Resposta breve (2000 caracteres) dada a uma questão sobre os desafios que se colocam aos professores num tempo de incerteza social e progresso tecnológico:
O senso comum e as tendências mais recentes apontam para a necessidade do professor se relacionar de forma cada vez mais estreita com os meios tecnológicos para tornar o seu acto de ensinar mais eficaz e capaz de atingir os alunos, cada vez dotados mais precocemente de ferramentas para a pesquisa e obtenção de informação.
No entanto, por ser pletórica, produzida em massa e distribuída sem um critérios fácil de identificação de autenticidade ou fiabilidade, essa informação necessita ser filtrada, organizada, articulada e sintetizada para que seja possível obter aprendizagens significativas.
Isso significa que, de uma forma que não acho paradoxal com o progresso da técnica, os professores necessitam reforçar a dimensão humana e específica da sua função. No sentido em que devem ser cada vez mais capazes de dominar os conhecimentos que devem transmitir e de dotar os seus alunos com as ferramentas críticas indispensáveis para organizar as suas aprendizagens em meios extra-escolares.
Ao contrário das tendências que defendem a formação de professores generalistas, mais especializados em meios técnicos de difusão de informação do que nos saberes disciplinares tradicionais, eu considero essencial que os professores do futuro sejam profundos especialistas nas suas áreas disciplinares de docência e na capacidade de transmitirem conhecimento de uma forma mais eficaz do que a televisão, a internet ou quaisquer novos meios que venham a surgir.
Desde os primórdios do processo educativo é essencial o papel do “mestre” na condução dos seus “discípulos” na descoberta de um conhecimento cada vez mais vasto, desorganizado e com versões concorrentes que só o desenvolvimento do espírito crítico, de análise, selecção e síntese pode tornar útil para além da mera replicação.
Num tempo em que a inovação parece depender mais dos aspectos técnicos do que dos humanos, a verdade é que estes são essenciais para evitar que o mecanicismo, a massificação e despersonalização do acto educativo e a mera replicação acrítica da informação substituam o ensino personalizado, a criatividade e a capacidade para inovar a partir do conhecimento acumulado.
Março 10, 2013 at 4:24 pm
É muito bom, revejo-me no que escreves.
Acrescentaria (explicitando-o) que a formação inicial dos professores deve ser repensada, em favor deste novo tipo de professor e porventura contra os interesses corporativistas dos nossos “colegas” do superior; e que a formação contínua, instrumento cada vez mais essencial à constituição do professor, deve ser repensada de alto a baixo.
Março 10, 2013 at 4:25 pm
Uma rica página, se me é permitido…
Março 10, 2013 at 4:46 pm
Nunca me passará pela cabeça de que um professor deixará o seu saber ciêntifico em detrimento da aplicação de tecnologias. “Eles” bem tentam! Essa falácia do professor generalista é uma teoria de infantilização da escola.
A verdadeira e primordial função da escola é transmitir conhecimento e as práticas de cariz cientifico! O resto é palha só possível num país anormal e dominado por anormais armados em pedagogos!
Março 10, 2013 at 4:54 pm
Relativamente as tecnologias, o professor devera seguir o seguinte principio:
A nova tecnologia da menos trabalho? Muito bem, experimente-se.
A nova tecnologia da mais trabalho? Inventem outra coisa.
Março 10, 2013 at 5:18 pm
#4
Esse critério único de dar mais ou menos trabalho é estranho. Então se der menos trabalhos e embrutecer os alunos, que é normalmente o que acontece, deve experimentar-se? Para quê?
Março 10, 2013 at 5:59 pm
Voce gosta de ter mais trabalho?
Entao deve estar com muito tempo livre.
Março 10, 2013 at 6:23 pm
#6
O que entende por trabalho? Onde é que eu disse que “gostava de ter mais trabalho”? O que entende por “tempo livre”? Ui… vê mais um exemplo de comunicação sem conteúdo!
Março 10, 2013 at 6:41 pm
Trabalho e aquilo que embrutece os alunos, se for de menos, como voce diz.
