A população de Portugal é um pouco acima da de uma grande cidade como Londres ou Nova York (mais de 8 milhões) e vai minguando de forma acelerada. Com as novas acessibilidades (mesmo se excluirmos as ex-SCUT) e tecnologias de informação os pouco mais de 90.000 km2 de área são irrelevantes e mesmo em termos absolutos são muito menos do que a generalidade de um estado americano. em pouco mais de metade da população e da área da Florida, estado que muitos dos nossos liberais gostam de apresentar como exemplo de muitas medidas de descentralização e desregulação dos serviços públicos.
Mas por cá continua a falar-se do centralismo como se estivéssemos nos tempos de Almeida Garrett ou Mouzinho da Silveira e não como se fosse possível chegar a qualquer ponto do território em 4 horas sem exceder os limites de velocidade (eu levo mais, muito mais, pois gosto de lanchar pelo caminho e ver as paisagens que restam).
Mas esquecem-se de falar dos centralismos locais, os velhos caciquismos que perduram. E perduram a três cores, aquelas que gostam de, periodicamente, vir com a conversa da regionalização e municipalização dos serviços públicos. Discordo, sempre discordei e parece-me que vou demorar bastante a mudar de opinião. Chamem-me o que bem entenderem, como um comentador que, a um tempo me chamou comunista e fascista, baralhando-se todo acerca do que é verdadeiramente o centralismo… o centralismo é quando as decisões sobre uma dada população são concentradas, seja a nível nacional, seja a nível local.
Não é uma ideologia política específica que define o centralismo. São as conjugações de interesses. Não é uma dada unidade territorial, é a forma como se exerce o poder.
Há autarcas muito bons e outros muito maus. Há municípios que podem ser exemplares em termos de proximidade aos eleitores, mas não sei se essa será a regra ou a excepção.
O que sei é que prefiro um centralismo neutral a 300 comprometidos com clientelas particulares.
Há quem afirme que a municipalização permitiria uma responsabilização mais directa por parte dos eleitores em relação aos decisores. Isso é acreditar na história da carochinha. Se acreditam mesmo nisso, defendam a democracia directa a moda dos velhos cantões suíços. Ou o modelo auto-gestionário jugoslavo, teoricamente o mais puro na aproximação entre decisor político e destinatário das políticas. Ou sovietes de bairro e células de empresa.
Esta da proximidade é como o referendo. Só usam quando interessa.
Não me repugnam experiências-piloto, mas que sejam apenas isso mesmo e não portas abertas para generalizações abusivas.
Público, 28 de Janeiro de 2014
Janeiro 28, 2014 at 5:45 pm
Não esqueçamos as franjas da população que não são nada móveis geográfica e tecnologicamente e continuam a depender, muito, de terceiros, que não estradas de alcatrão e estradas virtuais, daí que os serviços de proximidade continuem a fazer todo o sentido.
Já para não falar dos casos em que um INEM demora mais de uma hora a chegar ao local do sinistro, porque tem de se deslocar da capital de distrito e percorrer 90 ou mais kms, mesmo que metade ou mais da distância coincida com uma A23 ou A25.
É preciso viver no interior profundo para experimentar na carne como as teorias não são nada praticáveis, por mais tecnológicos que sejamos.
Janeiro 28, 2014 at 5:49 pm
Na A25 , A23 e outras … do interior “ir e vir” 40km equivale a 10€ de portagens (4x mais caro que na A1).
Onde está a mobilidade?
Janeiro 28, 2014 at 5:51 pm
Recebi este email,mas não consigo acreditar…Muito mau…
“2014 aumento global de 4,99% nos vencimentos dos deputados.
Dá para acreditar?
Precisamente no dia em que recebemos a informação sobre a CES (Contribuição Extraordinária de Solidariedade) que de extraordinária não têm nada.
Leia com atenção a este abuso descarado…
Foi aprovado por unanimidade!. Ninguém na Assembleia da República contestou!!!!!
