De acordo com as declarações atrapalhadas de José Sócrates na BlogConf e retomadas aqui por um seu seguidor existrirão nesta data 60.000 docentes em avaliação, dos quais 18.000 coma avaliação já concluída.
Sócrates contrapôes [sic] com dados de existência de 60000 professores em avaliação, 18000 já avaliados, e com uma diferenciação de resultados.
Ainda se poderia pensar que eram 18.000+60.000, mas as declarações do primeiro-ministro são, dentro dos possíveis, claras. Há 60.000 em avaliação, dos quais 18.000 coma avaliação concluída, portanto faltam… faltam… não chega a dizer quantos, mas a aritmética básica diria que são 42.000.
Isto é no mínimo curioso, tanto em relação aos dados divulgados sobre a avaliação na Administração Pública (160.000 já avaliados no Ministério da Educação), quer quanto ao que significa de não entrega de Objectivos Individuais. Estes números significariam que estão em avaliação menos de 50% dos docentes em exercício, talvez mesmo pouco mais de 40%.
O que significa(ria) o fracasso completo deste processo de avaliação, com base nas próprias palavras do primeiro-ministro.
E não há mesmo que enganar. Foi mesmo José Sócrates que afirmou que os dados fresquinhos indicavam 60.000 docentes em avaliação.
Que isto contrarie completamente todo o discurso oficial sobre a avaliação do desempenho dos docentes é apenas, sei lá que termo usar, algo perturbador.
Perturbador em especial para os spin-doctors do ME a quem parece que estas questões poderiam ser colocadas com maior acuidade por quem tem como missão informar, mas escrutinando a informação.
E já agora, onde têm origem estes dados?
Será que os 18.000 já com avaliação serão apenas os contratados do ano passado, mais as poucas escolas que já atribuíram classificações este ano?
Julho 29, 2009 at 7:46 pm
Foi Paulo Campos, o actual secretário de Estado das Obras Públicas, quem tentou convencer Joana Amaral Dias, do Bloco de Esquerda, a integrar a lista de candidatos do PS às próximas legislativas.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1320564
Julho 29, 2009 at 7:54 pm
“Será que os 18.000 já com avaliação serão apenas os contratados do ano passado, mais as poucas escolas que já atribuíram classificações este ano?”
Eu pelo menos não conheço nenhum colega [contratado ou outro] a quem já tenha sido atribuida a classificação durante o presente ano… mas posso estar distraído.
Confesso que por estes dias, a única coisa fresquinha que me consegue prender a atenção são os gelados…
Julho 29, 2009 at 7:55 pm
Sócrates diz na peça que estão 60.000 em avaliação, 18.000 já formam e os restantes são até ao final do ano. A subjectividade intrínseca e invisível diz que é uma espécie de avaliação. Onde anda o roubo do congelamento? E porquê avaliar se os docentes do nono e décimo escalão foram logo titulados? Estes governantes parecem uns parolos a tentar dar sentido ao que não tem…….
Julho 29, 2009 at 8:00 pm
Ele vai avaliar os 140.000 pois tem necessidade de dizer que é uma democracia e que foram todos avaliados mesmo aqueles que julgavam que isso não seria possível vai ele dizer mais adiante; este homem se for possível avalia os 10 milhões de portugueses!!!
Julho 29, 2009 at 8:05 pm
Ou seja e para desmontar a avaliação esta consistiu para a esmagadora maioria, 95%? em preencher papéis durante uma hora, mais minuto menos minuto. Isto não é avaliação mas sim um roubo que começou em Setembro de 2005.
Julho 29, 2009 at 8:58 pm
É verdade que alguns contratados já foram avaliados e já lhes foi comunicada a classificação.
Julho 29, 2009 at 9:06 pm
Há escolas com a avalição concluída.
Julho 29, 2009 at 9:06 pm
*avaliação
Julho 29, 2009 at 9:08 pm
Mas a avaliação não mudou em relação à anterior; são lidos os documentos produzidos pelo professor e para já penso que nem sejam necessárias acções de formação. Ou seja é uma avaliação mais facilitista em relação à anterior. Era uma vez num país chamado Portugal….Estávamos em Setembro de 2005 e um punhado de aventureiros roubões decidiu atacar 150.000 heróis, pessoas de bem que ensinavam dia a dia estoicamente e em silêncio (não se dava por eles) as gerações que seriam os futuros homens da nação. Desde então o ataque não parou. Os heróis munidos de um elevado espírito ético decidiram desmontar todos aqueles aventureiros… mas a tarefa não era fácil. Agora além dos jovens que tinham no dia a dia eles tinham um inimigo. Mas continuaram, por um deserto sem água… e às vezes sem areia…….