Março 10, 2013 at 6:50 pm
#4
Então nunca irá utilizar a tecnologia porque, inevitavelmente, terá trabalho acrescido a integrá-las não só no início mas ao longo do tempo uma vez que estas vão evoluindo. O uso, ou não, das tecnologias implica outras questões: esta tecnologia pode ser usada de forma vantajosa para as aprendizagens dos alunos ou não e, se sim, de que forma?
Março 10, 2013 at 6:53 pm
#0 Gosto do texto, mas esta parte é um bocadinho dúbia: “capacidade de transmitirem conhecimento de uma forma mais eficaz do que a televisão, a internet ou quaisquer novos meios que venham a surgir.”
Prefiro transmitir conhecimento também com a televisão, a internet e até os videojogos.
Ou seja: utilizando as novas ferramentas de comunicação sem, é óbvio, renunciar à velhinha escrita e não descurando a anciã oralidade.
Março 10, 2013 at 6:59 pm
Subscrevo o teor do post, embora me pareça que a evolução das coisas, e das próprias pessoas, tenda a prosseguir no sentido contrário ao que aqui é defendido.
Quantos colegas nossos, por exemplo, quando se trata de escolher manuais, se sentem atraídos pelo que traz o “projecto pedagógico” mais completo, leia-se planificações e planos de aula, fichas, testes, testes para nees, powerpoints, pdfs e mais uma catrefada de coisas?
O que é isto senão criar aos poucos as condições para que qualquer um com escasso conhecimento científico, mas umas luzes de pedagogia, pegar naquilo e dar a aula?
E os cursos bolonheses de formação de professores, que aglutinam e aligeiram as formações científicas em favor das “ciências da educação”, vão ou não no mesmo sentido?
Ou as políticas ministeriais que têm facilitado a transição de professores para a leccionação de outras disciplinas ou níveis de ensino para as quais estão menos habilitados mas onde se torna mais fácil arranjar-lhes serviço?
Março 10, 2013 at 7:04 pm
#4 a #9
Os maiores problemas com o investimento na utilização de novas tecnologias são, a meu ver, de dois tipos:
– Saber à partida se vale a pena, ou seja, se o sacrifício de tempo não será excessivo para o que se vier a conseguir e se a nova tecnologia não ficará obsoleta demasiado cedo;
– A nova tecnologia não dispensar a antiga, por exemplo, andar a perder tempo com moodles, dropboxes e mails dedicados aos alunos e depois descobrir que se tem de duplicar o trabalho fazendo tudo aquilo em papel porque uma grande parte dos alunos não tem acesso a internetes…
Março 10, 2013 at 7:05 pm
Um texto excelente. Os professores deverão dominar as suas especialidades e em cada área. ensinar os fundamentos do conhecimento, as perspectivas de evolução e, sobretudo, ensinar os alunos a terem espírito crítico. A internet, com todo o tipo de informação disponível (tanta supestição e tanto lixo) e com as possibilidades de formar grupos de interesses, pode muito facilmente contribuir para a ignorância e o fanatismo.
Se as novas gerações não forem orientadas, poderá haver uma idade das trevas com a internet a funcionar em pleno…
Março 10, 2013 at 7:13 pm
só agora ouvi isto que me mandaram, por email… se calhar por aqui já passou mas não terei aberto o link. Também não sei se o que aqui vou “colar” se dá para ouvirem, mas está cheio de verdades carregadas de emoção… Também é sobre o futuro. Aqui vai:
Março 10, 2013 at 7:18 pm
#12:
Concordo.
Imaginem que a Boeing cria um novo modelo, o 797, muito evoluido, mas que da mais trabalho aos pilotos.
Alguma vez isso seria possivel? Sempre que ha uma evolucao na tecnologia esta e suposta beneficiar todos os intervenientes. Nem faz sentido doutro modo, qualquer que seja a atividade.
A nao ser que o eduques invada a aeronautica e se passe a construir avioes centrados nos passageiros.
