Cidadania, os contentores do lixo coloridos com a indicação dos resíduos que se põem lá dentro.
Em seguida, com um sorriso muito branco (nem o amarelo consegui!) e, como bemeducada
que sou, felicitei a dona do dossier cuja capa estava realmente bonita, original,
revelando bastante criatividade e ouvi‐a alegre dizer: “A formadora disse‐me que tinha hipóteses de fazer o 12º ano. Logo que possa, vou fazer a minha inscrição!”
Fiquei estarrecida, sem palavras para lhe dizer o que quer que fosse. “As Novas
Oportunidades” são isto? Está a gastar‐se tanto dinheiro para passar certificados de
ignorância? Será que todos os formadores serão iguais a estes? E o 9º ano é escrever umas tretas e ler um Nicholas Sparks e um artigo da revista “Simplesmente Maria”? E o 12º ano será a mesma coisa (queria dizer chachada) acrescida de uma língua?
Continuando assim o país a tapar o sol com a peneira, teremos em poucos anos a ignorância certificada!
1 Marta Oliveira Santos – Licenciatura em Filologia Românica; colaboradora de várias publicações.
“Correio da Educação”
Outubro 22, 2010 at 8:30 pm
A Novidade Do Ano
Certificados do 12º ano vendidos na Internet por 400 euros
O i tentou comprar um portefólio que dá acesso ao 12.º ano das Novas Oportunidades. Pediram-nos 400 euros
A Agência Nacional de Qualificação (ANQ), entidade criada sob a tutela do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho, detectou durante “um programa de visitas de acompanhamento a Centros Novas Oportunidades”, ao longo do ano de 2009, a existência de candidatos certificados com trabalhos “retirados integralmente da internet, e com base nos quais é feita a validação e certificação de competências”. Esta denúncia foi feita sob a forma de “orientação e indicação técnica” enviada aos cerca de 450 Centros Novas Oportunidades e à qual o i teve acesso. Em paralelo, foram ainda detectados dezenas de casos de formandos e ex-formandos que colocaram os seus trabalhos à venda na internet. O Ministério Público está a investigar.
A ANQ é o organismo responsável pela coordenação e gestão da rede de Centros Novas Oportunidades, entidades que surgiram após o lançamento, no final de 2005, do programa Novas Oportunidades. Este programa tem como objectivo “dar a todos os que entraram no mercado de trabalho sem qualificações uma nova oportunidade de melhorarem as suas habilitações ou verem reconhecidas as competências que adquiriram ao longo da vida”. Na prática, e no final do processo de certificação, são atribuídos aos inscritos diplomas de conclusão do 9.o ou do 12.o anos. A avaliação é feita através de um Portefólio Reflexivo de Aprendizagem do candidato certificado, que se traduz – segundo a tutela – numa colecção de documentos vários (de natureza textual ou não) que revela o desenvolvimento e o progresso na aprendizagem.
Durante as visitas de acompanhamento feitas pelas ANQ em 2009, onde foram analisados Portefólios Reflexivos de Aprendizagem desenvolvidos por candidatos já certificados, foi “constatado, por vezes, existirem portefólios que integram textos (i. e. trabalhos) retirados integralmente da internet” e que serviram para a certificação dos candidatos, pode ler–se no documento enviado pela agência aos centros.
Contactado pelo i, o presidente da Agência Nacional para a Qualificação, Luís Capucha, confirmou a existência destes casos: “É natural que haja parte desses portefólios – que têm centenas de páginas – que seja transcrita da internet.” “Porém”, adianta, “as pessoas devem ser encorajadas a trabalhar essa informação em vez de a transcreverem”, acrescentando que “não compete à ANQ fazer qualquer avaliação do trabalho dos centros”. “Uma avaliação implica um juízo, ora o que encontra nos documentos são orientações técnicas”, conclui.
As declarações do responsável pela ANQ são absolutamente inadmissíveis. Estamos a falar de um nível de escolaridade que permite o acesso à Universidade e este senhor diz que os alunos devem ser encorajados a trabalhar a informação?