Ninguém na Assembleia da República, da direita à extrema esquerda, contestou.
É ou não possível haver unanimidade? É sim, senhor: se foram eles os beneficiários…
A notícia é mesmo verdadeira e vem no Diário da República.
O orçamento para o funcionamento da Assembleia da República foi já aprovado em 25 de Outubro passado, fomos ver e notámos logo, contudo já sem surpresa, que as despesas e os vencimentos previstos com os deputados e demais pessoal aumentam para 2014.
Mais uma vez, como é já conhecido e sabido, a Assembleia da República dá o mau exemplo do despesismo público e, pelos vistos, não tem emenda.
Em relação ao ano em curso de 2013, o Orçamento para o funcionamento da Assembleia da República para 2014 prevê um aumento global de 4,99% nos vencimentos dos deputados, passando estes de 9.803.084 € para 10.293.000,00 €.
Mais estranho ainda é a verba relativa aos subsídios de férias de natal que, relativamente ao orçamento para o ano de 2013, beneficia de um aumento de 91,8%, passando, portanto, de 1.017.270,00 € no orçamento relativo a 2013 para 1.951.376,00 € no orçamento para 2014 (são 934.106,00 € a mais em relação ao ano anterior!).
Este brutal aumento não tem mesmo qualquer explicação racional, ainda assim fomos consultar a respetiva legislação para ver a sua fórmula de cálculo e não vimos nenhuma alteração legal desde o ano de 2004, pelo que não conseguimos mesmo saber as causa e explicação para tanto..
Basta ir ao respetivo documento do orçamento da Assembleia da República para 2014 e, no capítulo das despesas, tomar atenção à rubrica 01.01.14, está lá para se ver.
Já as despesas totais com remunerações certas e permanentes com a totalidade do pessoal, ou seja, os deputados, assistentes, secretárias e demais assessores, ao serviço da Assembleia da República aumentam 5,4%, somando o total € 44.484.054.
Os partidos políticos também vão receber em 2014 a título de subvenção política e para campanhas eleitorais o montante de € 18.261.459.
Os grupos parlamentares ainda recebem uma subvenção própria de 880.081,00 €, sendo a subvenção só para despesas de telefone e telemóveis a quantia de 200.945,00 €.
É ver e espantar!
Caso tenham dúvidas é só consultarem o D.R., 1.ª Série, n.º 226, de 21/11/2013, relativo ao orçamento de 2014, e o D.R., 1.ª Série, n.º 222, de 16/11/2012, relativamente ao orçamento de 2013.”
Janeiro 28, 2014 at 6:32 pm
#1,
Mas acreditam que vão existir 200 INEM?
O problema é que vai existir mais um patamar (ou dois, com a regionalização) de mediação entre as decisões e os cidadãos.
Janeiro 28, 2014 at 6:55 pm
Estamos então a falar do “cancro” do nosso regime democrático, a partidocracia.
Os partidos, e não apenas os do Centrão, embora nestes o problema seja mais notório, disseminam-se pelo poder local como por coutadas: quando lá estão, só entra quem eles muito bem entendem e faz-se só o que eles deixam.
Quando se fala aqui de “poder local”, trata-se de (pequenos) centros de poder bem localizados, que se vão enquistando e metastizando com o tempo, e não propriamente do poder das diversas “localidades”, ou das “regiões” (o “regionalismo” segue a mesma lógica tribal), dado os entorses a que a representatividade democrática, a voz e aspirações das populações ficam sujeitos com a instrumentalização partidocrática, propiciando fenómenos perversos como o caciquismo (de local, o poder passa a pessoal).
O despovoamento e a desertificação do interior, isto tem que se dizer, não se devem apenas ao centralismo macrocéfalo de Lisboa, como também a esse outro “centralismo”, dos partidos e seus apaniguados locais, que vivem e percebem a realidade centrados sobretudo nos seus pequenos interesses, que os mergulha numa insidiosa ilusão de autarcia.