Março 10, 2013 at 7:19 pm
#14,
Já passou mas não é demais…
Março 10, 2013 at 7:20 pm
#12
Voltamos ao mesmo: não se usa uma vez que as tecnologias estão em permanente e acelerada evolução. Os alunos não terem acesso à internet é um problema se quisermos que eles desenvolvam trabalho autonomamente em casa mas há uma infinidade de coisas que se podem utilizar na aula (necessita que se revejam os currículos do tamanho de um comboio de mercadorias mas é fazível).
Um dos grandes problemas com as tecnologias é que os políticos, que na maioria dos casos são completamente ignorantes no que diz respeito à educação, têm a ideia de que basta colocar as tecnologias nas escolas para que tudo se resolva. Ler o que Neil Selwyn (Schools and schooling in the digital age) escreve sobre as tecnologias nas escolas inglesas é de morrer a rir (se não fosse preocupante) – a leitura do nosso Plano Tecnológico da Educação e a sua implementação também tem a sua graça.
Março 10, 2013 at 7:29 pm
Síntese:
– as novas (ou velhas) tecnologias devem ser utilizadas apenas se daí resultar algum benefício/vantagem para o ensino;
– nunca o ensino se deve meramente adaptar (muito menos subordinar) às novas (ou velhas) tecnologias.
O pior é quando é valorizado o uso (dito diversificado) de novas tecnologias
na prática docente e é penalizado o não uso, como se tudo se pudesse quantificar de forma simples. Simplesmente tecnológica…
Março 10, 2013 at 7:33 pm
#15
Há duas posturas em relação à utilização das TIC na educação: como ferramenta de trabalho do professor (e aí o exemplo do tal Boeing poderá aplicar-se – se fazer pautas ou testes à mão dá menos trabalho para quê utilizar computadores) e como ferramenta utilizada pelos alunos nas suas aprendizagens (e aí o exemplo do Boeing começa a meter água, ou ar uma vez que é um avião). Pôr os alunos a pesquisar e a utilizar ferramentas da Web 2.0 leva sempre mais tempo do que o professor dar a informação.
Quanto ao comentário sobre o eduquês na aviação, um dos pais do design instrucional, Robert Gagné, começou o seu trabalho na II Guerra Mundial para desenvolver o treino dos aviadores americanos que estavam a ter problemas com as, então novas, tecnologias aeronáuticas. O princípio do User Friendly e de muita tecnologia na aviação tem, de certa maneira, a ver com a criação de instrumentos centrados, não nos passageiros, mas nos pilotos.
Março 10, 2013 at 7:35 pm
No 1º ciclo a “generalidade” é cada mais geral e abrangente. “Ele” é quase tudo mesmo, dar todas as disciplinas, acompanhar as modas de “novos” programas, dar de comer, lanche, almoço e mais lanche à tarde, supervisionar as AEC e o CAF (esta coisa que parece que o Álvaro, Ministro da Economia, não pagou nos Olivais…) e acrescentar as n reuniões consequência da verticalidade dos agrupamentos e mais verticalidade dos Megas e ainda as atividades que se multiplicam e ainda as articulações entre ciclos e ainda os testes intermédios e exame do 4º ano que por acaso não são no final do ano, mas fica ali enchouriçado no meio do 3º período e ainda, suprema felicadade, os milhares de papeis e dossies de turma, de grupo de escola cheiínhos de grelhas giras, exels a granel!… ufa! Já estou cansada! Pode ser que não seja em todo o lado assim, mas para quando pensar à séria, no presente e no futuro do que ser no 1º ciclo. ah… esqueci-me dos projetos da comunidade local, para participarmos, que cada vez mais o local tb é Mega… esqueçam. É de doidos. Os profs do 1º ciclo têm culpa? Também têm, infelizmente, pois ainda se unem menos do que os dos outros ciclos e comem e calam!
Março 10, 2013 at 7:36 pm
Vai aqui uma grande confusão entre tecnologia e formas de comunicação. Tecnologia no sentido em que a estão a empregar é um simples software (por exemplo o moodle não passa de um cópia reles da dita net 2.0), e quem sabe usar um usa os outros (se por exemplo um governo decente deixasse de pagar as licenças à Microsoft toda a gente se habituava a utilizar os equivalentes em open source).