Eu se calhar encorajava-o a rever a sua perspectiva das coisas e a ter uma abordagem séria de algo que ficará para a história da nossa educação/formação como um dos maiores logros de sempre.
Nem nas campanhas de alfabetização do Estado Novo ou do pós-25 de Abril se praticou a complacência descarada com a fraude!
Já agora… quanto ao preço… acho exagerado. Se forem espertos, fazer os próprios cursos das NO sai mais barato, embora possa ocupar uum pouco mais de tempo…
Outubro 22, 2010 at 8:30 pm
a minha autoestima é que anda pelas ruas de amargura por ter que “dar” aulas a um EFA…oxalá seja inversamente porporcional ao aumento da autoestima dos meus “formandos”
Outubro 22, 2010 at 8:33 pm
A fraude é outra, é a oportunidade de emprego
19 de Agosto de 2010
Conta-se no Ionline que existem fraudes nos processos RVCC, ditos de Novas Oportunidades.
A D. Filipa Martins, que escreve na referida publicação descobriu a pólvora:
Quatrocentos euros.
Valor pedido por Paula Duarte, num curto contacto telefónico, por um Portefólio Reflexivo de Aprendizagem que dará acesso ao 12.o ano. “Mas tudo é negociável”, garante ao jornalista do i – que se identificou como possível comprador – e acrescenta, “no ano passado, pedia 500 euros, mas agora com a crise…”. Paula Duarte, à semelhança de várias dezenas de pessoas, pôs na internet um anúncio de venda de portefólios para as Novas Oportunidades.
Vamos por partes: a pólvora também não foi invenção minha, mas bastava ter lido este texto sobre as fraudes mais comuns nos processos de RVCC, aqui publicado em Julho do ano passado, e já faziam os foguetes.
Há contudo uma pequena novidade, na peça do I: a de que a ANQ teria dado uma orientação no sentido de se ter cuidado nos CNO’s (Centros Novas Oportunidades) com os plágios e afins. Trabalhei durante 3 longos, custosos e penosos anos na nobre missão de certificar analfabetos funcionais (e não só, convenhamos) com o 12º ano de escolaridade, e nunca ouvi falar de tal nota. Claro que em formação todos os membros das equipas pedagógicas aprendem que o copy/past só certifica a competência de seleccionar informação, e nem sempre, mas isso é de senso comum.
O problema não está aí. As fraudes só passam porque as equipas deixam. E as equipas deixam porque têm metas para cumprir, pairando sempre sobre a sua cabeça a ameaça de encerramento do CNO. Estamos a falar de pessoal maioritariamente contratado (agora menos a recibo verde, é certo) ou sem componente lectiva na escola onde está colocado, e do ou cumpres ou ficas desempregado.
A fraude é essa. O resto, em americano, são amendoins.
http://www.aventar.eu/2010/08/19/a-fraude-e-outra-e-a-oportunidade-de-emprego/
Outubro 22, 2010 at 8:36 pm
Sempre Existiu, Apenas Se Vai Institucionalizando…
… como a prática comum do desenrascanço. Mas, como nas estatísticas desportivas, o resultado final é que conta e depois teremos carradas de diplomados para exibir na Europa.
Venda de teses movimenta milhares de euros por ano
A única vantagem é que é uma hipótese de negócio para quem não consegue emprego e até tem mais competência técnica e académica do que os mestres e doutorados de aviário que agora começam por aí a cacarejar.
E depois há estudos como estes… feitos por politólogos… e outros ólogos que escrevem coisas como estas, que nem é das piores que a nova geração de opinadores especializados conseguem produzir com base em clichés.
E com os conhecimentos certos, arranjam-se bolsas da FCT para fazer pós-doutoramentos e pertencer a centros de estudos onde se inspiram em trabalhos anteriores, com a complacência generalizada, criam conferências-padrão e correm o país à sombra de comissões, comités e organizações diversas. E há sempre centenários por comemorar…
Outubro 22, 2010 at 8:36 pm
“Há casais que apostam na INO e dizem ter ganhos em literacia.”
