Que eu saiba, este estudo diz o mesmo de outro (versão preliminar deste?) divulgado há meses atrás e nada vem aqui de novo. A auto-estima elevada e 10% com algumas vantagens efectivas na sua vida material e  profissional.

Não sei porquê, mas cheira-me a que a conversa os-debate de ontem deu nisto… até porque eu martelei muito na ausência de estudos sobre as vantagens efectivas das NO.

Um em cada três diz que Novas Oportunidades teve impacto positivo na sua vida profissional

Um em cada três adultos afirma que a Iniciativa Novas Oportunidades (INO) teve “pelo menos” um factor positivo na sua vida profissional. Destes, a maioria dos que mudou de emprego diz que o fez para melhor. Há ainda cerca de dez por cento que sentiu melhorias nos salários. Além da vida profissional, também na pessoal, verifica-se um acréscimo da auto-estima, revela a avaliação externa coordenada pelo ex-ministro da Educação Roberto Carneiro, da Universidade Católica Portuguesa.

Por mim, podem colocar-lhe o spin que quiserem, mas estes números são significativos de um razoável fracasso de uma iniciativa milionária que em vez de desenvolver novas competências (para além do uso dos computadores), se fica pela certificação, ou seja, pela distribuição de diplomas.

Que se tornou um sucesso em matéria de criação de uma rede burocrática de certificação, oleada com dinheiros do QREN não tenho dúvidas e até posso certificar qualquer estudo nesse sentido.

Aliás, não tenho qualquer problema em admitir que esta iniciativa terá, a médio prazo, o desimpacto que tiveram na economia e vida das pessoas muitos dos cursos oleados pelas verbas do FSE. Os formadores ganharam muito, os formandos, nem tanto assim… ou quase nada.