O problema não são os softwares, que até replicam o que já existia (o que se faz numa apresentação digital já se fazia com acetatos ou diapositivos). Claro que exijo de um manual que tenha uma boa versão em cd para utilizar na aula, porque não faz sentido hoje em dia não poder projectar a página que estamos a trabalhar, mas vivi bem sem isso durante décadas.
O desafio é outro: não abandonar o texto mas entender que o vídeo é um meio de comunicação que tende a ser dominante e só me facilita a vida.
E também aqui nada de especial; hoje é mais fácil de aceder e levo-os numa pen, incluindo coisas que tinha em vhs e tive de converter.
Tecnologia que me complica a vida não conheço. Como cada vez mais boa parte dos meus alunos não tem acesso à net, muito simplesmente deixei de usar o mail mas não o substitui pelo papel (a verba é curta). E se substituísse qual era o problema? era só imprimir.
Março 10, 2013 at 7:40 pm
Concordo com o post!
Informação não é conhecimento!
Por isso não basta ter acesso a informação, que hoje se encontra na internet. É necessário saber “filtrá-la”, isto é, saber qual é a relevante, e qual não é, ou qual a que está errada. Porque nem só de boa informação está a net cheia!
Tenho alunos que nem copiar bem conseguem, pois não sabem sequer se o que estão a copiar faz sentido!
Para tudo é necessário um mínimo de conhecimento!
A informação, só por si, não chega! É necessário saber o que fazer com essa informação!
Março 10, 2013 at 7:43 pm
#10,
O “também” pode ser usado, mas não no sentido desta frase.
O professor deve saber usar esses recursos mas estar conseguir, por si mesmo, ser capaz de transmitir os conhecimentos de forma eficaz e autónoma dos “auxiliares”.
Março 10, 2013 at 7:49 pm
O que está em causa é a redução do tempo que o aluno passa na companhia do professor em classe. É nisso que as TIC estão a investir. Transmissão de conhecimento ou exercícios e correcções repetitivas serão feitas em ambiente virtual. Por outro lado o aluno passará a ter atendimento online 24 X 7 e ensino individualizado, diferenciado, respeitando o seu próprio ritmo. Os professores terão outras funções mais nobres e interessantes. Quanto à questão da educação versus instrução epera-se que a sociedade reassuma no seu todo o papel de educadora e que a escola perca alguma importância nesse aspecto.
Março 10, 2013 at 7:50 pm
#23
Concordo!
Devemos ser independentes dos “auxiliares”, sendo estes apenas uma forma de facilitar aquilo que queremos transmitir.
No entanto estes impõem-se de tal forma que parece que sem eles nada conseguimos.
Fiquei um dia sem computador e parecia que me faltava um “braço”!
E agora, sem PC, o que fazer???
Março 10, 2013 at 7:50 pm
#21
Uma correcção: o moodle foi criado em 2001, enquanto que o termo Web 2.0 aparece pela primeira vez em 2004 e depois no artigo de Tim O’Reilly de 2005 (What is Web 2.0), apesar, por exemplo de o primeiro Wiki (uma das ferramentas emblemáticas da nova Web) ter sido criado por Ward Cunningham em 1995 como uma ferramenta para estimular as pessoas a tornarem-se autoras e os blogues terem surgido no final dos anos 90 do século passado. Portanto, quando muito, o moodle e a Web 2.0 têm um desenvolvimento paralelo.
#18
Completamente de acordo com a síntese.
Março 10, 2013 at 7:53 pm
Alguém se lembra do nónio ..QUE DE TÃO COMPLICADO ERA DIFÍCIL DE UTILIZAR PELOS PILOTOS DA ALTURA?? DAÍ O SEU FRACASSO SEGUNDO SE DIZ POUCOS DEVEM TER SIDO OS CONSTRUIDOS….OS MESMOS TINHAM POUCO CONHECIMENTO PARA UTILIZAREM A DITA PEÇA DE ORIENTAÇÃO..