Mas os alunos das NO sabem o que é literacia?
Outubro 22, 2010 at 8:41 pm
“Para os peritos internacionais, convidados pela ANQ para debater e propôr novas pistas para a avaliação externa, a INO é uma boa prática, um exemplo a seguir por outros países.”
Peritos convidados para dizerem que as NO são uma boa prática?
Com certeza.
Outubro 22, 2010 at 8:51 pm
O Presidente da Comixão “internacional” das NO socretinas é Roberto Carneiro (eheheheh)!!!!!!!!!
Outubro 22, 2010 at 8:52 pm
http://www.epis.pt/epis/epis_orgaos.php
São uma praga.
Estão em todas a xuxar (.)
Outubro 22, 2010 at 8:53 pm
O fundador da “coisa” foi o Rendeiroooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo.
Ganda país.
PUM!
Outubro 22, 2010 at 8:57 pm
Falando no Rendeiro do BPP … o tal fundador da EPIS e seu presidente até há pouco tempo
Crise? Qual Crise?
Governo vai meter mais 400 milhões de euros no BPN …
Este aumento de capital aumentará o dinheiro que o Estado pôs no banco, directa e indirectamente, para cinco mil milhões de euros, um valor da ordem de grandeza do pacote de austeridade que o Governo ver aprovado na sua proposta de Orçamento do Estado para 2011.
http://economia.publico.pt/Noticia/estado-quer-meter-mais-400-milhoes-de-euros-no-bpn_1462110
Outubro 22, 2010 at 9:01 pm
Pobreza
Risco de fome. Carência alimentar sobe 7,5% e atinge mais de 460 mil
http://www.ionline.pt/conteudo/84601-risco-fome-carencia-alimentar-sobe-75-e-atinge-mais-460-mil-
Outubro 22, 2010 at 9:01 pm
E esta, hã?
http://www.wook.pt/ficha/desafios-da-pobreza/a/id/173278
Outubro 22, 2010 at 9:03 pm
Os Professores (OS ZECOS) Que Paguem a Crise
Quem Vai Cortar Mais Nos Salários
https://educar.wordpress.com/
PIM!
Outubro 22, 2010 at 9:24 pm
Vote Nobre! Não fica mais rico nem fica mais pobre!
( sou a mandatária Umbiguista da campanha do Fernando Nobre).
Outubro 22, 2010 at 9:31 pm
“(…)Os formadores ganharam muito, os formandos, nem tanto assim… ou quase nada.
Está tudo dito, e, nem é preciso dizer mais: as NO são uma mama para alguns e os certificados valem tanto como o papel higiénico após eu limpar o meu rabo!
O mal deste país?
A Santa Inquisição e terem mandado os Judeus embora…tudo o que era artesão qualificado e/ou investidor fugiu para o Norte da Europa.
A mente do Português é tacanha e pequena senão não tínhamos os políticos que temos!
Assinado
Livresco Cristão Novo
Outubro 22, 2010 at 9:36 pm
O estudo é credível: estou convencido que um terço dos clientes dos processos de RVCC são funcionários públicos.
Outubro 22, 2010 at 9:37 pm
NOVIDADE!!!
Alguém já leu isto?!
Novo programa de NOVAS OPORTUNIDADES “INFANTIS”, legislado hoje mesmo, uma espécie de PRÉ-ESCOLAR DE OPORTUNIDADES, destinado a quem (preferencialmente) com mais de 18 anos, não saiba ler nem escrever, para validar estas competências básicas antes de ingressar nas velhas NOVAS OPORTUNIDADES!
Vale a pena ler a Portaria n.º 1100/2010 de 22 de Outubro, divulgada também hoje no Portal da Educação, assim…
«Novas Oportunidades para Adultos
Programa de formação em competências básicas
22 de Out de 2010
Encontra-se criado o programa de formação em competências básicas, destinado a adultos que não possuem capacidades de leitura, escrita ou cálculo.
