Ou atiram a plataforma à cabeça dos agressores?
Governo lança plataforma contra violência escolar
O Ministério da Educação e Ciência vai propor aos parceiros da área a criação de uma plataforma de entendimento para combater o problema da violência escolar.
Quando é que metem na cabeça que, com tudo à volta da escola em descalabro económico e social, com o aumento galopante da pequena e média criminalidade e a degradação brutal do nível de vida de muitas famílias, os fenómenos de indisciplina, violência, etc, sobrem de forma (infelizmente) quase “natural” e que a intervenção precisa ser muito mais integrada e não apenas dos portões das escolas para dentro, com os meios do costume e apenas mais conversa?
Basta terem olhos… aperceberem-se do que se passa nas imediações de muitas Secundárias (e mesmo Básicas), observarem o aumento do padrão do consumo de certas substâncias, ao que parece a acompanhar a crise com a descida do preço, e de pequeno vandalismo e violência arbitrária entre jovens…
Pensava que o tempo do sebastianismo de dedo em riste contra a vitimização tinha acabado, mas… vamos acabar com uma plataforma negociada entre amigos.
E continuam a não perceber – ou não querem – que o factor que mais pode atemorizar em muitas escolas públicas não é qualidade do ensino mas tão só a insegurança?
Março 1, 2013 at 9:35 am
Cá está… nem com a crise, que diziam revolucionar / renovar o Homo lusitanicus, vão haver mudanças naquilo em que poderia mudar com alguns átomos de inteligência…
Era tão mais inteligente por alguêm a fazer um regulamento disciplinar exequível (em termos jurídicos e da autonomia das escolas)… sim é um belo sonho, eu sei!
Já agora o que raio é uma plataforma???
Março 1, 2013 at 9:38 am
Esta fulana tambem esteve nessa conferencia a falar sobre a indisciplina nas escolas
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/02/28/indisciplina-nas-escolas-nao-deve-ser-criminalizada-defende-maria-jose-morgado
«Sobre a perceção da autoridade, e interrogando-se sobre se o medo deve substituir a pedagogia nas escolas, a magistrada defendeu também que é preciso incuti-la como valor nos jovens. »
Março 1, 2013 at 9:42 am
O Grancho continua na sua coutada, a da do “SOS” e dos “apoios” contra a violência escolar.
A mesma ideia de sempre, fingir que se resolvem os problemas com paleio da treta e, no final, mais papelada a ser redigida pelos mesmos de sempre.
Se fosse noutros tempos de vacas menos magras fariam ainda uma outra coisa, que era criar um observatório, uma fundação, um centro de estudos ou coisa do género, para “monitorizar” e “acompanhar” o fenómeno. Pode ser que quando vier mais uma “tranche” da troika ainda se decidam. Jobs for the boys…
Março 1, 2013 at 9:52 am
Reparei agora que a apresentação do programa decorreu na fundação
particular da esposa de Mário Soares
http://www.prodignitate.pt/actividades.htm
conjugando esta noticia com esta outra do dia de ontem
«O Governo aprovou hoje a resolução com a decisão final sobre o processo de censo das fundações, que prevê que 98 das 423 fundações continuarão a receber apoios públicos.
Um comunicado do Conselho de Ministros esclarece que não há alterações a promover neste conjunto de 98 fundações, sendo a grande maioria instituições privadas.»
http://expresso.sapo.pt/estado-mantem-apoio-a-98-fundacoes=f790340#sthash.nYpOLvQA.dpuf
será que a realização desta conferencia significa que o governo decidiu manter o financiamento a esta fundação?
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/08/02/pro-dignitate-recebeu-quase-500-mil-euros-entre-2008-e-2010
Março 1, 2013 at 10:24 am
Março 1, 2013 at 10:24 am
Março 1, 2013 at 10:59 am
Faça-se um estatuto do aluno prático eficaz em tempo útil, não serão necessárias tantas deligências para provar o que um professor/funcionário ou alunos presenciaram.
A palavra do professor enquanto autoridade não devia necessitar de grandes inquéritos.
As direções deviam atuar de imediato e não após, 20 dias …
A suspensão preventiva até 10 dias é eficaz, mas a instauração do processo e a decisão demora mais, permitindo que o aluno regresse à escola e passado alguns dias e-lhe comunicada a decisão final.
Parece que estão de férias!!! Vai, regressa, volta a ir…
Março 1, 2013 at 11:20 am
#0
Paulo, entendo e concordo absolutamente com o que escreves.
Acrescento ainda, aquilo que se espera, poucos dias após o próximo dia 2 de Março…
Março 1, 2013 at 11:22 am
Ah…pois…pois…
Era mesmo isso que faltava…uma plataforma de entendimento…
E já agora (que eu sou muito loirinha…) o que é que isso quer dizer e para que serve?
Como é que se corrige um aluno que rouba outro se o nosso governo nos rouba à descarada tudo o que temos? Se os Oliveira e Costa roubaram milhões e não se passa nada … se …se…se…
Aposto que vão encomendar mais um estudo…
Março 1, 2013 at 11:24 am
… graças a Deus (Alá, Geová…) o tempo escoa-se entre os seus dedos, como areia de um deserto.