Mas, dizem os especialistas em história da ciência, a náutica matemática ou especulativa que inaugurou, e os novos instrumentos de navegação que descreveu (pouco se sabe se algum terá chegado a ser construído ou não), eram de uma sabedoria quase inacessível aos pilotos que acabaram por nunca usar os conhecimentos expostos pelo matemático
http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CCwQFjAA&url=http%3A%2F%2Fpedronunes.cienciaviva.pt%2Fdocs%2Fartigos1.doc&ei=-OM8UfaQD9SKhQfB0YGYBg&usg=AFQjCNHQTVoyrmEtaei3GLHAmLRCqUqn9w
Março 10, 2013 at 7:56 pm
As TIC ainda estão a ser usadas de forma incipiente e pouco generalizada em Portuga. A maior parte das vezes a discussão sobre este assunto nem aflora o que de facto poderiam ser as transformações do modelo de escola e de educação. Continua-se a investir muito mais no betão, mesmo contabilizando PTE e anexos.
Março 10, 2013 at 8:00 pm
Março 10, 2013 at 8:01 pm
# 26 escrevi “dita web 2.0” precisamente porque não designa novas tecnologias, mas a massificação do seu uso (a usenet “sempre” existiu). A minha crítica é ao moodle actual: preferia usar as ferramentas disponíveis no mundo cá fora que estar num universo paralelo.
# 23 não estamos realmente a falar do mesmo: ensino sem ardósia, papel ou pergaminho existiu, mas convenhamos que o modelo exclusivamente expositivo não era lá grande espingarda. Mas claro que concordo contigo: quem não é capaz de o utilizar, de transmitir conhecimento sem outra ferramenta que não a palavra, devia ir vender pentes a carecas, obtinha melhores resultados.
Março 10, 2013 at 8:06 pm
João mas esse modelo quase escolástico colegial e expositivo é muito utilizado nos modelos asiáticos …
Março 10, 2013 at 8:06 pm
todavia em certos aspectos são mais abertos..
Março 10, 2013 at 8:09 pm
#30
Web 2.0 não significa a massificação da Web apesar de esta massificação ter acontecido. O’Reilly considera que a Web 2.0 pode ser vista como um conjunto de práticas e princípios que unem um conjunto de sites que exibem alguns destes princípios. Um dos princípios fundamentais da Web 2.0 é a Web como plataforma – muitas das ferramentas são semelhantes às aplicações tradicionais mas os utilizadores usam um browser em vez de instalarem software nos seus computadores, outras têm um cariz social e incentivam os utilizadores a exprimem os seus pensamentos e ideias.
Quanto ao moodle actual: em termos de princípios não me parece particularmente diferente daquele que comecei a utilizar em 2005.
Março 10, 2013 at 8:17 pm
Nem sempre uma imagem vale por mil palavras. Há mesmo imagens que nada dizem sem a anciã oralidade, como já alguém atrás lhe chamou…
Março 10, 2013 at 8:23 pm
Tirando alguns pormenores técnicos, esta discussão poderia ter sido feita há 20 anos… A sensação que dá é que os professores não conseguem passar da introdução a este tema.
#27
O Nónio era usado nas nossas escolas, diariamente, pelos nossos alunos, desde os 13 anos, pelo menos até há três décadas…
Março 10, 2013 at 8:46 pm
#35,
Para o caso de não ter percebido, esta discussão é necessariamente recorrente.
O problema é quando terminar.
Março 10, 2013 at 8:51 pm
#35, 27
As minhas turmas usam-no diariamente.
Por brincadeira, a um dos aparelhos que o integram – chamamos o Pé d’Alice!
Março 10, 2013 at 8:54 pm
O 35, de tantas ideias, discussões e inovações, deve estar assim mais ou menos como morto e a sua alma já transcende estas coisas mais corriqueiras que ocupam os vulgares terrenos…
Março 10, 2013 at 8:58 pm
#39,
peclise, queres tu dizer.
Sei bem do que falas, porque um dos meus rapazes dessde miúdo me pede assim coisas esquisitas como prenda de Natal, de anos, ou noutra qualquer ocasião. Depois, vejo usá-los.
Março 10, 2013 at 9:03 pm
#39
‘Tás maluca, já andas a dirigir-te à própria – tem alguma lógica a minha não existência. E mais. Ou não.