Janeiro 28, 2014 at 7:39 pm
ás vezes apetece fazer isto a muita gente…
Seria difícil conceber castigo mais demoníaco, pudesse uma tal coisa ser posta em prática, do que abandonar uma pessoa à deriva na sociedade por forma a passar despercebida a todos os seus membros. Se ninguém se voltasse para nós ao ver-nos entrar em casa, se ninguém nos respondesse quando nós falássemos, ou se preocupasse com o que nós fizéssemos, mas se toda a gente que conhecêssemos nos «desligasse do mundo» e agisse como se fôssemos entidades inexistentes, não tardaríamos a ser tomados de uma espécie de desespero de raiva e impotência, de que a mais cruel das torturas corporais seria um alívio.
William James,
Janeiro 28, 2014 at 7:40 pm
recordar a Merkel algo do seu passado…
Janeiro 28, 2014 at 8:01 pm
#7
Bulimundo não acerta uma! O verdadeiro passado obscuro de Merkel não é esse. É um passado de estreita ligação ao partido comunista alemão oriental.
http://www.spiegel.de/international/germany/new-book-suggests-angela-merkel-was-closer-to-communism-than-thought-a-899768.html
http://www.dailymail.co.uk/femail/article-2065983/Angela-Merkel-The-little-communist-grew-worlds-powerful-woman.html
Merkel com a farda do partido comunista vestida!
«A biography focusing on Chancellor Angela Merkel’s time growing up in East Germany is making headlines because it suggests she was closer to the communist system than hitherto known.
But former German Transport Minister Günther Krause — an eastern German politician who worked with her in the final months of the GDR and as a fellow minister in the government ex-chancellor Helmut Kohl in the early 1990s — contradicts her in the book and says she propagated Marxism-Leninism.
“With Agitation and Propaganda you’re responsible for brainwashing in the sense of Marxism,” he said. “That was her task and that wasn’t cultural work. Agitation and Propaganda, that was the group that was meant to fill people’s brains with everything you were supposed to believe in the GDR, with all the ideological tricks. And what annoys me about this woman is simply the fact that she doesn’t admit to a closeness to the system in the GDR. From a scientific standpoint she wasn’t indispensable at the Academy of Sciences. But she was useful as a pastor’s daughter in terms of Marxism-Leninism. And she’s denying that. But it’s the truth.” »
Janeiro 28, 2014 at 8:17 pm
Rio de prata. que sejas umbronco formado na escola de bimbos e santarem ainda..que não saibas ver para alem do obvio demonstraa tua capcidade de cerebro hemorroidal..evidente que. eu me referia à chanceler…e aopassado do seu país …vá vai fazer copofragia para santarem com o teu guru do sexo anal..
Janeiro 28, 2014 at 8:32 pm
Não tem nada com o assunto discutido mas alguém sabe se as faltas ao abrigo de “assistência a menores” tem perda de remuneração diária?
Janeiro 28, 2014 at 9:35 pm
Metam a descentralização no fofo.
Aconselho a visualização.
Não vomitem, um país corrupto até ao tutano…
Repórter TVI – «Sem rede»
Uma reportagem de Ana Leal, com imagem de João Paulo Delgado e montagem de Miguel Freitas.
Por: Redacção | 2014-01-27 23:06
(…)
Ler mais: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/reporter-tvi-ana-leal-tvi24-siresp-ultimas-noticias-reporter-tvi/1532097-4071.html
Fonte:http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/siresp-morte-bombeira-caramulo-protecao-civil-comunicado/1532573-4071.html
Janeiro 28, 2014 at 9:40 pm
No Youtube:
Fonte:http://www.tretas.org/DossierSIRESP
Janeiro 28, 2014 at 9:41 pm
Vejam a Reportagem, mas, não vomitem…