Com esta medida, pretende o Governo através dos ministérios do Trabalho e da solidariedade Social e da Educação, que uma parte ainda significativa da população portuguesa adquira competências básicas de leitura, escrita e cálculo e, ainda, sensibilizar para o uso de tecnologias de informação e comunicação. Estas competências permitirão, posteriormente, o seu acesso aos cursos de educação e formação de adultos (EFA) de nível básico ou, em casos devidamente identificados, aos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) de nível básico.
As acções desenvolvidas no âmbito deste programa, estruturado em unidades de formação integradas no Catálogo Nacional de Qualificações, podem ser realizadas por estabelecimentos de ensino da rede pública, tutelados pelo Ministério da Educação, e por centros de formação profissional do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P.
Os formandos inscritos neste programa são submetidos a um diagnóstico inicial, de modo a integrá-los em grupos de formação, de acordo com as capacidades de cada um.
A avaliação é contínua e qualitativa, permitindo aferir os progressos realizados pelos formandos, que têm direito à emissão de um certificado de qualificações, se concluírem, com aproveitamento, as unidades de formação do programa, mas não conferem qualquer nível de qualificação.
A aquisição destas competências básicas favorece o acesso e o prosseguimento da formação em percursos qualificantes. Deste modo, contribui para a integração social destes adultos, aumentando igualmente os seus níveis de empregabilidade.»
http://www.min-edu.pt/np3/5242.html
Outubro 22, 2010 at 9:38 pm
#20-Nobre? Não gosto de aristocratas.
Outubro 22, 2010 at 9:41 pm
Povo tacanho que não tem orgulho em ser especialista e competente em determinada área!
Povo tacanho que adora chico-espertos e novos ricos!
Povo tacanho que deu uma maioria ao José Sócrates!
Povo tacanho que nunca irá sair da cepa torta!
Outubro 22, 2010 at 9:44 pm
400 euros? Hummm… tenho de começar a dedicar-me a esta actividade… com o que me vão roubar a partir de janeiro pelo menos tenho de elaborar 1 ou 2 dossiers por mes… mas não passo recibo!
VOu começar a pesquisar como é que são esses dossiers… e angariar uns alunos CEF , EFA, etc para as NO… BOA IDEIA!
Arranjo um pseudónimo e zuca!
Outubro 22, 2010 at 9:44 pm
# 23
Indignada, ainda fiquei a pensar nestas Novas Oportunidades Pré-escolares…
«Com esta medida, pretende o Governo através dos ministérios do Trabalho e da solidariedade Social e da Educação»
Mas então em tempo de corte drástico no OE2011 para a Educação, o Governo ainda se atreve a hipotecar mais o futuro com o anúncio deste programa de promoção de analfabetos a licenciados?!??!
Outubro 22, 2010 at 9:44 pm
#21
Mai nada!
Outubro 22, 2010 at 9:48 pm
#23
“A aquisição destas competências básicas favorece o acesso e o prosseguimento da formação em percursos qualificantes. Deste modo, contribui para a integração social destes adultos, aumentando igualmente os seus níveis de empregabilidade.”
As pessoas que existirem em Portugal e que nunca tenham frequentado a escola ainda estão em idade de trabalhar?
Outubro 22, 2010 at 9:54 pm
#29
As nossas escolas estão cheias de futuros candidatos a estes cursos … Na EB23 onde estou existem alunos com 18 anos no 9º ano… e alunos com 16 no 5º ano…
Há 2 dias o Paulo publicou aqui uma folha do caderno dum aluno que ou ele consegue um milagre ou o rapaz vai ser um potencial candidato a estes cursos…
E também temos os pais e mães destas pérolas como óptimos candidatos a estes “percursos qualificantes!”
