É raro fazer digressões pela boa blogosfera mas, por tique que me ficou há uns meses, de quando em vez espreito o Câmara Corporativa para ver o que diz o establishment sobre quem o contesta, mas sempre com a capa de serem anti-corporativos e tal.
Hoje dei com este post de João Magalhães, supostamente baseado neste artigo do New York Times. Quem ler de forma distraída o post poderá ficar com a ieia que nos EUA se está a discutir uma reforma da avaliação do desempenho dos professores vagamente parecida com a nossa.
Nada de mais errado, para isso bastando ler o que está escrito, percebê-lo, e depois comparar com a nossa tristonha realidade.
Mas, ainda antes disso, tema sua graça usarem o modelo americano como exemplo do que não funciona, depois de levarem anos a martelarem-nos com as enormes vantagens dos sistemas anglo-saxónicos, em particular o americano, na promoção da excelência educativa.
Enfim… adiante. Concentremo-nos no essencial.
- O modelo em vigor por lá é criticado por ser formalista e basear-se, em termos de prática pedagíogica, apenas num par de aulas observadas (isto toca-lhes alguma campaínha?).
- As propostas de mudança pretendem ter em conta não os resultados dos alunos, mas a sua progressão, ou seja, aquela tese do valor acrescentado de que já aqui falei várias vezes (as propostas do ME passam por aqui? Not really!!!).
- Por lá pretendem-se identificar os professores pouco eficazes e promover a entrada de novos professores com qualidade (por cá quer criar-se uma prova de ingresso na profissão que torna quase estanque a entrada sem aumento dos quadros, sendo que os contratados, não fazem a dita prova).
Em resumo, de algum modo, o que pelos EUA se abandona é um sistema de avaliação do desempenho docente muito parecido com o que cá o ME tem tentado implementar, querendo adoptar-se um modelo cujas características em nada se parecem com as propostas pelo ME.
Que o autor do post do Câmara Corporativa não tenha percebido isso é caso para pensar que, talvez, fosse bom fazer uma prova de ingresso na blogosfera ou, em alternativa, não ter feito uma leitura do artigo do NYT ao nível do Emgalês Téquenico.
Janeiro 18, 2010 at 9:51 pm
No ponto não existe nexo causal entre as proposições. Cedemos á demagogia?
Janeiro 18, 2010 at 9:54 pm
A avaliação regular pode colocar profs fora do sistema. O teste de admissão pode permitir escolher os melhores para preencher o número de vagas existentes.
Janeiro 18, 2010 at 9:54 pm
errata: no ponto 3
Janeiro 18, 2010 at 9:55 pm
“á”? Boa malha!
Janeiro 18, 2010 at 9:58 pm
Normalmente fazemos questão de aplicar aquilo que os outros abandonam por não funcionar.
A culpa é dos 30 anos de atraso…
Janeiro 18, 2010 at 10:03 pm
não é malha nenhuma é mau contacto da tecla opção
Janeiro 18, 2010 at 10:06 pm
Não falem mais em “pontos”. 😉
Paulo, qdo é que começa a nossa formação específica? 🙂
Preciso de a colocar no meu PCT.
Resolvi que o projecto de E.S. da minha direcção de turma será dirigido aos professores do conselho de turma e não aos alunos.
Considero que os adultos andam pior informados sobre o tema do que os jovens. 🙂
Janeiro 18, 2010 at 10:09 pm
manual do professor
http://www.gutenberg.org/etext/16885
Janeiro 18, 2010 at 10:14 pm
Mais um “sapateiro a tocar mal rabecão”?
Janeiro 18, 2010 at 10:20 pm
#9-E acima do coturno, como todos os çapateiros não vicentinos.
Janeiro 18, 2010 at 10:35 pm
#7,
Calma que isso é coisa que merece reflexão, quiçá mesmo um outro blogue do tipo “O Reverso do Umbigo”.
Janeiro 18, 2010 at 10:37 pm
poderá apenas não ter contracções no portefólio. Quem sabe?
Janeiro 18, 2010 at 10:49 pm
#11, uauuu!!
O Reverso do Umbigo, por Paulo.G
Adoro! 🙂
Janeiro 18, 2010 at 11:02 pm
Paulo, podias fazer um inquérito do tipo “Relatório Hite” mas mais actualizado. 😉
Janeiro 18, 2010 at 11:15 pm
#14-No Kinsey não se falava ainda no “G”…
Janeiro 18, 2010 at 11:16 pm
#15, ainda não existia. 🙂 🙂
Janeiro 18, 2010 at 11:21 pm
O Kinsey fazia imensas tabelas.
O filme é giro.
Saiu há uns dias numa daquelas revistas laite muito baratinho e tem o Ralph Fiennes que, para algumas senhoras, é meio caminho para o ponto de rebuçado.
Dizem-me que eu não sei.
Janeiro 18, 2010 at 11:22 pm
Que filme é esse com o Ralph Fiennes???
Em que revista?? 🙂
Janeiro 18, 2010 at 11:57 pm
Pois, Reb.
Andas distraída! E o livrito já tem uns anitos.
… ainda não referia anéis… 😉
Janeiro 19, 2010 at 12:04 am
…as miúdas enlouqueceram…
Janeiro 19, 2010 at 1:18 am
Fui ao CC.
O autor do post já postou novamente.
Mas o meu comentário, nada, ainda não passou a peneira.
Entretanto, gozou com a conversa que por aqui vai.
Tem a sua razão.
A verdade é que sobre o tema do post muito pouco.
Janeiro 19, 2010 at 1:44 am
Quem vai lá ler sujeita-se ao menú. Com tanta música que Brahms escreveu para quê gastar tempo com essas coisas.
Janeiro 19, 2010 at 4:55 am
Cada tolo vai comendo e dando a comer o seu bolo. Quando verifica que está rançoso e não mata a fome, procura cozinhar outro.
O que é isso do valor acrescentado? Num aluno que não estuda e não põe os pés na aula, que valor acrescentado lhe pode acrescentar prof. de Históri, Filosofia, Inglês, Geografia, etc., para não falar nos «habitués» de Português e Matemática?
Ó senhores, mudem a mentaldade dos pais e encarregados de educação e verão como os problemas da educação se atenuam fortemente. Aliás, educação não; instrução sim. Educação é para a família, o que quer que isso seja; a instrução é para a escola.
Não há modelo nenhum que seja capaz de avaliar adequadamente um professor, metam isso na cabecinha. Aliás, é curioso verificar que os poucos países no mundo ctual cuja educação mantém algum grau de excelência não têm um sistema de avaliação ou de diferenciação entre professores; são os que têm um sistema educativo com mais problemas que andam às voltas com sistemas de avalição e demais trapalhadas.
Janeiro 19, 2010 at 9:17 am
Ainda ontem falava com a Directora da minha actual escola que me dizia que não via quais as diferenças entre este modelo de avaliação e o anterior.
Janeiro 19, 2010 at 1:43 pm
A Câmara Corporativa é o equivalente de uma instituição com mesmo nome da II República, comandada pelo Abrantes e seus heterónimos (há que reparar que o bom português de MA se clonou numa personagem autointitulada Magalhães…). Com informação privilegiada que vem de dentro do poder, faz uns brilharetes a atacar quem duvida das verdades oficiais do PS e de José Sócrates. Acho que é asneira divulgá-la, até porque o objectivo deles é fazer uma barreira de fumo sobre alguns assuntos e não direito ao contraditório, como o Paula já viu, na maior parte das vezes.
Janeiro 19, 2010 at 9:50 pm
A câmara corporativa existia no outro regime. As personagem de esgoto continuam no activo.