Julho 29, 2009 at 9:25 pm
Realmente este número 60000 é muito estranho. Não me admira nada que esteja incorrecto, já vimos tantas vezes este PM fazer afirmações erradas transmitindo toda a certeza deste mundo e do outro!
Mais, ele não percebe nada do que fala, nem tem a noção dos números e da realidade, traz a lição estudada na diagonal, porque foi sempre assim que “estudou” desde a mais tenra idade (o percurso dele desde sempre é muito interessante! ).
Se não tem teleponto ou um assesssor por perto é o que se vê. Quando se ouvem as intervenções dele, via TSF, nos debates da nação na Assembleia da República está sempre o Pedro Silva Pereira a murmurar ao lado as palavras chave para o Sócrates ir introduzindo ideias no “seu”, aparentemente brilhante e esclarecido, discurso.
Julho 29, 2009 at 9:35 pm
Ele sabe que tem de atirar um número; depois se verá. Em princípio qualquer número é defensável por ele com o argumento Bom mas são estes os números que tenho, desses não sabia.
Julho 29, 2009 at 9:42 pm
Por exemplo eram mesmo 18.000 e ele respondia, Pois 60.000 é os que vão já a seguir eu bem me parecia. Ele consegue colar as palavras e a malta gosta de falar dele. Só se fala dele ou seja já rende mais do que o futebol e o tempo. Um azar autêntico…..
Julho 29, 2009 at 9:44 pm
Em Setembro cai, cumprimenta o adversário e vão começar os cenários das alianças o que de todos não é novidade. Uma coisa que acontece há 34 anos não é novidade…..é tortura….
Julho 29, 2009 at 10:11 pm
A distância entre o que pensa e o que diz:
Pensa, em inglês técnico:
“Don’t follow me. I haven’t got a clue!”
Diz, em português muito, muito, mesmo muito “egocêntrico”:
“Estou muito satisfeito comigo próprio!”
Julho 30, 2009 at 12:11 am
Não demora nada aparece aí o pederneira a explicar aos casmurros dos professores que têm de ir aprender Matemática, que não sabem fazer contas aos zeros que faltam nos números, e o Nuno Crato é que é culpado, tivesse falado menos e feito mais, como eu vejam o meu exemplo e aqui do amigo Valter, cansadinhos mas orgulhosos que nós estamos de ter modernizado Portugal, bem sei que só 1% de espanhóis é que sabem o nome do meu primeiro ministro, mas isso já é um problema do Balsemão e do Moniz, esses desgraçados que não promovem a imagem dos nossos grandes lideres e só dão telenovelas, mas isso é assunto para outra legislatura, não minha, que eu estou fartinho e só penso no dia 27 de Setembro… uf…
Julho 30, 2009 at 1:26 am
Curiosidades desta avaliação meritocrática:
Contaram-me que um professor soube que tinha sido avaliado com Bom, no mesmo dia em que entregou a FAA.
Isto é, já estava avaliado antes de entregar a FAA!
Que fenómeno!
Que mais irá acontecer…
Julho 30, 2009 at 10:14 am
#16
Acho mais peculiar que se entreguem Objectivos Individuais no final do ano…
Julho 30, 2009 at 11:49 am
#16 lorelei #17 joca
Estão espantados??? Não estejam… Analisem a coisa assim:
Para que servem REALMENTE os OI e a Ficha de AA neste modelo de avaliação?
1. Para facilitar a vida ao(s) avaliador(s), fazendo-lhes a “papinha”.
2. Para fornecer dados que possam ser manipulados, para o bem e para o mal, no decurso do processo de avaliação.
3. Do ponto de vista do avaliado, para nada, uma vez que nada é vinculativo e tudo pode ser alterado e/ou imposto (só digo “e/ou imposto” porque podemos recorrer do resultado final da avaliaçao – sem comentários…).
Assim, é naturalíssimo que se entreguem OI em qualquer altura do ano lectivo – convinha apenas que fosse até à data da saída dos resultados da avaliação só por causa das aparências… O mesmo se pode dizer em relação à Ficha de AA.
No meu entender, é perfeitamente pertinente entregar-se tudo no dia em que sai a avaliação…
VALE TUDO, DESDE QUE SE FAÇA A AVALIAÇÃO!!!
PARA QUE SEJA UM SUCESSO!!!
bRAVO!!
Julho 30, 2009 at 11:57 am
Vá lá, que parece que houve cerca de 42 000 professores que “desapareceram” dos mapas…
LOLOLOLOLLOOLOLLOOLLOOLOLOLOLOLO!!!!!!!!!!!!!!!!
Ainda gostava de saber o que se passou com as malfadadas fichas de AA… Houve de tudo!
Havia de se arranjar um sítio para se enviar o que cada um fez…
Ó Paulo, tens alguma idéia???