Março 1, 2013 at 1:30 pm
Mas que paleio da treta!!! Uma “Plataforma”?! Ai NC, NC, por onde vás!
Como se os problemas da violência escolar não estivessem de há muito detectados e diagnosticados.
Como se não se soubesse que a violência já se entranhou (de princípio, ainda se estranhou) no modus vivendi das escolas, tornando-se um problema e um bloqueio sistémicos.
O modo como a questão da (in)disciplina é tratada – que a ideia de criação da “Plataforma” aprofunda preocupantemente – é assaz revelador: a burocracia substitui o juízo valorativo e a acção correctiva. Fazem-se estudos, relatórios, actas, pretendendo-se através desse exercício formal e proclamatório – onde as coisas perdem espessura humana e passam a “ocorrências registadas” (para já não falar do que fica silenciado, que não cabe em estatística alguma…) – esconjurar o problema, como se faz quando se varre o lixo para debaixo do tapete simplesmente para não ele não ser visto.
Março 1, 2013 at 2:15 pm
Podiam, em alternativa, lançar os búzios. Acredito que seriam muito mais eficazes que as plataformas…
Março 1, 2013 at 2:18 pm
e podemos despachar os delinquentes para a “plataforma” ?
assim como se abandonavam as crianças na Roda 🙂
nós pespegávamos com eles na plataforma e eles saiam como salsichas num qualquer gabinete do MEC onde ensinavam aos meninos civilidade???? Essa é que era A PLataforma!
Março 1, 2013 at 2:28 pm
Março 1, 2013 at 2:33 pm
Março 1, 2013 at 3:08 pm
#11
por onde vais!
Março 1, 2013 at 4:08 pm
#13 Concordo! Todos para a plataforma! Incluindo o Grancho.
Tenho mais um colega que não aguentou ser perseguido psicologicamente por candidatos à Plataforma . Está em casa muito doente.
Março 1, 2013 at 4:50 pm
#13, #17
Seria uma grande ideia, os delinquentes e pré-delinquentes serem encaminhados para as ex-DREs, implodidas ou nem por isso, onde se arranjariam umas salas vazias para instalar e entreter os meninos.
O edifício da 5 de Outubro, tendo em conta que o actual ministro parece preferir os ambientes mais arejados e apalaçados das Laranjeiras, também poderia ser reconvertido para o mesmo fim.
O capitão Grancho e restantes piratas e parasitas do sistema educativo poderiam então dedicar-se, ao vivo e a cores, a “entender” os problemas da violência e da indisciplina escolares. Seriam professores, animadores e tutores dos meninos problemáticos.
Fariam trabalho útil, ao menos uma vez na vida, e provavam do que é bom para a tosse…
Mesmo sem “plataforma”, começavam logo a “entender”…
Março 1, 2013 at 4:58 pm
Muito bem! Nós já sabemos a trampa que tudo isto é, mas… e depois?
Quando é que se fez greve ou uma manifestação em defesa do direito dos professores a não suportarem esta m***a de gente a quem se continua a chamar alunos?
Uns cedem e adoecem para sempre; outros optam pelo suicídio; outros desistem antes de sucumbir; outros aguentam até poderem… E então? Faz-se alguma coisa ou continuamos a assistir de bancada e a mandar uns bitaites?
Há muito tempo que nos deveríamos ter juntado e parado as aulas em nome da defesa da nossa insanidade mental, contra a violência a que somos sujeitos diariamente de forma impune e de tudo o mais que as estruturas ministeriais nos têm feito. E quando digo «parar» é isso mesmo: PARAR!
Estou cansado de gente que disse não fazer greves ou participar em manifestações porque isso equivaleria a perder 50 ou 100 euros e que, passados uns meses, levou com um corte de 10%, depois perdeu dois salários anuais e por aí fora.
Estou como um colega de estágio disse numa reunião há mais de 20 anos: «Os professores são menos unidos do que as p***s!» Tchim, Jorge!
Março 1, 2013 at 5:04 pm
No dia em que eu achar que os meus alunos são merda, deixo de ser professora!
Março 1, 2013 at 5:53 pm
20 ó Canetinha…
eu não desisto dos meus Alunos
só não quero é os delinquentes, porque o são de facto e com cadastro, pulseira electrónica e ficha no tribunal de menores.
E depois ainda temos que informar com regularidade os juízes, que também andam à volta com os delinquentezinhos!!!
Março 1, 2013 at 5:54 pm
ups
gamei-te o 13
não foi de propósito, ainda 🙂
Março 1, 2013 at 6:42 pm
De plataforma em plataforma até ao descalabro total.
Enquanto se retira a autoridade e o poder aos professores reais, atiram-se umas serpentinas e confettis para cima dos putativos representantes dos clientes e dos colaboradores assalariados.
A gestão do problema revela o vazio das ideias e a inutilidade dos nossos políticos.
Março 1, 2013 at 7:27 pm
# 20
Há gente com muita sorte.
E aprende a ler, tendo em atenção o contexto do «post».
Março 1, 2013 at 7:41 pm
ENTENDO.TE SISIFO…