Outubro 22, 2010 at 9:54 pm
Compre o papel capucha..puxa repuxa e torna a puxar repuxe e use sempre que quiser…com papel capucha use chucha…sinceramente hoje nem estou para aí virado..quero lá saber dso capucha ou de quejandos como o tipo…eles acreditam como os fanáticos que amarram bombas em torno do seu corpo e se fazem explodir em nome de Deus…estes na essência são iguais..NADA DO QUE LHE POSSAM DIZER CONTRARIA AS SUAS IDEIAS…LOGO NÃO GASTEM PAPEL..NEM SALIVA…COM EXCREMENTOS…
Outubro 22, 2010 at 9:58 pm
#30
Mas esses alunos fazem o 9º ano sem qualquer problema.
E com o 9º não preciso nas novas mini-oportunidades para nada, pois já estão certificados.
🙂
Outubro 22, 2010 at 10:04 pm
Serão estas NOVAS OPORTUNIDADES PRÉ-ESCOLARES uma estratégia de promoção do alargamento da escolaridade obrigatória?!?
Outubro 22, 2010 at 10:06 pm
Pois… é preciso é que vão aparecendo na escola…
Outubro 22, 2010 at 10:13 pm
#33
Não.
É mesmo mais uma ideia estúpida destes pseudo-intelectuais.
Outubro 22, 2010 at 10:19 pm
#29
Gente de etnia cigana, sem qualquer escolaridade e ainda em idade de trabalhar, há muita, por exemplo!
Sem qualquer xenofobia, será este um programa de inserção social dessas pessoas, até para que possam assinar quando receberem o rendimento mínimo?!?
Outubro 22, 2010 at 10:23 pm
Da minha experiência com NOvas Oportunidades, verifiquei que muitos alunos adquiriram o 12º ano com trabalhos feitos pelos próprios professores, muitos alunos não sabiam interpretar um texto básico, muitos alunos não sabiam fazer uma regra de 3 simples, etc, etc.
Não vi um único aluno das turmas que leccionei que tivesse melhorado a sua empregabilidade e a sua promoção no local de emprego (excepto casos pontuais de empregos em autarquias). Todos eles mal sabiam ler, mal sabiam fazer uma composição, não tinham noções básicas de matemática para ter um diploma de 12º ano.
A maior parte dos trabalhos apresentados foram, na sua esmagadora maioria, executada pelos próprios profs.
No regime de RVCC é público e notório que já existem portefólios feitos por encomenda…
Outubro 22, 2010 at 10:29 pm
Este devia ser o papagaio de estimação do VL. E mauzinho, nunca há-de chegar a sec. de estado de coisa nenhuma, apesar do esforço. Papagaio é papagaio e mainada.
Outubro 22, 2010 at 10:36 pm
Quando as coisas nos tocam de perto olhamos para elas com outros olhos, que no caso são os meus.
Um familiar muito próximo não concluiu o 12º por completa desmotivação do sistema de ensino tradicional e do então alternativo escolas profissionais. É no entanto um indivíduo multifacetado, que para além de se integrar e aprender rapidamente as competências que lhe permitem continuar na vida activa, tem este handicap da não conclusão do 12º. Qual é a alternativa que existe para estas pessoas? Nem todos compram portefólios!
Outubro 22, 2010 at 10:38 pm
«Os formadores ganharam muito, os formandos, nem tanto assim… ou quase nada.»
A maior parte do dinheiro fica nas estruturas superiores e intermédias. Os senhores avaliadores externos parece que também não se queixam. Qualquer coisa entre 40 e 60€ por adulto certificado. Num dia com duas sessões, mnhã e tarde, 10 adultos por sessão, 800-1200€ por dia.
Nos CNO (exclusivamente CNO), não sei quanto recebem os formadores, mas segundo informações, não recebem todos o mesmo e não é nada do outro mundo.
Nos CNO a funcionar nas escolas públicas, os formadores ganham conforme o escalão em que se encontram. Os professores do quadro da escola com funções no CNO têm o salário normal para o seu escalão e um horário em que são incluídas horas para o trabalho do Centro.