Março 10, 2013 at 9:13 pm
#40,
Devo mesmo dizer que a dimensão da tua não existência que envolve Pé d’Alice e outras quinquilharias me parece familiar e fascinante.
Março 10, 2013 at 9:17 pm
chiça as vossas escolas devem ter muito bons alunos….
O nónio pode ser descrito como um par de escalas graduadas, geralmente em milímetros ou graus, que deslizam uma sobre a outra. Na segunda escala (que é o nónio propriamente dito) é possível ler uma fração da medida da primeira escala. O nônio é usado em paquímetros e micrômetros para medidas precisas. Em um paquímetro típico, a escala principal é calibrada em milímetros, e o nónio permite realizar medidas com precisão de 0,05mm.
Março 10, 2013 at 9:21 pm
#42
Bem, isso depende da sua natureza.
Março 10, 2013 at 9:22 pm
#41
Hehe!
Março 10, 2013 at 9:54 pm
Acho que não mudava uma vírgula no texto do Paulo.
Um exemplo, de hoje: infelizmente, temos um muito mau manual adoptado, por isso, necessito de fornecer aos alunos informação mais fidedigna e compreensível. Estive, então, a usar o Moodle para esse efeito. Ora, o problema não é o moodle, ou um blogue; o problema foi escrever um texto a explicar o que era o utilitarismo, à medida dos alunos que tenho, partindo do conhecimento – que já possuo de uma aula – das confusões específicas que se geraram sobre o assunto. Ao fim de uns anos, sabemos de antemão muitos dos equívocos que irão surgir; porém, espanto-me sempre como cada grupo de alunos consegue ter as suas “confusões” muito próprias.
Sem um professor conhecedor das matérias, como se resolve isto?
Março 10, 2013 at 9:58 pm
“Sem um professor conhecedor das matérias, como se resolve isto?”
Utilizando o gerúndio.
Março 10, 2013 at 10:00 pm
Sugestão
vídeo explicativo
questionário auto correctivo para despistar equívocos
atendimento online para questões remanescentes
projecto de investigação com orientação presencial sobre “O Utilitarismo na Moda Lisboa”.
Março 10, 2013 at 10:02 pm
Aguardo a vossa sua inscrição para o call center.
Março 10, 2013 at 10:05 pm
Imaginem só, aqui o je do Fafe a atender idiotas.
Março 10, 2013 at 10:11 pm
#49,
FAço eu a piada ou espero que um não-idiota a faça?
Março 10, 2013 at 10:14 pm
Por favor! 😆
Março 10, 2013 at 10:27 pm
Circuito fechado.
Em.
Março 11, 2013 at 12:26 am
Concordo com o texto e com a maioria dos comentários-
O uso da tecnologia deve ser um complemento e nunca deverá substituir , nem para o professor nem para os alunos, o conhecimento aprofundado dos saberes da área disciplinar em si.
Março 11, 2013 at 12:32 am
Estou-me a marimbar para a tecnologia; eu, por exemplo, estou proibido de ver quadros interactivos. E nunca tive nenhum.
Março 11, 2013 at 11:03 am
Eu, quando oiço falar em auxiliares como a internet, lembro-me logo do copy paste que passa por trabalhos de pesquisa! Essa praga! Mais, há colegas que não se ralam nada com isso.
Março 11, 2013 at 11:12 am
Podermos estar contra ou a favor mas uma coisa é certa; ela está cá e não vai sair. O resto são pontos de vistas, um mais louváveis do que outros mas apenas pontos de vista.
Março 11, 2013 at 11:38 am
Perfeitamente de acordo. A pedagogia e a didáctica, ao centrarem-se no instrumental, no formal, (quantos professores especialistas em “novas tecnologias” não são uma nódoa na sua área ceintífica?!…), têm descurado o mais importante: o conteúdo, o conhecimento. Felizmente, as coisas parecem estar a mudar.
Março 11, 2013 at 1:00 pm
Concordo inteiramente. Mas qual é o perfil de professor que o Ministério, mesmo com Crato, tem incentivado? Veja-se o desincentivo real a estudos pós graduados e o tipo de acções de formação existentes e chega-se a uma conclusão pouco animadora…