Uns e outros, quando se deslocam fora da escola (muito do trabalho de “formação” é prestado nas diversas localidades da área abrangida pelo Centro), são obrigados a deslocar-se em carro próprio e recebem uma quantia simbólica para o combustível: (0.12€/Km).
Quem ganha mesmo bastante bem é o dono da ANQ, sua Exa o senhor Capucha. Por isso, só pode dizer maravilhas do processo.
Outubro 22, 2010 at 10:42 pm
Outubro 22, 2010 at 10:43 pm
Olá Maya
Outubro 22, 2010 at 10:45 pm
À atenção do Pedro Castro e da guida:
Acho que vale a pena desenvolver a discussão lançada pel@ guida em #39.
É uma matéria que merece um debate sério. Mas serei o primeiro a reconhecer que não nos pagam para isso…
Outubro 22, 2010 at 10:47 pm
Buli …Maya
Outubro 22, 2010 at 10:47 pm
#39 Esses são as principais vítimas dos RVCC’s massificados: levam um diploma sem credibilidade nenhuma para casa. O problema nunca foi o processo de RVCC mas a intenção eleitoralista de certificar 1 milhão de portugueses.
#40 A quantia simbólica dá para duplicar ordenados. Constou-me que houve indicações da ANQ para se ir retirando professores do quadro dos CNO´s: são caros.
De qualquer forma os CNO’s distribuíram não fortunas mas trabalho, o que tem dado muito jeito. Se acabarem com eles, sempre quero ver o que fazem aos licenciados em Ciências da Educação.
Outubro 22, 2010 at 10:48 pm
Buli …Zandinga
Outubro 22, 2010 at 10:54 pm
Meu.. podes estar para a a debitar o que quiseres…quanto te enrabarem a frio até sobes a um poste com sebo..mas aí já é tarde…
Ela há-de vir como um punhal silente
Cravar-se para sempre no meu peito.
Podem os deuses rir na hora presente
Que ela há-de vir como um punhal direito.
Cubram-me lutos, sordidez e chagas!
Também rubis das minhas mãos morenas!
Rasguem-se os véus do leito em que me afagas!
— A coroa de ferro é cinza apenas…
E ela há-de vir a lepra que receio
E cuja sombra, aos poucos me consome.
Ela há-de vir, maior que a sede e a fome,
Ela há-de vir, a dor que ainda não veio.
Pedro Homem de Mello
Outubro 22, 2010 at 10:57 pm
Lembra alguém???
Outubro 22, 2010 at 10:58 pm
Buli….creme
Outubro 22, 2010 at 11:00 pm
#39,
Mas quem diz q
Outubro 22, 2010 at 11:01 pm
A tua mulher? Não a sabia tão musculada!!!
Lembra alguém?
Outubro 22, 2010 at 11:01 pm
#39,
Correcto.
Mas acha que essa é a regra, a excepção, ou tanto faz?
Outubro 22, 2010 at 11:02 pm
Bem fui..já agora: utiliza o creme e besunta-te …Carpe algo…
Outubro 22, 2010 at 11:07 pm
#52 Paulo:
Infelizmente conheço muitos casos que por não se “enquadrarem” nas alternativas que existem vão simplesmente “deixando andar”.
Não é seguramente a regra mas também não é excepção!
Outubro 22, 2010 at 11:08 pm
Buli….casto
Outubro 22, 2010 at 11:25 pm
#4,
Podia ser há dias, semanas ou anos…
😉
Outubro 22, 2010 at 11:33 pm
#45 A quantia simbólica dá para duplicar ordenados.
Não pretendo desviar o assunto para o acessório. jjc, quando relaciona “quantia simbólica” que “dá para duplicar ordenados” está-se a referir aos 0.12€/Km que informei em #40? Suponho que não será. Importa-se de desenvolver?
Outubro 22, 2010 at 11:36 pm
# Estou estou. Digamos que cobrado por 4 pessoas sabendo-se lá se viajam ou não no mesmo veículo, já rende…
Outubro 22, 2010 at 11:57 pm
#58
Entendi.
Não pode ser. Os formadores (das escolas públicas, que é a realidade que conheço)deslocam-se sempre em dias diferentes da semana. E cada um vai para uma localidade diferente porque as sessões com os adultos (geralmente das 19 às 21)só ocorrem uma vez por dia, de 2ª a 6ª. Logo, nenhuma hipótese de ir mais do que um no mesmo carro.
Outubro 23, 2010 at 12:05 am
#59
Pode pode. Já vi 7 a caminho de uma sessão. Digamos que alguns formadores, e profissionais, adaptaram o funcionamento normal de um processo de RVCC ao km (que pode chegar aos 100 numa noite).
Para todos os efeitos ninguém é obrigado a viajar à boleia do colega. Não vou desenvolver o tema, por razões óbvias, mas deixo o registo que quem se recusou a participar na brincadeira é que ficou em maus lençóis, desenvolvendo a sua própria aprendizagem ao longo da vida.
Outubro 23, 2010 at 12:22 am
#60
OK. Não tenho facilidade em perceber o que vai fazer tanta gente para uma sessão, mas não tenho motivos para não acreditar.
De qq modo, o “lucro” de 7 pessoas que viajam todas no mesmo carro e recebendo cada uma as ajudas que lhe são devidas, descontando a sua parte do pagamento do transporte ao dono do veículo, não duplica nenhum ordenado. Eu compreendo que seja um modo de expressão. Quando não temos os nossos carros entalados ao serviço de sua excelência o Ministério (a gastar pneus, óleo, manutenção do motor, suspensão, amortecedores, disco e bombas de embraiagem, travões… e a receber os miseráveis 0.12€ para o combustível), todas as ajudas nos parecem exageradas.
Outubro 23, 2010 at 3:37 am
#0
“Os formadores ganharam muito, os formandos, nem tanto assim… ou quase nada.”
Há alguma injustiça nesta afirmação. Os formandos (que frequentam um curso EFA) e os adultos (que estão em processo de RVCC) não ganham nada mais que auto-estima (pelo menos os do Secundário). Os formadores, se o CNO funcionar numa escola pública, estão lá porque são contratados ou professores do quadro com horário zero, não tiveram opção de escolha. Quando se concorre a uma escola pública, ninguém sabe à partida se vai ou não parar a um CNO, a menos que concorra apenas às (poucas) que ainda não têm centros destes. No ano lectivo passado fui formador de uma turma EFA e tinha 4 horas semanais em RVCC (o resto era ensino regular). Este ano tenho 6 horas para corrigir trabalhos de adultos em RVCC (o resto do tempo vou esperando por “trabalhinhos” que vão surgindo, isto porque sou do quadro mas (ainda) não tenho turmas distribuídas. Toda a gente, naquela escola, sabe que detesto o que faço mas a alternativa é ficar de papo para o ar, porque não há turmas que cheguem para todos os docentes do meu grupo disciplinar e como o concurso do próximo ano foi à vida serão mais uns aninhos a penar por ali, a menos que os “chefes” não me consigam aturar tanto tempo e me paguem o ordenado para eu ficar em casa (acho que já faltou mais 😆 ). Das 12 ou 13 pessoas que lá trabalham (no CNO) só se pode dizer que ganham com aquilo os 4 profissionais de RVCC (que se não fosse ali, dificilmente arranjavam emprego minimamente remunerado) e o Director e a Coordenadora, que querendo tinham componente lectiva mas preferem não ter e estar ali, isto porque nenhum corrige aquelas barbaridades que os adultos escrevem, limitam-se a saltar de reunião em reunião, de encontro em encontro. A esmagadora maioria dos formadores detesta aquilo, o único ganho extra que tiramos é o gozo com a Coordenadora e o Director (e com os tontinhos da ANQ, sempre que possível).